segunda-feira, 29 de junho de 2009

Keane - Nothing In My Way

Calendário escolar para o ano lectivo 2009/2010

O calendário escolar para o próximo ano lectivo determina que as aulas para os estabelecimentos de ensino básico e secundário tenham início entre os dias 10 e 15 de Setembro de 2009, enquanto para a educação pré-escolar o começo das actividades está previsto entre 9 e 15 de Setembro de 2009.

Para os alunos dos 9.º, 11.º e 12.º anos as aulas terminam a partir de 8 de Junho de 2010, enquanto para os restantes anos de escolaridade o ano lectivo acaba a partir de 18 de Junho de 2010.

No período em que decorrem os exames nacionais, as escolas devem adoptar as medidas necessárias para que os alunos dos anos de escolaridade não sujeitos a exame tenham o máximo de dias efectivos de actividades escolares, de modo a garantir o cumprimento integral dos programas das diferentes disciplinas e áreas curriculares.

Para as interrupções lectivas estão previstas as seguintes datas:
- de 19 de Dezembro de 2009 a 3 de Janeiro de 2010,
- de 15 a 17 de Fevereiro de 2010,
- e de 27 de Março a 11 de Abril de 2010.

Para mais informações, consultar: Despacho que aguarda publicação no Diário da República.

Dia do diploma - 11 de Setembro


No dia 11 de Setembro, a Escola vai promover a entrega formal dos certificados e dos diplomas aos alunos que, no ano lectivo anterior, tenham terminado o ensino secundário.

Haverá uma cerimónia oficial em que serão entregues os verdadeiros diplomas a todos os alunos que concluíram, neste ano lectivo, o ensino secundário. Só receberão o diploma os alunos que conseguiram aprovação em todas as disciplinas do ensino secundário.

O "Diploma" que vocês receberam no Baile de Finalistas era apenas simbólico, até porque os alunos ainda tinham pela frente os exames nacionais, que têm um grande peso na classificação final das disciplinas sujeitas a exame.

No ano passado a cerimónia decorreu no auditório da Escola e os diplomas foram entregues pelo vereador da cultura da Câmara Municipal de Gondomar (Dr. Fernando Paulo) e pela Drª Luísa Pereira (Directora da Escola).

Esta actividade é obrigatória em todas as escolas secundárias desde o ano passado.

Se puder, lá estarei para assistir à entrega dos diplomas aos meus alunos do 12ºH.

sábado, 27 de junho de 2009

Parecer sobre a prova de Geografia A da 1ª Fase pela Associação de Professores de Geografia


Como o prometido é devido, aqui fica o parecer da Associação de Professores de Geografia (APROFGEO) relativo à prova de exame de Geografia A da 1ª Fase de 2009. Como poderão constatar, o Parecer é muito crítico em relação a determinados aspectos da prova, nomeadamente a utilização de conceitos que não fazem parte do programa (diagrama triângular, albedo, ...), o maior ênfase nos conteúdos do 10º ano (mais facilmente esquecidos pelos alunos) em detrimento dos conteúdos do 11º ano (mais frescos na memória dos alunos) e, ainda, alguns critérios de classificação pouco correctos, tendo em conta o conteúdo das respectivas perguntas, nomeadamente na já tristemente famosa questão V 1.



PARECER SOBRE A PROVA DE EXAME DA 1ª FASE
GEOGRAFIA A PONTO 719 2008/2009


Aspectos positivos:

Como no ano passado, a prova está de acordo com as instruções de exame (1) quanto à estrutura e quanto às competências testadas. As instruções são suficientemente apelativas e estão bem organizadas. (2) Em relação aos documentos introdutórios, as fotografias, os mapas e os gráficos são bem legíveis. Os dois itens mais cotados, especialmente o do grupo V, favorecem a articulação de saberes. Os critérios gerais de classificação são claros e suficientes e, nos critérios específicos de classificação que dispõem da ressalva «ou outras consideradas relevantes» facilita o trabalho dos correctores.
A prova apresenta diversidade quanto ao grau de dificuldade exigido e o tempo atribuído é suficiente para a sua resolução.
Embora com distinto grau de dificuldade, as duas grandes áreas metropolitanas do País são abordadas (grupos IV e VI), ou seja, há um grupo dedicado «ao Norte» e outros dedicado «ao Sul».


Aspectos negativos:

Grupo I

Não se entende a inclusão de um diagrama triangular – grafismo com que poucos alunos estarão familiarizados – logo na introdução do 1º grupo, uma vez que todos os itens desse grupo podem ser respondidos sem o referido gráfico; mas se fosse esse o caso – a interpretação do gráfico ser imprescindível para responder a qualquer dos itens – seria extremamente penalizante para a larga maioria dos alunos uma vez que se trata de um tipo de gráfico de difícil leitura e que não é explicitamente referido no Programa (nas competências essenciais do Ensino Básico que deverão estar adquiridas é referido «ler gráficos lineares, de barras e sectogramas; (…) construir gráficos lineares e de barras; » posteriormente, nenhum tipo de gráfico é descriminado).


Grupo V

Novamente incluída a radiação solar, continua a não ser considerada a abordagem sugerida no Programa de Geografia A para este tema/conteúdo, em se afirma que «A radiação solar – deve privilegiar uma abordagem que evidencie as condições específicas do território nacional relativamente à possibilidade de valorizar economicamente o clima, através da rentabilização da insolação na procura de energias alternativas e na potencialização do turismo.» Com a agravante de que, em todo o grupo – 4 itens – só há um (item 4) relativo a Portugal Continental e esse tem mais a ver com os recursos marítimos do que com a radiação solar. No item 1, a formulação do item parece só fazer sentido após a leitura dos critérios específicos de classificação pois a «redução da radiação ultravioleta» é uma resposta remota atendendo à figura da nebulosidade; ou seja, haveria que incluir outro tipo de gráfico/foto ou, em alternativa, não incluir a da nebulosidade. No item 3, é considerada resposta correcta a explicitação do conceito de albedo que não faz parte dos conceitos incluídos no programa, embora se dê como alternativa a explicação de como a cor condiciona o grau de absorção/reflexão. No item 4., duvida-se que a referência à «dilatação térmica do oceano» como uma das consequências do aquecimento global seja do conhecimento dos alunos, uma vez que este assunto nem faz parte explícita do Programa, pese embora a sua enorme actualidade e difusão nos Meios de Comunicação Social; por outro lado, dificilmente os alunos irão descrever os novos acidentes geográficos decorrentes da submersão da costa, limitando-se a dizer que a nova linha de costa ficará mais no interior do que actualmente, pois nada na formulação do item (sem ter em conta os critérios específicos de classificação) aponta para a descrição de novos acidentes geográficos.

Grupo VI

No item 2, para os alunos não familiarizados com Lisboa, a avenida da Liberdade, face às características que apresenta na figura, fica no CBD e não «na expansão do CBD» como é referido no respectivo critério específico de classificação; de igual modo, desconhecerão se é ou não uma área «de grande prestígio», uma vez que a existência de muitas das marcas patentes na referida avenida ocorrem também em grandes centros comerciais de outras cidades ou noutras áreas dessa cidade; no item 3 as possíveis respostas exemplificadas são todas características físicas da habitação o que não é explicitado na formulação do item; apenas o articulado «ou outras consideradas relevantes» permite tornear essa limitação.

