quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Um bom Ano 2011

Apesar da crise e de todas as dificuldades que nos esperam, não deixo de desejar a todos aqueles que visitam este blogue.

Um bom Ano 2011

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

The Beatles - The Long & Winding Road

The Long and Winding Road, canção gravada pelos Beatles em 1970 para o álbum Let it B.

Viagens experimentais na Linha Laranja

A Linha Laranja (F) recebe pela primeira vez clientes, para viagens experimentais gratuitas, nos dias 29 e 30 de Dezembro, entre as 10H00 e as 18H00. A nova linha do Metro do Porto é inaugurada e entra em operação comercial regular no próximo domingo, dia 2 de Janeiro, ligando a Senhora da Hora a Fânzeres e passando a servir o concelho de Gondomar.

As viagens experimentais da Linha Laranja (F) decorrem no novo troço da rede – com cerca de 7 quilómetros e dez estações - entre as Estações de Contumil e de Fânzeres – não fazendo a ligação, portanto, ao tronco comum Senhora da Hora – Estádio do Dragão. Estas viagens são gratuitas e visam permitir à população das zonas servidas pela nova linha um primeiro contacto com a rapidez, eficácia, segurança e qualidade de serviço do Metro do Porto. Em todas as estações da nova linha, está assegurado o apoio aos clientes durante as viagens promocionais desta quarta e quinta-feira.

Fonte: Metro do Porto

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

The Beatles - Let It Be

Mais uma das canções inesquecíveis dos Beatles: Let it be, do álbum com o mesmo nome. Gravado em Janeiro de 1969, o álbum foi somente lançado em julho de 1970.

"Geração Nem Nem" está a aumentar cada vez mais



Mais uma notícia preocupante para o nosso país: segundo um estudo do Instituto Nacional de Estatísticas (INE) em Portugal existem perto de 314 mil jovens, com idades compreendidas entre os 15 e 30 anos, que não estudam nem trabalham. Este número equivale a 16% dos jovens portugueses. Segundo o INE é um número que tem vindo a aumentar com a passagem dos anos. Já lhes chamam da "Geração Nem Nem". Estes números do INE têm por base o Inquérito ao Emprego e incluem não só os desempregados mas também pessoas que não estão à procura de um trabalho, e que no dicionário do INE são os «inactivos desencorajados». Para onde caminha o nosso país?

Fonte: Jornal Digital

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

John Lennon - Happy Christmas(War is Over)




Como é habitual pelo Natal temos John Lennon e o seu Happy Christmas (War is Over) ... if you want it. É sem dúvida uma das canções mais bonitas de Natal. Só é pena que, de facto, o desejo de John Lennon ainda não se ter concretizado. Infelizmente, as guerras ainda não acabaram. Ainda há muitos homens que as querem!...

Um feliz Natal para todos



Happy Christmas(War is Over)


So this is Christmas
And what have you done
Another year over
And a new one just begun
And so this is Christmas
I hope you have fun
The near and the dear ones
The old and the young


A very merry Christmas
And a happy New Year
Let's hope it's a good one
Without any fear


And so this is Christmas War is over
For weak and for strong If you want it
For rich and the poor ones War is over
The world is so wrong Now
And so Happy Christmas War is over
For black and for white If you want it
For yellow and red ones War is over
Let's stop all the fight Now


A very merry Christmas
And a happy New Year
Let's hope it's a good one
Without any fear


And so this is Christmas War is over
And what have we done If you want it
Another year over War is over
And a new one just begun Now
And so Happy Christmas War is over
I hope you have fun If you want it
The near and the dear one War is over
The old and the young Now


A very merry Christmas
And a happy New Year
Let's hope it's a good one
Without any fear


War is over if you want it
War is over now

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

O Ocidente já não é o centro do Mundo


Hoje encontrei no site do público um artigo muito interessante do jornalista especialista em política internacional Jorge Almeida Fernandes com o título "Aprendemos que o Ocidente já não é o centro do Mundo" integrado no dossiê geral "Dez lições dos primeiros dez anos doséculo XXI". Mostra-nos em síntese o que é que de mais importante mudou na geopolítica mundial nos últimos dez anos. É longo mas vale a pena ler.



Aprendemos que o Ocidente já não é o centro do mundo

1. O Ocidente continuará forte mas deixará de dominar o mundo, declarou há semanas, em Milão, Kishore Mahbubani, professor e antigo diplomata de Singapura. "Os Estados Unidos e a Europa foram óptimos guardiões da ordem mundial, mas agora estão em retirada." O título do último livro de Mahbubani, publicado em 2008, dispensa comentários: O Novo Hemisfério Asiático - A Irresistível Mudança do Poder Global para o Leste.

