terça-feira, 20 de outubro de 2009

O bullying nas escolas portuguesas


O "bullying" é um dos assuntos que mais me preocupa e mais me revolta nas escolas portuguesas. Para muitos, o "bullying" é uma espécie de guerra silenciosa que atinge muitos lares portugueses e "arruína a vida" de cerca de 40 mil crianças. É uma situação vergonhosa e que é o reflexo do facto de alguns alunos por se acharem mais fortes perseguem covardemente aqueles que consideram mais frágeis. Metade dos alunos das escolas são autores ou vítimas de agressões escolares. Mas os peritos alertam para a falta de preparação das escolas para lidar com o fenómeno. Estas questões estão a ser debatidas no Congresso sobre Violência Escolar e Bullying, no Centro Cultural de Moscavide, em Lisboa.

Vejam a notícia sobre este assunto que foi publicada hoje no Diário de Notícias on line:


(...) Uma das oradoras do congresso é Sónia Seixas, professora universitária, que realizou um estudo sobre violência escolar em cinco estabelecimentos públicos do 3º ciclo, na Grande Lisboa, tendo concluído que 42,2% dos alunos são agressores ou vítimas de bullying. "Os professores não estão preparados para lidar com o problema. Resolvem as situações pelo bom senso, mas sentem falta de formação", avisa Sónia Seixas, explicando que percebeu a ausência de preparação nas visitas que faz aos vários estabelecimentos de ensino para falar de fenómeno. "O bullying é um comportamento agressivo, intencional e repetido, que acontece na escola para causar dano" explica a professora, acrescentando que no seu estudo verificou que 17,9% são agressores, 17,2% vítimas e 7,1% alternam entre os dois papéis. E, diz, a maioria dos episódio acontece nos locais privilegiados do aluno: no recreio, nos corredores, nos balneário ou nas casas de banho .

Já Mário Cordeiro, pediatra, considera que as escolas não apenas não sabem como lidar com os conflitos, como ignoram a dimensão do problema. "As escolas são tolerantes demais com o bullying", diz o médico, defendendo: "Tem de haver tolerância zero". As situações de violência escolar tendem a ser resolvidas com a mudança de escola da vítima de bullying ou com a suspensão do agressor. Mas, a opinião generalizada entre os especialistas, é que estas opções não são solução.

"A escola falha quando uma criança é obrigada a mudar" defende Fernanda Asseiceira, acrescentando que os alunos têm de ser acompanhados para que não fiquem traumatizados.

O trauma revela-se em sintomas psicosomáticos (dores de cabeça, insónias, vómitos), psicológicos (tristeza, desamparo ou até pensamentos suicidas) e nos resultados escolares (desmotivação, insegurança e notas baixas).

Se a solução usada na maioria das vezes com as vitimas de bullying está errada, o mesmo se pode dizer com as sanções aplicadas aos agressores. "Não se pode optar pela suspensão, porque é um reforço do estatuto social do agressor", explica Sónia Seixas.

Para os especialistas, não há receitas mágicas, mas é preciso apostar na prevenção. E, apesar do bullying ter o seu pico quando os alunos entram na adolescência, aos 13 anos, as práticas agressivas começam cada vez mais cedo, logo no jardim-de-infância. É preciso ensinar as crianças a resolver os problemas através da mediação. Para além disso, é preciso trabalhar a auto-estima, para aprenderem a ser assertivos. "Temos de ensinar as crianças que, em vez de chorarem, devem reclamar que o colega tirou o brinquedo" explica Graça Tavares.

Fonte: http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1393357



E o que pensam vocês deste assunto. Preocupa-vos? Já foram vítimas ou foram testemunhas de situações de bullying? Como reagiram? Denuciaram a situação? Tiveram apoio por parte dos pofessores e funcionários? E os vossos pais como lidaram com a situação?

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Chicken a la Carte

Ainda a propósito de tema do post anterior, fiquem com "Chicken a la carte", um pequeno filme Ferdinand Dimadura, de 2005, que já esteve em exibição neste blogue no ano lectivo anterior e que aborda o tema da fome e da pobreza trazidas pela globalização.

Europa perdeu o combate de 10 anos à pobreza

Sopa solidária no Porto

No passado sábado, dia 17 de Outubro, foi o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza. Apesar de ser a maior economia do planeta, a União Europeia contabiliza 79 milhões de pessoas pobres. A taxa oscila entre os 10 por cento da República Checa e os 25 da Roménia - Portugal está nos 18 %.

Vejam agora a notícia que saíu no Publico do passado dia 17:


Há dez anos, os líderes europeus tomaram uma decisão: "Provocar um impacte decisivo na erradicação da pobreza até 2010". Assinaram a Estratégia de Lisboa. O prazo está a terminar, mas dentro das fronteiras da União Europeia ainda moram 79 milhões de pobres. A taxa oscila entre os 10 por cento da República Checa e os 25 da Roménia - Portugal está nos 18. A UE prepara-se para traçar metas mais concretas para 2020.

A vice-presidente do Comité do Emprego e dos Assuntos Sociais, Elisabeth Jiménez, não usou paninhos quentes na sessão de abertura da 8.ª Mesa-Redonda sobre Pobreza e Exclusão Social, organizada pela Comissão Europeia e pela Presidência sueca Europeia, que nos últimos dois dias decorreu em Estocolmo: "Em primeiro lugar esteve sempre o crescimento económico - nunca os assuntos sociais", lembrou Elisabeth Jimenez.

Desde que a UE assumiu o compromisso de lutar contra a pobreza, em Lisboa, a situação até piorou na Alemanha, na Bélgica, na Dinamarca, na Finlândia, na Hungria, em Itália, na Lituânia, na Letónia, no Luxemburgo, na Polónia, na Suécia e na Roménia. Só em Portugal, na Irlanda, na Holanda e em Malta há registo de melhorias, segundo o Eurostat (em 2000, Portugal estava nos 21 por cento).

Uma ideia gerou consenso no encontro de dois dias: mais emprego não corresponde, necessariamente, a menos pobreza, como podem atestar os sete por cento de trabalhadores europeus pobres. Só na Alemanha, 1,3 milhões deles recorrem a prestações sociais para completar o salário. "Precisamos de novas políticas sociais", proclamou a deputada.

Mudanças nas políticas

"Nos próximos meses - talvez nas próximas semanas -, importantes decisões serão tomadas", explicou Antónia Carparelli, responsável pela unidade para as Políticas de Inclusão Social e Aspectos Sociais da Migração da Comissão Europeia. Está quase pronto o rascunho da nova estratégia - que desta vez não terá o nome de uma cidade, chamar-se-á, simplesmente, "2020".

