sexta-feira, 29 de outubro de 2010

The National - Slow Show

De novo os The National e a inconfundível voz de Matt Berninger com Slow Show. O grupo foi formado em Cincinnati, Ohio (EUA) em 1999.

The National no MySpace Music: http://www.myspace.com/thenational


quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Anúncio publicitário da HP - Pequena Serenata de Mozart

E agora, um video publicitário da HP muito criativo.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Jogos didácticos de Geografia

Acabei de descobrir um site (http://edumed.no.sapo.pt/) de apoio aos alunos de Geografia. Para poderem treinar algumas das matérias de geografia A podem clicar nos seguintes links:

Jogo dos países da UE: http://edumed.no.sapo.pt/JogoPaiUE.htm (este jogo também interessa  aos alunos de Geografia C)

Jogo das Coordenadas Geográficas: http://edumed.no.sapo.pt/JogoCooGeo.htm


Jogo das escalas de Portugal: http://edumed.no.sapo.pt/JogoEscPor.htm


Jogo do Arquipélago dos Açores: http://edumed.no.sapo.pt/JogoArqAco.htm

Jogo do Arquipélago da Madeira: http://edumed.no.sapo.pt/JogoArqMad.htm

Jogo dos Círculos e Pólos: http://edumed.no.sapo.pt/JogoCirPol.htm


Também podem praticar exercícios relativos às Coordenadas geográficas no Quiz do site: http://www.percursos.net/caun6coordgeog.htm

Pratiquem para poderem melhorar os vossos resultados na disciplina.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Manifesto de Obama aos alunos norte-americanos

O Presidente norte-americano Barack Obama falou no ano passado aos alunos do seu país, em termos que nos devem levar a reflectir. Pais, alunos, professores, enfim, toda a comunidade educativa precisa de ler a mensagem. Passado um ano, transcrevo-a novamente. Eu sei que é muito longa mas é obrigatório a sua leitura.

Sei que para muitos de vocês hoje é o primeiro dia de aulas, e para os que entraram para o jardim infantil, para a escola primária ou secundária, é o primeiro dia numa nova escola, por isso é compreensível que estejam um pouco nervosos. Também deve haver alguns alunos mais velhos, contentes por saberem que já só lhes falta um ano. Mas, estejam em que ano estiverem, muitos devem ter pena por as férias de Verão terem acabado e já não poderem ficar até mais tarde na cama.

Também conheço essa sensação. Quando era miúdo, a minha família viveu alguns anos na Indonésia e a minha mãe não tinha dinheiro para me mandar para a escola onde andavam os outros miúdos americanos. Foi por isso que ela decidiu dar-me ela própria umas lições extras, segunda a sexta-feira, às 4h30 da manhã.

A ideia de me levantar àquela hora não me agradava por aí além. Adormeci muitas vezes sentado à mesa da cozinha. Mas quando eu me queixava a minha mãe respondia-me: "Olha que isto para mim também não é pêra doce, meu malandro..."

Tenho consciência de que alguns de vocês ainda estão a adaptar-se ao regresso às aulas, mas hoje estou aqui porque tenho um assunto importante a discutir convosco. Quero falar convosco da vossa educação e daquilo que se espera de vocês neste novo ano escolar.

Já fiz muitos discursos sobre educação, e falei muito de responsabilidade. Falei da responsabilidade dos vossos professores de vos motivarem, de vos fazerem ter vontade de aprender. Falei da responsabilidade dos vossos pais de vos manterem no bom caminho, de se assegurarem de que vocês fazem os trabalhos de casa e não passam o dia à frente da televisão ou a jogar com a Xbox. Falei da responsabilidade do vosso governo de estabelecer padrões elevados, de apoiar os professores e os directores das escolas e de melhorar as que não estão a funcionar bem e onde os alunos não têm as oportunidades que merecem.

No entanto, a verdade é que nem os professores e os pais mais dedicados, nem as melhores escolas do mundo são capazes do que quer que seja se vocês não assumirem as vossas responsabilidades. Se vocês não forem às aulas, não prestarem atenção a esses professores, aos vossos avós e aos outros adultos e não trabalharem duramente, como terão de fazer se quiserem ser bem sucedidos.

E hoje é nesse assunto que quero concentrar-me: na responsabilidade de cada um de vocês pela sua própria educação.

Todos vocês são bons em alguma coisa. Não há nenhum que não tenha alguma coisa a dar. E é a vocês que cabe descobrir do que se trata. É essa oportunidade que a educação vos proporciona.

Talvez tenham a capacidade de ser bons escritores - suficientemente bons para escreverem livros ou artigos para jornais -, mas se não fizerem o trabalho de Inglês podem nunca vir a sabê-lo. Talvez sejam pessoas inovadoras ou inventores - quem sabe capazes de criar o próximo iPhone ou um novo medicamento ou vacina -, mas se não fizerem o projecto de Ciências podem não vir a percebê-lo. Talvez possam vir a ser mayors ou senadores, ou juízes do Supremo Tribunal, mas se não participarem nos debates dos clubes da vossa escola podem nunca vir a sabê-lo.

No entanto, escolham o que escolherem fazer com a vossa vida, garanto-vos que não será possível a não ser que estudem. Querem ser médicos, professores ou polícias? Querem ser enfermeiros, arquitectos, advogados ou militares? Para qualquer dessas carreiras é preciso ter estudos. Não podem deixar a escola e esperar arranjar um bom emprego. Têm de trabalhar, estudar, aprender para isso.

E não é só para as vossas vidas e para o vosso futuro que isto é importante. O que vocês fizerem com os vossos estudos vai decidir nada mais nada menos que o futuro do nosso país. Aquilo que aprenderem na escola agora vai decidir se enquanto país estaremos à altura dos desafios do futuro.

Vão precisar dos conhecimentos e das competências que se aprendem e desenvolvem nas ciências e na matemática para curar doenças como o cancro e a sida e para desenvolver novas tecnologias energéticas que protejam o ambiente. Vão precisar da penetração e do sentido crítico que se desenvolvem na história e nas ciências sociais para que deixe de haver pobres e sem-abrigo, para combater o crime e a discriminação e para tornar o nosso país mais justo e mais livre. Vão precisar da criatividade e do engenho que se desenvolvem em todas as disciplinas para criar novas empresas que criem novos empregos e desenvolvam a economia.