A mudança começa na "transferência da riqueza": o conjunto do Produto Nacional Bruto do G7 será ultrapassado em 2020 pelo conjunto do "E7", os "emergentes" com maior projecção político-económica - Brasil, Rússia, Índia, China (os BRIC), México, Indonésia e Turquia.

A "transferência do poder" é mais complicada. Também em 2008 o indo-americano Fareed Zakaria, então director da Newsweek International, publicava uma obra de choque: O Mundo Pós-americano. É uma nova ordem multipolar. Militarmente, a América continua a ser uma "potência única", mas está politicamente enfraquecida. Tem uma base económica e tecnológica extremamente forte. Não se trata do "declínio" americano ou ocidental mas da "ascensão do Resto". Ou os EUA se adaptam ao novo mundo, para o modelar e estabilizar, ou suscitarão vagas de nacionalismo nos "países do Resto", concluía. O problema maior é a China, não por crescer mas porque "opera numa tão grande escala que se torna capaz de mudar a natureza do jogo".

O termo "Resto" é uma ironia: até há poucos anos, era vulgar um quadro distribuir os grandes indicadores económicos em duas colunas - "Ocidente" e "Resto do Mundo".


2. É interessante olhar a questão Ocidente-Oriente por um prisma asiático. Singapurense de origem indiana, Mahbubani é um arauto da "ressurgência" da Ásia. Que diz ele?

Reflectindo a ambivalência asiática, antes de acusar, celebra o Ocidente. "Os Estados ocidentais alcançaram o auge do desenvolvimento humano: não só "zero guerras" mas também "zero perspectiva de guerra" entre ocidentais." O que não é um dado adquirido na Ásia - Coreia, China-Japão, Índia-Paquistão encerram pesadas ameaças.

Faz a apologia dos "sete pilares da sabedoria ocidental": mercado livre, ciência e tecnologia, meritocracia, pragmatismo, primado da lei, educação e cultura de paz. Por que ressurge a Ásia? Porque decidiu adoptar aqueles "pilares", seguindo o exemplo do Japão. O paradoxo do seu "milagre económico" é que ele se deve às políticas de comércio livre dos EUA e da Europa.

Depois, equaciona o novo conflito. O Ocidente desenhou, no fim da II Guerra Mundial, uma ordem multilateral, com base nas Nações Unidas. Os asiáticos não a contestam, pois "foram os grandes beneficiários". Querem a sua reestruturação. "A Ásia não quer dominar o Ocidente", quer forçá-lo a abrir mão do domínio sobre as instituições globais, do FMI ao Banco Mundial, do G7 ao Conselho de Segurança da ONU.


A crise financeira já levou à substituição do G7 pelo G20 e a uma correcção de forças no FMI. Mas os "emergentes" pedem mais e querem ter uma palavra na gestão das crises internacionais.


O mundo seria mais bem governado pela "competência asiática" do que pela "incompetência ocidental", argumenta Mahbubani.


Atribui à irresponsabilidade americana e aos seus mitos económicos a crise que ameaça desestabilizar o capitalismo. E a guerra do Iraque, à revelia do Conselho de Segurança, acelerou o declínio do Ocidente, em termos de poderio e de descrédito dos seus valores e instituições.


"A incapacidade do Ocidente de admitir o carácter inviável da sua dominação mundial representa um grave perigo para o mundo. (...) Haverá uma verdadeira crise da gestão da ordem mundial se não mudar de rumo." A liderança americana está enfraquecida mas a China e a Índia não têm os atributos necessários para a substituir. Reconhece: "Um vazio de liderança global é perigoso."


3. Deixou o Ocidente - 12 por cento da população mundial - de ser o "centro do mundo" como o foi desde o século XVI e, sobretudo, após a Revolução Industrial? Deixou. E depois? Não é sinónimo de marginalização ou declínio. O mundo tem agora vários "centros". Também o futuro da Ásia encerra riscos e incógnitas. Os asiáticos não têm uma identidade civilizacional ou histórica. São um puzzle de culturas. E um clube de rivais como a antiga Europa. A China é a maior incógnita e ainda não definiu as suas ambições. A maioria dos vizinhos quer compensar a sua ascensão, económica e militar, por um reforço da presença americana no Índico e no Pacífico. Nada é linear. Emerge uma ordem multipolar e heterogénea. "Assistimos ao aparecimento de uma nova forma de não-alinhamento, que não é dirigida contra os ocidentais, mas decorre da vontade dos países emergentes em defender os seus interesses e a sua visão de um mundo em que o poder global será redistribuído", resume o francês Thierry de Montbrial no anuário Ramsés 2011. Uma década é um minuto na História.