Há um ano, a Comissão Europeia recomendou aos estados-membros assentar a luta contra a pobreza em três grandes pilares: garantia de um rendimento mínimo, políticas que favoreçam a inserção no mercado de trabalho e acesso a serviços sociais de qualidade.

Por estes, Antónia Carparelli pergunta-se: "Até que ponto essa recomendação continua válida? Até que ponto ainda é apoiada pelos estados-membros? Quando renovámos a agenda social não tínhamos ainda percebido que esta era a crise mais profunda do pós-guerra", nota Carparelli.

A economista recusa detalhes - até por não saber se se baseará no Tratado de Nice ou de Lisboa, que a República Checa ainda não assinou. Diz apenas que o presidente Durão Barroso "acredita que não se deve desperdiçar os consensos já alcançados". E defende metas "concretas, realistas, que se possam monitorizar": "A UE tem de se basear em objectivos quantitativos. Não tê-los foi uma das fraquezas da Estratégia de Lisboa".

O momento é delicado - a crise ameaça produzir seis novos milhões de desempregados até ao final de 2010. E "as decisões tomadas em tempo de crise influenciarão o futuro da UE", como salientou Trinidad Jiménez Garcia-Herrera, a ministra espanhola da Saúde e dos Assuntos Sociais, país que em Janeiro sucederá à Suécia na presidência da UE.

Há muita gente a pensar na nova estratégia. Não foi por acaso que a Rede Europeia Antipobreza (REA) pediu à comissão para declarar 2010 o ano europeu do combate à pobreza e à exclusão social, admitiu o presidente daquela estrutura, Ludo Horemans. O tema tem de marcar a agenda. O documento - cujo primeiro esboço será no final do mês aberto à discussão pública - terá de ser aprovado no próximo ano.

A par dos "perigos do mercado financeiro desregulado", a RAP vê na crise "a fraqueza de um modelo que promoveu o crescimento económico à custa da coesão social". Bate-se, por isso, por uma "EU que coloca a economia ao serviço do desenvolvimento social e sustentável".

O papel do Estado

Ludo Horemans nem quer ouvir pôr em causa os sistemas de protecção social. Por força da crise, novos grupos arriscam cair na pobreza (pela perda de empregos e habitações e pela entrada em ciclos de dívidas) e os que já lá estavam arriscam ficar mais tempo, aguentar existências mais duras. Como seria sem sistemas de protecção social?

Os sistemas de protecção "ajudaram a mitigar os piores impactes sociais da recessão", vincou, já no encerramento, o comissário europeu para o Emprego, Assuntos Sociais e Igualdade de Oportunidades, Vladimir Spidla. "A solidariedade é um valor fundamental da União Europeia, com todos os membros da sociedade a partilhar os benefícios em tempos de prosperidade e os fardos em tempos de dificuldade."

A longo prazo, os 27 estados-membros tem orientações para alimentar um modelo social sustentável. A curto prazo, Spidla considera "vital prevenir o círculo vicioso do desemprego de longa duração".

Maria Larsson, ministra sueca para o Cuidado dos Idosos e para a Saúde Pública, também defendeu ser fundamental evitar o desemprego de longa duração: "Quem ficar muito tempo desempregado, terá maiores dificuldades em entrar no mercado laboral quando a situação melhorar. A Suécia tem uma grande tradição de políticas de inclusão activa. E isso tem sido muito importante para manter a estabilidade económica e para prevenir a exclusão social".

Fonte: http://jornal.publico.clix.pt/noticia/17-10-2009/europa-perdeu-combate-de-dez-anos-contra-a-pobreza-18032861.htm

domingo, 18 de outubro de 2009

Índia vai construir um muro de mais de 3 000 quilómetros para separa este país do Bengladesh


Quando nos aproximamos da data em que a Alemanha e o Mundo, em geral, vão comemorar os 20 anos da queda do "Muro de Berlim", também conhecido pelo "Muro da Vergonha", ficamos a saber na última sexta que a Índia decidiu construir um muro com mais de 3 000 quilómetros (!!!!) para separar este país do Bengladesh, alegadamente, para impedir a imigração ilegal proveniente do país vizinho. Pelos vistos as razões também passam por questões religiosas e pelo terrorismo islâmico.

Enfim, mais um muro vergonhoso, que se soma àqueles que separam os EUA do México e Israel da Palestina (cisjordânia), entre outros.

Vejam a notícia do Público do passado dia 16 de Outubro:


Controlar uma fronteira cuja linha imaginária cruza pântanos, cursos de água e florestas praticamente impenetráveis é uma tarefa ciclópica. E tudo é ainda pior quando essa barreira política decepou comunidades e etnias, ignorou as lógicas locais e separou dois países por motivos religiosos. Hoje, a Índia, maioritariamente hindu, diz ser invadida todos os dias por imigrantes ilegais e terroristas oriundos do Bangladesh, o vizinho de maioria esmagadoramente muçulmana. Por isso, o Governo indiano decidiu construir uma vedação, em betão e arame farpado, cobrindo a maior parte (3200 quilómetros) dos mais de quatro mil quilómetros de fronteira entre os dois países.

A obra está orçamentada em 1,2 mil milhões de dólares (mais de 800 milhões de euros) e deverá ficar concluída em 2010. De acordo com observadores indianos, já está a reduzir os fluxos de imigração ilegal (os terroristas, esses, não se costumam deixam deter por barreiras físicas). Mas não é só na vertente financeira que o custo é elevado.

O puzzleda região é complexo: existem, segundo contas do jornalThe Times of India, 166 enclaves do lado errado da fronteira - 111 indianos no Bangladesh e 55 bangladeshianos na Índia. Há quem viva num país e tenha as suas terras no outro, quem compre numa aldeia e venda noutra, cruzando no processo uma fronteira que só se tornou visível quando as redes e as torres de vigilância começaram a nascer ao longo, ou mesmo no interior, da zona de 150 jardas (cerca de 137 metros) negociada pelos dois países como terra de ninguém, ou, como é conhecida, "linha zero".

Dezenas de mortos em 2009

As estatísticas falam de cerca de 800 mortos desde o ano 2000 (à volta de meia centena nos últimos seis meses, estima o diário espanholEl Mundo), os relatos dos jornalistas que visitam a região centram-se muitas vezes nos esquemas de corrupção postos em prática pelas duas forças encarregadas de vigiar a fronteira: a Border Security Force (BSF), do lado indiano, e os Bangladesh Rifles. Registaram-se várias trocas de tiros entre os militares dos dois países, com mortes à mistura, num passado recente, até porque o Bangladesh não encara com bons olhos a decisão do gigante vizinho de fortificar a fronteira.

