segunda-feira, 31 de maio de 2010

Muse - Bliss

Muse é uma banda de rock alternativo britânica de Teignmouth, Devon. Formada em 1994, a banda foi originalmente chamada Rocket Baby Dolls. Os seus membros são Matthew Bellamy (vocal, guitarra e piano), Christopher Wolstenholme (baixo, voz secundária e teclado) e Dominic Howard (bateria e percussão). Os Muse actuaram este fim de semana em Lisboa no Rock in Rio.

Ver mais sobre os Muse aqui.

Fiquem com Bliss.

Muse no MySpace: http://www.myspace.com/muse

Site do Grupo: http://muse.mu/

sábado, 22 de maio de 2010

O ponto - de Peter Reynolds

Nesta inspiradora e cativante história, Reynolds demonstra o poder de um pequeno encorajamento. Uma narrativa textual e pictórica mínima traduzem a frustração de Vera que amua junto à sua folha em branco no final da aula de desenho: “Eu não sei desenhar!” A professora sabiamente responde: “Tenta fazer uma marca qualquer e vê onde ela te leva.” A renitente rapariga pega num marcador e crava-o na folha fazendo um pequeno ponto. A professora devolve a folha à Vera e pede: “Agora, assina.” Quando a Vera regressa na semana seguinte, encontra o seu desenho assinado pendurado por cima da secretária da professora, o que inspira a potencial artista a voos mais altos. Algumas páginas mais tarde, são-nos revelados os inúmeros pontos da Vera (até mesmo uma pequena escultura com o mesmo motivo) na exposição de arte da escola, onde um rapaz a elogia por ser uma “artista incrível”. Quando ele insiste na ideia de não saber desenhar, a Vera vai emular a professora no seu exemplo de encorajamento. Feitas em aguarela, tinta e chá, as simples e delicadas ilustrações de Reynolds exalam frescura e um tom quase infantil. Oferecendo um raro equilíbrio entre subtileza e hipérbole, este álbum de pequeno formato dará aos jovens artistas mais reticentes o estímulo e o encorajamento necessários à espontaneidade na sua expressão artística. Reynolds consegue exactamente o mesmo que a sua personagem principal: criar um trabalho notável a partir de um início enganadoramente simples.

Fonte: http://www.bruaa.pt/o%20ponto.html

Vejam o vídeo que ilustra a história:


sexta-feira, 21 de maio de 2010

Portugal é o país da União Europeia onde a natalidade caiu mais na última década


Número de nascimentos em 2009 ficou-se pelos 100 mil

Até Setembro do ano passado, o número de mortes suplantou o de nascimentos. Se a tendência não se inverter, será o segundo ano da nossa história com um saldo natural negativo.

Já não é novidade que cada vez nascem menos crianças em Portugal. Mas não deixa de ser surpreendente, mesmo para os especialistas em demografia, constatar que Portugal foi o país da União Europeia (UE) onde a taxa bruta de natalidade mais diminuiu desde 1999.

É neste sentido que apontam os últimos dados do Eurostat, o gabinete de estatísticas europeu, que incluem os 27 países da UE e ainda a Islândia, a Suíça e a Noruega. Entre 1999 e 2009, a taxa bruta de natalidade (número de nados-vivos por mil habitantes) decresceu substancialmente em Portugal (19,7 por cento). No ano passado (dados provisórios), passámos para apenas 9,16 nascimentos por milhar de habitantes.

Os números do Eurostat indicam ainda que em 2009 Portugal era já o segundo país da UE com a menor taxa bruta de natalidade, a seguir à Alemanha, que lidera a tabela. Pelo contrário, Espanha registou um acentuado crescimento da taxa bruta de natalidade, entre 1999 e 2009.

Para os demógrafos, apesar de a taxa bruta de nascimentos não ser o indicador mais adequado para medir a queda da natalidade - o mais rigoroso é o índice sintético de fecundidade, o número de crianças que cada mulher em idade fértil tem -, ele permite, mesmo assim, perceber que este fenómeno está a ser muito rápido em Portugal. E isso é que pode justificar alguma preocupação.

Ao contrário de Espanha

"O que é mais preocupante é que já não vamos a tempo de suprir a falta de gente no meio da pirâmide [etária]", defende Ana Fernandes, demógrafa e docente na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa. "É a população activa que paga impostos e a base da pirâmide já encolheu tanto que vai haver falhas, a não ser que cheguem imigrantes", sublinha.

Em Espanha aconteceu o contrário, justamente porque a população aumentou bastante graças à entrada de imigrantes nos últimos anos - cerca de cinco milhões, lembra Jorge Malheiros, do Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa. Os imigrantes compensam a quebra da natalidade, porque são jovens, estão em idade fértil e têm mais filhos. Já em Portugal, o pico da imigração verificou-se entre 2000 e 2002 e, a partir daí, tem diminuído.