Quanto ao item 4, existe uma grande diferença no que é exigível e exigido (em temos dos critérios específicos de classificação) quanto ao primeiro aspecto do item «a fixação das indústrias na periferia da cidade» e quanto ao segundo - «a permanência de indústrias no interior da cidade». Nos respectivos critérios de classificação enquanto para o primeiro aspecto eles são detalhados, para o seguinte tornam-se demasiado vagos «características dos seus produtos» (que características?) e não são referidos quaisquer factores de localização para as indústrias de consumo diário «oficinas de reparação». No entanto, se um/a aluno/a responder completamente a um dos aspectos e incompletamente ao outro a cotação a atribuir é idêntica, independentemente do aspecto que é mais significativo. E nestes itens a que são atribuídos 20 pontos não há a ressalva «ou outras consideradas relevantes». Ou seja, a elaboração da resposta relativa a um destes itens - em que se pretende avaliar também a competência na expressão escrita - poderá ser seriamente penalizada pela abordagem «deficiente» de um dos dois aspectos
considerados, pelo que deveria existir um grande cuidado para que fossem completamente equivalentes em grau de dificuldade/ pertinência. Tal não se verifica no item 4. De igual modo, nada na formulação do item indica ao aluno quantos aspectos/características terá de referir. Só quando se tem acesso aos critérios específicos de classificação é que se constata que era preciso referir, neste caso, cinco aspectos diferentes, independentemente de a explicação ficar dada com a abordagem de dois, três ou quatro. É, assim, de prever que classificações globais da prova com nível elevado dificilmente ocorrerão.
Como no ano passado, continua a não haver qualquer menção às Regiões Autónomas.



Remate:

Trata-se, novamente, de uma prova acessível, com excepção do grupo relativo à radiação solar que privilegia conhecimentos/conceitos de Física em detrimento dos de Geografia de Portugal. Assim, os alunos que melhor compreenderam o que lhes foi proposto pelo Programa de Geografia A são penalizados pela inclusão de conteúdos menos significativos para a compreensão
da disciplina, pela existência de itens de escolha múltipla em que as respostas são óbvias ou pelas poucas oportunidades de avaliação de competências que impliquem a operacionalização ao nível da transferência. Ao contrário da prova desta fase, no ano passado, não há uma componente de ordenamento do território significativa, o que se lamenta.

Notas:

(1) Discordamos, no entanto, da valorização dos conteúdos do 10º ano decorrente da obrigatoriedade da inclusão do tema sobre a população que é leccionado no 10º ano: com este, a prova passa a ter três grupos do 10º ano e apenas dois do 11º.

(2) Mas ao serem informados de que, «se escrever mais do que uma resposta a um mesmo item, apenas é classificada a resposta apresentada em primeiro lugar.», os alunos são encorajados a «acertar» num item de escolha múltipla, quando não são capazes de escolher apenas uma única resposta. Lamenta-se, por isso, o abandono da instrução «É atribuída a cotação de zero pontos aos itens em que apresente: - mais do que uma opção (ainda que elas esteja incluída a opção correcta) …» que vinha vigorando nos anos anteriores à alteração do formato das instruções.

22 de Junho de 2009

Associação de Professores de Geografia (APROFGEO)


Fonte: http://www.aprofgeo.pt/moodle/file.php/1/docs/ParecerGeografia_1fase.pdf

Há dúvidas nos critérios de correcção do exame de Geografia A - 1ª Fase


Tal como já tinha referido no dia 19 deste mês, a questão 1 do grupo V não me parece bem formulada. E depois de ter tido conhecimento dos critérios de classificação as minhas dúvidas ainda aumentaram mais.

Hoje, 27 de Junho, saiu no jornal público uma notícia que vem dar-me razão. Os critérios de classificação referentes a essa pergunta não estão totalmente correctos. Passo a trancrever a notícia:



Uma das respostas certificadas em Geografia não estará correcta

O Gave recusa-se a comentar parecer que o PÚBLICO pediu a um climatologista e diz que não há erro. Professores falam em resposta "inadequada"Uma das respostas contidas nos critérios de correcção do exame de Geografia, realizado dia 19 por 18.264 alunos dos 11.º e 12.º anos, "não está correcta", confirmou ao PÚBLICO o climatologista e professor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Carlos da Câmara. A Associação de Professores de Geografia já tinha feito saber, no seu parecer ao exame, que a resposta apresentada para o item 1 do Grupo V, a propósito do balanço energético do sistema Terra-Atmosfera, é "remota" face a uma das duas ilustrações para que remete a pergunta. O Gabinete de Avaliação Educacional (Gave) discorda. Numa nota enviada ao PÚBLICO, afirma-se que não existe erro. Acrescenta-se também que no parecer emitido pela Associação de Professores de Geografia "não se encontra qualquer referência a erro científico ou outro", mas não é feita qualquer menção ao problema levantado pela associação, que se poderá resumir assim: poderá a "redução da radiação ultravioleta" ser apresentada como um dos efeitos da nebulosidade? É uma resposta "inadequada", confirmou ontem ao PÚBLICO a presidente da associação, Emília Lemos. Dos quatro erros, lapsos ou gafes - a designação tem variado segundo o interlocutor - detectados nas provas da primeira fase dos exames nacionais do secundário, o de Geografia, a confirmar-se, será o mais gravoso, pois tem resultados na correcção da prova, o que não acontece com os registados nas provas de Biologia e Geologia, História e Física e Química. Carlos Câmara, que foi também presidente do Instituto de Meteorologia, não tem dúvidas: "No que respeita ao item 1 do grupo V, a questão parece querer abordar o papel geral das nuvens no balanço radiativo do sistema Terra-Atmosfera, ainda que a figura 5B se reporte a um caso particular de nuvens. Assim, nos critérios de correcção não está correcta a expressão 'redução da radiação ultravioleta'". Para apoiar esta sua conclusão, o climatologista cita um artigo publicado na revista da American Geophysical Union, onde se faz "um balanço 'sério' do estado da arte no que respeita ao papel das nuvens no balanço da radiação ultravioleta" e se conclui que as nuvens tanto podem ter um efeito redutor como ampliador da radiação ultravioleta. Há vários outros estudos no mesmo sentido, acrescenta Câmara, que frisa: "Nos critérios de correcção deveria, pois, ler-se 'redução/aumento da radiação ultravioleta (consoante o tipo de nuvem)'." "Parece-me que, pela sua relevância, se deveria explicitamente mencionar um outro processo: 'contribuição positiva ou negativa (consoante o tipo de nuvem) para o efeito de estufa'", acrescenta. O investigador considera também que neste grupo V existe uma "mistura de conceitos" de energia e radiação.

Questionado pelo PÚBLICO, o Gave respondeu o seguinte: "Quanto ao parecer de um 'especialista', 'professor universitário', verifica-se que a abordagem que este segue introduz considerações que se encontram muito para além do programa da disciplina e, consequentemente, do que se pode exigir a um aluno do ensino secundário. Por essa razão, o referido parecer - no que diz respeito à sua substância - não nos merece qualquer comentário."Num outro texto enviado ao PÚBLICO, o presidente do Gave, Pinto Ferreira, destacou a "exigência" e "complexidade" da tarefa de elaboração das provas, que classifica como "árdua". "As provas são elaboradas por equipas de professores [...] lideradas por um coordenador - que também é um professor [...]. Uma equipa de auditores científicos - professores universitários - analisa as provas em diversas ocasiões. As provas passam ainda pelas auditorias linguística, gráfica e de avaliação", descreve Pinto Ferreira. "Em sede de auditoria linguística pode ser sugerida uma forma de formular um item que parece menos prolixa do que a proposta" e "uma auditoria científica subsequente pode demonstrar que, embora a formulação seja mais simples, o item ficou prejudicado do ponto de vista de conteúdo", exemplifica, para explicar por que é que "as provas passam várias vezes pelo mesmo crivo de análise" e, "não raras vezes, uma questão proposta inicialmente é definitivamente abandonada".



É, no mínimo, lamentável que situações como esta continuem a acontecer no nosso país e que prejudicam tanto o trabalho e sucesso dos aunos como também o dos professores.

Quando saírem os resultados dos exames de Geografia A devem ter em conta estes argumentos no caso de terem sido prejudicados nesta questão e pretenderem pedir a reapreciação da vossa prova.