Mas são as populações das regiões fronteiriças quem mais vezes se vê na mira das armas. Obrigados a pagar aos efectivos de ambas as polícias para fecharem os olhos às trocas comerciais e às movimentações que antigamente faziam parte do dia-a-dia das comunidades, os habitantes locais decidem por vezes não dar alimento à cobiça dos polícias, por convicção ou real incapacidade financeira. Às vezes morrem.

Muitos dos que são abatidos pelos tiros vindos do lado indiano não são imigrantes ilegais, mas sim gente que passa a fronteira com gado para vender do lado bangladeshiano - na Índia muçulmana as vacas são sagradas, o que não impede o país de ser um grande exportador de produtos bovinos... Mas não aqui, exactamente onde a tradição local sempre aceitou este tipo de transacção.

Uma nação cercada

A superpovoada Índia não tem uma boa relação com vários dos seus vizinhos e a solução de "fortificar" as fronteiras parece ter-se generalizado. A noroeste, com o Paquistão; a sudeste, com a Birmânia; praticamente a toda a volta do Bangladesh, que a Índia abraça quase completamente, o arame farpado e o betão tentam isolar a nação economicamente emergente dos seus vizinhos mais pobres.

No caso do Paquistão e do Bangladesh, há ainda o factor religioso: os imigrantes são muçulmanos. Como estas duas nações, que foram só uma até 1971 (ano em que o Bangladesh, até aí denominado Paquistão Oriental, se tornou independente), nasceram exactamente devido a critérios religiosos (foram separados da Índia em 1947, quando o Império britânico se retirou do subcontinente indiano, delimitando estes dois territórios para os muçulmanos e deixando o resto para os hindus) as tensões fronteiriças sáo históricas. Índia e Paquistão travaram três guerras entre 1947 e 1971 e a última conduziu à independência do Bangladesh, que foi apoiada por Nova Deli.

A Índia tem-se tornado mais islâmica devido à imigração (os muçulamanos seriam cerca de 13 por cento da população em 2001), enquanto no Paquistão e no Bangladesh a percentagem de hindus caiu rapidamente nas últimas décadas do século passado. Nas regiões fronteiriças da Índia com o Bangladesh o número de mu-?çulmanos aumentou de tal forma que há franjas da sociedade indiana que receiam a eclosão de conflitos étnicos - e, na Índia, um país onde os choques religiosos e os extremismos dão origem, com alguma frequência, em atentados e incidentes sangrentos, isto não é só retórica ou alarmismo.

A Índia sente-se ameaçada e, tal como outras nações já fizeram ou planeiam fazer, decidiu fechar-se atrás de muros. Mas, ao contrário do que sucede noutras paragens, esta tarefa ciclópica, que representa mais de uma vez e meia o que os Estados Unidos pretendem fazer na sua fronteira com o México ou quase oito vezes a distância coberta pela barreira entre Israel e a Palestina, tem-se mantido longe das atenções da opinião pública mundial.

Fonte: http://jornal.publico.clix.pt/noticia/16-10-2009/india-constroi-um-muro-de-mais-de-tres-mil-quilometros-na-fronteira-com-o-bangladesh-18027221.htm

Homens sujeitos a trabalho escravo são maioria dos casos confirmados de tráfico humano


Mais uma notícia inquietante sobre a condição humana - a escravatura humana em pleno século XXI e, ainda por cima, em... Portugal! É de facto uma vergonha para todos nós!

Vejam a notícia do dia de hoje no Público on line:

Homens sujeitos a trabalho escravo constituem a maioria dos casos já confirmados de tráfico de seres humanos em Portugal. Isto numa altura em que Portugal sinalizou, desde 2008, um total de 231 casos de tráfico de seres humanos, dos quais 41 (18 por cento) estão já confirmados.

“Ainda que os casos sinalizados sejam [de mulheres e] maioritariamente para fins de exploração sexual, a maioria dos casos já confirmados prende-se com a exploração laboral e respeitam a pessoas do sexo masculino”, sublinharam o coordenador do Observatório do Tráfico de Seres Humanos, Manuel Albano, e o presidente do mesmo observatório, Paulo Machado, numa declaração conjunta, hoje, no Porto.

Neste contexto, Paulo Machado salientou a aposta do observatório do dirige na inclusão da Autoridade para as Condições de Trabalho na sua rede de parceiros. “Aí temos pelo menos 150 inspectores que, nas suas operações de rotina e à boleia da sua actividade normal, poderão sinalizar situações menos claras” para serem investigadas posteriormente pelos órgãos de polícia criminal, afirmou.

Manuel Albano e Paulo Machado assinalaram que, “independentemente de posteriores confirmações” dos casos ainda em investigação, todas as situações sinalizadas são “relevantes”. “Sugerem sempre manifestações de descriminação, ilicitude, muitas vezes de violência de género, bem como de outros tipos de crimes”, enfatizaram os dois responsáveis na declaração que assinalou o Dia Europeu Contra o Tráfico de Seres Humanos.

Cerca de 90 por cento dos casos foram sinalizados em Portugal Continental, a partir de denúncia das próprias vítimas, que são maioritariamente mulheres da casa dos 30 anos, solteiras, de nacionalidade estrangeira e, em dois terços das situações, sem autorização de residência no país. Predominam entre as vítimas sinalizadas as mulheres que trabalham em estabelecimentos nocturnos do Norte, maioritariamente oriundas do Brasil, mas também de duas dezenas de outros países.

Uma parte, ainda que residual, do tráfico de seres humanos para fins sexuais detectado em Portugal - “menos de 10 por cento”, segundo Paulo Machado - afecta cidadãs autóctones. Um sistema de monitorização dos casos de tráfico de seres humanos vigora em Portugal desde 2008, no âmbito de um esforço articulado das autoridades para ajudar a travar este flagelo que, em todo o mundo, atinge 700 mil pessoas.

Esta medida inclui-se num pacote de acções que permitiram colocar Portugal “na vanguarda” do combate a esta prática”, segundo Manuel Albano. Uma das ambições do observatório é agora, de acordo com o responsável, harmonizar os registos internacionais destes casos cuja detecção implica, quase sempre, cooperação de autoridades de diversos países. “Admito que a medida seja implementada nos próximos meses. Para nós é muito relevante”, afirmou.

Fonte: http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1405666&idCanal=62

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

PowerPoint sobre o período da Guerra Fria


Ainda a propósito do tema da Guerra Fria, podem visionar aqui um PowerPoint alusivo ao tema e que foi projectado nas últimas aulas de Geografia C, abordando os segintes aspectos:
  • antecedentes da Guerra Fria;
  • factores que explicam a radicalização deste período;
  • características do período;
  • principais crises;
  • período da coexistência pacífica;
  • fim da Guerra Fria.