Jorge Almeida Fernandes

Fonte: Público on line

The Beatles - Hey Jude

Continuamos musicalmente com os The Beatles. Na selecção das minhas músicas preferidas não podia ficar de fora o eterno Hey Jude, de 1968. Já é a segunda vez que é escolhido neste blogue, mas o que é belo nunca é de mais!

Solstício de Dezembro


Chegou o inverno ao Hemisfério Norte (verão no Hemisfério Sul)! Hoje, 21 de Dezembro, ocorre o solstício de Dezembro. O sol encontra-se sobre o Trópico de Capricórnio, incidindo com maior verticalidade em todo o hemisfério Sul e com maior obliquidade no hemisfério Norte. A massa atmosférica atravessada pelos raios solares é grande no Hemisfério Norte o que determina um menor aquecimento por unidade de superfície terrestre. Hoje é o dia mais curto e a noite mais longa do ano no Hemisfério Norte. O contrário ocorre no Hemisfério Sul.

Tudo isto acontece porque a Terra ao fazer o seu movimento de translação (à volta do sol), seu o eixo apresenta uma inclinação de 23º e 27' em relação ao plano da órbita.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

The Beatles - Eleanor Rigby

Nos próximos tempos o espaço musical do blogue vai ser dedicado aos anos 60 e muito especialmente aos The Beatles, um grupo inglês formada em Liverpool em 1960 e que duraria até 1970. Este grupo constituiu um dos maiores ícones da cultura pop dos anos 60. A partir de 1962, o grupo era formado por John Lennon (guitarra rítmica e vocal), Paul McCartney (baixo e vocal), George Harrison (guitarra solo e vocal) e Ringo Starr (bateria e vocal). Infelizmente, John Lennon e George Harrison já não estão entre nós. 

Começamos com "Eleanor Rigby", uma das canções mais bonitas e complexas do grupo, originalmente lançada no álbum Revolver de 1966. Também foi lançada como single, junto com a música Yellow Submarine. Aliás o vídeoclip apresentado faz parte do filme de animação Yellow Submarine realizado em 1968 por George Dunning.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Paul Rusesabagina: o Homem por detrás da personagem de Don Cheadle em Hotel Ruanda



Paul Rusesabagina (nascido a 15 de Junho de 1954) é um cidadão de Ruanda internacionalmente reconhecido pela sua actuação humanitária durante o Genocídio de Ruanda em 1994.

Paul era da etnia hutu enquanto sua mulher era da etnia tutsi. Durante os combates abrigou a sua família no hotel Les Mille Collines em Kigali, de propridade do grupo belga Sabena, onde era gerente. Com a saída dos hóspedes do hotel, Paul abre-o aos refugiados, salvando assim mais de 800 pessoas.

A história de Paul Rusesabagina ficou internacionalmente conhecida quando foi retratada no filme Hotel Ruanda de 2004, numa actuação de Don Cheadle nomeado ao Óscar.

Em 2005 recebeu do presidente americano George W. Bush a "Presidential Medal of Freedom" dos EUA.

Atualmente vive em Kraainem, na Bélgica com sua esposa Tatiana, seus filhos e seus sobrinhos, onde montou uma empresa de transportes.

De seguida podem ver alguns vídeos sobre a figura de Paul Rusesabagina.





Ibermeteo - um caso interessante de empreendedorismo



Ontem o jornal Público trazia uma reportagem muito interessante sobre uma empresa rentemente criada por três jovens saídos da Universidade de Aveiro - a Ibermeteo. Esta empresa aposta num mercado inovador: a consultoria meteorológica feita à medida das empresas. Este é um execelente exemplo de empreendedorismo e que prova que, apesar da crise económica e financeira global e do elevado desemprego, nomeadamente de jovens licenceados, temos que ser pró-activos e ter espírito de iniciativa e não estar à espera que o Estado resolva os nossos problemas. Desejo o maoir sucesso para estes jovens.