Mas a quebra da natalidade portuguesa fica a dever-se a uma multiplicidade de factores: a mudança de mentalidades e comportamentos ocorrida na última década - para "uma sociedade um bocado individualista que privilegia o bem-estar e a carreira profissional" -, associada a uma situação de contracção económica nos últimos anos, a quebra da imigração e o aumento da emigração.

Os imigrantes ajudavam a população "a envelhecer mais devagar", mas Portugal deixou de ser um país atractivo, nota. A agravar, "os dados mostram que o volume dos portugueses que ficam no estrangeiro tende a aumentar". Se é verdade que isto não seria por si só preocupante, até porque as sociedades se ajustam naturalmente a estas alterações, a adaptação à nova realidade torna-se mais complicada se o envelhecimento crescer rapidamente, como está a acontecer em Portugal, acentua.

E o problema é que tudo indica que em 2009 se verificou, pela segunda vez na história portuguesa (a primeira vez foi em 2007), um crescimento natural negativo. Entre Janeiro e Setembro de 2009, o número de óbitos suplantou em 3638 o de nascimentos, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística. A carga sobre os activos vai obrigar a um aumento da produtividade e a novos adiamentos da idade de reforma, prevê Jorge Malheiros.

Cheque-bebé só lá para o final do ano

No âmbito do pacote de medidas de austeridade, os espanhóis decidiram acabar com o cheque-bebé (2500 euros oferecidos à nascença de uma criança). Em Portugal, depois de o Governo ter prometido, no ano passado, que ia criar uma Conta Poupança-Futuro (com 200 euros, a levantar apenas após os 18 anos) e ter aprovado a medida em Fevereiro em Conselho de Ministros, ainda não se sabe ao certo se e quando esta vai entrar em vigor.

O PÚBLICO pediu informações ao Ministério do Trabalho que, ao final da tarde, nos remeteu para o Ministério das Finanças, mas àquela hora já não foi possível estabelecer o contacto. Quando a medida foi aprovada, o secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, Tiago Silveira, admitiu que apenas iria avançar nos últimos meses do ano.

Fonte: http://www.publico.pt/Sociedade/portugal-e-o-pais-da-uniao-europeia-onde-a-natalidade-caiu-mais-na-ultima-decada_1438228

Estudo revela aumento de portugueses e espanhóis partidários de união ibérica


O Jornal Público noticia hoje que segundo um estudo universitário luso-espanhol, o número de portugueses e espanhóis partidários de uma integração política de Portugal e Espanha numa federação ibérica aumentou em relação a 2009. Vejam a notícia:


A preocupação portuguesa em relação ao terrorismo também aumentou e registou-se ainda uma melhoria da visão das relações bilaterais, segundo as conclusões do Barómetro Hispano-Luso, um estudo de opinião pública feito em Portugal e Espanha em relação a problemas e temas que afectam os dois países.

Os portugueses têm uma imagem mais positiva do país vizinho e um maior conhecimento do mesmo, revela o barómetro.

O estudo foi realizado pela Universidade de Salamanca, com o apoio do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia do ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa, a partir de um inquérito telefónico realizado a amostras representativas das populações de Espanha e Portugal durante os meses de Abril e Maio de 2010.

Os resultados do estudo serão apresentados em Madrid e Lisboa na sexta-feira.

Nesta segunda edição do Barómetro Hispano-Luso, o questionário foi estruturado em quatro partes, abrangendo cooperação e integração política, grau de interesse e conhecimento mútuo entre portugueses e espanhóis, imagem de um país no outro e problemas que afectam as relações entre ambos.

Fonte: http://www.publico.pt/Sociedade/estudo-revela-aumento-de-portugueses-e-espanhois-partidarios-de-uniao-iberica_1438173



E vocês, o que acham desta ideia. Concordam com uma união ibérica? Em complemento, podem votar numa nova sondagem (no topo da coluna do lado direito do blogue) sobre este mesmo tema.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Ainda há muitos por derrubar

Vinte anos após a queda do Muro de Berlim, barreiras de diversos tipos, comprimento e altura persistem ou continuam a ser erguidas em diversos países. Existem ainda muitos muros por derrubar, que continuam a dividir populações e a envergonhar a humanidade. Uns já são antigos, mais antigos do que o próprio Muro de Berlim; alguns são relativamente recentes; outros estão agora a ser construídos ou estão em projecto. Embora com objectivos diversos, estes muros separam diferentes etnias e comunidades culturais e religiosas de um mesmo país ou até da mesma cidade; famílias, amigos e vizinhos; ricos e pobres; cidadãos de países vizinhos. As justificações para a sua construção são as mais diversas: uns resultam de conflitos armados não totalmente resolvidos; outros são levantados alegadamente por razões de segurança, como estratégia no combate ao terrorismo ou à violência urbana ou, ainda, para controlar a imigração clandestina. São o reflexo da incompreensão, intolerância, ódio, descriminação, desigualdade e indiferença e põem em causa a liberdade, os direitos humanos e a diversidade cultural.