Jô Soares, a propósito da profissão dos Professores


Este é um texto que o humorista brasileiro, Jô Soares, escreveu sobre a grande dificuldade em ser-se professor hoje-em-dia no Brasil. Lá e cá os problemas são basicamente os mesmos.


PARA PENSAR.....


O material escolar mais barato que existe na praça é o professor!
É jovem, não tem experiência.
É velho, está superado.
Não tem automóvel, é um pobre coitado.
Tem automóvel, chora de "barriga cheia".
Fala em voz alta, vive gritando.
Fala em tom normal, ninguém escuta.
Não falta ao colégio, é um "Adesivo".
Precisa faltar, é um "turista".
Conversa com os outros professores, está "malhando" nos alunos.
Não conversa, é um desligado.
Dá muita matéria, não tem dó do aluno.
Dá pouca matéria, não prepara os alunos.
Brinca com a turma, é metido a engraçado.
Não brinca com a turma, é um chato.
Chama a atenção, é um grosso.
Não chama a atenção, não se sabe impor.
A prova é longa, não dá tempo.
A prova é curta, tira as hipóteses do aluno.
Escreve muito, não explica.
Explica muito, o caderno não tem nada.
Fala correctamente, ninguém entende.
Fala a "língua" do aluno, não tem vocabulário.
Exige, é rude.
Elogia, é debochado.
O aluno é retido, é perseguição.
O aluno é aprovado, deitou "água-benta".
É! O professor está sempre errado, mas, se conseguiu ler até aqui, agradeça a ele.


Jô Soares

terça-feira, 13 de outubro de 2009

O Muro de Berlim

O Muro de Berlim foi uma barreira física, construída pela República Democrática Alemã (Alemanha Oriental) durante a Guerra Fria, que circundava toda a Berlim Ocidental, separando-a da Alemanha Oriental, incluindo Berlim Oriental. Este muro, além de dividir a cidade de Berlim ao meio, simbolizava a divisão do mundo em dois blocos ou partes: um que era constituído pelos países capitalistas encabeçados pelos Estados Unidos e um outro que era constituído pelos países comunistas simpatizantes do regime soviético. Construído na madrugada de 13 de Agosto de 1961, dele faziam parte 66,5 km de gradeamento metálico, 302 torres de observação, 127 redes metálicas electrificadas com alarme e 255 pistas de corrida para ferozes cães de guarda. Este muro provocou a morte a 80 pessoas identificadas, 112 ficaram feridas e milhares aprisionadas nas diversas tentativas de o atravessar.

O Muro de Berlim começou a ser derrubado no dia 9 de Novembro de 1989, acto inicial da reunificação das duas Alemanhas, que formaram finalmente a República Federal da Alemanha, acabando também a divisão do mundo em dois blocos. Muitos apontam este momento também como o fim da Guerra Fria.

O governo de Berlim incentiva a visita do muro derrubado, tendo preparado a reconstrução de trechos do muro. Além da reconstrução de alguns trechos está marcado no chão o percurso que o muro fazia quando estava erguido.

Para saberem mais sobre o Muro de Berlim consultem a Wikipédia em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Muro_de_Berlim

A Europa em ruínas e o Plano Marshall

General George Marshall

O Plano Marshall, um aprofundamento da Doutrina Truman, conhecido oficialmente como Programa de Recuperação Europeia, foi o principal plano dos Estados Unidos para a reconstrução dos países aliados da Europa nos anos seguintes à Segunda Guerra Mundial. A iniciativa recebeu o nome do Secretário do Estado dos Estados Unidos, George Marshall.

O plano de reconstrução foi desenvolvido num encontro dos Estados europeus participantes em julho de 1947. A União Soviética e os países da Europa Oriental foram convidados, mas Josef Stalin viu o plano como uma ameaça e não permitiu a participação de nenhum país sob o controle soviético. O plano permaneceu em operação por quatro anos fiscais a partir de julho de 1947. Durante esse período, algo em torno de 13 bilhões de dólares de assistência técnica e econômica — equivalente a cerca de 130 bilhões de dólares na actualidade, ajustado pela inflação — foram entregues para ajudar na recuperação dos países europeus que juntaram-se à Organização Europeia para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OECE).

Quando o plano foi concluido, a economia de cada país participante, com a excepção da Alemanha, tinha crescido consideravelmente acima dos níveis pré-guerra. Pelas próximas duas décadas a Europa Ocidental iria gozar de prosperidade e crescimento. O Plano Marshall também é visto como um dos primeiros elementos da integração europeia, já que anulou barreiras comerciais e criou instituições para coordenar a economia em nível continental. Uma consequência intencional foi a adopção sistemática de técnicas administrativas norte-americanas.

Recentemente os historiadores vêm questionando tanto os verdadeiros motivos e os efeitos gerais do Plano Marshall. Alguns historiadores acreditam que os benefícios do plano foram na verdade o resultado de políticas de "laissez faire" que permitiram a estabilização de mercados através do crescimento economico. Além disso, alguns criticam o plano por estabelecer uma tendência dos EUA a ajudar economias estrangeiras em dificuldades, valendo-se do dinheiro dos impostos dos cidadãos norte-americanos.

Com a devastação provocada pela guerra, a Europa enfrentava cada vez mais manifestações de contestação aos governos constituídos. Os Estados Unidos analisaram a crise europeia e, concluíram que ela punha em risco o futuro do capitalismo, o que poderia prejudicar sua própria economia, dando espaço para a expansão do comunismo.

Com isso, os norte-americanos optaram por ajudar na recuperação dos países europeus. Com esse objectivo criaram o Plano Marshall. No início os recursos foram utilizados para comprar alimentos, fertilizantes e rações. Logo depois, foram adquirindo matérias-primas, produtos semi-industrializados, combustíveis, veículos e máquinas. Aproximadamente, 70% desses bens eram de procedência norte-americana.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Plano_Marshall




O vídeo que se segue retrata o Plano Marshall e relaciona-o com a situação ruinosa em que se encontrava a Europa no final da Segunda Guerra Mundial.



A crise do Suez


A Guerra do Suez, também conhecida como Segunda Guerra Israelo-Árabe ou Crise de Suez, teve início em outubro de 1956, quando Israel, com o apoio da França e Reino Unido, que utilizavam o canal para ter acesso ao comércio oriental, declarou guerra ao Egipto. O Egipto, numa atitude unilateral de combate ao colonialismo anglo-francês, tinha nacionalizado o canal de Suez e fechado o porto de Eilat, o que ameaçava os projectos de Israel de irrigação do deserto do Negev e cortava o seu único contacto com o mar Vermelho no golfo de Aqba. Em contrapartida, Israel conquistou a península do Sinai e controlou o Golfo de Aqba, reabrindo o porto de Eilat.