Precisamos que todos vocês desenvolvam os vossos talentos, competências e intelectos para ajudarem a resolver os nossos problemas mais difíceis. Se não o fizerem - se abandonarem a escola -, não é só a vocês mesmos que estão a abandonar, é ao vosso país.

Eu sei que não é fácil ter bons resultados na escola. Tenho consciência de que muitos têm dificuldades na vossa vida que dificultam a tarefa de se concentrarem nos estudos. Percebo isso, e sei do que estou a falar. O meu pai deixou a nossa família quando eu tinha dois anos e eu fui criado só pela minha mãe, que teve muitas vezes dificuldade em pagar as contas e nem sempre nos conseguia dar as coisas que os outros miúdos tinham. Tive muitas vezes pena de não ter um pai na minha vida. Senti-me sozinho e tive a impressão que não me adaptava, e por isso nem sempre conseguia concentrar-me nos estudos como devia. E a minha vida podia muito bem ter dado para o torto.

Mas tive sorte. Tive muitas segundas oportunidades e consegui ir para a faculdade, estudar Direito e realizar os meus sonhos. A minha mulher, a nossa primeira-dama, Michelle Obama, tem uma história parecida com a minha. Nem o pai nem a mãe dela estudaram e não eram ricos. No entanto, trabalharam muito, e ela própria trabalhou muito para poder frequentar as melhores escolas do nosso país.

Alguns de vocês podem não ter tido estas oportunidades. Talvez não haja nas vossas vidas adultos capazes de vos dar o apoio de que precisam. Quem sabe se não há alguém desempregado e o dinheiro não chega. Pode ser que vivam num bairro pouco seguro ou os vossos amigos queiram levar-vos a fazer coisas que vocês sabem que não estão bem.

Apesar de tudo isso, as circunstâncias da vossa vida - o vosso aspecto, o sítio onde nasceram, o dinheiro que têm, os problemas da vossa família - não são desculpa para não fazerem os vossos trabalhos nem para se portarem mal. Não são desculpa para responderem mal aos vossos professores, para faltarem às aulas ou para desistirem de estudar. Não são desculpa para não estudarem.

A vossa vida actual não vai determinar forçosamente aquilo que vão ser no futuro. Ninguém escreve o vosso destino por vocês. Aqui, nos Estados Unidos, somos nós que decidimos o nosso destino. Somos nós que fazemos o nosso futuro.

E é isso que os jovens como vocês fazem todos os dias em todo o país. Jovens como Jazmin Perez, de Roma, no Texas. Quando a Jazmin foi para a escola não falava inglês. Na terra dela não havia praticamente ninguém que tivesse andado na faculdade, e o mesmo acontecia com os pais dela. No entanto, ela estudou muito, teve boas notas, ganhou uma bolsa de estudos para a Universidade de Brown, e actualmente está a estudar Saúde Pública.

Estou a pensar ainda em Andoni Schultz, de Los Altos, na Califórnia, que aos três anos descobriu que tinha um tumor cerebral. Teve de fazer imensos tratamentos e operações, uma delas que lhe afectou a memória, e por isso teve de estudar muito mais - centenas de horas a mais - que os outros. No entanto, nunca perdeu nenhum ano e agora entrou na faculdade.

E também há o caso da Shantell Steve, da minha cidade, Chicago, no Illinois. Embora tenha saltado de família adoptiva para família adoptiva nos bairros mais degradados, conseguiu arranjar emprego num centro de saúde, organizou um programa para afastar os jovens dos gangues e está prestes a acabar a escola secundária com notas excelentes e a entrar para a faculdade.

A Jazmin, o Andoni e a Shantell não são diferentes de vocês. Enfrentaram dificuldades como as vossas. Mas não desistiram. Decidiram assumir a responsabilidade pelos seus estudos e esforçaram-se por alcançar objectivos. E eu espero que vocês façam o mesmo.

É por isso que hoje me dirijo a cada um de vocês para que estabeleça os seus próprios objectivos para os seus estudos, e para que faça tudo o que for preciso para os alcançar. O vosso objectivo pode ser apenas fazer os trabalhos de casa, prestar atenção às aulas ou ler todos os dias algumas páginas de um livro. Também podem decidir participar numa actividade extracurricular, ou fazer trabalho voluntário na vossa comunidade. Talvez decidam defender miúdos que são vítimas de discriminação, por serem quem são ou pelo seu aspecto, por acreditarem, como eu acredito, que todas as crianças merecem um ambiente seguro em que possam estudar. Ou pode ser que decidam cuidar de vocês mesmos para aprenderem melhor. E é nesse sentido que espero que lavem muitas vezes as mãos e que não vão às aulas se estiverem doentes, para evitarmos que haja muitas pessoas a apanhar gripe neste Outono e neste Inverno.

Mas decidam o que decidirem gostava que se empenhassem. Que trabalhassem duramente. Eu sei que muitas vezes a televisão dá a impressão que podemos ser ricos e bem-sucedidos sem termos de trabalhar - que o vosso caminho para o sucesso passa pelo rap, pelo basquetebol ou por serem estrelas de reality shows -, mas a verdade é que isso é muito pouco provável. A verdade é que o sucesso é muito difícil. Não vão gostar de todas as disciplinas nem de todos os professores. Nem todos os trabalhos vão ser úteis para a vossa vida a curto prazo. E não vão forçosamente alcançar os vossos objectivos à primeira.

No entanto, isso pouco importa. Algumas das pessoas mais bem-sucedidas do mundo são as que sofreram mais fracassos. O primeiro livro do Harry Potter, de J. K. Rowling, foi rejeitado duas vezes antes de ser publicado. Michael Jordan foi expulso da equipa de basquetebol do liceu, perdeu centenas de jogos e falhou milhares de lançamentos ao longo da sua carreira. No entanto, uma vez disse: "Falhei muitas e muitas vezes na minha vida. E foi por isso que fui bem-sucedido."

Estas pessoas alcançaram os seus objectivos porque perceberam que não podemos deixar que os nossos fracassos nos definam - temos de permitir que eles nos ensinem as suas lições. Temos de deixar que nos mostrem o que devemos fazer de maneira diferente quando voltamos a tentar. Não é por nos metermos num sarilho que somos desordeiros. Isso só quer dizer que temos de fazer um esforço maior por nos comportarmos bem. Não é por termos uma má nota que somos estúpidos. Essa nota só quer dizer que temos de estudar mais.