No post seguinte será apresentado o parecer a Associação de Professores de Geografia reltivo a toda a prova da 1ª Fase de geografia A.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Michael Jackson - Earth Song


Não podia deixar de fazer referência à morte de Michael Jackson que ocorreu ontem em Los Angeles, nos EUA.

Embora não seja um dos meus cantores favoritos, é indiscutível que Michael Jackson é um dos nomes maiores da música pop mundial, um verdadeiro ícone da cultura pop e um dos produtos mais globalizados neste Mundo Global, ainda que a sua vida tivesse sido envolta em grande polémica, nomeadamente pelas mudanças sucessivas de visual e por acusações de ter um comportamento reprovável, nomeadamente acusações de pedofilia que nunca foram provados em tribunal.

Por isso não podia deixar de o invocar e recordar algumas das canções que ficaram para a história da música pop como Thriller, Bad, Black or White ou Scream (todas elas com vídeos espectaculares, mas que de momento não é possível incorporar em blogues) e que o tornaram um ídolo para muitas pessoas em todo o Mundo, especialmente durante os anos 80 e princípios dos anos 90.

De todas as canções de Michael Jackon disponíveis no Youtube, escolhi para incorporar no blogue "Earth Song", uma canção menos conhecida e que alerta para os problemas ambientais do nosso planeta.



What about sunrise
What about rain
What about all the things
That you said we were to gain...
What about killing fields
Is there a time
What about all the things
That you said was yours and mine...
Did you ever stop to notice
All the blood we've shed before
Did you ever stop to notice
The crying Earth the weeping shores?

What have we done to the world
Look what we've done
What about all the peace
That you pledge your only son...
What about flowering fields
Is there a time
What about all the dreams
That you said was yours and mine...
Did you ever stop to notice
All the children dead from war
Did you ever stop to notice
The crying Earth the weeping shores

I used to dream
I used to glance beyond the stars
Now I don't know where we are
Although I know we've drifted far

Hey, what about yesterday
(What about us)
What about the seas
(What about us)
The heavens are falling down
(What about us)
I can't even breathe
(What about us)
What about apathy
(What about us)
I need you
(What about us)
What about nature's worth
(ooo, ooo)
It's our planet's womb
(What about us)
What about animals
(What about it)
We've turned kingdoms to dust
(What about us)
What about elephants
(What about us)
Have we lost their trust
(What about us)
What about crying whales
(What about us)
We're ravaging the seas
(What about us)
What about forest trails
(ooo, ooo)
Burnt despite our pleas
(What about us)
What about the holy land
(What about it)
Torn apart by creed
(What about us)
What about the common man
(What about us)
Can't we set him free
(What about us)
What about children dying
(What about us)
Can't you hear them cry
(What about us)
Where did we go wrong
(ooo, ooo)
Someone tell me why
(What about us)
What about babies
(What about it)
What about the days
(What about us)
What about all their joy
(What about us)
What about the man
(What about us)
What about the crying man
(What about us)
What about Abraham
(What was us)
What about death again
(ooo, ooo)
Do we give a damn

terça-feira, 23 de junho de 2009

S. João 2009


Um bom S. João para todos vós.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Blur - The universal (live)

Os Blur ao vivo no programa da BBC de Jools Holland com a canção "The Universal"(1995).

Chegou o Verão: Solstício de Verão 2009

Iluminação da Terra pelo Sol durante o solstício do hemisfério norte.


Este ano o Solstício de Verão ocorreu ontem, dia 21 de Junho, às 06h e 46m. O solstício de verão representa o início do Verão no Hemisfério Norte, a estação mais quente do ano. Esta estação prolonga-se por 93,65 dias até ao próximo Equinócio que ocorre no dia 22 de Setembro de 2009 às 22h e 19m.

No Hemisfério sul, o Solstício de Junho representa o início do Inverno, a estação mais fria do ano.


Solstício é o momento em que o Sol, durante seu movimento aparente na esfera celeste, atinge a maior declinação em latitude, medida a partir da linha do equador. Os solstícios ocorrem duas vezes por ano: em Dezembro e em Junho. O dia e hora exactos variam de um ano para outro. Quando ocorre no verão significa que a duração do dia é a mais longa do ano. Analogamente, quando ocorre no inverno, significa que a duração da noite é a mais longa do ano.

No hemisfério norte o solstício de verão ocorre por volta do dia 21 de junho e o solstício de inverno por volta do dia 21 de dezembro. Estas datas marcam o início das respectivas estações do ano neste hemisfério. Já no hemisfério sul, o fenómeno é simétrico: o solstício de verão ocorre em dezembro e o solstício de inverno ocorre em junho. Os momentos exactos dos solstícios, que também marcam as mudanças de estação, são obtidos por cálculos de astronomia.

Devido à órbita elíptica da Terra, as datas nas quais ocorrem os solstícios não dividem o ano em um número igual de dias. Isto ocorre porque quando a Terra está mais próxima do Sol (periélio) viaja mais velozmente do que quando está mais longe (afélio).

Os trópicos de Câncer e Capricórnio são definidos em função dos solstícios. No solstício de verão no hemisfério norte, os raios solares incidem perpendicularmente à Terra na linha do Trópico de Câncer. No solstício de inverno do hemisfério norte, ocorre a mesma coisa no Trópico de Capricórnio.
Iluminação da Terra pelo Sol durante o solstício do hemisfério sul.

Na linha do equador a duração dos dias é fixa ao longo das estações do ano com 12 horas de luz e 12 horas de noite. Desse modo os solstícios nessa linha não podem ser obtidos através de dias ou noites mais longas e somente podem ser observadas pela máxima inclinação da luz solar para o norte ou para o sul. Na linha do equador não há como dizer se um solstício é de verão ou de inverno uma vez que demarcam a separação dos hemisférios norte e sul da Terra.

Nas linhas dos trópicos de Câncer e Capricórnio, os solstícios de verão respectivos a cada hemisfério da Terra, coincidem com o único dia do ano em que os raios solares incidem verticalmente.

Nas linhas dos círculos polares Ártico e Antártico, os solstícios marcam o único dia do ano em que o dia ou a noite duram 24 horas ininterruptas considerando a estação do ano: verão ou inverno, respectivamente.


Em várias culturas ancestrais à volta do globo, o solstício de verão era festejado com comemorações que deram origem a vários costumes. O solstício de verão, o maior dia do ano, simbolizava o tempo de abundância, da fertilidade. É quando as noites são curtas e os dias longos, e a natureza está no ápice de sua produtividade. Hoje em dia, os ancestrais costumes pagãos evoluiram para festas de cariz religioso como, por exemplo,a do S. João que, no caso da cidade do Porto, constitui a sua festa principal e que ainda preserva uma forte simbologia pagã, como saltar sobre as fogueiras e festejar toda a noite até ao nascer do sol, por exemplo.


sexta-feira, 19 de junho de 2009

Exame de Geografia A 2009 - 1ª Fase

Hoje decorreu o exame de Geografia A da 1ª Fase. O exame não era propriamente fácil, pois algumas das perguntas de escolha múltipla eram bastante complicadas, tendo sido questionados alguns temas que já não saíam há muito tempo, nomeadamente o dos recursos do subsolo. A pergunta 1 do Grupo V parece-me mal formulada, deixando alguma dúvida quanto ao conteúdo da resposta.

Deixo-vos os links ao site do GAVE relativos à prova e aos critérios de classificação:

Prova
(versão 1)

domingo, 14 de junho de 2009

Exames 2009 - conselhos úteis para os exames


O Gabinete de Avaliação Educacional (Gave) aconselha os alunos que a partir de terça-feira realizam exames nacionais a não esquecerem um documento de identificação com fotografia e a verificarem na véspera a hora da prova, refere a Lusa.

Além disso, os estudantes devem ainda, na véspera, imprimir o calendário de exames e verificar se têm todo o material necessário à realização da prova.

As recomendações incluem ainda, o preenchimento de forma clara, completa e legível do cabeçalho das folhas de resposta e a leitura cuidadosa de toda a prova antes de começar a resposta às questões.