Em todos os continentes encontramos diferentes tipos de muros, talvez menos mediáticos e menos marcantes para a História mundial do que o Muro de Berlim, muitos deles “esquecidos” pela Comunidade Internacional, mas igualmente vergonhosos. No continente europeu persistem muros na Irlanda do Norte (nas cidades de Belfast e Derry) e na ilha de Chipre (na capital Nicósia e ao longo da fronteira entre a República do Chipre e a República Turca do Norte do Chipre). Na Ásia, foram ou estão a ser construídos muros que separam Israel da Cisjordânia (Território Palestiniano), a Índia do Paquistão (na região de Caxemira), a Índia do Bangladesh, o Paquistão do Irão, o Iraque do Kuwait e a Coreia do Norte da Coreia do Sul. Em África, os enclaves espanhóis de Melilla e Ceuta estão separadas do território marroquino por muros, tal como o Botswana do Zimbabué. O Saara Ocidental está dividido por um muro que separa a parte ocupada por Marrocos da parte ocupada pela Frente Polisário. No continente americano destaca-se o muro que separa os EUA do México. De seguida será feita uma breve análise de alguns destes muros.

As “Linhas de Paz” da Irlanda do Norte


Na Irlanda do Norte (província do Reino Unido) os muros recebem a estranha denominação de "linhas de paz". Surgiram pela primeira vez há 40 anos atrás em Belfast, inicialmente como uma medida temporária, mas continuaram a crescer até aos nossos dias. São uma série de barreiras que separam as Comunidades Católica (Republicana) e Protestante (Unionista). São o testemunho da história recente de violência entre católicos, que lutam pela separação da Irlanda do Norte do Reino Unido e a sua integração na República da Irlanda (parte sul da ilha da Irlanda), e protestantes, leais à coroa britânica e que lutam pela manutenção deste território no Reino Unido.

A primeira destas paredes foi erguida em 1969, após o início dos motins sangrentos (que se prolongariam pela década seguinte), contornando a parte oeste de Belfast, de maioria católica. Ao longo dos anos foram construídos outros muros para separar os bairros católicos dos protestantes. Algumas destas barreiras têm 6 metros de altura. A última das paredes foi construída recentemente, no ano passado, após um período em que aumentaram as tensões entre as duas comunidades.

Existem mais muros noutras cidades da Irlanda do Norte, como é o caso de Derry. Mas é Belfast que concentra a maioria. Os muros da capital somam cinco quilómetros de extensão. A parte inferior é de tijolo, betão ou ferro. A parte superior é constituída normalmente por aço. À noite, grandes portões controlados remotamente pela polícia são fechados e bloqueiam ruas entre comunidades vizinhas de republicanos e unionistas. As duas comunidades usam diferentes paragens de autocarros, diferentes lojas, diferentes hospitais e os filhos frequentam escolas separadas. Desviam-se de bairros e ruas, evitando-se mutuamente. Contudo nos últimos anos, principalmente a partir de 1998, com o Tratado de paz conhecido por Acordo de Belfast (ou Acordo de Sexta-feira Santa), têm sido dados passos positivos no sentido da pacificação entre as duas comunidades da Irlanda do Norte, ainda que persistam dezenas de muros em Belfast, sobretudo nas zonas mais pobres.

A “Linha Verde” de Chipre

Chipre é um país dilacerado, tal como os seus habitantes – dilacerados entre duas identidades nacionais diferentes, divididos entre duas origens étnicas diferentes: os cristãos ortodoxos gregos, maioritários na parte sul da ilha, e os muçulmanos sunitas turcos, maioritários na parte norte. Esta situação é explicada pela sua localização geográfica no Mediterrâneo Oriental, tendo sido ocupada ao longo da sua História por diversos povos, nomeadamente gregos e turcos, que deixaram fortes marcas culturais.