Vejam a notícia:

Quando o Mau tempo Vira um Negócio

Um espectáculo, um evento desportivo ou um casamento arruinados por más condições climatéricas. Uma colheita estragada pelas intempéries ou uma obra de construção atrasada devido a chuvas fortes. Nada a fazer? A Ibermeteo acha que não e resolveu fazer do mau tempo um negócio. Lançada há quase um ano por três jovens, esta empresa de Coimbra quer afirmar-se numa área inovadora: a consultoria meteorológica. Empresas de construção como a Teixeira Duarte tornaram-se os seus primeiros clientes, mas a grande aposta pode ser as energias renováveis.

José Eduardo Baptista, Jorge Gonçalves e Tiago Rodrigues são os promotores do projecto. Todos jovens (24, 23 e 25 anos) e de pontos diferentes do país (Coimbra, Santa Maria da Feira e Viseu). Mal terminaram o curso de Meteorologia, Oceanografia e Geofísica, na Universidade de Aveiro, optaram por não ficar à espera que a sorte lhes batesse à porta com um emprego. A ideia de criar uma empresa de consultoria na área meteorológica partiu de um dos professores do curso, Alfredo Rocha. O passo seguinte foi fazer uma prospecção de mercado, que revelou o que já existia pelo mundo nesta área de negócio. Por fim, reuniram 5000 euros para dar entrada no capital social da empresa, a que deram o nome de Ibermeteo.

O objectivo é "ajudar as empresas a diminuir os riscos e os prejuízos inerentes aos fenómenos meteorológicos, como a interrupção de obras ou o cancelamento de actividades desportivas, permitindo-lhes fazer uma prevenção e reprogramação das suas operações", explica Jorge Gonçalves. Tendo por base o modelo de previsão do tempo norte-americano WRF (Weather Research and Forecasting Model), a Ibermeteo "consegue ir ao local exacto onde o cliente está - à sua quinta, à obra de construção, e prever o tempo para os dias pretendidos".

Regra geral, as previsões do estado do tempo que estão disponíveis nos meios de comunicação social têm uma resolução de 40 por 40 quilómetros. O modelo da Ibermeteo tem uma de cinco por cinco quilómetros para Portugal Continental e de 25 por 25 na Península Ibérica, o que torna a previsão meteorológica muito mais fiável. "Desta forma, detectamos eventos meteorológicos de escala mais reduzida, como precipitação forte e localizada, granizo, trovoada", salienta Jorge Gonçalves. A empresa pretende, em breve, aumentar a resolução para um quilómetro por um em Portugal e de cinco para cinco na península.

Foi na área da construção civil que a empresa angariou os seus primeiros clientes. O consórcio DLOE (Douro Litoral Obras Especiais), que engloba a Teixeira Duarte, a Construtora do Tâmega, a Alves Ribeiro e a Zagope, tem recorrido aos serviços da Ibermeteo para duas obras na Zona Norte. Além disso, o projecto de consultoria atraiu o interesse de duas empresas que alugam e montam tendas para eventos - a Arquitetoldos e o Sítio do Passal.

É, contudo, na área das energias renováveis que a Ibermeteo espera conseguir mais oportunidades de negócio, junto das empresas que gerem parques eólicos e fotovoltaicos. "Estas empresas têm de prever o potencial eólico não só para planear a manutenção dos parques (realizando-a nos momentos em que haja pouco vento ou luz) como para estimar quanta energia vão produzir", explica José Eduardo Baptista. A Ibermeteo acredita que é nesta área que o seu negócio pode vir a ter mais sucesso, tendo já vários interesses empresariais que estão prestes a transformar-se em contratos.
Além de estar disponível para actuar nas mais diversas áreas de negócio, a Ibermeteo quer oferecer soluções à medida de cada cliente. Quando contratam os seus serviços, as empresas escolhem as variáveis que querem ver previstas (temperatura, precipitação, neve, geada), os dias e os meses em que quer essa previsão e o número de vezes por dia. A Ibermeteo disponibiliza previsões meteorológicas até quatro vezes por dia e pode avisar o cliente por email, por SMS ou através do site, que tem um sistema de acesso para cada cliente registado onde estão disponíveis os orçamentos, os relatórios e as previsões.

Com tantas possibilidades, torna-se difícil determinar uma escala de preços. "Se uma empresa de construção civil nos pedir previsões para uma obra, é uma coisa; se pedir para 20, é outra", afirma Tiago Rodrigues. Mas, no caso das energias renováveis, onde as empresas podem pedir previsões de tempo até quatro vezes por dia, todos os dias do mês, para um total de 70 parques, o preço a pagar ronda os 2000 a 2500 euros por mês.