Outra medida passa por confrontar a dificuldade dos itens com a cotação máxima. Assim, se uma questão valer, por exemplo, cinco pontos em 200, «não é sensato perder tempo além de um limite razoável».

Reler o enunciado para ter a certeza da compreensão do que é pedido, fazer uma caligrafia bem legível, respeitando os espaços entre palavras, para tornar a leitura fácil, e usar de forma diferenciada letras minúsculas e maiúsculas são outros conselhos transmitidos.

Controlar o tempo decorrido para o aluno ter a noção se está atrasado ou adiantado e verificar se estão a ser cumpridas todas as instruções e se não existe mais do que uma resposta ao mesmo item, é uma instrução a ter em conta.

Antes de entregar a prova, o aluno deve lê-la cuidadosamente.

Os critérios de classificação serão publicados nas 24 horas seguintes ao exame e poderão ser consultados.

O Gave recomenda aos alunos que, até à realização dos exames, consultem a sua página na Internet.

A partir de terça-feira, 253.837 alunos deverão realizar os exames nacionais, 156.860 do secundário e 96.977 do básico.

Os alunos do secundário realizam os exames entre 16 e 23 de Junho, enquanto os estudantes do básico efectuam as provas entre 19 e 22 de Junho.



A propósito dos exames nacionais... ficam aqui alguns conselhos, que encontrei no blogue do professor Nuno Sousa e que adaptei e actualizei.

Entre o fim das aulas e os exames

Os dias entre o fim das aulas e os exames podem ser importantes na preparação das provas.

Seguem-se alguns conselhos sobre a forma de gerires este tempo:
· Elabora um horário de revisões rigoroso: divide o tempo que tens disponível pelas várias disciplinas.
. Muitas vezes os alunos dedicam a maior parte do tempo para preparar o 1º exame e depois não têm tempo de rever a matéria das restantes disciplinas.
· Regista o horário das revisões numa folha distribuindo o tempo de acordo com as tuas dificuldades: dedica mais tempo às disciplinas em que estás menos preparado.
· Podes dividir os teus tempos de estudo em períodos de cerca de 50 minutos aos quais se devem seguir 10 minutos de intervalo. Atenção ao intervalo: não o prolongues para além do previsto.
· As revisões devem ser feitas a partir dos apontamentos que organizaste ao longo do ano. Ordena os teus apontamentos e resumos por disciplina para os poderes consultar facilmente. Se tiveres alguma dúvida consulta o teu manual.
· Revê as provas-modelo e os exames que sairam nos anos anteriores. As provas que irás fazer serão muito semelhantes. Procura resolvê-las no tempo previsto.
· Não estudes à noite até muito tarde. A partir de determinada hora o teu trabalho já não rende e se crias o hábito de adormeceres tarde, não vais conseguir adormecer cedo na véspera das provas. Deves dormir cerca de 8/9 horas por noite.
· Organiza o espaço em que vais estudar retirando todos os materiais que te possam distrair. Depois de uma sessão de estudo deixa a secretária bem arrumada - custar-te-á menos recomeçar o teu trabalho. Procura trabalhar num ambiente sossegado sem a TV ligada ! Retira o teu telemóvel do lugar onde estás a estudar. Leres e enviares mensagens durante o teu estudo impede-te a concentração. Aproveita os intervalos !
· Planifica com antecedência as provas que deixas para a 2ª chamada. Se não o fizeres, podes, sob o efeito do stress, deixares mais disciplinas do que o que é aconselhável.


Conselhos úteis:
· Informa-te junto dos teus professores sobre o tipo de material que podes levar para exame (dicionários, calculadora, etc.)
· Informa-te com antecedência em que salas fazes os exames. No dia das provas, dirige-te com tempo para a sala onde vais fazer o exame.

O que tens de levar para os exames:
· B.I. ou outro documento identificativo que o substitua.
· 2 esferográficas da mesma cor. Uma pode falhar.
· Lápis e borracha para fazeres rascunhos ou tirares notas no enunciado
. calculadora adequada (só para certos testes, nomeadamente o de Geografia A)
· Relógio para controlar o tempo
· Lenços de papel: são sempre úteis !


Lembra-te que:
· Só podes escrever o teu nome na parte destacável do cabeçalho. Se o fizeres noutro local a tua prova será anulada.
· Só podes utilizar caneta ou esferográfica de tinta azul ou preta. Não se pode utilizar verniz corrector.
· Não podes consultar copianços nem copiar pelos colegas. A tua prova será anulada no caso de seres apanhado em falta. E lembra-te: só a tentativa de copiar cria uma situação de stress tão grande que pode comprometer o teu desempenho.
· Controla bem o teu tempo.
· Reserva algum tempo para releres a prova; assegura-te que respondeste a todas as questões.
. No caso da prova ter versões diferentes deves indicar na folha de respostas, em local próprio, a versão do teu enunciado.
. Deves também indicar na folha de respostas o número de folhas que utilizaste.

Depois dos exames:
· Quando conheceres a avaliação dos teus exames podes ser surpreendido por uma classificação mais baixa do que a que previste. Podes então pedir para consultar a prova: dirige-te à Secretaria e faz o respectivo requerimento até dois dias úteis a partir da data da afixação dos resultados do exame. Quando receberes a fotocópia do teu exame (geralmente 2 dias úteis depois) compara as tuas respostas com os critérios de classificação que te serão entregues. Se consideras que a tua prova merece uma classificação mais alta consulta o teu professor para poderes preparar a tua a alegação e pedires a reapreciação da classificação. Se o fizeres terás que depositar 15 euros que te serão devolvidos no caso de a classificação ser superior à inicialmente atribuída.
· Se não concordares com o resultado da reapreciação ainda podes, no prazo de 2 dias úteis, fazer uma reclamação. (para saberes mais sobre o processo de repreciação de exames cliquem aqui)

Fonte: http://diversas.blogspot.com/2005/06/conselhos-para-os-exames-adaptado-do.html

Desejo a todos os alunos boa sorte e excelentes resultados nos exames.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Cat Stevens - Father and Son

"Father and Son"(1970) é uma das canções mais carismáticas e bonitas de Cat Stevens, agora Yusuf Islam (desde que se converteu à religião muçulmana). Podem ver dois videoclips com a mesma canção: o primeiro com a versão original de 1970 e o segundo, já muito recente, com Cat Stevens já convertido ao islão, numa actuação ao vivo. Vale a pena ver, pois trata-se de uma das canções eternas da música pop/rock.



Portugal tem cinco novas cidades e 22 novas vilas

Senhora da Hora já é cidade


A Assembleia da República aprovou hoje por unanimidade a elevação de 22 povoações a vilas e a criação de cinco cidades, numa votação que foi seguida por várias dezenas de populares, a partir das galerias do Parlamento.


Foram elevadas a cidade as localidades de:
  • Valença (Viana do Castelo),

  • Senhora da Hora (Matosinhos),

  • S. Pedro do Sul (sede do concelho),

  • Samora Correia (Benavente) e

  • Borba (Évora).

À categoria de vilas passaram as localidades de Castro Laboreiro (Melgaço) e Soajo (Arcos de Valdevez), ambas no distrito de Viana do Castelo, Arões de S. Romão (Fafe), no distrito de Braga, Lordelo, distrito de Vila Real, e Ancede (Baião), Guifões (Matosinhos), Vilarinho (Santo Tirso), Senhora Aparecida (Lousada) e Madalena (Vila Nova de Gaia), todas no distrito do Porto. No distrito de Aveiro passaram à categoria de vila as povoações de Soza (Vagos) e Valongo do Vouga (Águeda), enquanto o distrito de Coimbra viu subir a vila as localidades de S. Pedro, Marinha das Ondas, Lagos e Tarazede, todas no município da Figueira da Foz. O Parlamento aprovou também a elevação a vila das povoações de Foz do Arelho e À-dos-Francos, ambas nas Caldas da Rainha, distrito de Leiria, e Olival (Ourém), distrito de Santarém. Passaram ainda a vila as localidades de Prior Velho (Loures), Casal de Cambra (Sintra) e Montelavar (Sintra), no distrito de Lisboa, e Bensafrim (Lagos), distrito de Faro.