Em Julho de 1974, 14 anos depois da independência do país relativamente à administração britânica, a parte norte da ilha foi invadida e ocupada pelas tropas turcas, abortando uma tentativa de golpe de estado da comunidade grega que tinha o objectivo de anexar a ilha à Grécia. Em 1983, os cipriotas turcos autoproclamaram a “República Turca do Chipre do Norte”, situação que não foi reconhecida pela Comunidade Internacional, à excepção da Turquia. A República de Chipre ficou a partir desta altura limitada à parte sul da ilha. Esta situação levou à criação de uma “Linha Verde” de demarcação dos dois territórios, que atravessa a ilha no sentido transversal, dividindo o centro da capital Nicósia, e separando completamente habitantes das duas comunidades, como aconteceu em Berlim, durante a Guerra Fria. Os capacetes azuis da ONU patrulham a zona-tampão da “linha verde”. A região norte da ilha continua ocupada com dezenas de milhares de soldados turcos. O “muro” da ilha de Chipre tem 188 quilómetros de extensão e 5 metros de altura e é constituído por diversos tipos de materiais como arame farpado, paralelepípedos e até bidões. Os cipriotas turcos construíram e vigiam sozinhos uma fronteira que os cipriotas gregos não reconhecem. Em 2002, sob pressão popular, os cipriotas turcos abriram pontos de passagem: três na capital, duas noutros lugares da ilha. Nos últimos anos tem havido um grande esforço no sentido da reunificação da ilha.

A Zona Desmilitarizada da Coreia

A Zona Desmilitarizada da Coreia é uma faixa de território de segurança com um comprimento de 238 km e uma largura de 4 quilómetros que divide a Coreia do Norte (comunista) da Coreia do Sul (capitalista). Corta a Península, a meio, aproximadamente no Paralelo 38. Esta zona foi criada em 1953, no final da guerra da Coreia, na qual morreram três milhões de pessoas, que terminou num armistício. É a fronteira mais militarizada do mundo e representa a última fronteira criada pela Guerra Fria. Ao longo dos mais de 60 anos de existência foram muitos os incidentes registados nesta fronteira, reflectindo o clima de grande tensão entre as duas Coreias e a bipolarização mundial.


A “Barreira de Segurança” de Israel


Em 2002, o governo israelita iniciou a construção da barreira de separação entre Israel e a Cisjordânia alegando como objectivo a protecção de seus cidadãos de ataques terroristas palestinianos. O que para Israel é uma “parede de segurança” é interpretado do lado palestiniano como um muro de “apartheid”, condicionando fortemente a circulação dos cidadãos palestinianos. Grande parte da barreira está construída em pleno território palestiniano, deixando diversas localidades palestinianas do lado israelita da barreira, não respeitando a “linha Verde”, a demarcação estabelecida no armistício de 1949, entre Israel e a Transjordânia, hoje reconhecida internacionalmente como fronteira entre ambos os territórios. Dados da ONU indicam que, até o momento, Israel construiu 413 km dos 709 km planeados para o muro. Em 2004, o Tribunal Internacional de Justiça, de Haia, na Holanda, emitiu um parecer não vinculativo em que considerou que a barreira é ilegal e deve ser removida

O muro entre os EUA e o México – a “Operação Guardião”

A fronteira entre o México e os EUA tem cerca de 3 200 quilómetros. O governo americano construiu um muro de metal num terço da sua extensão, para dificultar a passagem de imigrantes ilegais vindos do México e da América Central. A construção do muro começou em 1991, mas foi em 1994 que os EUA decidiram intensificar a segurança sob a denominada “Operação Guardião”. Em quinze anos, segundo a Comissão Nacional de Direitos Humanos do México, mais de 5,6 mil imigrantes ilegais morreram ao tentar cruzar a fronteira. A maioria, em consequência das altas temperaturas do deserto que separa os dois países. Centenas de famílias ficaram separadas pelo muro que praticamente impede o contacto entre os dois lados. Em alguns pontos da fronteira, além do muro há três cercas de arame que impedem qualquer tipo de contacto entre os dois lados. Com a altura média de 4 ou 5 metros, o muro tem sido equipado recentemente com uma série de dispositivos tecnológicos como detectores infravermelhos, câmaras, radares, torres de controlo e sensores de terra para controlo mais eficiente da fronteira.


Referências bibliográficas:
- GADDIES, John L. (2007), A Guerra Fria, Edições 70
- GILBERT, Martin, (2009), História de Israel, Edições 70
- JUDT, Tony (2006), Pós-Guerra, História da Europa desde 1945, Edições 70
- WIENECKE-JANS, et. al (2006), Geografia do Mundo, Círculo de Leitores
- http://news.bbc.co.uk/2/hi/europe/8342874.stm , [21-11-2009]
- http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/lemonde/2009/11/10/ult580u4026.jhtm, [21-11-2009]
- http://pt.wikipedia.org/wiki/Linha_de_Demarca%C3%A7%C3%A3o_Militar, [21-11-2009



Nota: Este post transcreve um artigo que escrevi para a Revista de História, nº2, da Escola secundária de Rio Tinto, publicada em Dezembro de 2009. Algumas das imagens que aqui são exibidas são diferentes das que foram publicadas na referida revista.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

The National - Fake Empire

The National é uma banda rock indie formada em Cincinnati, Ohio (EUA), em 1999 e que tem a sua base em Brooklyn (Nova Iorque) . As letras da banda são da responsabilidade do vocalista Matt Berninger que possui uma voz de barítono. Os restantes elementos da banda são dois pares de irmãos: Aaron e Bryce Dessner e Scott e Bryan Devendorf. Aaron toca guitarra, baixo e piano, Bryce toca guitarra, Scott toca baixo e guitarra e Bryan toca a bateria. Notam-se fortes influências dos Joy Division no estilo musical desta banda que há dias lançou o seu novo albúm e que parece afirmar-se como uma das bandas mais promissoras da cena rock norte-americana. Fiquem com Fake Empire.