Ninguém nasce bom em nada. Tornamo-nos bons graças ao nosso trabalho. Não entramos para a primeira equipa da universidade a primeira vez que praticamos um desporto. Não acertamos em todas as notas a primeira vez que cantamos uma canção. Temos de praticar. O mesmo acontece com o trabalho da escola. É possível que tenham de fazer um problema de Matemática várias vezes até acertarem, ou de ler muitas vezes um texto até o perceberem, ou de fazer um esquema várias vezes antes de poderem entregá-lo.

Não tenham medo de fazer perguntas. Não tenham medo de pedir ajuda quando precisarem. Eu todos os dias o faço. Pedir ajuda não é um sinal de fraqueza, é um sinal de força. Mostra que temos coragem de admitir que não sabemos e de aprender coisas novas. Procurem um adulto em quem confiem - um pai, um avô ou um professor ou treinador - e peçam-lhe que vos ajude.

E mesmo quando estiverem em dificuldades, mesmo quando se sentirem desencorajados e vos parecer que as outras pessoas vos abandonaram - nunca desistam de vocês mesmos. Quando desistirem de vocês mesmos é do vosso país que estão a desistir.

A história da América não é a história dos que desistiram quando as coisas se tornaram difíceis. É a das pessoas que continuaram, que insistiram, que se esforçaram mais, que amavam demasiado o seu país para não darem o seu melhor.

É a história dos estudantes que há 250 anos estavam onde vocês estão agora e fizeram uma revolução e fundaram este país. É a dos estudantes que estavam onde vocês estão há 75 anos e ultrapassaram uma depressão e ganharam uma guerra mundial, lutaram pelos direitos civis e puseram um homem na Lua. É a dos estudantes que estavam onde vocês estão há 20 anos e fundaram a Google, o Twitter e o Facebook e mudaram a maneira como comunicamos uns com os outros.

Por isso hoje quero perguntar-vos qual é o contributo que pretendem fazer. Quais são os problemas que tencionam resolver? Que descobertas pretendem fazer? Quando daqui a 20 ou a 50 ou a 100 anos um presidente vier aqui falar, que vai dizer que vocês fizeram pelo vosso país?

As vossas famílias, os vossos professores e eu estamos a fazer tudo o que podemos para assegurar que vocês têm a educação de que precisam para responder a estas perguntas. Estou a trabalhar duramente para equipar as vossas salas de aulas e pagar os vossos livros, o vosso equipamento e os computadores de que vocês precisam para estudar. E por isso espero que trabalhem a sério este ano, que se esforcem o mais possível em tudo o que fizerem. Espero grandes coisas de todos vocês. Não nos desapontem. Não desapontem as vossas famílias e o vosso país. Façam-nos sentir orgulho em vocês. Tenho a certeza que são capazes.

Deixo à vossa reflexão os seguintes pontos:

 - O que é que acham do manifesto de Obama para os alunos americanos?

-  Quais são os objectivos que traçaram para os vossos estudos?

-  O que é que pensam fazer, no futuro, por vocês e pelo vosso país?

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

The Waterboys - Red Army Blues

A propósito do tema da Guerra Fria, que foi recentemente leccionado em Geografia C, vou mostrar-lhes uma canção antiga dos Waterboys "Red Army Blues" (Blues do Exército Vermelho) em que é contada a triste história de um soldado soviético que na parte final da Segunda Guerra Mundial comete o "crime" de conhecer em Berlim um soldado americano (que afinal não era muito diferente dele) e que depois é deportado para a Sibéria para um "Gulag" (campo de concentração de presos políticos do período comunista da União Soviética) só pelo facto de ter tido um contacto com um ocidental!!!!
Eram os tempos da Guerra Fria e das relações muito tensas entre o bloco soviético (comunista) e o bloco ocidental pró-americano (capitalista) .



Para entenderem melhor a história da canção aqui ficam as respectivas letras:

When I left my home and my family
My mother said to me
Son, its not how many germans you kill that counts
Its how many people you set free

So I packed my bags
Brushed my cap
Walked out into the world
Seventeen years old
Never kissed a girl

Took the train to voronezh
That was as far as it would go
Changed my sacks for a uniform
Bit my lip against the snow
I prayed for mother russia
In the summer of 43
And as we drove the germans back
I really believed
That God was listening to me

We howled into berlin
Tore the smoking buildings down
Raised the red flag high
Burnt the reichstag brown
I saw my first american
And he looked a lot like me
He had the same kinda farmers face
Said hed come from some place called hazzard, tennessee

Then the war was over
My discharge papers came
Me and twenty hundred others
Went to stettiner for the train
Kiev! said the commissar
From there your own way home
But I never got to kiev
We never came by home
Train went north to the taiga
We were stripped and marched in file
Up the great siberian road
For miles and miles and miles and miles
Dressed in stripes and tatters
In a gulag left to die
All because comrade stalin was scared that
Wed become too westernized!

Used to love my country
Used to be so young
Used to believe that life was
The best song ever sung
I would have died for my country
In 1945
But now only one thing remains
But now only one thing remains
But now only one thing remains
But now only one thing remains
The brute will to survive!

Site de Mike Scott e dos Waterboys: http://www.mikescottwaterboys.com/

O Muro de Berlim

O Muro de Berlim foi uma barreira física, construída pela República Democrática Alemã (Alemanha Oriental) durante a Guerra Fria, que circundava toda a Berlim Ocidental, separando-a da Alemanha Oriental, incluindo Berlim Oriental. Este muro, além de dividir a cidade de Berlim ao meio, simbolizava a divisão do mundo em dois blocos ou partes: um que era constituído pelos países capitalistas encabeçados pelos Estados Unidos e um outro que era constituído pelos países comunistas simpatizantes do regime soviético. Construído na madrugada de 13 de Agosto de 1961, dele faziam parte 66,5 km de gradeamento metálico, 302 torres de observação, 127 redes metálicas electrificadas com alarme e 255 pistas de corrida para ferozes cães de guarda. Este muro provocou a morte a 80 pessoas identificadas, 112 ficaram feridas e milhares aprisionadas nas diversas tentativas de o atravessar.