No desenrolar do conflito, os egípcios foram derrotados, mas os Estados Unidos da América e a União Soviética interferiram, e em 1959 obrigaram os três países a retirarem-se dos territórios ocupados sob a supervisão das tropas das Nações Unidas.


Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_do_Suez



A crise dos mísseis de Cuba


O episódio conhecido como a crise dos mísseis de Cuba, ocorrido em Outubro de 1962, foi um dos momentos de maior tensão da Guerra Fria.

A crise começou quando os soviéticos, em resposta a instalação de mísseis nucleares na Turquia em 1961 e à invasão de Cuba pelos estado-unidenses no mesmo ano, instalou mísseis nucleares em Cuba. Em 14 de Outubro, os Estados Unidos divulgaram fotos de um vôo secreto realizado sobre Cuba apontando cerca de quarenta silos para abrigar mísseis nucleares. Houve enorme tensão entre as duas super-potências pois uma guerra nuclear parecia mais próxima do que nunca. O governo de John F. Kennedy, apesar de suas ofensivas no ano anterior, encarou aquilo como um acto de guerra contra os Estados Unidos.

Nikita Kruschev, o Primeiro-ministro da URSS na época, afirmou que os mísseis nucleares eram apenas defensivos, e que tinham sido lá instalados para dissuadir uma outra tentativa de invasão da ilha, indignando assim ainda mais os americanos. Anteriormente, em 17 de abril de 1961 (logo após o vôo de Yuri Gagarin), o governo Kennedy já tinha tentado um fracassado desembarque na Baía dos Porcos (operação planeada pela CIA, que usou os refugiados da ditadura de Fulgêncio Batista como peões na fracassada tentativa de derrubar o regime cubano). Mas agora a situação era muito mais séria.

Nenhum presidente dos Estados Unidos poderia admitir a existência de mísseis nucleares daquela dimensão a escassos 150 quilómetros do seu território nacional. O presidente Kennedy acautelou Khruschev de que os EUA não teriam dúvidas em usar armas nucleares contra esta iniciativa russa. Ou desativavam os silos e retiravam os mísseis, ou a guerra seria inevitável.

Foram treze dias de suspense mundial devido ao medo de uma possível guerra nuclear, até que em 28 de Outubro Kruschev, após conseguir secretamente uma futura retirada dos mísseis norte-americanos da Turquia, concordou em remover os mísseis de Cuba.

Enquanto os EUA e a URSS negociavam, a população norte-americana tentava defender-se como podia. Nunca antes se tinha comprado tanto cimento e tijolo na história dos EUA depois que John Kennedy ter declarado a verdadeira gravidade da situação pela televisão. Milhares de chefes de família, aterrorizados, trataram de cavar nos seus pátios e jardins pequenos abrigos que possibilitassem a sobrevivência da sua família durante a possível guerra nuclear.

Na década de 1960, havia uma clara tendência para a proliferação dos arsenais nucleares. Por esta razão, e ainda sob o impacto da crise dos mísseis de Cuba, os Estados Unidos, a União Soviética e a Grã-Bretanha assinaram, em 1963, um acordo que proibia testes nucleares na atmosfera, no alto-mar e no espaço (assim, apenas testes subterrâneos poderiam ser legalmente realizados). Em 1968, as duas super-potências e outros 58 países aprovaram o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares. O objectivo desse acordo era tentar conter a corrida armamentista dentro de um certo limite, com ele, os países que já possuíam artefatos nucleares comprometiam-se a limitar seus arsenais e os países que não os possuiam ficavam proibidos de desenvolvê-los, mas poderiam requisitar dos primeiros tecnologia nuclear para fins pacíficos.


Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Crise_dos_m%C3%ADsseis_de_cuba



O Bloqueio de Berlim

O Bloqueio de Berlim (de 24 de junho de 1948 a 11 de maio de 1949) tornou-se uma das maiores crises da Guerra Fria, desencadeada quando a União Soviética interrompeu o acesso ferroviário e rodoviário à cidade de Berlim Ocidental. A crise arrefeceu ao ficar claro que a URSS não agiria para impedir a ponte aérea de alimentos e outros géneros organizada e operada pelos Estados Unidos, Reino Unido e França.

Com o término da Segunda Guerra Mundial em 8 de maio de 1945, as tropas soviéticas e ocidentais (americanas, britânicas e francesas) encontravam-se espalhadas pela Europa, aquelas a leste, estas a oeste, formando uma linha divisória arbitrária no centro do continente. Na Conferência de Potsdam, os aliados acordaram dividir a Alemanha derrotada em quatro zonas de ocupação (conforme os princípios previamente definidos na Conferência de Ialta), conceito também aplicado a Berlim, que foi então partilhada em quatro setores. Como Berlim havia ficado bem no centro da zona de ocupação soviética da Alemanha (que viria a tornar-se a Alemanha Oriental), as zonas americana, britânica e francesa em Berlim encontravam-se cercadas por território ocupado pelo Exército Vermelho. Esta situação viria a ser um ponto focal das tensões que levariam à dissolução da aliança sovieto-ocidental formada na Segunda Guerra.

A URSS encerrou o bloqueio à 00h01 de 12 de maio de 1949. Contudo, a ponte aérea continuou a funcionar até 30 de setembro, pois os quatro países ocidentais preferiram criar um stock de suprimentos em Berlim Ocidental para o caso de novo bloqueio soviético.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Bloqueio_de_Berlim


Doutrina Truman

No início de 1947, estava dado o passo inicial da política da Guerra Fria, quando os Estados Unidos decidiram substituir a Inglaterra no controlo da região do Mediterrâneo Oriental, principalmente na Grécia e na Turquia, contra o avanço soviético. A justificativa desse intervencionismo consta num discurso de Harry Truman ao Congresso Norte-americano:

