sábado, 10 de março de 2012

Síria: Civis e jornalistas ocidentais relatam massacre em Homs

O que se está a passar na Síria é uma autêntica chacina da população por parte das forças militares fiéis ao regime. Depois de tudo o que se passou na Líbia agora é a vez da Síria. Só que agora a comunidade internacional parece menos ativa e interessada em pôr fim à situação.

Vejam a notícia do jornal Sol de 5 de Março:

Segundo avançam as Nações Unidas, no último fim-de-semana cerca de dois mil sírios atravessaram a fronteira e entraram no Líbano. Deixaram quase todos os bens para trás e procuram apenas sobreviver ao que, jornalistas ocidentais que estiveram no local, classificaram já como «um autêntico massacre».

Hassana Abu Firas, que fugiu da cidade al-Qusair - a menos de cinco quilómetros de Homs -, explica que saíu da cidade «por causa dos bombardeamentos».

Já em segurança, no Líbano, Firas deixa uma pergunta, para qual não espera resposta: «O que querem que façamos? As pessoas estão sentadas nas suas casas e atacam-nas com tanques. Quem pode fugir, foge, e quem não pode fica sentado à espera de morrer».

Os refugiados que deixam Homs contam uma história ainda mais sangrenta e afirmam que, agora que os rebeldes sairam, os que ficaram para trás estão a ser alvo de um verdadeiro massacre.

Homens e rapazes, de todas as idades, estão a ser sumariamente executados. Uma mulher contou ao correspondente da BBC que, na sexta-feira, precisamente um dia depois dos oposicionistas saírem da cidade, viu os militares cortarem a garganta ao seu filho de 12 anos.

Depois de, a 22 de Fevereiro, a jornalista veterana Marie Colvin, do Sunday Times, e o jovem fotógrafo francês Rémi Ochlik terem caído às mãos de uma ofensiva do exército de Bashar al-Assad, os outros jornalistas ocidentais no distrito de Bab Amr (Homs) enviaram pedidos de ajuda e pediram para serem evacuados.

Paul Conroy, o jornalista que acompanhava Marie Colvin e que conseguiu sair através de um túnel, 20 minutos antes deste ser bombardeado, contou à CNN que se trata «de uma autêntica matança».

De acordo com o correspondente da BBC que conversou com defectores de uma unidade de elite do exército sírio, os soldados têm ordens para matar tudo o que mexa, seja civil ou militar. As ordens são simples, Bab Amr desafiou o Governo e, agora que o seu movimento de revolta caiu, vão sofrer as consequências.

Fora de Bab Amr permanece o comboio de ajuda humanitária da Cruz Vermelha, impedido de entrar pelas forças do regime que bloqueiam o acesso. O exército afirma que o distrito mais rebelde de Homs está repleto de minas anti-pessoal.

No interior encontram-se os soldados de Bashar al-Assad, os oposicionistas que ficaram a cobrir a retirarada estratégica e os civis que não conseguiram fugir. Sujeitos ao frio, à fome e a ferimentos, milhares estão agora nas mãos da arbitrariedade e do desejo de vingança dos soldados de Assad.

Em quase um ano de revolta as Nações Unidas estimam que cerca de 7500 pessoas tenham morrido na Síria. No entanto, este número é contestado pelos activistas que se encontram no local, segundo os quais o número deverá ser superior às oito mil mortes.

catarina.palma@sol.pt 

Celebrating 15 years of excellence in Medical Animation

sexta-feira, 9 de março de 2012

Kony 2012

KONY 2012 é um filme que faz parte de uma campanha do movimento Invisible Children que denuncia um homem, um autêntico monstro, Joseph Kony, com o objetivo de chamar a atenção da comunidade internacional para o problema das crianças-soldado em África e de alguma forma contribuir para que este indivíduo seja preso e julgado. 

Joseph Kony é o líder do Exército da Resistência do Senhor (ERS). Kony diz-se porta-voz de Deus e quer que Uganda se reja pelos Dez Mandamentos. É conhecido pela brutalidade com que comanda invasões de aldeias que promovem a morte dos adultos e o sequestro de crianças. Os meninos são, depois, obrigados a ser soldados do grupo. As meninas forçadas a ser escravas sexuais.

