Já saíram os resultados da 1ª fase de colocações de alunos no ensino superior. Segundo o jornal Público de hoje, o número de alunos que conseguiu lugar no ensino superior diminui este ano, o que já não sucedia desde 2005. Foram colocados na 1.ª fase 42243 candidatos, menos 3349 do que em 2010.
Transcrevo de seguida grande parte da notícia:
Dos que já foram colocados, 62% escolheram o ensino universitário e 38% o ensino politécnico. No primeiro foram colocados 26.321 alunos; no segundo 15.922.
No conjunto foram disponibilizados 53.500 lugares no ensino superior, cerca de mais 100 do que em 2010. Metade dos 1151 cursos existentes no ensino universitário e politécnico esgotaram as vagas na 1.ª fase. Doze cursos não conseguiram atrair nenhum candidato e em 438 o número de colocados foi inferior a 20.
A Universidade do Porto voltou a ser a instituição com maior número de alunos colocados (4130), tendo preenchido 99% das suas vagas. Em segundo e terceiro lugar, no que respeita a número de colocados, ficaram, respectivamente, a Universidade Técnica de Lisboa (3533) e a Universidade de Lisboa (3453). Preencheram 94 e 88% das suas vagas.
As escolas de Enfermagem de Coimbra, Lisboa e Porto ficaram com 100% das suas vagas preenchidas; a escola superior de Hotelaria do Estoril com 99%, a Universidade de Coimbra com 97% e o ISCTE, em Lisboa, com 96%. No outro extremo, o Instituto Politécnico do Tomar apenas preencheu 26% dos 715 lugares que disponibilizou.
A percentagem de estudantes que consegue ficar no curso que escolheu voltou a aumentar: 58% foram colocados na sua primeira opção, mais três percentuais por comparação com 2010; e 87% tiveram lugar num das suas três primeiras opções. A área de Ciências Sociais, Comércio e Direito volta também a ser a que soma mais novos alunos para o 1.º ano. Mais uma vez o curso de Direito da Universidade de Lisboa foi aquele que disponibilizou mais vagas. Foram 450 e ficaram já todas preenchidas. O curso de Direito da Universidade de Coimbra foi o segundo com mais vagas (330) e estes lugares já estão todos ocupados.
A área de Engenharia, Indústrias Transformadoras e Construção foi a segunda com mais alunos colocados, mas é também aquela que ainda tem mais vagas para preencher. O que já não acontece na área de Saúde e Protecção Social, a terceira mais procurada. Os principais cursos de Medicina esgotaram as vagas na 1.ª fase.
As notas dos últimos colocados nestes cursos oscilaram entre 18,1 e 18,6 (numa escala de 0 a 20). Dos dez cursos com nota mais alta de entrada, oito são de Medicina. Bioengenharia e Arquitectura da Universidade do Porto são os “intrusos” neste top.
Das áreas de classificação dos cursos, Agricultura foi a menos procurada, registando-se apenas 706 entradas, com cerca de 500 vagas a sobrar para a segunda fase. Em 33 cursos, como Ciências da Educação e Formação na Universidade do Algarve ou Gestão da Qualidade na Universidade de Aveiro, as notas dos últimos colocados foram inferiores a 10.
Do programa Novas Oportunidades candidataram-se ao ensino superior mais de 700 pessoas depois de terem realizado, como autopropostos, os exames nacionais do secundário que funcionam como provas específicas para os cursos que escolheram. A nota de candidatura é a obtida nestes exames. Foram colocados 647. O Ministério da Educação e Ciência esclarece que foram criadas vagas adicionais em igual número, de modo a não prejudicar os alunos que concluíram o secundário nas escolas. Em 33 cursos a nota do último colocado oscilou entre 9,5 e 9,9. Da 1.ª fase do concurso sobraram 11.938 vagas, distribuídas entre o ensino universitário (2710) e politécnico (9228). O curso de Direito (regime pós-laboral) da Universidade de Lisboa, com 132 vagas, é aquele que ainda tem mais vagas por preencher.
Fonte: Público on line
De seguida podem consultar uma tabela pesquisável que se encontra no site do Público em:
Os meus parabéns a todos os alunos que conseguiram entrar no ensino superior. Vêm assim premiado o esforço e dedicação ao longo dos anos em que frequentaram o ensino básico e secundário. Os que não conseguiram têm que voltar a tentar para o ano e, entretanto, devem estudar mais e melhor para conseguirem concretizar os seus objectivos.
2 comentários:
É inademissível a forma pela qual os estudantes do ensino secundário deicharam de se importar pelo seu futuro. É um assunto que tem piorado de ano para ano, a mentalidade dos jovens de hoje em dia nao leva nem levará de alguma forma o país para a frente como todos nós queremos e esperámos que aconteça.
Portugal vive um clima de crise económica que se tem agravado de mês para mês, ano para ano. A esperança deste país está nos jovens, ou pelo menos deveria estar , mas a educação já nao é a mesma , o modo de pensar é diferente , e eu como jovem que sou ainda com um arduo caminho pela frente , tenho certezas do que quero para o meu futuro, como todos os jovens haveriam de querer. . . uma boa qualidade de vida, sem quais queres dificuldades económicas mas infelizmente já só se consegue pensar no presente, mas apenas no bem estar próprio. Adolescentes como os de agora que se preparam para entrar na idade adulta e programar um futuro , só pensam no divertimento, actividades de lazer , pondo os estudos de parte , nao vendo estes que se estão a prejudicar a si próprios . Mas ainda está para chegar o pior... mas isso, falarei numa outra altura. Mas voltanto ao que estava a dizer, desta forma que se leva a vida neste país nao me admira que o numero de alunos colocados tenha sofrido uma redução , infelizmente!
Paulo Moreira
12ºAno
E.S.Rio Tinto
Concordo contigo, Paulo. De facto instalou-se em muitos dos nossos jovens uma cultura de laxismo, do "deixa andar" e do "não te rales muito". É verdade que alguns cursos têm médias excessivamente elevadas (como em Medicina ou Arquitetura)e que o desemprego é muito elevado,factores que desmotivam muitos alunos. Contudo uma boa parte dos nossos alunos não se esforça muito para conseguir bons resultados. Felizmente que há ainda muitos jovens que dão o seu máximo, que têm objectivos muito claros para a sua vida e que preparam o seu futuro com muito trabalho, esforço, disciplina e dedicação e que, agora, vêm premiado o seu esforço entrando na Faculdade.
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