O Muro de Berlim começou a ser derrubado no dia 9 de Novembro de 1989, acto inicial da reunificação das duas Alemanhas, que formaram finalmente a República Federal da Alemanha, acabando também a divisão do mundo em dois blocos. Muitos apontam este momento também como o fim da Guerra Fria.

O governo de Berlim incentiva a visita do muro derrubado, tendo preparado a reconstrução de trechos do muro. Além da reconstrução de alguns trechos está marcado no chão o percurso que o muro fazia quando estava erguido.

Para saberem mais sobre o Muro de Berlim consultem a Wikipédia em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Muro_de_Berlim

A crise dos mísseis de Cuba

O episódio conhecido como a crise dos mísseis de Cuba, ocorrido em Outubro de 1962, foi um dos momentos de maior tensão da Guerra Fria.

A crise começou quando os soviéticos, em resposta a instalação de mísseis nucleares na Turquia em 1961 e à invasão de Cuba pelos estado-unidenses no mesmo ano, instalou mísseis nucleares em Cuba. Em 14 de Outubro, os Estados Unidos divulgaram fotos de um vôo secreto realizado sobre Cuba apontando cerca de quarenta silos para abrigar mísseis nucleares. Houve enorme tensão entre as duas super-potências pois uma guerra nuclear parecia mais próxima do que nunca. O governo de John F. Kennedy, apesar de suas ofensivas no ano anterior, encarou aquilo como um acto de guerra contra os Estados Unidos.

Nikita Kruschev, o Primeiro-ministro da URSS na época, afirmou que os mísseis nucleares eram apenas defensivos, e que tinham sido lá instalados para dissuadir uma outra tentativa de invasão da ilha, indignando assim ainda mais os americanos. Anteriormente, em 17 de abril de 1961 (logo após o vôo de Yuri Gagarin), o governo Kennedy já tinha tentado um fracassado desembarque na Baía dos Porcos (operação planeada pela CIA, que usou os refugiados da ditadura de Fulgêncio Batista como peões na fracassada tentativa de derrubar o regime cubano). Mas agora a situação era muito mais séria.

Nenhum presidente dos Estados Unidos poderia admitir a existência de mísseis nucleares daquela dimensão a escassos 150 quilómetros do seu território nacional. O presidente Kennedy acautelou Khruschev de que os EUA não teriam dúvidas em usar armas nucleares contra esta iniciativa russa. Ou desativavam os silos e retiravam os mísseis, ou a guerra seria inevitável.

Foram treze dias de suspense mundial devido ao medo de uma possível guerra nuclear, até que em 28 de Outubro Kruschev, após conseguir secretamente uma futura retirada dos mísseis norte-americanos da Turquia, concordou em remover os mísseis de Cuba.

Enquanto os EUA e a URSS negociavam, a população norte-americana tentava defender-se como podia. Nunca antes se tinha comprado tanto cimento e tijolo na história dos EUA depois que John Kennedy ter declarado a verdadeira gravidade da situação pela televisão. Milhares de chefes de família, aterrorizados, trataram de cavar nos seus pátios e jardins pequenos abrigos que possibilitassem a sobrevivência da sua família durante a possível guerra nuclear.

Na década de 1960, havia uma clara tendência para a proliferação dos arsenais nucleares. Por esta razão, e ainda sob o impacto da crise dos mísseis de Cuba, os Estados Unidos, a União Soviética e a Grã-Bretanha assinaram, em 1963, um acordo que proibia testes nucleares na atmosfera, no alto-mar e no espaço (assim, apenas testes subterrâneos poderiam ser legalmente realizados). Em 1968, as duas super-potências e outros 58 países aprovaram o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares. O objectivo desse acordo era tentar conter a corrida armamentista dentro de um certo limite, com ele, os países que já possuíam artefatos nucleares comprometiam-se a limitar seus arsenais e os países que não os possuiam ficavam proibidos de desenvolvê-los, mas poderiam requisitar dos primeiros tecnologia nuclear para fins pacíficos.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Crise_dos_m%C3%ADsseis_de_cuba

O Bloqueio de Berlim

O Bloqueio de Berlim (de 24 de junho de 1948 a 11 de maio de 1949) tornou-se uma das maiores crises da Guerra Fria, desencadeada quando a União Soviética interrompeu o acesso ferroviário e rodoviário à cidade de Berlim Ocidental. A crise arrefeceu ao ficar claro que a URSS não agiria para impedir a ponte aérea de alimentos e outros géneros organizada e operada pelos Estados Unidos, Reino Unido e França.

Com o término da Segunda Guerra Mundial em 8 de maio de 1945, as tropas soviéticas e ocidentais (americanas, britânicas e francesas) encontravam-se espalhadas pela Europa, aquelas a leste, estas a oeste, formando uma linha divisória arbitrária no centro do continente. Na Conferência de Potsdam, os aliados acordaram dividir a Alemanha derrotada em quatro zonas de ocupação (conforme os princípios previamente definidos na Conferência de Ialta), conceito também aplicado a Berlim, que foi então partilhada em quatro setores. Como Berlim havia ficado bem no centro da zona de ocupação soviética da Alemanha (que viria a tornar-se a Alemanha Oriental), as zonas americana, britânica e francesa em Berlim encontravam-se cercadas por território ocupado pelo Exército Vermelho. Esta situação viria a ser um ponto focal das tensões que levariam à dissolução da aliança sovieto-ocidental formada na Segunda Guerra.

A URSS encerrou o bloqueio à 00h01 de 12 de maio de 1949. Contudo, a ponte aérea continuou a funcionar até 30 de setembro, pois os quatro países ocidentais preferiram criar um stock de suprimentos em Berlim Ocidental para o caso de novo bloqueio soviético.