"Esta fase inicial tem sido complicada", admite Jorge Gonçalves, pois "não há noção em Portugal de que este ramo de consultoria é importante". Prova disso foi a tentativa de apostar numa área de negócio - os transportes - que veio a revelar-se infrutífera.

A vaga de neve na Europa que, no início deste ano, fez parar dezenas de camionistas portugueses e trouxe prejuízos pesados inspirou a Ibermeteo a propor os seus serviços às empresas de transporte. Chegou mesmo a estar em cima da mesa um projecto com uma empresa de telecomunicações para criar um software de previsão meteorológica que disponibilizasse aos grupos de transportes várias informações sobre o estado do tempo, permitindo redefinir rotas. Mas a ideia acabou por não passar do papel

Fonte: Público on line

Site da Ibermeteo: http://ibermeteo.com/

Novembro frio em Portugal Continental


Segundo o Instituto de Meteorologia de Portugal Novembro foi mais frio que o normal. Ainda que o início do mês tenha apresentado valores elevados de temperatura máxima entre 20 e 27º C, na 2ª quinzena observaram-se valores muito baixos de temperatura, em particular no interior do território, onde se registaram temperaturas mínimas negativas, como por exemplo em Miranda do Douro (-7.2ºC), Bragança (-6.7ºC) e Montalegre (-6.5ºC).
Os valores médios da temperatura máxima e mínima do ar foram inferiores ao valor normal, em -1.4ºC e -0.9ºC, respectivamente.
Em relação à precipitação em Portugal Continental, o mês classifica-se como normal a seco em quase todo o território, excepto nas regiões do Litoral Norte, da região de Lisboa e de Sagres onde foi chuvoso. O valor médio mensal da quantidade de precipitação foi muito próximo do valor normal 1971-2000, com uma anomalia de -5.2mm.

Fonte: Instituto de Meteorologia

sábado, 11 de dezembro de 2010

Conferência do Clima de Cancún termina com um acordo modesto


Depois do fracasso da Conferência do Clima de Copenhaga, há um ano atrás, a conferência climática da ONU em Cancún, México, terminou hoje com um acordo muito modesto, mas tido como um passo importante rumo a um novo tratado contra o aquecimento global.

Vejam a notícia do público on line de hoje.

Em textos de compromisso apresentados pela presidência mexicana da conferência, o acordo não fixa metas vinculativas de redução de emissões de gases com efeito estufa, seja para os países ricos ou pobres. Mas determina um objectivo de dois graus Celsius como limite para o aumento da temperatura média global até ao fim do século e cria um Fundo Verde Climático para os países em desenvolvimento, com promessas de 100 mil milhões de dólares (76 mil milhões de euros) anuais a partir de 2020.

Os textos foram aceites pelos cerca de 190 países representandos em Cancún, excepto pela Bolívia, cuja discordância protelou a discussão. Foi formalmente aprovado pelo plenário às 3h30 (9h30 em Lisboa).

Em intervenções no plenário da conferência, sucessivos ministros e diplomatas saudaram os textos como um avanço significativo, depois do fracasso da última cimeira climática, em Copenhaga, no ano passado. A ministra mexicana dos Negócios Estrangeiros, Patricia Espisona – presidente da conferência e responsável por aproximar as posições divergentes de diferentes países – foi ovacionada durante a sessão.

“Vocês restauraram a confiança da comunidade internacional”, disse o ministro indiano do Ambiente, Jairam Ramesh. Já o chefe da delegação norte-americana, Todd Stern, afirmou que o conjunto de textos, "mesmo que não seja perfeito, é incontestavelmente uma boa base para avançarmos”. A União Europeia e o grupo dos países mais pobres também mostraram-se globalmente satisfeitos com o resultado.

Ainda assim, o acordo é considerado por muitos como insuficiente. "A vontade política para uma acção vigorosa ainda não é suficientemente forte para uma resposta global adequada para fazer face à ameaça climática", avalia a organização ambientalista Quercus, num comunicado. "Mas as acções nacionais mostram que os países reconhecem a necessidade e os benefícios de uma economia verde, e as conversações no quadro das Nações Unidas requerem essa confiança", completam os ambientalistas.

Os documentos vertem para textos oficiais das Nações Unidas alguns dos aspectos contidos no Acordo de Copenhaga - um pacto não-vinculativo adoptado há um ano, à margem do processo negocial da ONU.