"(...) O governo britânico informou-nos de que, em virtude das suas próprias dificuldades, não pode proporcionar por mais tempo a ajuda financeira ou económica que vinha prestando à Turquia. Somos o único país capaz de fornecê-la...
Os povos de certo número de países do mundo tiveram recentemente de aceitar regimes totalitários impostos, à força, contra a sua vontade. O governo dos Estados Unidos tem lavrado amiudados protestos contra a coerção e a intimidação, em flagrante desrespeito ao acordo de Yalta, na Polónia, na Roménia e na Bulgária. Devo também consignar que em certo número de outros países têm ocorrido factos semelhantes.
No momento actual da história do mundo quase todas as nações se vêem na contingência de escolher entre modos alternativos de vida. E a escolha, frequentemente, não é livre.
Um dos modos de vida baseia-se na vontade da maioria e distingue-se pelas instituições livres, pelo governo representativo, pelas eleições livres, pelas garantias de liberdade individual, pela liberdade de palavra e de religião, pela libertação da opressão política.
O segundo modo de vida baseia-se na vontade da minoria, imposta pela força à maioria. Escora-se no terror e na opressão, no controle da imprensa e do rádio, em eleições fixas e na supressão das liberdades pessoais.
Acredito que precisamos ajudar os povos livres a elaborar seus destinos à sua maneira. Acredito que a nossa ajuda deve ser dada, principalmente, através da assistência económica e financeira, essencial à estabilidade económica e aos processos ordenados...
Alem dos fundos, solicito ao Congresso que autorize o envio pessoal civil e militar à Turquia e à Grécia, a pedido desses países, a fim de assistir nas tarefas de reconstrução e com o propósito de supervisionar o emprego da assistência financeira e material que vier a ser fornecido...
Se fraquejarmos na nossa liderança, podemos pôr em perigo a paz do mundo – e poremos seguramente o bem-estar da nossa nação..."

Assim, estava lançada a base da Doutrina Truman. Segundo a qual a URSS apresentava um antagonismo inconciliável com o mundo capitalista, e a sua tendência expansionista só poderia ser contida mediante a hábil e vigente aplicação de uma contra força numa série de pontos geográficos e políticos em constante mudança correspondente às mudanças e manobras das políticas soviéticas. Pela Doutrina Truman, era necessário bloquear o expansionismo soviético ponto a ponto, país por país, em todos os lugares que eles se manifestasse.



De seguida podem visionar um vídeo sobre o discurso de Truman no Congresso norte-americano e que deu origem à chamada "Doutrina Truman".

A Guerra Fria

O vídeo que se segue, falado em castelhano, faz uma síntese do período da Guerra Fria. É muito interessante sobretudo para os alunos de Geografia C do 12º ano.



Podem ainda visionar uma apresentação em PowerPoint sobre o período da Guerra Fria aqui. Nesta apresentação podem ficar a saber sobre os antecedentes, os factores que conduziram à radicalização ideológica do período da Guerra Fria, as principais características deste período, o período de "coexistência pacífica" e os factores que conduziram ao fim da Guerra Fria. Chamo a atenção para o facto de poder levar algum tempo a abrir o powerpoint.

The Waterboys - Red Army Blues

A propósito do tema da Guerra Fria, que está a ser leccionado em Geografia C, vou publicar um conjunto de postagens alusivas ao tema. Começo com uma canção antiga dos Waterboys "Red Army Blues" (Blues do Exército Vermelho em que é contada a triste história de um soldado soviético que na parte final da Segunda Guerra Mundial comete o "crime" de conhecer em Berlim um soldado americano (que afinal não era muito diferente dele) e que depois é deportado para a Sibéria para um "Gulag" (campo de concentração de presos políticos do período comunista da União Soviética) só pelo facto de ter tido um contacto com um ocidental!!!!

Eram os tempos da Guerra Fria e das relações muito tensas entre o bloco soviético (comunista) e o bloco ocidental pró-americano (capitalista) .

Infelizmente, não existe na internet nenhum vídeo oficial desta canção. Asssim, tive que recorrer a um vídeo que é composto por imagens da época da Guerra Fria e do comunismo soviético e que tem como fundo musical a canção dos Waterboys, grupo criado em 1983 por Mike Scott, que ainda existe, embora da formação inicial só continua o vocalista (M. Scott). Este vídeo já foi apresentado no ano passado no blogue na mesma altura do ano.





Para entenderem melhor a história da canção aqui ficam as respectivas letras:

When I left my home and my family
My mother said to me
Son, its not how many germans you kill that counts
Its how many people you set free

So I packed my bags
Brushed my cap
Walked out into the world
Seventeen years old
Never kissed a girl

Took the train to voronezh
That was as far as it would go
Changed my sacks for a uniform
Bit my lip against the snow
I prayed for mother russia
In the summer of 43
And as we drove the germans back
I really believed
That God was listening to me

We howled into berlin
Tore the smoking buildings down
Raised the red flag high
Burnt the reichstag brown
I saw my first american
And he looked a lot like me
He had the same kinda farmers face
Said hed come from some place called hazzard, tennessee

Then the war was over
My discharge papers came
Me and twenty hundred others
Went to stettiner for the train
Kiev! said the commissar
From there your own way home
But I never got to kiev
We never came by home
Train went north to the taiga
We were stripped and marched in file
Up the great siberian road
For miles and miles and miles and miles
Dressed in stripes and tatters
In a gulag left to die
All because comrade stalin was scared that
Wed become too westernized!

Used to love my country
Used to be so young
Used to believe that life was
The best song ever sung
I would have died for my country
In 1945
But now only one thing remains
But now only one thing remains
But now only one thing remains
But now only one thing remains
The brute will to survive!

Site de Mike Scott e dos Waterboys: http://www.mikescottwaterboys.com/

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Privados continuam a dominar o ranking do secundário, mas é uma pública que está à frente


O Conservatório de Música Calouste Gulbenkian, em Braga, volta aos lugares cimeiros do ranking do ensino secundário feito com base nos resultados dos exames nacionais de 11.º e 12.º ano.

Com 14 provas feitas e uma média de 15,81 valores, lidera a lista, sendo a única escola pública entre as 21 melhor classificadas. Ou seja, os colégios privados continuam a dominar o ranking do secundário.

Para encontrar outra pública é preciso chegar à 22.ª posição, o lugar que ocupa a básica e secundária Pe. António Morais da Fonseca, em Murtosa, onde apenas foram realizadas 18 provas e a média foi de 13,39 valores, na escala de 0 a 20. Uma ascensão fulgurante, já que em 2008 a escola estava mais perto do fim da lista do que do seu topo. Em 604 escolas, era a 540 do ranking.

Segue-se, na listagem deste ano, a secundária Aurélia de Sousa, no Porto, com 499 provas efectuadas e uma média de 13,32. No ano passado, com uma média de 12,7, ficou em 46º lugar.

Em segundo lugar está a Escola Básica da Comunidade Islâmica de Palmela, com 15,03 de média a 15 provas. Mas escola privada com mais de 50 exames realizados é o Colégio Luso-Francês, no Porto, com 14,87 de média e 319 provas realizadas, um repetente nestes lugares.

A listagem do PÚBLICO é feita com base nos resultados dos exames de Português B, Matemática A, Biologia e Geologia, Física e Química A, Geografia A, História, Matemática Aplicada às Ciências Sociais, Economia A/Introdução à Economia e pode também ser lida de dois modos: uma primeira lista, onde figuram todas as escolas independentemente do número de provas realizadas; e uma segunda que só inclui as escolas com mais de 50 provas realizadas. Neste segundo ranking, a Aurélia de Sousa, do Porto, aparece em 16º e é a primeira escola pública.