A Doutrina Truman

No início de 1947, estava dado o passo inicial da política da Guerra Fria, quando os Estados Unidos decidiram substituir a Inglaterra no controlo da região do Mediterrâneo Oriental, principalmente na Grécia e na Turquia, contra o avanço soviético. A justificativa desse intervencionismo consta num discurso de Harry Truman ao Congresso Norte-americano:

"(...) O governo britânico informou-nos de que, em virtude das suas próprias dificuldades, não pode proporcionar por mais tempo a ajuda financeira ou económica que vinha prestando à Turquia. Somos o único país capaz de fornecê-la...
Os povos de certo número de países do mundo tiveram recentemente de aceitar regimes totalitários impostos, à força, contra a sua vontade. O governo dos Estados Unidos tem lavrado amiudados protestos contra a coerção e a intimidação, em flagrante desrespeito ao acordo de Yalta, na Polónia, na Roménia e na Bulgária. Devo também consignar que em certo número de outros países têm ocorrido factos semelhantes.
No momento actual da história do mundo quase todas as nações se vêem na contingência de escolher entre modos alternativos de vida. E a escolha, frequentemente, não é livre.
Um dos modos de vida baseia-se na vontade da maioria e distingue-se pelas instituições livres, pelo governo representativo, pelas eleições livres, pelas garantias de liberdade individual, pela liberdade de palavra e de religião, pela libertação da opressão política.
O segundo modo de vida baseia-se na vontade da minoria, imposta pela força à maioria. Escora-se no terror e na opressão, no controle da imprensa e do rádio, em eleições fixas e na supressão das liberdades pessoais.
Acredito que precisamos ajudar os povos livres a elaborar seus destinos à sua maneira. Acredito que a nossa ajuda deve ser dada, principalmente, através da assistência económica e financeira, essencial à estabilidade económica e aos processos ordenados...
Alem dos fundos, solicito ao Congresso que autorize o envio pessoal civil e militar à Turquia e à Grécia, a pedido desses países, a fim de assistir nas tarefas de reconstrução e com o propósito de supervisionar o emprego da assistência financeira e material que vier a ser fornecido...
Se fraquejarmos na nossa liderança, podemos pôr em perigo a paz do mundo – e poremos seguramente o bem-estar da nossa nação..."

Assim, estava lançada a base da Doutrina Truman. Segundo a qual a URSS apresentava um antagonismo inconciliável com o mundo capitalista, e a sua tendência expansionista só poderia ser contida mediante a hábil e vigente aplicação de uma contra força numa série de pontos geográficos e políticos em constante mudança correspondente às mudanças e manobras das políticas soviéticas. Pela Doutrina Truman, era necessário bloquear o expansionismo soviético ponto a ponto, país por país, em todos os lugares que eles se manifestasse.

De seguida podem visionar um vídeo sobre o discurso de Truman no Congresso norte-americano e que deu origem à chamada "Doutrina Truman".

A Guerra Fria

O vídeo que se segue, falado em castelhano, faz uma síntese do período da Guerra Fria. É muito interessante sobretudo para os alunos de Geografia C do 12º ano.

ONU: Portugal regressa ao Conselho de Segurança


Portugal foi eleito no passado dia 12 de Outubro, pela terceira vez, como membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU. Este facto constitui um grande feito da diplomacia portuguesa. Esta será a terceira vez que Portugal tem assento no CS, depois de ter sido eleito para os biénios de 1979-80 e de 1997-98.

O Conselho de Segurança da ONU, para o qual Portugal foi eleito com 150 votos para um mandato de dois anos como membro não permanente, é o órgão responsável pela manutenção da paz e da segurança internacionais.

O Conselho de Segurança (CS) é composto por quinze membros: cinco permanentes com direito de veto - China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia - e dez não-permanentes.


A cada ano, em Outubro ou Novembro, são eleitos pela Assembleia-Geral cinco membros não-permanentes para mandatos de dois anos que se iniciam a 01 de janeiro seguinte. A cada um dos 192 países representados na Assembleia corresponde um voto.

Os membros não-permanentes, ou eleitos, distribuem-se por grupos regionais: África (3), América Latina e Caraíbas (2), Ásia (2), Europa Ocidental e Outros (2) e Europa de Leste (1). O grupo a que Portugal concorreu inclui, além dos países da Europa Ocidental, o Canadá, a Austrália e a Nova Zelândia.

A presidência do CS é exercida rotativamente pelos seus 15 membros por períodos de um mês, seguindo a ordem alfabética dos países na língua inglesa.

A partir de 1 de janeiro o grupo dos dez membros não-permanentes passa a integrar: Brasil, Bósnia-Herzegovina, Gabão, Líbano e Nigéria, eleitos em outubro de 2009, e a África do Sul, Alemanha, Brasil, Índia e Portugal.
Fonte: Expresso

sábado, 16 de outubro de 2010

Cardiovascular Health - Cardiovascular Continuum

Este vídeo é fantástico, na medida que em que nos mostra de uma forma tão eficaz e em apenas 3 minutos e 40 segundos como podemos reduzir ou aumentar a nossa longevidade, em função das opções que tomamos no nosso dia-a-dia.Um filme sobre como tratamos o nosso coração. Não percam.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Setembro mais seco dos últimos 22 anos

Segundo o Instituto de Meteorologia, o mês de Setembro foi o mais seco dos últimos 22 anos, com uma anomalia de -31,5 mm, em relação ao respectivo valor normal de 1971-2000, o que classifica o mês como seco a extremamente seco em quase todo o território, com excepção do interior Norte e Centro que se classificou com normal.

No final do mês, praticamente todo o território, 91%, se encontrava em situação de seca meteorológica fraca a moderada, sendo que os restantes 8% se encontravam em situação de seca severa, afectando principalmente as regiões do litoral Norte e Centro.

Em termos de temperatura do ar, Setembro caracterizou-se por valores médios da temperatura do ar máxima e média superiores aos respectivos valores normais de 1971-2000, com anomalias de +1,2ºC e +0,7ºC, respectivamente. O valor médio da temperatura mínima do ar foi muito próximo do valor normal com uma anomalia de +0,1ºC.

Fonte: Instituto de Meteorologia

domingo, 10 de outubro de 2010

A Montanha do Pico, nos Açores - O Ponto Mais Elevado de Portugal (2 351 m)

A Montanha do Pico (ou Ponta do Pico, ou ainda simplesmente Pico) é o ponto mais alto do vulcão do mesmo nome na ilha do Pico, no arquipélago dos Açores. O cume da montanha está a 2.351 m acima do nível médio do mar, sendo o ponto mais alto de Portugal. É também o ponto mais alto da dorsal meso-atlântica, embora existam pontos mais altos em ilhas atlânticas, mas fora da dorsal. Medido a partir da zona abissal contígua, o edifício vulcânico tem quase 5.000 m de altura, quase metade submersa sob as águas do Atlântico.