Alguns aspectos centrais dos textos, segundo a agência Reuters:

Protocolo de Quioto
Os países comprometem-se a concluir o trabalho sobre o prolongamento do protocolo “o mais rápido possível e de modo a garantir que não haja um hiato entre o primeiro e o segundo período de cumprimento”. O primeiro período termina em 2012. O acordo pede mais esforços dos países desenvolvidos na redução de emissões, mencionando a necessidade de 25 a 40 por cento de redução até 2020, em relação a 1990, para manter o aquecimento global a um nível aceitável.

Acção de longo prazo
Reconhece a necessidade de “cortes profundos” nas emissões globais, de modo a manter o aumento da temperatura média global abaixo dos dois graus Celsius. Admite rever a meta para 1,5 graus Celsius. Determina que se estabeleça uma meta global de redução de emissões até 2050. Os países desenvolvidos devem liderar nos esforços, dado serem historicamente responsáveis por mais emissões. Os países em desenvolvimento devem adoptar “acções nacionais”, apoiadas internacionalmente, para controlar as suas emissões até 2020. As reduções que resultarem de apoio internacional serão verificadas externamente. As acções domésticas serão alvo de verificação interna.


sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

O filme "Hotel Ruanda" e o genocídio do Ruanda

Na próxima segunda feira, 13 de Dezembro será  exibido na Videoteca da Escola o filme "Hotel Ruanda" que relata oum dos acontecimentos mais monstruosos que a humanidade viveu nas últimas décadas.

De seguida podem ver um artigo de Bruno Amorim sobre o conflito do Ruanda que ocorreu em 1994.

Foi no dia 6 de Abril de 1994, que a humanidade assistiu a um dos maiores horrores de que há memória. No Ruanda, tensões étnicas entre os hutu e os tutsi deram origem à violência e ao vasto derramamento de sangue, em sequência do agravamento de um conflito de décadas.No início da década de 90, o conflito entre as duas tribos (hutu e tutsi) aumentava a cada minuto. Até que a 6 de Abril de 1994, a morte dos Presidentes Juvenal Habyarimana, do Ruanda, e Cyprien Ntaryamira, do Burundi, num inexplicável acidente de avião, quando este se aproximava de Kigali (capital do Ruanda), significou o acender do rastilho de uma guerra civil muito sangrenta.

Os extremistas hutu usaram o acidente como pretexto para chegarem ao poder e tentaram aniquilar a população tutsi e os hutu moderados. Resultado: entre Abril e Julho de 1994, morreram mais de 800 mil pessoas, no maior genocídio que alguma vez aconteceu em África.

O genocídio levou ao êxodo massivo da população tutsi que não tinha outra alternativa senão fugir do país. Calcula-se que mais de dois milhões de ruandeses abandonaram o território, procurando refúgio em países vizinhos e que dentro do país, o deslocados foram mais de 1,5 milhões de pessoas. A guerra civil afectou directamente mais de metade da população ruandesa que tinha cerca de sete milhões de habitantes.

O jornalista da TSF, Emídio Fernando, esteve no Ruanda em Fevereiro de 1996, e contou ao JornalismoPortoNet aquilo que encontrou: “no Ruanda pude presenciar a um êxodo bíblico de pessoas a entrar e sair no país assim que os tutsi chegaram ao poder". Segundo o jornalista, “nessa altura os tutsi tentaram vingar-se do que os hutu lhes fizeram durante o genocídio".

Sem condições sanitárias suficientes, milhões de refugiados ruandeses morreram vítimas de doenças como a cólera e a sida.

 

Dez anos depois…

 

Dez anos passaram e a memória do genocídio ainda está bem presente nas mentes de todos os ruandeses, sejam eles hutus ou tutsis. O repórter revela mesmo que as feridas do massacre estão bem presentes: “não conheci uma única pessoa no Ruanda que não tivesse tido um familiar morto à catanada".

O Ruanda é um país traumatizado pela guerra civil, destruído na maior parte das suas infra-estruturas sociais, económicas e políticas que tenta agora recuperar. No entanto, a reconciliação étnica é algo em que Emídio Fernando não acredita. “Os hutus e os tutsi não se misturam e assim é difícil que se consiga estabelecer uma democracia".

Outro problema que afecta a população ruandesa é a Sida. A doença tem-se propagado por todo o continente africano, no entanto, tem tido maior incidência na região dos Grandes Lagos, onde também se encontra a República do Ruanda. “A Sida é um problema muito grave, pois até as classes dirigentes, pessoas que realmente fazem funcionar um país, foram atingidas pela doença. Assim, o futuro de países como o Ruanda encontra-se muito indefinido", disse Emídio Fernando.