E à frente está um repetente nestes lugares: o Colégio Luso-Francês, também no Porto, com 14,87 de média e 319 provas realizadas.

Fonte: http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1404820&idCanal=58

Setembro foi o mês mais seco dos últimos 22 anos em Portugal


O mês de Setembro foi o mais seco dos últimos 22 anos em Portugal continental, enquanto a temperatura do ar foi superior ao normal, de acordo com o boletim climatológico do Instituto de Meteorologia (IM).

A quantidade de precipitação registada durante Setembro foi “bastante inferior ao valor médio (1971-2000)”, considerado como período de referência.

Em relação aos termómetros, a temperatura máxima do ar foi de 1.6 graus Celsius superior ao normal, tendo-se registado no mês de Setembro uma onda de calor em alguns locais pontuais do Norte e Centro, refere o IM no boletim.

A situação de seca meteorológica ficou agravada face ao mês de Agosto, com todo o território do continente em situação de seca.

Dez por cento do território continental está em “seca fraca”, 44 por cento em “seca moderada”, 43 por cento em “seca severa” e três por cento em “seca extrema”. O índice de seca meteorológica apresenta nove níveis entre “chuva extrema” e “seca extrema”.

A seca meteorológica pode não corresponder às secas hidrológica ou agrícola, dado que existe sempre um desfasamento de tempo entre os valores meteorológicos e hidrológicos, porque a falta de chuva pode demorar a reflectir-se nas albufeiras.

Na Madeira, as temperaturas registadas em Setembro também foram superiores às normais, com a média máxima no Funchal a registar 0.6º acima do período de referência. Neste arquipélago, a quantidade de precipitação foi inferior aos valores normais.

Nos Açores, os valores médios da temperatura do ar foram também superiores ao valor médio (1971-2000) no Grupo Oriental e próximo do valor médio nos restantes Grupos. Aqui, a precipitação foi igualmente inferior aos normais (1971-2000) em todo o arquipélago.

O boletim climatológico de Setembro indica ainda que os valores da quantidade de precipitação acumulada no final do ano hidrológico (período entre 1 de Outubro de 2008 e 30 de Setembro 2009) são inferiores aos valores médios de 1971-2000 em quase todo o território do Continente.

Em termos de percentagem da quantidade de precipitação em relação aos valores médios, a precipitação acumulada desde 1 de Outubro de 2008 é inferior a 80 por cento em quase todo o território.

Fonte: http://ecosfera.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1404758&idCanal=2101

sábado, 10 de outubro de 2009

Barack Obama - Prémio Nobel da Paz 2009


Como todos já devem saber, o presidente norte-americano, Barack Obama, foi escolhido pelo Comité Nobel norueguês para Prémio Nobel da Paz 2009. Para muitos foi uma grande surpresa pois Obama é presidente há muito pouco tempo e ainda não teve tempo para deixar marcas importantes, nomeadamente no campo da paz. Julgo que este prémio foi atribuído não por aquilo que já fez mas mais pelo seu discurso apaziguador e pelas oportunidades de paz que parece estar a dar ao Mundo pelo seu empenho na diplomacia internacional ao invés do seu antecessor, George W. Bush, que priveligiava mais a força.

Fiquem agora com a Declaração integral do Comité Nobel sobre a escolha de Barack Obama:



"O Comité Nobel norueguês decidiu que o Prémio Nobel da paz de 2009 será entregue ao Presidente Barack Obama pelo extraordinário esforço para fortalecer a diplomacia internacional e a cooperação entre os povos.

O Comité atribui especial importância à visão e ao trabalho de Obama para alcançar um mundo sem armas nucleares.

Como presidente, Obama criou um novo clima na política internacional. A diplomacia multilateral ganhou uma posição central, com ênfase no papel que as Nações Unidas e outras instituições internacionais podem desempenhar.

O diálogo e as negociações são preferidos como instrumentos de resolução mesmo nos mais difíceis conflitos internacionais.

Graças à iniciativa de Obama, os EUA desempenham agora um papel mais construtivo no sentido de responder aos grandes desafios climáticos com que o mundo é confrontado.

A democracia e os direitos humanos têm de ser reforçados.

É muito raro uma pessoa conseguir, no tempo em que Obama conseguiu, capturar a atenção mundial e dar às pessoas um sentimento de esperança rumo a um futuro melhor.

A sua diplomacia é fundada no conceito de que aqueles que governam o mundo têm de o fazer com base em valores e atitudes partilhadas pela maioria da população mundial.

Durante 108 anos, o Comité Nobel norueguês lutou precisamente para estimular este tipo de política internacional e estas atitudes das quais Obama é agora o principal porta-voz mundial.

O Comité subscreve o apelo de Obama de que 'agora é tempo de todos nós tomarmos a nossa parte de responsabilidade para se alcançar uma resposta mundial aos desafios mundiais'."


O que é que acham da atribuição do Prémio Nobel da Paz a Barack obama? Foi merecido? Que importância terá esta escolha quer para Obama, como também para os EUA e para o Mundo em Geral, nomeadamente para a questão da Paz?

Polónia já ratificou o Tratado de Lisboa

Depois de há uma semana atrás a maioria dos Irlandeses terem votado pelo sim ao Tratado de Lisboa, agora foi a vez de o Presidente polaco, Lech Kaczynski, ratificar o referido Tratado. Já só falta a ratificação do presidente da República Checa para o Tratado de Lisboa entrar em vigor.

Fiquem com duas notícias do Público sobre esta questão: uma sobre a ratificação do Tratado pelo presidente polaco e outra sobre o problema da ratificação do Tratado na República Checa.



Polónia já ratificou o Tratado de Lisboa


Durão Barroso e Lech Kaczynsk na cerimónia no Palácio presidencial em Varsóvia

O Presidente polaco, Lech Kaczynski, já assinou o Tratado de Lisboa, noticiou a AFP. Numa cerimónia no palácio presidencial em Varsóvia, Kaczynski concluiu assim a ratificação polaca. “A mudança de opinião do povo irlandês fez com que o Tratado ressuscitasse e que já não haja mais obstáculos à sua ratificação”, afirmou o euro-céptico Kaczynski.


O Presidente dissera que assinaria o acto de conclusão da ratificação do Tratado logo que os irlandeses dessem, em referendo, o seu acordo ao texto, o que aconteceu há uma semana. “Hoje é um dia muito importante para a história da Polónia e da União Europeia”, adiantou.

