
Os Estados Unidos irão abandonar os planos de expandir o escudo de defesa antimíssil (MDI) para a Europa Central, enfiando de novo na gaveta os planos da anterior Administração, de George W. Bush, que enfureceu a Rússia ao ponto de emergirem do Kremlin ameaças de apontar mísseis à Europa.
O recuo da Casa Branca nesta matéria – e que foi revelado hoje na edição online do diário norte-americano “Wall Street Journal” – é o passo recomendado pela equipa nomeada pelo Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para averiguar da necessidade e eficiência técnica daquele projecto. Os peritos, cuja análise deverá ser entregue a Obama já na próxima semana, concluíram que “o programa de mísseis de longo alcance do Irão não progrediu tão rapidamente como fora anteriormente previsto” – explicava o jornal – esvaziando desta forma as justificações apresentadas pelos Estados Unidos para colocar um radar de detecção na República Checa e dez mísseis interceptores na Polónia.
A muito usada “ameaça” iraniana – a que Bush lançou mão para fazer avançar a aceitação dos planos de expansão do MDI junto dos aliados da NATO e também dos países membros da União Europeia – deixa, assim, de ser relevante tanto para os Estados Unidos como para as mais importantes capitais europeias, sublinhará o relatório, de acordo com responsáveis desta e da anterior Administração ouvidos pelo "WSJ".
O Pentágono escusou-se para já a qualquer confirmação oficial; não foi igualmente negada nem a iminência da divulgação do relatório, tão pouco as conclusões e recomendações que o jornal norte-americano sustenta estarem nele contidas. É esperada hoje à tarde uma conferência de imprensa do secretário norte-americano da Defesa, Robert Gates – homem que passou da Casa Branca de Bush para a de Obama –, e do chefe de Estado-maior adjunto, James Cartwright, mas não é conhecido ainda o assunto que será ali abordado.
De Moscovo as primeiras reacções foram de cautela – à espera de “confirmações” – mas já sinalizando o grande regozijo com que o Kremlin acolhe a possibilidade de os Estados Unidos recuarem na expansão do MDI para junto das suas fronteiras. A Rússia vem insistindo, desde o primeiro momento, que considera a colocação de partes do escudo de defesa antimíssil norte-americano na Europa Central uma “ameaça concreta” à sua segurança nacional. Em resposta, foi ameaçado apontar mísseis à Europa e até mobilizar uma das mais avançadas esquadras de mísseis russos de curto alcance Iskander para Kaliningrado, o enclave russo fronteiriço à Polónia e Lituânia.
Fonte: http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1401074
O recuo da Casa Branca nesta matéria – e que foi revelado hoje na edição online do diário norte-americano “Wall Street Journal” – é o passo recomendado pela equipa nomeada pelo Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para averiguar da necessidade e eficiência técnica daquele projecto. Os peritos, cuja análise deverá ser entregue a Obama já na próxima semana, concluíram que “o programa de mísseis de longo alcance do Irão não progrediu tão rapidamente como fora anteriormente previsto” – explicava o jornal – esvaziando desta forma as justificações apresentadas pelos Estados Unidos para colocar um radar de detecção na República Checa e dez mísseis interceptores na Polónia.
A muito usada “ameaça” iraniana – a que Bush lançou mão para fazer avançar a aceitação dos planos de expansão do MDI junto dos aliados da NATO e também dos países membros da União Europeia – deixa, assim, de ser relevante tanto para os Estados Unidos como para as mais importantes capitais europeias, sublinhará o relatório, de acordo com responsáveis desta e da anterior Administração ouvidos pelo "WSJ".
O Pentágono escusou-se para já a qualquer confirmação oficial; não foi igualmente negada nem a iminência da divulgação do relatório, tão pouco as conclusões e recomendações que o jornal norte-americano sustenta estarem nele contidas. É esperada hoje à tarde uma conferência de imprensa do secretário norte-americano da Defesa, Robert Gates – homem que passou da Casa Branca de Bush para a de Obama –, e do chefe de Estado-maior adjunto, James Cartwright, mas não é conhecido ainda o assunto que será ali abordado.
De Moscovo as primeiras reacções foram de cautela – à espera de “confirmações” – mas já sinalizando o grande regozijo com que o Kremlin acolhe a possibilidade de os Estados Unidos recuarem na expansão do MDI para junto das suas fronteiras. A Rússia vem insistindo, desde o primeiro momento, que considera a colocação de partes do escudo de defesa antimíssil norte-americano na Europa Central uma “ameaça concreta” à sua segurança nacional. Em resposta, foi ameaçado apontar mísseis à Europa e até mobilizar uma das mais avançadas esquadras de mísseis russos de curto alcance Iskander para Kaliningrado, o enclave russo fronteiriço à Polónia e Lituânia.
Fonte: http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1401074
Aparentemente são boas notícias para a paz e para a estabilidade do continente europeu e do Mundo. Depois de um período em que parecia que estavamos novamente na Guerra Fria, com o aumento da tensão entre os EUA e a Rússia, agora com Barack Obama há melhores condições para um maior diálogo entre os dois países que, como todos sabem, são duas grandes potências nucleares. Uff!...
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