A Montanha do Pico foi inicialmente classificada como reserva em Março de 1972 para e por diploma datado de 12 de Maio de 1982 lhe ser atribuído o estatuto de Reserva Natural da Montanha do Pico pelo Decreto Regional 15/82/A.

O Vulcão do Pico é muito recente em termos geológicos (aproximadamente 750 mil anos de idade), entrando em actividade pela última vez no seu flanco sueste (São João) no século XVIII.

É escalável por trilhos marcados ou por serviço de um guia. No caso de querer escalar a montanha certifique-se que está em boas condições de saúde, tem equipamento adequado para as mudanças meteorológicas e que tenha um guia ou alguém que conheça bem a montanha. Podem ocorrer, muito rapidamente, mudanças meteorológicas que podem pôr em perigo as pessoas, podendo causar situações de pânico devido ao facto de se poder facilmente perder o trilho.

Subir a montanha é uma experiência fantástica e disponível a todos os que estiverem aptos a actividades físicas e que possuam vontade. No entanto, apresenta um grau de dificuldade relativamente elevado, especialmente na parte mais elevada. Demorei 3 h e 45 m a escalar a montanha desde a sua base (local onde termina a estrada). O nascer ou pôr do sol visto a partir do seu ponto mais alto (Piquinho ou Pico Alto) é uma experiência fantástica e única, segundo os testemunhos de muitas pessoas.

Na parte mais baixa das suas encostas encontra-se a Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico, classificada pela UNESCO como património mundial.

A montanha do Pico alberga uma flora de grande diversidade e raridade, incluindo espécies endémicas no arquipélago.

Fonte: Wikipédia (adaptado)

De seguida vejam mais algumas imagens belíssimas desta montanha que todos os portugueses deviam conhecer, pelo menos uma vez na sua vida.

FMI avisa que Portugal será a pior economia da União Europeia em 2015

A notícia de ontem do Público não podia ser mais preocupante para os portugueses. Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), Portugal é o país que vai crescer menos, que terá o pior défice orçamental e externo da zona euro e uma das taxas de desemprego mais elevadas. Até a Grécia estará melhor. Leiam a notícia com atenção e digam-me se não estão muito preocupados com o futuro do nosso país.

Daqui a cinco anos, Portugal será o país que vai ficar pior na fotografia da Europa tirada pelo FMI. Depois de entrar em recessão no próximo ano, a economia vai voltar a crescer em 2012, mas a um ritmo mais lento do que qualquer outro país da União Europeia (UE). Além disso, terá o maior défice orçamental e externo, a quarta pior taxa de desemprego e a quinta maior dívida pública da UE. E já nem mesmo poderá consolar-se com a situação da Grécia, que voltará a crescer acima de dois por cento já em 2013.

Nas suas previsões semestrais apresentadas na passada quarta-feira, o FMI reservou para Portugal o seu cenário mais pessimista. A própria previsão de estagnação para 2011 foi revista em baixa por um dos directores da organização, por não incluir as novas medidas de austeridade anunciadas pelo Governo. Mas, mesmo sem contabilizar o impacto que a nova dose de contenção orçamental terá na economia, as previsões do FMI são já as mais pessimistas de toda a União Europeia.

Logo a partir de 2012 e até 2015 (que é até onde vão as projecções do FMI), Portugal será o país que vai crescer menos na UE. Daqui a cinco anos, o Produto Interno Bruto (PIB) aumentará uns tímidos 1,2 por cento, menos de metade da média prevista para os 27 países da UE (2,77 por cento). A Espanha e a Irlanda, dois países que, tal como Portugal, têm sofrido o ataque dos mercados internacionais sobre a dívida pública, vão regressar ao crescimento já no próximo ano e, em 2015, estarão a crescer 2,01 e 3,49 por cento, respectivamente.

Até a Grécia, que desencadeou a turbulência nos mercados internacionais da dívida pública e teve mesmo de recorrer à ajuda da UE e do FMI, vai recuperar mais rapidamente do que Portugal. Após um plano agressivo de austeridade que manterá o país em recessão no próximo ano, a economia grega terá um crescimento duas vezes superior ao da economia portuguesa em 2015. Nos anos anteriores, a diferença entre os dois países será pouco menor.

Do mesmo modo, a Grécia conseguirá reduzir progressivamente o seu défice até 2015, à semelhança de outros países que estiveram no epicentro da crise da dívida pública como a Espanha e a Irlanda. Portugal só conseguirá atenuar o desequilíbrio das contas públicas até 2013. A partir de 2014, ano em que começam a cair as primeiras facturas das parcerias público-privadas relativas às cinco novas subconcessões da Estradas de Portugal, o défice voltará a subir. Em 2015, atingirá 5,82 por cento do PIB, o pior nível da UE e bastante acima do compromisso de três por cento firmado com a Comissão Europeia.

Uma trajectória semelhante será seguida pelo défice externo português que, já no próximo ano, deverá ultrapassar o da Grécia como o pior entre os países da UE. O cenário vai manter-se até 2015, apesar de o défice ir baixando ano após ano. Na dívida pública, Portugal vai manter-se um dos países com piores indicadores em 2015, apresentando o quinto maior nível de endividamento do Estado na UE, depois de Grécia, Itália, Bélgica e Irlanda.

Quanto ao desemprego, é e continuará a ser o calcanhar de Aquiles da economia portuguesa. O FMI prevê que a taxa de desemprego bata um novo recorde em 2012, atingindo os 11,6 por cento da população activa. Só a partir daí, o número de pessoas sem trabalho começará a diminuir, atingindo 10,8 por cento em 2015. Ainda assim, esta será a quarta pior taxa de desemprego da UE, depois da de Espanha (15,3), Grécia (13,4) e Letónia (13).

Os dados do FMI mostram ainda que Portugal é um dos quatro países da zona euro que mais viu aumentar o número de desempregados entre 2008 e 2015. No espaço de sete anos, a taxa de desemprego subiu 3,1 pontos percentuais. Nos países da moeda única, só a Grécia, a Espanha e a Irlanda tiveram aumentos superiores.

A agravar o cenário, Portugal não conseguirá recuperar os postos de trabalho perdidos na sequência da crise económica e financeira dos últimos anos, chegando a 2015 com uma taxa de desemprego bastante superior à registada em 2008 - 10,83 contra 7,74 por cento.