Fica a faltar agora a assinatura da República Checa. Mas o Presidente Vaclav Klaus precisou que só concluirá a ratificação se o seu país obtiver uma cláusula para impedir eventuais exigências de retorno das propriedades confiscadas por Praga aos alemães dos Montes Sudetas em 1945.

Fonte: http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1404527&idCanal=11



Presidente checo quer derrogação para enterrar a Segunda Guerra Mundial


Klaus explicou-se melhor ontem, no castelo de Praga


Vaclav Klaus, Presidente checo, precisou ontem que só concluirá a ratificação do Tratado de Lisboa se o seu país obtiver uma cláusula para impedir eventuais exigências de retorno das propriedades confiscadas por Praga aos alemães dos Montes Sudetas em 1945.


Esta nova exigência coincidiu com a decisão anunciada em Varsóvia de que o seu homólogo polaco e aliado eurocéptico, Lech Kaczynski, assinará hoje a ratificação. Kaczynski disse sempre que assinaria o acto de conclusão da ratificação do Tratado logo que os irlandeses dessem, em referendo, o seu acordo ao texto, o que aconteceu há uma semana. A cerimónia de assinatura será em Varsóvia, ao meio-dia, com a presença, entre outros, de Fredrik Reinfeldt, primeiro-ministro da Suécia, que preside actualmente à UE, a par de Durão Barroso e Jerzy Buzek, respectivamente presidentes da Comissão Europeia e do Parlamento Europeu.

Buzek, que ontem se encontrou em Praga com Klaus, precisou que os responsáveis europeus começarão hoje, em Varsóvia, a debater os “primeiros projectos sérios” para resolver o novo obstáculo inesperado.

O Presidente checo, que se opõe a Lisboa por considerar que levará à criação de um super-Estado europeu, tem sido pressionado pelos Vinte e Sete para assinar a lei de ratificação, que já foi aprovada pelo Parlamento, permitindo assim a entrada em vigor do Tratado. A sua recusa recebeu recentemente a ajuda de um grupo de senadores seus aliados que apresentaram um recurso contra o Tratado no Tribunal Constitucional.

Para os europeus, logo que os constitucionalistas se pronunciarem — o que poderá acontecer, na pior das hipóteses, até ao fim do ano —, e partindo do princípio que o veredicto seguirá um primeiro parecer positivo sobre a constitucionalidade do Tratado emitido há um ano, “deixa de haver razões” para Klaus não o assinar, tem dito Durão Barroso.

Fiel à sua imprevisibilidade, o visado baralhou o jogo: quinta-feira preveniu Reinfeldt que só assinará se o seu país obtiver uma derrogação à Carta dos Direitos Fundamentais, equivalente à obtida em 2007 pela Polónia e Reino Unido (ver caixa).

Ontem, Klaus precisou que quer “uma garantia” de que “o Tratado não poderá levar à abolição dos decretos Benes”. Assinados a seguir à Segunda Guerra Mundial pelo Presidente da Checoslováquia, Edvard Benes, expropriaram três milhões de alemães dos Montes Sudetas, acusados de colaboração com Hitler.

De acordo com os juristas europeus, a única forma de resolver a questão checa sem impor uma nova ratificação nos Vinte e Sete será inscrever a derrogação numa declaração política anexa ao Tratado, semelhante à concebida para acomodar as garantias dadas à Irlanda para realizar novo referendo. E que poderá, eventualmente, tal como as garantias irlandesas, ser incluída no direito primário da UE por via do Tratado de adesão da Croácia, a partir de 2011.

Todo este processo terá, no entanto, de ser conduzido pelo primeiro-ministro checo, Jan Fischer, que, apesar de alheio à reivindicação de Klaus, é o interlocutor dos Vinte e Sete. A questão poderá ser tratada, e resolvida, na cimeira de lideres de 29 e 30 de Outubro. O que, segundo Fischer, ainda deverá permitir a conclusão da ratificação no seu país até ao fim do ano.

Ao princípio, era um documento concebido por uma Convenção Europeia, em 1999, juridicamente não vinculativa. Em 2004, tornou-se numa das grandes novidades da defunta Constituição Europeia.

Fonte: http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1404481

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Nemátodo da Madeira do Pinheiro (Bursaphelenchus xylophilus)

Sintomas e Sinais

- Agulhas amareladas e murchas, começando pelas mais jovens, que ficam na árvore por longos períodos de tempo. Árvores com a copa total ou parcialmente morta.




Aspecto de pinheiro-bravo com ataque do nemátodo. Ao lado, numa fase inicial que começa pelas folhas mais jovens. Em baixo um estado final do ataque.




- Exsudação de resina diminui e os ramos secos são mais quebradiços que o habitual. Murchidão generalizada e súbita. O Nemátodo do pinheiro não é visível a olho nu, apenas podendo ser diagnosticado em laboratório.


Biologia e Comportamento

O nemátodo ataca o sistema de circulação da árvore, enfraquecendo-a e tornando-a mais susceptível ao ataque de outras pragas.

O contágio ocorre através de um insecto vector (em Portugal o longicórnio do pinheiro – Monochamus galloprovincialis, que transporta os nemátodos nas traqueias). A dispersão da doença está limitada à altura, e capacidade de voo dos insectos (entre Abril e Outubro).

Insecto vector


Ataca a generalidade das espécies de pinheiro e outras coníferas, à excepção do género Thuia. Algumas espécies de pinheiro, como o pinheiro-bravo, pinheiro-larício e pinheiro-silvestre são muito susceptíveis.

O adulto do insecto vector alimenta-se nos raminhos e rebentos de árvores adultas, arrastando consigo estados juvenis do nemátodo, que penetram por estas feridas. O nemátodo coloniza rapidamente os vasos do xilema, bloqueando o seu funcionamento, o que provoca a morte da árvore. Nas árvores mortas o nemátodo alimenta-se dos fungos que provocam o azulamento da madeira (do género Ceratocystis). As árvores debilitadas ou recentemente mortas atraem as fêmeas do insecto vector, que aí fazem a postura, podendo transmitir igualmente nemátodos. As larvas desenvolvem-se e transformam-se em adultos, os quais são colonizados por nemátodos antes destes abandonarem as árvores atacadas na, Primavera seguinte.



Prevenção e Meios de Controlo

Medidas preventivas
- Utilizar espécies mais resistentes ou não utilizar pinheiros em novas florestações na área onde o nemátodo se encontra.



Armadilhas colocadas para captura do insecto vector do nemátodo.


Meios de controlo
- Corte e eliminação das árvores atacadas, durante o período de Inverno.

Fonte: http://www.confagri.pt/PoliticaAgricola/Sectores/Floresta/Pragas/doc97.htm