Site da banda: http://www.americanmary.com/


Medidas tomadas pelo governo português para combater o deficit orçamental


Ministro da Finanças, Teixeira dos Santos


Com as novas medidas tomadas ontem pelo governo para combater o déficit orçamental e dívida pública, os portugueses vão perder rendimento com o aumento do IRS e poderão ter de pagar mais por bens essenciais com a subida do IVA. As empresas públicas e privadas de grandes dimensões e autarquias vão ajudar a pagar a factura da crise.

Principais medidas tomadas pelo governo:

- agravamento do IRS - criação de uma nova sobretaxa do imposto de rendimento sobre pessoas singulares é uma das principais medidas do novo pacote hoje aprovado pelo Governo. Em causa está uma nova sobretaxa de um por cento para rendimentos inferiores a cinco salários mínimos e de 1,5 por cento para os rendimentos acima desse valor. O agravamento do IRS deixa de fora apenas aqueles que ganham o salário mínimo ou menos.

- IVA aumenta nos três escalões - O IVA (imposto sobre o valor acrescentado) sofreu um agravamento de um ponto percentual nos três escalões, incluindo de cinco para seis por cento nos bens essenciais (em geral, alimentos e medicamentos). Na restauração, esta taxa era até agora de 12 por cento e sobe para 13 por cento. A taxa normal voltou a subir para 21 por cento.

- o congelamento da entrada de novos trabalhadores na Administração Pública que "durará enquanto for necessário" e vai abranger também as autarquias e as regiões autónomas.



Vejam a notícia do Público de hoje:

Pequenas medidas que somadas pesam no bolso dos portugueses

Das famílias às empresas, dos mais pobres aos mais ricos, dos desempregados aos políticos, ninguém escapa às medidas que serão implementadas pelo Governo, com o apoio do PSD, para tentar corrigir o desequilíbrio orçamental português. De tal forma que uma redução do consumo, e o respectivo impacto na economia, se torna praticamente inevitável.

O Executivo optou por colocar em prática uma série bastante variada de medidas de dimensão relativamente reduzida. Assim, não se espere que haja, em cada uma das medidas, impactos insuportáveis para cada português. O problema, mesmo é quando tudo somado, se começa a ver o rombo nos orçamentos.

Assim, para cada família, à redução mensal do rendimento importa pela taxa especial de IRS que irá ser cobrada, terá de se juntar o efeito potencial de uma subida de preços provocada pela subida do IVA.

Quem aufira o salário mínimo (apesar de ficar de fora dos aumentos do IRS) paga o aumento de IVA por via do consumo, com um impacto estimado de quatro euros, ou 48 euros ao final de um ano. O valor parecerá pequeno, mas é capaz de criar problemas a quem tem de viver com rendimentos tão baixos.

Para quem ganhe 1000 euros em termos brutos, o impacto já se sente mais no corte salarial do que na subida dos preços dos produtos. Por ano, o aumento do IVA pode vir a custar mais 60 euros, enquanto o agravamento do IRS pesará 140 euros. Já nos salários mais altos, que ascendem por exemplo a 3000 euros brutos por mês, o impacto anual pode chegar aos 786 euros. Neste caso é o IRS adicional (que já é de 1,5 por cento) que é o responsável pela maior parte do impacto. O IVA, confirmando que é um imposto que, ao subir, afecta relativamente menos as pessoas com rendimentos mais elevados, pode ter um impacto potencial neste caso de 156 euros.

Os políticos também não escapam. E para além da subida de impostos sofrem também com cortes salariais. Cavaco Silva é quem terá o maior corte salarial, proporcional ao seu salário. O Presidente da República chega ao final do mês com menos 381 euros. Os deputados também vão ter menos 190 euros para gastar. Nas autarquias, os presidentes das câmaras do Porto e de Lisboa terão as maiores descidas (o salário é calculado com base no número de eleitores).

O efeito do IVA

Os portugueses estão já habituados a subidas do IVA. Na última década, a taxa normal deste imposto foi elevada por duas vezes, passando de 17 por cento para um valor que chegou a 21 por cento.

No entanto, a modificação que agora se prepara tem uma novidade. É que também a taxa reduzida e a taxa intermédia do IVA serão alteradas. Isto faz com que, as pessoas com rendimentos mais baixos (que têm um maior peso dos produtos de grande necessidade no seu cabaz de compras) acabem ainda mais afectadas do que noutras ocasiões.