O vídeo foi produzido pela ONG americana Invisible Children e é narrado por um de seus fundadores, Jason Russell. A organização luta pelo fim do poder de Kony e afirma que ele já forçou 66 mil crianças a aderir seu movimento nas últimas duas décadas. A campanha também convoca os espectadores para um protesto mundial no dia 20 de abril, quando vários simpatizantes da causa devem espalhar cartazes sobre o caso em várias cidades do mundo.

Após os atentados de 11 de Setembro de 2011, os EUA declararam o Exército da Resistência do Senhor um grupo terrorista. Em 2005, Kony foi indiciado por crimes de guerra pelo Tribunal Penal Internacional e passou a figurar na lista dos principais criminosos procurados internacionalmente. Em outubro, Barack Obama, autorizou o envio de tropas militares para ajudar o Exército de Uganda a prendê-lo. Desde a criação do Exército da Resistência do Senhor, Kony já liderou ações de terror em países como Uganda, República Democrática do Congo, Sudão e Sudão do Sul.

Agradeço à Maria João Guerra por me ter dado a conhecer o vídeo.


O Dia Internacional da Mulher

Kronos e Xplane criaram este vídeo para homenagear o Dia Internacional da Mulher que se celebrou ontem. O objetivo deste vídeo é mostrar algumas estatísticas e factos que retratam as profundas mudanças que tiveram impacto na qualidade de vida da mulher enquanto trabalhadora.

terça-feira, 6 de março de 2012

Estudar compensa


Em Portugal o rendimento médio anual de quem tem um Curso Superior é mais do dobro do de quem tem apenas a escolaridade do ensino básico.

Apenas na Roménia nos ultrapassa com quase o triplo da diferença. Em oposição, a Dinamarca é o país onde se regista a menor diferença (1,4)



Dados de 2009.

Fonte: PORDATA,Eurostat / Entidades Nacionais - Painel Europeu dos Agregados Familiares (PEAF); Estatísticas Europeias sobre Rendimentos e Condições de Vida (EU-SILC)

Nascido para viver - um documentário de Joana Pontes para a Fundação Francisco Manuel dos Santos

Um importante documentário para podermos compreender a autêntica revolução que o país operou nas últimas décadas no domínio da mortalidade infantil. Hoje temos um dos melhores indicadores de mortalidade infantil de todo o Mundo. Parabéns a todos os que contribuíram para este feito notável.

Este documentário foi feito com base num estudo da Fundação sobre mortalidade infantil, da autoria de Xavier Barreto e José Pedro Correia, com a coordenação de José Mendes Ribeiro. Foi realizado por Joana Pontes, com produção de Patrícia Faria e montagem de Rui Branquinho.

Há 50 anos, Portugal era o país da Europa com a mais alta taxa de mortalidade. Em 1960, morriam cerca de 77 crianças por cada mil que nasciam.

Em 2010, esse número foi de apenas 3 mortes por cada mil nascimentos. Em 50 anos, Portugal foi um dos Países que mais rapidamente diminuiu a sua Taxa de Mortalidade Infantil, sendo actualmente uma das melhores do mundo. A mortalidade materna quase desapareceu.

Como chegámos até aqui? O que foi preciso mudar para estarmos hoje ao lado dos países mais desenvolvidos? Nascido para viver é um filme que fala deste caminho.

FICHA TÉCNICA

Realização Joana Pontes | Autoria e entrevistas Xavier Barreto, José Pedro Correia | Coordenação de projecto FFMS José Mendes Ribeiro | Produção Patrícia Faria | Pesquisa Maria João Torgal | Miguel Miguel Sales Lopes | Som Armanda Carvalho, Marco Leão, Raquel Jacinto | Montagem Joana Pontes, Rui Branquinho | Misturas João Ganho / O Ganho do Som | Genérico Irma Lúcia Efeitos Especiais | Ilustrações originais do genérico Mário Neves, Direcção-Geral de Saúde, 1956 | Imagens de Arquivo RTP | Locução Pedro Ramos | Tradução Melinda Eltenton | Banda sonora original Rodrigo Leão | Misturas BSO Rodrigo Leão, Tiago Lopes | Acordeão Celina da Piedade


PS: depois de um período bastante longo em que o blogue esteve paralisado, por manifesta falta de tempo da parte do administrador, voltámos esperando que desta vez com maior regularidade.