De acordo com a legislação, salvo "importantes razões de natureza histórica, cultural e arquitectónica", uma localidade pode ser elevada à categoria de cidade de tiver mais de oito mil eleitores e pelo menos metade dos seguintes equipamentos: instalações hospitalares, farmácias, corporação de bombeiros, casa de espectáculos e centro cultural, museus e biblioteca, instalações de hotelaria, estabelecimento de ensino preparatório e secundário, estabelecimento de ensino pré-primário e infantários, transportes públicos e parques ou jardins públicos.

Já para ser elevada a vila uma localidade tem de ter mais de 3.000 eleitores em aglomerado populacional contínuo e pelo menos metade dos seguintes estabelecimentos: posto médico, farmácia, casa do povo, dos pescadores, de espectáculos, centro cultural ou outras colectividades, agência bancária, transportes públicos colectivos, estação dos correios, estabelecimentos comerciais ou de hotelaria e uma escola pública.



Fonte: http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1386349

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Gripe A: Declarada a primeira pandemia do século XXI


OMS acha que o mundo está "bem preparado"


A Organização Mundial da Saúde (OMS) elevou hoje para o máximo o nível de alerta para a gripe A H1N1, mas precisou que, apesar do âmbito global, se trata de "uma pandemia moderada"."Pandemia significa extensão [do vírus]. Mas, um maior nível de alerta pandémico não significa necessariamente que veremos um vírus mais perigoso ou que muita gente vai ficar gravemente doente", disse a directora-geral da OMS, Margaret Chan, em conferência de imprensa, em Genebra. A responsável preveniu que os países que registaram uma actividade mais signficativa do vírus A H1N1 deverão esperar uma segunda vaga. "Os países onde a epidemia atingiu um pico devem preparar-se para uma segunda vaga de infecção", explicou Chan. Depois de referir que se trata "da primeira pandemia do século XXI" e de salientar que o mundo está bem preparado para a enfrentar, a directora-geral da OMS afirmou que "moderada" é a classificação global da pandemia, mas cada governo terá de adequar a resposta de saúde pública segundo a sua situação concreta. Margaret Chan referiu que se deve ter em conta a vulnerabilidade da população de um país específico, assim como do seu sistema de saúde. A directora-geral da OMS reconheceu que o facto de a maioria dos casos de gripe A H1N1 serem ligeiros pode levar muita gente a questionar a razão de declarar uma pandemia, mas advertiu que há que não baixar a guarda. A diferença entre "uma reacção extrema e a complacência é um dos assuntos que preocupam a OMS", referiu a responsável, depois de reconhecer que alguns governos estavam preocupados por possíveis reacções negativas após a declaração de alerta máximo. A decisão de elevar o nível de alerta para a gripe A H1N1 implica um conjunto de recomendações a todos os países, quer tinham sido afectados quer não, com o objectivo de "reduzir o impacto da pandemia" sobre a população. Nas regiões afectadas, os governos podem colocar os seus países num estado considerado apropriado. Entre as recomendações aos Estados estão o dever de informar a organização acerca da evolução da pandemia e avisar de qualquer mutação do vírus ou de sinais de resistência aos anti-virais. A nível individual, a OMS aconselha as pessoas com doenças respiratórias graves a ficarem em casa e limitarem os seus contactos com a vizinhança. As medidas de isolamento podem ser acompanhadas do encerramento de escolas e do ajustamento dos horários de trabalho, de modo a evitar que muitas pessoas estejam em contacto. Os governos podem também incentivar a redução de deslocações ou a aglomeração de pessoas, por exemplo, nos transportes públicos, mas a OMS não recomenda restrições oficiais de viajar para os países afectados. Os países devem planificar a distribuição de vacinas e acelerar a preparação de campanhas de vacinação em massa, além de fornecerem informações regulares à população acerca da evolução da pandemia, tratamentos e medidas profilácticas adequadas. A gripe A H1N1 que, desde o seu aparecimento, em final de Março, já provocou 28 mil doentes em todo o mundo, afectou principalmente os EUA (com 13.217 casos), México (5.17), Canadá (2446), Austrália (1224), Chile (1694) e Reino Unido (666 casos). (Público on line, 11.06.09)
Última epidemia à escala global aconteceu há mais de 40 anos
A pandemia hoje declarada é a primeira em mais de 40 anos. O século XX ficou marcado por três epidemias à escala mundial, fenómenos que normalmente acontecem com intervalos de várias décadas. Mas a mais famosa e letal, a pandemia das pandemias, foi a de 1918 (conhecida como gripe espanhola ou pneumónica), que varreu o mundo e originou a morte de mais de 40 milhões de pessoas. Vários paralelos têm sido estabelecidos com a nova gripe - também começou na Primavera, afectava sobretudo jovens adultos e foi provocada por outra versão da mesma estirpe H1N1 - mas os especialistas não se cansam de sublinhar que há muitas diferenças e que o mundo mudou radicalmente desde então. Para o director-geral da Saúde português, Francisco George, os dados actuais fazem prever um impacto semelhante ao da pandemia de 1957, muito menos grave. Esta pandemia, a asiática, surgiu na China e provocou mais de um milhão de mortes. Causada por outro subtipo do vírus (H2N2), menos virulento, teve uma taxa de mortalidade atenuada devido também à existência de antibióticos para tratar subsequentes complicações bacterianas. A terceira pandemia, a de Hong Kong, que começou em 1968, foi a menos mortal (entre 700 mil a um milhão de mortos). As diferenças justificam-se pelas características específicas dos vírus e a melhoria das condições de vida e dos serviços de saúde.

Fonte: http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1386220&idCanal=11

As sete maravilhas de origem portuguesa

Ontem, dia 10 de Junho, foram eleitas as Sete Maravilhas de Origem Portuguesa. A saber:

Fortaleza de Diu (Índia)

Fortaleza de Mazagão (Marrocos)

Basílica de Bom Jesus de Goa (Índia)

Cidade Velha de Santiago (Cabo Verde)

Igreja de S. Paulo de Macau (China)

Convento de S. Francisco de Assis da Penitência, Ouro Preto (Brasil)

Convento de S. Francisco e Ordem Terceira, S. Salvador da Baía (Brasil)

Só é pena que algumas destas maravilhas de origem portuguesa, que tanto nos orgulham, estejam praticamente abandonadas e que Portugal tenha feito tão pouco para ajudar a preservá-las e a manter as marcas da cultura portuguesa no Mundo. Para saberem um pouco mais sobre cada uma destas maravilhas de origem portuguesa cliquem aqui.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

José Mário Branco - Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades (poema de Luís Vaz de Camões)


No dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, fiquem com um poema de Luís de Camões "Mudam-se os tempos, Mudam-se as Vontades", cantado pelo grande cantor português José Mário Branco.



Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já foi coberto de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.