É verdade que, num único produto, as contas de somar traduzem-se em poucos cêntimos, mas bens como o pão, leite, transportes, livros escolares e medicamentos, que nenhuma família pode deixar de comprar, também são desta vez alvo de subidas de impostos.

Para além dos dois impostos, os portugueses vão sofrer ainda outros impactos, por via indirecta. A tributação de um IRC extraordinário sobre as empresas com mais lucros pode reflectir-se nos preços por estas praticadas, principalmente se operarem em mercados pouco concorrenciais.

A redução das indemnizações compensatórias às empresas de transportes podem forçar estas, para não se endividarem mais, a fazer subir os preços dos bilhetes, mais uma medida que teria impactos nas camadas mais desfavorecidas da população.

Além disso, o recuo na adopção de medidas de apoio ao emprego e o congelamento das entradas na Administração Pública são medidas que irão prolongar as dificuldades de acesso ao mercado de trabalho de uma parte muito significativa da população que ainda se encontra no desemprego.

Todos estes "pequenos" efeitos nos orçamentos de cada português podem, em conjunto, produzir um efeito global de dimensão muito maior. A redução do consumo será inevitável, face aos cortes nos rendimentos e à subida dos preços, podendo ainda gerar-se um efeito multiplicador na confiança dos consumidores, que acabam por poupar ainda mais do que aquilo que seria estritamente justificável.

Foi isso que aconteceu quando, em 2002 e 2005, se colocaram em prática em Portugal planos de austeridade semelhantes. A economia entrou logo a seguir em recessão.

Julgo que o governo não tinha grande margem de manobra e que estas medidas tinham que ser tomadas por mais que custem a todos nós. A situação financeira do país é muito grave. O valor da dívida pública portuguesa é de aproximadamente 125.000.000.000 de euros (cento e vinte cinco mil milhões de euros). Por mês corresponde a cerca de mil milhões de euros!!! Isto significa qualquer coisa como 76,% do PIB. Dizemos aproximadamente, porque a cada dia que passa, aumenta cerca de 50 milhões de euros. Só lamento que, mais uma vez, sejam sempre os mesmos a pagar as crises financeiras e a má governação do país e que, apesar do adiamento de uma série de grandes obras públicas, o governo tenha avançado com a construção do troço da linha férrea de TGV entre o Caia (fronteira com Espanha) e o Poceirão. Só por uma grande teimosia que poderá ficar muito cara para todos nós.

Como pronunciar o nome do vulcão islandês


Como já devem ter reparado, os jornalistas da televisão e das rádios nunca referem o nome concreto do vulcão Eyjafjallajökull. Dizem sempre "o vulcão islandês". De facto, é muito difícil pronunciar o nome deste vulcão que, teimosamente, continua a criar grande confusão nos transportes aéreos no continente europeu.

Podem ouvir aqui como se diz Eyjafjallajökull. Já agora, soa algo como "eia fiatla iokutl". (fonte áudio: Wikipedia)

domingo, 9 de maio de 2010

Blind Zero - Slow Time Love

Esta é uma das canções mais interessantes do actual rock português: Slow Time Love, dos portuenses Blind Zero que, como devem saber, cantam em inglês.


Se tiverem dificuldade em visualizar este videoclip podem ver, em alternativa, o seguinte:

Blind Zero no Myspace: http://www.myspace.com/blindzeromusic

sexta-feira, 7 de maio de 2010

A polémica, em Portugal, dos projectos de grandes obras públicas


Como todos devem ter conhecimento, está a decorrer uma grande discussão nacional acerca dos projectos de grandes obras públicas que o governo português pretende lançar de imediato. A saber: a construção da ligação ferroviária Lisboa-Madrid, em TGV; a construção de um novo aeroporto para Lisboa; a construção de uma nova ponte sobre o Tejo e, ainda, uma série de auto-estradas.

Num período marcado por uma grande crise económica e financeira à escala global, em que o país tem registado um estagnação do crescimento económico (prevê-se 0,3% para este ano), um défice público de 9,3% do PIB (quando o Pacto de Estabilidade e Crescimento prevê um valor máximo de 3%), uma dívida pública de cerca de 80% do PIB e ainda uma taxa de desemprego de 9,5% da população activa (cerca de 700 mil portugueses desempregados) e em que as agências internacionais de rating têm vindo a avaliar negativamente a capacidade do nosso país poder saldar a sua dívida, as grandes questões que se colocam são as seguintes:

- Será que o país está em condições de poder lançar neste momento estes projectos de grandes obras públicas?

- Será que estas grandes obras públicas são essenciais para o relançamento do crescimento económico do país, diminuindo o desemprego e criando modernidade e riqueza para o país, factores fundamentais para o país poder saír mais rapidamente da crise económica e social, como argumenta o governo, ?