Partindo dos actuais números da população activa, isso significa que, daqui a cinco anos, haveria 604 mil de desempregados, ou seja, mais do que os actuais 590 mil. O próprio Banco de Portugal, quando lançou anteontem as suas últimas previsões para a economia, alertou que o desemprego iria continuar a subir "num futuro próximo". Isto irá estrangular o consumo privado e o investimento, comprometendo o crescimento da economia.

A piorar a situação, as previsões de desemprego do FMI não contabilizam o impacto das novas medidas de austeridade, anunciadas na semana passada pelo Governo. Com um corte de cinco por cento na massa salarial da função pública, com o congelamento das pensões e com um aumento do IVA para 23 por cento, entre outras medidas, dificilmente o mercado de trabalho conseguirá dar sinais de retoma nos tempos mais próximos.

Fonte: http://economia.publico.pt/Noticia/fmi-avisa-que-portugal-sera-a-pior-economia-da-ue-em-2015_1460191

Numa entrevista hoje ao semanário Expresso, o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos,  admitiu que com taxas de juro que se aproximem dos sete por cento, Portugal “entra num terreno” em que é melhor recorrer ao fundo europeu e ao FMI. Actualmente, as taxas de juro da dívida portuguesa estão acima dos 6 por cento, depois de terem estado a um máximo histórico de 6,5 por cento.

“Com taxas de juro que se aproximem dos sete por cento entramos num terreno onde essa alternativa começa a colocar-se, comparando-se os custos de financiamento”, disse Teixeira dos Santos ao Expresso.

A taxa de juro da dívida portuguesa é o preço que os mercados pedem a Portugal pelo dinheiro que o país pede emprestado.

Será que o FMI vai, de facto, entrar no nosso país e disciplinar as contas públicas de Portugal e fazer aquilo que nós (governantes/políticos portugueses) não somos capazes ou não queremos ou não temos coragem para fazer? Vão ser exigidos ainda mais sacrifícios aos portugueses (ou seja, aos do costume)?

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Prémio Nobel da Paz atribuído ao activista chinês Liu Xiaobo


Hoje foi conhecido o Prémio Nobel da Paz 2010. Este ano o prémio, que é entregue anualmente pelo Instituto Nóbel norueguês, foi atribuído ao activista chinês Liu Xiaobo “pela sua longa e não violenta luta pelos direitos humanos fundamentais na China”.

O galardoado era um dos favoritos deste ano, tendo dedicado a sua vida a defender os direitos humanos dentro e fora do seu país. O também ex-professor de Literatura de 54 anos passou as duas últimas décadas a entrar e a sair de estabelecimentos prisionais chineses por defender e lutar por uma reforma democrática.
Como todos sabemos, a China que é um gigante económico em grande ascensão(já é a segunda potência económica mundial, logo a seguir aos EUA, continua a ser tristemente conhecida pelo desrespeito aos Direitos Humanos, nomeadamente à liberdade política. Basta lembrarmo-nos do que se passou em 4 de Junho de 1989, na praça de Tiananmen, em que uma série de manifestações pacíficas lideradas por estudantes foram reprimidas violentamente tendo sido mortos  milhares de manifestantes.

Hoje, o percurso Liu Xiaobo valeu-lhe o primeiro Nobel da Paz para o seu país, com o comité a salientar que há muito que acredita que “existe uma relação próxima entre os direitos humanos e a paz”, reforçando que o próprio Alfred Nobel disse que são um pré-requisito para a “fraternidade entre nações”.

Entre algumas nas iniciativas mais conhecidas do agora Nobel da Paz, destaca-se o manifesto que promoveu em Dezembro de 2008 e que ficou conhecido como “Carta 08” – em analogia com a “Carta 77” dos dissidentes da Checoslováquia comunista – e que foi publicada no 60º aniversário da Declaração Universal dos Direitos do Homem das Nações Unidas. Liu Xiaobo, após ter participado nos protestos da Praça Tiananmen, em 1989, foi já detido várias vezes. Na última detenção, um ano após a carta, foi condenado a onze anos de prisão.

Como seria de esperar, o governo chinês reagiu muito mal à escolha  do Instituto Nobel norueguês, tendo inclusivamente feito algumas ameaças à Noruega. Aliás, o Director do  Instituto confirmou, na semana passada, que um responsável político chinês o advertiu para as consequências que uma decisão destas acarretaria em termos de diplomacia com a China. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros foi peremptório, em Setembro, ao declarar que Liu violara a lei e as suas acções eram “totalmente contrárias aos propósitos do Prémio Nobel da Paz”. E ameaçou que se o prémio avançasse que os negócios noruegueses na China ficariam em risco, com uma referência directa à gigante do petróleo e gás, a Statoil.

Será que a atribuição deste prémio nobel poderá ajudar a tornar a China um país mais respeitador da liberdade de expressão e dos Direitos Humanos?

Fontes: http://www.publico.pt/Mundo/activista-chines-liu-xiaobo-e-o-nobel-da-paz_1460055
http://pt.wikipedia.org/wiki/Protesto_na_Pra%C3%A7a_da_Paz_Celestial_em_1989

De seguida podem visionar um vídeo que retrata os acontecimentos que ocorreram na Praça Tiananmen, em 1989. Chamo a atenção para o facto de algumas imagens poderem ser consideradas chocantes, pelo que não devem ser vistas pelas pessoas mais impressionáveis.

Jonh Lennon - Imagine (70º aniversário do seu nascimento)


Hoje gostaria de recordar a figura de Jonh Lennon que faria amanhã 70 anos se, infelimente, não tivesse sido assassinado em 8 de dezembro de 1980, em Nova York, por Mark David Chapman, quando regressava a casa, vindo do estúdio de gravação, junto com a mulher (Yoco Ono).

John Winston Ono Lennon nasceu em Liverpool (Inglaterra) em 9 de Outubro de 1940, foi um músico, compositor, escritor e activista em favor da paz.

John Lennon ganhou notoriedade mundial como fundador do grupo de rock britânico The Beatles. Na época da existência dos Beatles, John Lennon formou com James Paul McCartney o que seria uma das mais famosas duplas de compositores de todos os tempos, a dupla Lennon/McCartney.