Luís Vaz de Camões

terça-feira, 9 de junho de 2009

Blondie - Heart of Glass

Mais uma música do final da minha adolescência: Heart of Glass, dos americanos Blondie, mais conhecidos pela vocalista Deborah Harry (a "Blondie"). Esta canção de 1979 marca a transição entre a moda do "Disco Sound" e a "New Wave" dos anos 80.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Rede de fibra óptica promete revolução digital no Porto


Obras arrancaram há cerca de um mês e até ao final de Julho deve estar assegurada a cobertura em 14 bairros sociais


São mais de mil quilómetros de cabos de fibra óptica que vão servir de base à rede de nova geração (RNG). Até meados do próximo ano, deverá estar acessível a toda a população da cidade do Porto e será a maior rede da Europa até ao consumidor final com estas características, representando uma verdadeira revolução digital e tecnológica. Isto porque, em suas casas, todos os portuenses vão passar a dispor de um serviço que combina a transmissão de dados, voz e multimédia - o chamado triple play - com uma capacidade de débito que pode ir até aos 100 megabits.As obras arrancaram há cerca de um mês, sendo visíveis em alguns pontos da cidade, tendo-se optado por dar prioridade à cobertura dos bairros sociais e escolas do ensino básico e secundário. Até meados do próximo mês deverá estar já concluída a ligação a 14 bairros, o que representa um total de cerca de 4500 residências. Uma segunda fase de obra, que deverá estar concluída até ao final do ano, levará a rede até às escolas que ficam fora do percurso que liga estes 14 bairros. Só depois arrancarão as obras para servir as restantes zonas do Porto, passando o objectivo final pela cobertura, em quatro anos, de 99 por cento da área da cidade.Além da capacidade e dos potenciais benefícios para particulares e empresas, a principal particularidade desta rede reside no facto de não ser detida ou estar ligada a qualquer das empresas operadoras de telecomunicações. Trata-se de uma iniciativa da Porto Digital, Operador Neutro de Telecomunicações, S.A., uma empresa criada para o efeito pelo grupo DST e a Associação Porto Digital. O investimento ascende a 80 milhões e euros e, à imagem das auto-estradas, trata-se de uma via que pode ser utilizada por qualquer das empresas que operam no mercado das telecomunicações fornecendo serviços aos seus clientes. Além da melhoria da qualidade e da capacidade do serviço, espera-se que traga também vantagens económicas para os consumidores, uma vez que estabelece condições para uma plena concorrência entre os operadores no fornecimento do serviço. Segundo os responsáveis pelo projecto, a linha de fibra óptica é levada até casa dos portuenses, à imagem do que acontece com os serviços de água, gás ou electricidade. Independentemente da futura contratação de qualquer serviço com as operadoras, todos passarão a usufruir gratuitamente do sinal dos quatro canais generalistas de televisão.Além de multiplicar a oferta de canais televisivos (e respectiva qualidade), aumenta também muito significativamente a qualidade e a capacidade do serviço de Internet. Para as operadoras, as vantagens parecem, de igual modo, óbvias, já que, além de deixarem de se preocupar com a instalação e montagem de rede, passam a aceder a um potencial número de clientes muito maior apenas com uma única ligação. Segundo o PÚBLICO apurou, há já contacto avançados com operadoras para a contratação do fornecimento de serviços, tanto ao sector doméstico como empresarial, mas esta é uma matéria sobre a qual para já ninguém quer falar.


Obras mínimas
Apesar de abrangerem toda a cidade, as obras têm um impacto muito reduzido. A rede assenta numa estrutura principal, uma espécie de distribuição em alta que terá dez ou 11 nós de distribuição, seis dos quais estão já em funcionamento. É desta estrutura que partem as ramificações para todas as artérias da cidade (distribuição em baixa), com a respectiva capilaridade até às residências dos potenciais 360 mil utilizadores do serviço.
Para a rede principal, onde é instalado um tubo triplo com apenas 3,5 centímetros de diâmetro, é aberta uma vala com 30 centímetros de largura, por 80 de fundo, enquanto para o grosso das ramificações é necessária uma abertura de escassos dois centímetros para enterrar dois microtubos pelas várias ruas da cidade. Diga-se que um único tubo de oito milímetros pode levar até 24 fibras, tendo cada uma capacidade para entrega do sinal até 64 habitações.

Fonte: http://jornal.publico.clix.pt/

domingo, 7 de junho de 2009

Parlamento Europeu


A propósito das eleições que decorreram no dia de hoje para o Parlamento Europeu, achei por bem deixar aqui um "post" dedicado ao Parlamento Europeu para ficarem a conhecer melhor essa instituição europeia que tem cada vez mais importância nas nossas vidas. Se todos os portugueses conhecessem melhor a importância do Parlamento Europeu e o modo como este funciona talvez houvesse menos abstenção nas eleições europeias como aconteceu mais uma vez este ano.




Parlamento Europeu

O Parlamento Europeu (PE) é directamente eleito pelos cidadãos da União Europeia para representar os seus interesses. As suas origens remontam aos anos cinquenta e aos Tratados constitutivos e, desde 1979, os seus deputados são eleitos directamente pelos cidadãos que representam.

As eleições realizam-se de cinco em cinco anos e todos os cidadãos da UE têm direito a votar, bem como a apresentar‑se na qualidade de candidatos, seja onde for que vivam na UE. O Parlamento exprime, portanto, a vontade democrática dos perto de 500 milhões de cidadãos da União e representa os seus interesses nas discussões com as outras instituições da UE. As últimas eleições tiveram lugar em Junho de 2004. O actual Parlamento conta com 785 deputados dos 27 países da União Europeia. Quase um terço dos deputados são mulheres. Em princípio, a partir da próxima legislatura (2009-2014), o número de deputados do Parlamento Europeu não excederá os 736. Dado que a Bulgária e a Roménia aderiram à União durante a legislatura 2004-2009, o actual número máximo de 732 lugares no Parlamento Europeu foi temporariamente excedido.

Os deputados do Parlamento Europeus não estão organizados em blocos nacionais, mas sim em sete grupos políticos europeus (Partido Popular Europeu (Democratas-Cristãos) e Democratas Europeus; Grupo Socialista; Aliança dos Democratas e Liberais pela Europa; União para a Europa das Nações; Verdes/Aliança Livre Europeia; Esquerda Unitária Europeia / Esquerda Nórdica Verde; Independência/Democracia), que representam todas as perspectivas acerca da integração europeia, da mais federalista à mais abertamente eurocéptica.

Hans‑Gert Pöttering foi eleito Presidente do PE em 2007 e deverá ocupar este cargo até às eleições de 2009 (que decorreram hoje).

Números de lugares por país (legislatura 2009-2014):
Alemanha - 99
Irlanda - 12
Áustria - 17
Itália - 72
Bélgica - 22
Letónia - 8
Bulgária - 17
Lituânia - 12
Chipre - 6
Luxemburgo - 6
Dinamarca - 13
Malta - 5
Eslováquia - 13
Países Baixos - 25
Eslovénia - 7
Polónia - 50
Espanha - 50
Portugal - 22
Estónia - 6
Reino Unido - 72
Finlândia - 13
República Checa - 22
França - 72
Roménia - 33
Grécia - 22
Suécia - 18
Hungria - 22
Total - 736

Onde é a sede do Parlamento?
O Parlamento Europeu tem três locais de trabalho: Bruxelas (Bélgica), Luxemburgo e Estrasburgo (França).
Os serviços administrativos (o «Secretariado-Geral») estão sedeados no Luxemburgo. As reuniões de todos os deputados do Parlamento, conhecidas por sessões plenárias, realizam‑se em Estrasburgo (França) e, por vezes, em Bruxelas. As reuniões das comissões parlamentares também têm lugar em Bruxelas.

O que faz o Parlamento?
O Parlamento tem três funções principais:
1. Adoptar os actos legislativos europeus – conjuntamente com o Conselho em numerosos domínios. O facto de o PE ser um órgão directamente eleito pelos cidadãos garante a legitimidade democrática da legislação europeia.
2. O Parlamento exerce um controlo democrático das outras instituições da UE, especialmente da Comissão. Tem poderes para aprovar ou rejeitar as nomeações dos membros da Comissão, e tem o direito de adoptar uma moção de censura de toda a Comissão.
3. O poder orçamental:o Parlamento partilha com o Conselho a autoridade sobre o orçamento da UE, o que significa que pode influenciar as despesas da União. No final do processo orçamental, incumbe-lhe adoptar ou rejeitar a totalidade do orçamento.

Estas três funções são seguidamente descritas com mais pormenor.