- Ou, será que estes projectos vão contribuir para o agravamento da situação económica e financeira do país, aumentando perigosamente a dívida do país ao ponto de este, num futuro próximo, não ter capacidade para saldar a sua dívida e, eventualmente, cair numa situação de insolvência (bancarrota), como argumentam alguns partidos da oposição e muitos economistas?

Em complemento, no topo do lado direito do blogue, podem votar na sondagem em que é perguntado se concordam ou não com o lançamento, neste momento, por parte do governo, destas grandes obras públicas.



Nota: já depois de ter escrito e publicado este "post" ficamos a saber que o governo pondera adiar, para mais tarde, o lançamento da maior parte das obras públicas que estavam previstas serem iniciadas brevemente, como o novo aeroporto de Lisboa e a nova travessia do Tejo. Apenas avançará para já o troço de TGV entre a fronteira do Caia e o Poceirão por, alegadamente, já existrem compromissos e financiamento.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

The Submarines - Submarine Symphonika

Os The submarines, uma banda indie norte-americana com origem na Califórnia, estão de volta ao blogue com Submarine Symphonika. O vídeoclip é bastante criativo.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Maré negra no Golfo do México: uma impressionante catástrofe ambiental


A explosão na plataforma petrolífera Deepwater Horizon, a 20 de Abril, causou o afundamento da estrutura e deixou em aberto, a 1500 metros de profundidade, um poço que liberta diariamente o equivalente a mil barris de petróleo. A poluição tem potencial para causar danos a praias, ilhas e uma costa que tem um ecossistema frágil. Especialmente o delta do rio Mississípi.

O Presidente Barack Obama disse ontem que a maré negra, que já chegou ao Luisiana, é uma catástrofe “talvez sem precedentes”.

“Penso que os americanos já se deram conta, especialmente as pessoas que vivem aqui, que estamos a ser confrontados com uma catástrofe ecológica que talvez não tenha precedentes”, declarou Obama em Venice, uma das comunidades costeiras mais ameaçadas pela maré negra causada pela explosão de uma plataforma petrolífera a 20 de Abril.

“Enquanto Presidente dos Estados Unidos, não pouparei esforços para responder a esta crise”, prometeu, salientando que esta catástrofe deverá a “prolongar-se por muito tempo” e a “ameaçar os meios de subsistência de milhares de americanos”.

Obama defendeu a sua administração, criticada pela lentidão na sua reacção. “O Governo federal lançou e coordenou uma intervenção onde todos os agentes estão envolvidos, sem descanso, desde o primeiro dia”.

O Presidente apontou o dedo ao grupo britânico BP, que explorava a plataforma Deepwater Horizon, estrutura localizada a 70 quilómetros do litoral da Luisiana. Todos os dias, as fugas na plataforma, que se afundou a 22 de Abril, libertam no mar cerca de 800 mil litros de petróleo. “As coisas devem ficar bem claras: a BP é a responsável por esta fuga. A BP vai pagar por isso”, disse aos jornalistas.

A BP garantiu hoje que vai pagar todos os custos da maré negra, incluindo a limpeza e as indemnizações aos lesados. A empresa vai pagar “todos os custos de limpeza necessários e apropriados”, assim como todos os pedidos “legítimos e objectivos” de indemnização por perdas ou danos causados pela maré negra.

Enquanto isso, a BP diz estar a fazer “absolutamente tudo” o que pode para “eliminar a fuga na fonte e conter o impacto ambiental da maré negra”.

A agência de meteorologia norte-americana NOAA informou que a mancha negra se está a dirigir para as costas do Alabama e Florida, incluindo as ilhas Chandeleur, ao largo da ponta mais a Sul do Luisiana.

Fonte: Público on line


Na infância as escolas ainda não tinham fechado...


"Na Infância as escolas ainda não tinham fechado. Ensinavam-nos coisas inúteis como as regras da sintaxe e da ortografia, coisas traumáticas como sujeitos, predicados e complementos directos, coisas imbecis como verbos e tabuadas. Tinham a infeliz ideia de nos ensinar a pensar e a surpreendente mania de acreditar que isso era bom. Não batíamos na professora, levávamos-lhe flores."


Rosa Lobato Faria, escritora e actriz, faleceu no passado dia 2 de Fevereiro de 2010


Este texto é apenas um excerto de uma autobiografia escrita pela autora há dois anos e publicada no Jornal de Letras. Podem ler mais aqui.

sábado, 1 de maio de 2010

Eugénio de Andrade - Poema à Mãe


No Dia da Mãe, aqui fica um dos mais belos poemas dedicados a uma mãe escrito pelo grande poeta Eugénio de Andrade.