Bruno Amorim, 06.04.2004
Fonte: http://jpn.icicom.up.pt/2004/04/06/genocidio_no_ruanda_foi_ha_10_anos.html


Podem visionar a seguir um vídeo com o trailer do filme "Hotel Ruanda", de 2004, dirigido por Terry George e interpretado por Don Cheadle, Nick Nolte, Joaquin Phoenix, Desmond Dube e Sophie Okonedo. O filme é uma co-produção de Itália, Reino Unido e África do Sul, e relata a história real de Paul Rusesabagina, que foi capaz de salvar a vida de 1268 pessoas durante o genocídio de Ruanda em 1994. Logo depois das primeiras exibições, sua história foi imediatamente comparada com a de Oskar Schindler.

História do Natal Digital

Agora que o Natal se aproxima fiquem com um vídeo verdadeiramente original. Trata-se da História do Natal numa versão muito livre que associa a quadra natalícia às inovações das Tecnologias de Informação e Comunicação.



É bem verdade, "os tempos mudam mas os sentimentos não!"

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Tornado na região de Tomar



Foto: Mário Reis

Ao início da tarde de ontem, dia 7 de Dezembro de 2010, ocorreu um tornado na região de Tomar e de Ferreira do Zêzere.

Este fenómeno consiste num turbilhão de vento, muitas vezes violento, cuja presença se manifesta por uma coluna nebulosa ou cone nebuloso invertido em forma de funil que emerge da base de um cumulonimbo, e por um tufo constituído por poeira, areia ou detritos vários levantados do solo (também é designado por tromba terrestre).

As condições meteorológicas que estão a afectar o continente são influenciadas por uma massa de ar quente, húmido e instável, embebida num fluxo de sudoeste, propícia à ocorrência de fenómenos adversos, como precipitação e vento fortes, facto que levou o IM a emitir avisos meteorológicos para os parâmetros de precipitação, vento e agitação marítima.

De todos os vídeos que se podem encontrar no Youtube que reportam este fenómeno ocorrido ontem escolhi o da Sofia Cartaxo. Há outros vídeos talvez mais espectaculares, contudo a linguagem utilizada não é a mais apropriada para um blogue com objectivos educativos como este.

Alunos portugueses melhoraram na língua, matemática e ciências, segundo a OCDE

Finalmente, uma boa notícia sobre o Ensino em Portugal. Os alunos portugueses conseguiram melhores resultados do que em anos anteriores nos testes feitos no âmbito do PISA (Programme for International Student Assessment), que avalia o desempenho escolar dos jovens de 15 anos dos países da OCDE e de outros países ou parceiros económicos. As áreas avaliadas são a literacia em leitura, na matemática e na ciência.

Vejam a notícia do público de ontem:

O ano de 2009 é o primeiro em que é possível fazer comparações, uma vez que o PISA é aplicado de três em três anos, tendo sido aplicado pela primeira vez em 2000, ano em que se avaliou a literacia em leitura dos alunos de 15 anos. A leitura voltou a estar em foco em 2009, ano em que a OCDE aproveitou para voltar a analisar, de maneira sucinta, a Matemática e as Ciências.

Assim, a OCDE constata que Portugal melhorou nas três áreas científicas e isso deve-se, acredita a organização, às medidas políticas aplicadas desde 2005. O investimento feito em computadores portáteis, acesso à banda larga, refeições, aumento do apoio social escolar contribuíram para a evolução, aponta o relatório da OCDE. Outros factores foram o Plano Nacional de Leitura, o Plano de Acção para a Matemática, bem como a formação de professores em Matemática e Ciências. A aplicação das provas de aferição (nos 4.º e 6.º anos), assim como os exames nacionais (no final do 3.º ciclo e no secundário) também fazem parte das medidas que a OCDE elogia. Bem como a criação de novas ofertas educativas para os alunos, como os cursos profissionais.

“Portugal é um dos seis países que no PISA 2009 melhorou o seu desempenho na leitura”, refere o relatório, acrescentando que isso deve-se à evolução dos alunos com piores desempenhos, enquanto os que tinham melhores resultados mantiveram-nos.