1. Adoptar os actos legislativos europeus
O processo mais usual para a adopção da legislação da UE é o de «co-decisão», que coloca o Parlamento Europeu e o Conselho em pé de igualdade e se aplica à legislação numa vasta gama de domínios.
Nalguns domínios (por exemplo, a agricultura, a política económica e a política em matéria de vistos e de imigração), só o Conselho pode legislar, mas é obrigado a consultar o Parlamento. Além disso, é necessária a aprovação do Parlamento para certas decisões importantes como a adesão de novos países à UE.
O Parlamento contribui ainda para a elaboração de nova legislação, dado que tem de examinar o programa de trabalho anual da Comissão, determinando quais os novos actos legislativos que são necessários e solicitando à Comissão que apresente propostas nesse sentido.
As sessões plenárias, para todos os deputados do PE, realizam-se normalmente em Estrasburgo (uma semana por mês) e ocasionalmente em Bruxelas (dois dias).

2. Controlo democrático
O Parlamento exerce, em várias circunstâncias, um controlo democrático das outras instituições europeias.
Quando é indigitada uma nova Comissão, os seus membros são designados pelos governos dos Estados‑Membros, mas não podem ser nomeados sem a aprovação do Parlamento. O Parlamento realiza audicões com cada membro individualmente, incluindo com o Presidente da Comissão indigitado, e submete à votação a aprovação do conjunto da Comissão.
Durante todo o seu mandato, a Comissão permanece politicamente responsável perante o Parlamento, que pode aprovar uma «moção de censura» que implica a demissão de toda a Comissão.
Em termos mais gerais, o Parlamento exerce o seu controlo através da análise periódica de relatórios enviados pela Comissão (o Relatório Geral anual, relatórios sobre a execução do orçamento, etc.). Além disso, os deputados do PE endereçam regularmente perguntas à Comissão, a que os membros da Comissão são, por lei, obrigados a responder.
O Parlamento também acompanha os trabalhos do Conselho: os deputados do PE endereçam regularmente perguntas ao Conselho e o Presidente do Conselho participa nas sessões plenárias do Parlamento e nos debates mais importantes.
O Parlamento pode também exercer o seu controlo democrático através da análise das petições apresentadas por cidadãos e da instituição de comissões de inquérito.
Por último, o Parlamento contribui sempre para as cimeiras da UE (as reuniões do Conselho Europeu). No início de cada cimeira, o Presidente do Parlamento é convidado a exprimir os pontos de vista e preocupações do Parlamento sobre assuntos importantes e sobre as questões que figuram na agenda do Conselho Europeu.

3. O poder orçamental
O orçamento anual da UE é decidido conjuntamente pelo Conselho e pelo Parlamento. O debate no Parlamento realiza-se em duas leituras sucessivas. O orçamento só entra em vigor após ser assinado pelo Presidente do Parlamento.
A Comissão do Controlo Orçamental (COCOBU) do Parlamento controla a execução do orçamento. Todos os anos, o Parlamento tem de decidir se aprova a forma como a Comissão executou o orçamento do exercício financeiro precedente. Este processo de aprovação tem a designação técnica de «quitação».

Como está organizado o Parlamento?
Os trabalhos do Parlamento estão repartidos por duas fases principais:

A preparação da sessão plenária. Esta preparação é feita pelos deputados das Comissões Parlamentares especializadas nas diversas áreas de actividade da UE. As questões a debater são também discutidas nos grupos políticos.

A própria sessão plenária. As sessões plenárias, para todos os deputados do PE, realizam-se normalmente em Estrasburgo (uma semana por mês) e ocasionalmente em Bruxelas (apenas dois dias). Nestas sessões, o Parlamento examina as propostas de legislação e vota as emendas que pretende introduzir antes de chegar a uma decisão sobre a totalidade do acto jurídico.

Na ordem de trabalhos podem ainda estar incluídas «comunicações» do Conselho ou da Comissão ou temas relacionados com questões de actualidade na União Europeia e no mundo em geral.


Fonte: http://europa.eu/institutions/inst/parliament/index_pt.htm

Calendário das aulas de apoio para o exame de Geografia A

Dia 9 (terça), às 8:30h - sala D30;

Dia 15 (segunda), às 8:30h - sala B54;

Dia 15 (segunda), às 13:30h - sala B54;

Dia 17 (quarta), às 8:30h - sala B53 ;

Dia 18 (quinta), às 8:30h - sala B53.

Baile de Finalistas da Escola Secundária de Rio Tinto


Ontem, dia 6 de Junho, realizou-se na Escola o já tradicional Baile de Finalistas dos alunos do 12º ano.

Gostava de agradecer aos alunos do 12ºH o facto de me terem convidado para o Baile de Finalistas. Foi uma honra para mim ter partilhado convosco esse momento tão importante para todos vós. E, já agora, queria agradecer a lembrança que me deram. Gostei muito e vou guardá-la, com todo o carinho que ela merece, no espaço que tenho dedicado às recordações dos meus alunos. Obrigado pelas vossas palavras dedicadas à minha pessoa, que tanto me encheram de orgulho e que me dão força e motivação para continuar a dar o meu melhor pelos meus alunos. Tenho muito orgulho em ter sido vosso professor de Geografia C.

O Baile de Finalistas foi o vosso momento especial (o final simbólico de uma etapa da vossa vida). Estavam todos fantásticos. Espero que também tenham gostado do Baile.

Só espero que os exames vos corram pelo melhor e que vos permitam entrar nos cursos que mais desejam e ambicionam para que esta etapa da vossa vida seja concluída com sucesso e que se inicie uma nova etapa.

O blogue vai continuar em actividade e só irá para férias no final do mês de Julho. Sempre que puderem passem por aqui e deixem os vossos comentários. Terei muito gosto. E, já agora, se no presente ou no futuro precisarem de mim, por alguma razão, já sabem como me encontrar ou contactar.

Desejo-vos as maiores felicidades e os maiores sucessos para a vossa vida futura.

sábado, 6 de junho de 2009

Mariza- Ó gente da minha terra

O Eldorado de Pascua Lama pode ser um pesadelo ecológico


Hoje apresento-vos um exemplo de conflito de interesses entre a economia (aumento da riqueza e criação de emprego) e o ambiente e as pequenas comunidades locais (contaminação dos recursos hídricos fundamentais para as populações vizinhas). Estou a falar do projecto de exploração mineira de Pascua Lama, nos Andes, na fronteira entre a Argentina e o Chile. Comecem por ler a notícia do jornal Público do dia de hoje (06.06.09) e depois visionem um pequeno vídeo sobre a contestação das populações locais ao projecto.



Toneladas de ouro e prata jazem nos Andes, por baixo de três glaciares essenciais para a vida nos vales. Economia versus ecologia, num cenário de sobrevivência humana em altitude