Em 10 de abril de 1970, Paul McCartney anunciou oficialmente o fim dos Beatles. Antes disso, John Lennon havia lançado outros dois álbuns experimentais, "Life with lions" e "Wedding album". Também lançara o compacto "Cold Turkey" e o disco ao vivo "Live peace in Toronto", creditados a banda "Plastic Ono Band", com a participação de Eric Clapton. No final do ano, sai o primeiro disco solo de Lennon, após o fim dos Beatles: John Lennon/Plastic Ono Band, que contou com a participação de Ringo Starr, Yoko Ono e Klaus Voormann.

Dentre as composições de destaque de John Lennon (creditadas a Lennon/ McCartney) estão "Help!", "Strawberry Fields Forever" e "All You Need Is Love", "Revolution", "Lucy in the Sky with Diamonds", "Come Together","Across the Universe,"Don't Let Me Down" e na carreira solo "Imagine", "Happy Xmas (War Is Over)", "Woman", "(Just Like) Starting Over" e "Watching the Wheels".

Em 2008, John foi considerado pela revista Rolling Stone, o 5º melhor cantor de todos os tempos.

Para o recordarmos mais uma vez, deixo-vos uma das minhas canções favoritas e sem dúvida uma das melhores canções de sempre: Imagine. Mais abaixo podem acompanhar a letra da canção.



Fonte: Wikipédia

Imagine

Imagine there's no heaven,
It's easy if you try,
No hell below us,
Above us only sky,
Imagine all the people
living for today...

Imagine there's no countries,
It isnt hard to do,
Nothing to kill or die for,
No religion too,
Imagine all the people
living life in peace...

Imagine no possessions,
I wonder if you can,
No need for greed or hunger,
A brotherhood of men,
imagine all the people
Sharing all the world...

You may say I'm a dreamer,
but Im not the only one,
I hope some day you'll join us,
And the world will live as one

John Lennon

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Rio Danúbio atingido pela onda tóxica húngara

A onda de poluição causada pelo derrame de lamas industriais de uma unidade de processamento de alumínio na Hungria chegou esta quinta-feira ao rio Danúbio — o segundo mais longo da Europa.

Durante a manhã, a água descarregada pelo rio Raba no Danúbio mostrava-se mais alcalina do que o normal, com o pH a atingir 9,3, numa escala de 0 a 14. À tarde começaram a aparecer peixes mortos na confluência do Raba com o Danúbio. Os peixes “não resistem a um pH de 9,1”, disse Tibor Dobson, chefe regional dos serviços anticatástrofes da Hungria, citado pela Agência France Presse.

Dois dias depois do rebentamento da barragem de lamas alcalinas contendo compostos metálicos — causando quatro mortes, três desaparecimentos e 150 feridos —, os danos ecológicos começam a tornar-se mais visíveis. Cerca de um milhão de metros cúbicos de lamas foram projectados primeiro para a ribeira de Torna, com um pH de 13,5, tendo daí atingido o rio Marcal, depois o Raba e, agora, o Danúbio.

“Todo o ecossistema do rio Marcal foi destruído, pois a alcalinidade matou tudo”, disse Tibor Dobson à agência húngara de notícias MTI. A recuperação deverá demorar três a cinco anos, segundo Gabor Figeczky, da organização ambientalista WWF na Hungria. Pescadores recolhiam, ontem, peixes mortos do Marcal.

Nas vilas mais atingidas pela onda tóxica, a situação está muito longe de regressar ao normal. Em visita a Kolontar, a primeira localidade atingida e onde morreram quatro pessoas, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, disse que será impossível reocupar algumas zonas mais afectadas. “Será provavelmente necessário abrir um novo território para os habitantes e fechar esta parte da vila para sempre, porque é impossível viver aqui”, disse.

Representantes da empresa MAL Zrt, proprietária da unidade de fabrico de alumínio onde ocorreu o acidente, estiveram também em Kolontar, mas foram mal recebidos pela população. “Creio que a MAL fez tudo o que podia para aliviar os danos. Teremos de esperar pelo fim das investigações para determinar responsabilidades precisas”, disse Jozsef Deak, director da MAL, a um grupo de residentes, através do sistema de som de um carro de polícia. “Por que não tira os seus sapatos e volta a pé para a sua fábrica, pela porcaria que causou?”, disse um residente, citado pela agência Reuters.

A empresa está a concluir a construção de um dique de emergência, para evitar novos derrames do depósito de lamas. A MAL disponibilizou ainda cerca de 109 mil euros como auxílio de emergência para as três localidades mais afectadas e pagou as despesas dos funerais das vítimas. Por ora, a MAL classifica o acidente como um “desastre natural”, dizendo que nada fazia prever o rompimento da barragem. A seguradora da empresa está a fazer um levantamento dos danos provocados.

Fonte: http://www.publico.pt/Mundo/rio-danubio-atingido-pela-onda-toxica-hungara_1459954

Vejam de seguida um pequeno vídeo que reporta a onda tóxica na Hungria.

Previsão de precipitação e vento forte em Portugal Continental

De acordo com o Centro de Previsão do Instituto de Meteorologia, I.P, o estado do tempo no território do continente será condicionado por uma depressão bastante cavada, com um sistema frontal associado, pelo que se prevê para a próxima Sexta-Feira e madrugada de Sábado a ocorrência de precipitação que deverá ser forte em especial nas regiões do Norte e Centro, situação que será acompanhada de vento forte.

Para o distrito do Porto existe alerta amarelo (o segundo mais grave), estando previstos vento de Sul forte com rajada  até 100 km/h e chuva por vezes forte.

Fonte: Instituto de Meteorologia

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Green Day e U2 - The Saints Are Coming

No dia em que se comemora o Dia Mundial da Música deixo-vos, como seria de esperar, mais uma musiquinha que junta dois dos meus grupos preferidos, os U2 e os Green Day: "The Saints Are Coming" que chama a atenção para a tragédia de New Orleans que foi devastada há uns anos atrás pelo furacão Katrina e que mostrou ao Mundo como aquela região dos EUA (Louisiana), com uma numerosa comunidade negra, tem sido "esquecida" pela administração norte-americana, tendo indicadores económicos e sociais mais próximos de um país do Terceiro Mundo do que da maior superpotência mundial. Esta situação comprova a ideia de que mesmo nos países mais ricos do Mundo há as chamadas "ilhas de pobreza", tal como nos países mais pobres há "ilhas de riqueza".

Não se esqueçam que neste fim de semana os U2 actuam na cidade de Coimbra.