Poema à Mãe

No mais fundo de ti,
eu sei que traí, mãe

Tudo porque já não sou
o retrato adormecido
no fundo dos teus olhos.

Tudo porque tu ignoras
que há leitos onde o frio não se demora
e noites rumorosas de águas matinais.

Por isso, às vezes, as palavras que te digo
são duras, mãe,
e o nosso amor é infeliz.

Tudo porque perdi as rosas brancas
que apertava junto ao coração
no retrato da moldura.

Se soubesses como ainda amo as rosas,
talvez não enchesses as horas de pesadelos.

Mas tu esqueceste muita coisa;
esqueceste que as minhas pernas cresceram,
que todo o meu corpo cresceu,
e até o meu coração
ficou enorme, mãe!

Olha — queres ouvir-me? —
às vezes ainda sou o menino
que adormeceu nos teus olhos;

ainda aperto contra o coração
rosas tão brancas
como as que tens na moldura;

ainda oiço a tua voz:
Era uma vez uma princesa
no meio de um laranjal...

Mas — tu sabes — a noite é enorme,
e todo o meu corpo cresceu.
Eu saí da moldura,
dei às aves os meus olhos a beber,

Não me esqueci de nada, mãe.
Guardo a tua voz dentro de mim.
E deixo-te as rosas.

Boa noite. Eu vou com as aves.



Eugénio de Andrade, in "Os Amantes Sem Dinheiro"

A Devida Comédia - artigo de Miguel Carvalho


Criancinhas

A criancinha quer Playstation. A gente dá.

A criancinha quer estrangular o gato. A gente deixa.

A criancinha berra porque não quer comer a sopa. A gente elimina-a da ementa e acaba tudo emfestim de chocolate.

A criancinha quer bife e batatas fritas. Hambúrgueres muitos. Pizzas, umas tantas. Coca-Colas, às litradas. A gente olha para o lado e ela incha.

A criancinha quer camisola adidas e ténis nike. A gente dá porque a criancinha tem tanto direito como os colegas da escola e é perigoso ser diferente.

A criancinha quer ficar a ver televisão até tarde. A gente senta-a ao nosso lado no sofá e passa-lhe o comando.

A criancinha desata num berreiro no restaurante. A gente faz de conta e o berreiro continua.

Entretanto, a criancinha cresce. Faz-se projecto de homem ou mulher.Desperta.

É então que a criancinha, já mais crescida, começa a pedir mesada, semanada, diária. E gasta metade do orçamento familiar em saídas, roupa da moda, jantares e bares.

A criancinha já estuda. Às vezes passa de ano, outras nem por isso. Mas não se pode pressioná-la porque ela já tem uma vida stressante, de convívio em convívio e de noitada em noitada.

A criancinha cresce a ver Morangos com Açúcar, cheia de pinta e tal, e torna-se mais exigente com os papás. Agora, já não lhe basta que eles estejam por perto. Convém que se comecem a chegar à frente na mota, no popó e numas férias à maneira.

A criancinha, entregue aos seus desejos e sem referências, inicia o processo de independência meramente informal. A rebeldia é de trazer por casa. Responde torto aos papás, põe a avó em sentido, suja e não lava, come e não limpa, desarruma e não arruma, as tarefas domésticas são «uma seca».

Um dia, na escola, o professor dá-lhe um berro, tenta em cinco minutos pôr nos eixos a criancinha que os papás abandonaram à sua sorte, mimo e umbiguismo. A criancinha, já crescidinha, fica traumatizada. Sente-se vítima de violência verbal e etc e tal.

Em casa, faz queixinhas, lamenta-se, chora. Os papás, arrepiados com a violência sobre as criancinhas de que a televisão fala e na dúvida entre a conta de um eventual psiquiatra e o derreter do ordenado em folias de hipermercado, correm para a escola e espetam duas bofetadas bem dadas no professor «que não tem nada que se armar em paizinho, pois quem sabe do meu filho sou eu».

A criancinha cresce. Cresce e cresce. Aos 30 anos, ainda será criancinha, continuará a viver na casa dos papás, a levar a gorda fatia do salário deles. Provavelmente, não terá um emprego. «Mas ao menos não anda para aí a fazer porcarias».

Não é este um fiel retrato da realidade dos bairros sociais, das escolas em zonas problemáticas,das famílias no fio da navalha?

Pois não, bem sei. Estou apenas a antecipar-me. Um dia destes, vão ser os paizinhos a ir parar ao hospital com um pontapé e um murro das criancinhas no olho esquerdo. E então teremos muitos congressos e debates para nos entretermos.


Artigo de Miguel Carvalho publicado na revista Visão online



Eu sei que em muitas famílias as coisas não se passam assim e que os pais assumem a sua responsabilidade de educadores e que orientam os seus filhos da melhor maneira. No entanto, este artigo dá que pensar!...