Algures na fronteira entre o Chile e a Argentina, uma gigantesca reserva de ouro, das maiores do planeta ainda intocadas, começará em breve a ser explorada. Deverá gerar largas centenas de empregos e permitirá à Argentina, que só detém 30 por cento do filão, entrar nos dez primeiros da lista mundial de produtores. Parece um cenário de sonho, mas pode revelar-se um pesadelo ambiental. A futura mina a céu aberto de Pascua Lama, propriedade do grupo canadiano Barrick Gold, recebeu recentemente luz verde da Presidente argentina Cristina Kirchner, mas dezenas de associações da região de Mendoza avançaram de imediato para o Supremo Tribunal, tentando travar o processo. Podem ser os últimos episódios de um folhetim que dura há muitos e longos anos - o Chile, onde se situam 70 por cento dos recursos a explorar, já desbloqueou a situação do seu lado. Para assegurar que a mina avança, Kirchner vetou uma lei do Senado que protege os glaciares - responsáveis, segundo a AFP, por três quartos das reservas hídricas do país. Situada a mais de 4000m de altitude, na região dos Andes, Pascua Lama fica logo abaixo de três glaciares que alimentam toda a economia do vale de Huasco, no Chile, uma das zonas mais desertificadas do país e onde a maioria dos 70 mil habitantes praticam uma agricultura que depende, em muito, das águas que escorrem das montanhas. O que os contestatários, de um e outro lado da fronteira, receiam é a contaminação dos cursos de água com origem nos glaciares. "Para extrair ouro a céu aberto são utilizados explosivos e as poeiras libertadas na montanha vão poluir os recursos hídricos dos vales", explicou à AFP Fernando Solanas, candidato a deputado nas eleições que se realizam no próximo dia 28. Os resíduos em questão incluem enxofre e arsénico, não esquecendo que o processo de separação do ouro implica o tratamento do minério com mercúrio. Mas a Barrick Gold promete ter muito cuidado. De olho nas enormes reservas de cerca de 17,8 milhões de onças (mais de meio milhão de quilos e um valor, segundo a cotação do início do mês, de 12.175 milhões de euros), a empresa quer investir até três mil milhões de euros para garantir a exploração do filão (também rico em prata e cobre) durante os próximos 25 anos. Promete proteger os glaciares e instalar um sistema de gestão da água que evitará quaisquer problemas aos seus utilizadores a jusante. Um último argumento: a mina empregará até 1600 pessoas durante um quarto de século.

Trabalhar em altitude

Embora para um europeu seja quase impossível ter a noção do que é trabalhar a altitudes equivalentes à do pico mais alto da Europa ocidental (o Monte Branco, com 4809m), o cenário de Pascua Lama nem sequer é particularmente excessivo a esse nível. Nos Andes, onde as populações locais estão geneticamente mais apetrechadas para lidar com os fenómenos da rarefacção do ar, há vários exemplos de povoamento a altitudes muito elevadas.A cidade boliviana de Potosi, com mais de 130 mil habitantes e situada a 4090m de altitude, tornou-se conhecida devido ao seu vizinho Cerro de Potosi (4824m), também conhecido por Cerro Rico e do qual se diz ter um núcleo completamente constituído por prata. Todos os dias, milhares de mineiros sobem as encostas para escavar nas entranhas do monte, em condições deploráveis que lhes diminuem severamente a esperança de vida.A mina de Potosi tem sido apontada como a mais elevada do mundo, mas não é verdade. E também não é a mais cruel. No Peru, uma pequena cidade cresceu à sombra do ouro que se extrai dos Andes - chama-se La Rinconada, fica 5100m acima do nível do mar (é o povoamento humano permanente mais alto do mundo) e a sua população disparou neste século para 30 mil habitantes. Não há água canalizada nem saneamento básico e as condições de vida das famílias são deploráveis.Quanto aos mineiros, exercem a sua actividade segundo o sistema denominado cachorreo - trabalham de borla durante 30 dias e ao 31.º podem ficar com todo o minério que conseguirem carregar às costas. Se este não contiver qualquer vestígio de ouro, resta-lhes trabalhar mais 30 dias à espera de nova oportunidade...Perante este cenário, falar dos problemas provocados pela altitude acaba por parecer quase acessório. Mas é fundamental. Fernando Duarte Pereira, professor e investigador da Faculdade de Motricidade Humana (Universidade Técnica de Lisboa), diz que uma altitude a rondar os 4500m "não é proibitiva". No entanto, "o corpo paga sempre o preço": "Só por estar lá, perdemos 20 a 30 por cento da nossa capacidade de trabalho."O especialista português de fisiologia do exercício está envolvido num trabalho conjunto com a Universidade do Chile que aborda questões levantadas pelo Exército (há mancebos recrutados ao nível do mar que depois são colocados em aquartelamentos nos Andes...). E, por isso, acentua a importância de gerir os meios humanos: "Não é possível definir limites rígidos para a capacidade humana de trabalhar em altitude. Depende das pessoas, do tipo de trabalho e da preparação que é dada." Na dúvida, os mineiros dos Andes vão mascando folhas de coca
.

Para compreenderem melhor o conflito de interesses descrito na notícia, vejam agora um vídeo documental AGUASI ORONO sobre o projecto mineiro aurífero e binacional Pascua Lama que afectará o vale de Huasco no Chile e a província de San Juan na Argentina.



quarta-feira, 3 de junho de 2009

Mapa "verde" de Portugal


Hoje tomei conhecimento de uma iniciativa interessante do Jornal "Público": "Mapa "verde" de Portugal - diga-nos o que faz no seu dia-a-dia e ajude-nos a tirar uma fotografia "verde" de Portugal. "

Passo a trancrever a notícia da iniciativa:

"Desligar luzes, andar de autocarro ou usar a máquina de lavar louça cheia. Estas são algumas das possibilidades mais usuais para quem quer ser energeticamente amigo do Ambiente. Mas há outras que só você sabe.

Este mapa é inteiramente construído com contributos dos nossos leitores. Ajude-nos a criar o mapa verde de Portugal.

Pode enviar-nos a sua sugestão por email (ecosfera@publico.pt), incluindo o nome do local, morada (quanto mais exacta, melhor) e, se quiser, um comentário sobre o sítio que sugere.

Pode ainda adicionar directamente um local usando a ferramenta Google Maps. Para isso, deverá ter uma conta Goolge (é gratuita) e aceder a este mapa.


Para conhecer melhor o projecto, os passos a efectuar e o estado em que se encontra o Mapa "Verde" de Portugal clique aqui.

Pagar por sacos plásticos reduz o seu uso para metade

Aqui está um exemplo de uma situação que num primeiro momento gerou alguma contestação dos consumidores e que, afinal, está a dar bons resultados em termos ambientais: pagar por sacos plásticos em alguns supermercados reduz o uso para metade.


Toda a gente já o sabe na prática, mas aqui vão os números: nos supermercados que cobram pelos sacos plásticos de compras, a sua utilização cai quase para a metade. É o que revela um estudo da associação ambientalista Quercus, realizado em supermercados da Madeira.
Membros da Quercus estiveram à porta de vários estabelecimentos, a observar os clientes. E contaram, um a um, quem utilizava sacos plásticos novos ou recipientes reutilizáveis para carregar as compras. A experiência foi feita sem abordar os consumidores e sem que estes percebessem que estavam a ser observados. "A nossa ideia foi a de não condicionar o comportamento dos clientes", explica Hélder Spínola, dirigente da Quercus.Os resultados são evidentes. Dos supermercados que distribuem gratuitamente os sacos plásticos (Modelo e Hiper Sá), 95 por cento dos clientes saíam a carregar sacos novos e apenas cinco por cento traziam reutilizáveis. Já entre os clientes de supermercados que cobram pelos sacos (Pingo Doce), a proporção é de 51 por cento e 49 por cento, respectivamente. Os sacos gratuitos também estimulam o seu desperdício. Na prática, quem paga os sacos tende a aproveitar o seu volume - metade dos clientes (52 por cento) traziam-nos praticamente cheios, contra apenas 17 por cento dos consumidores que recebem os sacos gratuitamente. A Quercus quer que todos os supermercados alinhem pela mesma medida e defende "legislação que obrigue à cobrança de uma taxa por cada saco de plástico entregue". O Ministério do Ambiente chegou a sugerir, em 2007, uma taxa de cinco cêntimos sobre cada saco. Mas o Governo recuou e pôs na gaveta uma proposta de decreto-lei que já estava elaborada. A nível internacional, o principal exemplo é o da Irlanda, que em 2002 impôs sobre cada saco uma taxa de 15 cêntimos. Em três meses, a quantidade de sacos distribuídos nos supermercados caiu 90 por cento. Em 2006, apesar da taxa, o número de sacos por habitante subiu ligeiramente e o Governo irlandês decidiu aumentar o valor para 22 cêntimos.Todos os anos são distribuídas cerca de duas mil toneladas de sacos plásticos no comércio. (Ecosfera
, 03.06.09)

Fonte: http://ecosfera.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1384696

Historia do Capuchinho Vermelho do Século XXI

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