Assim, em 2000, os alunos de 15 anos portugueses ficavam-se pelos 470 pontos (numa escala de 1 a 698) na leitura. Nove anos depois, Portugal subiu 19 pontos, colocando Portugal ao lado da Suécia, Irlanda, França ou Reino Unido e dentro da média da OCDE. No PISA 2009, a melhor performance pertence a Xangai/China, seguida de dois países da OCDE que habitualmente estão no topo da tabela, a Coreia e a Finlândia. A diferença entre Xangai e o México, o país com o pior desempenho é de 114 pontos.

A Matemática e a Ciências também se verifica uma melhoria de 21 e 19 pontos, respectivamente. Portugal sobe de 466 pontos, em 2003, na avaliação à literacia matemática, para 487. Também a Matemática, Xangai está à frente com 600 pontos, seguida da Coreia com 546. A Ciências, os alunos portugueses saltam de 474 para 493 pontos. Mais uma vez, os lugares no topo repetem-se.

Cerca de 470 mil estudantes fizeram os testes do PISA, representando cerca de 26 milhões de jovens de 15 anos que estão na escola, em 65 países e economias (por exemplo, a China é representada por algumas economias como a de Macau, Hong Kong e Xangai). Em 2010 mais 50 mil estudantes fizeram uma segunda bateria de testes, o que representa cerca de dois milhões de jovens de 15 anos, estes são de outros dez países parceiros da OCDE. Cada aluno fez uma prova de duas horas de leitura, matemática e ciências. Em 20 países, os alunos tiveram que responder a perguntas feitas sobre leitura digital, ou seja, com um computador à frente. Os estudantes responderam ainda a um questionário, com a duração de 30 minutos, sobre a sua experiência pessoal, métodos de estudo, atitude perante a leitura, o seu empenho e motivação. A avaliação do PISA ficou concluída com um questionário preenchido pelos directores das escolas sobre as características da população escolar e o desempenho académico da mesma.

No total, participaram 34 países da OCDE e 41 países e economias parceiras da organização. Em 2012, a OCDE volta a avaliar as competências matemáticas dos alunos de 15 anos e, três anos depois, as competências na área das ciências.


Fonte: Público on line

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Radiohead - All I Need

De novo os Radiohead e o seu All I Need. Este vídeoclip vem, mais uma vez, a propósito das questões relacionadas com o Comércio Justo e com a exploração do trabalho infantil abordadas em Geografia C (12º ano). Recordo que este videoclip faz parte da campanha MTV EXIT (End Exploitation and Trafficking), em parceria com a U.S. Agency for International Development (USAID)com o objectivo da erradicação do tráfico humano.

Norah Jones - December

Um momento musical sublime: Norah Jones canta e toca December, do seu último album Fall.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Convergence - um filme de Martin Scanlon

Mais um pequeno vídeo belíssimo: Convergence, um filme de Martin Scanlon.

É aqui aqui que nós vivemos

Este vídeo é simplesmente fantástico, principalmente para quem gosta de muito de livros, como eu. O vídeo foi produzido pelo Apt Studio e Asylum Films para o 25º aniversário da 4th Estate Publishers.
Bem-vindos à nossa cidade - ao nosso mundo - dos livros. É aqui que nós vivemos.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

2010 um dos três anos mais quentes desde 1850

O ano de 2010 será certamente um dos três anos mais quentes a nível mundial, desde que há registos (1850), de acordo com dados divulgados pela Organização Meteorológica Mundial (OMM).

Para os meses de Janeiro a Outubro do corrente ano, o desvio da temperatura média da temperatura global combinada da superfície do mar e da temperatura do ar, à superfície, é estimado em + 0.55° C ± 0.11° C, acima da normal 1961–1990 (que é de 14ºC).

2010 (entre Janeiro e Outubro) apresenta assim, o valor global de temperatura média mais elevado, tendo já ultrapassado o valor registado em 1998 (+ 0.53° C), e em 2005 (+ 0.52° C).

Apesar dos dados de Novembro e Dezembro ainda não se encontrarem disponíveis, os dados preliminares de Novembro indicam que as temperaturas globais deste mês são semelhantes às observadas em Novembro de 2005, o que aponta no sentido de as temperaturas globais para 2010 apresentarem valores perto dos níveis recorde.

Em Portugal Continental, o período entre Janeiro e Novembro de 2010, é um dos sete mais quentes desde 1931, tomando em conta a temperatura média. O valor médio registado de 16.0ºC corresponde a uma anomalia de +0.53ºC, em relação ao valor da normal de referência (1961-90).

Fonte: Instituto de Meteorologia