Os líderes do G20, o grupo de países que representa 85 por cento do Produto Interno Bruto mundial, concordaram ontem, em Pittsburgh (EUA), em transformar a organização num fórum permanente de administração da economia global, com maior capacidade para coordenar as políticas domésticas dos seus membros. Para mais pormenores leiam a notícia de hoje do "Público".
O acordo institui uma espécie de uma "nova ordem económica mundial", que deixa para segundo plano grupos como o G7 e o G8 (que não deixarão, contudo, de se reunir para debater questões geoestratégicas e de segurança) e atribui maior importância ao papel dos países emergentes.
"O antigo sistema de cooperação económica acabou, a partir de agora temos um novo sistema. O G20 tornou-se a principal organização económica para lidar com os problemas económicos mundiais", decretou o primeiro-ministro britânico Gordon Brown, no encerramento da cimeira de Pittsburgh.
O objectivo declarado por todos os membros é promover e sustentar o crescimento económico, contribuindo para o emprego, a igualdade de oportunidades e a preservação do planeta. A sua preocupação mais imediata é evitar que desequilíbrios económicos e crises financeiras, como a provocada pelo rebentamento da bolha do crédito nos Estados Unidos, voltem a repetir-se.
"A nossa resposta pronta ajudou a parar o declínio acentuado e perigoso da actividade global e estabilizou os mercados financeiros", dizia o comunicado final. Mas os membros do G20 prometeram mais para o futuro, em termos de regulação financeira, de estabilização monetária e de liberalização comercial.
Este G20 "revigorado" continua a não ter poder decisório próprio nem capacidade para aplicar sanções. Mas enquanto espaço de discussão, concertação e supervisão de políticas económicas, ganha uma nova capacidade para exercer pressão política e influenciar os governos. O seu Conselho de Estabilização Financeira responsabilizará publicamente os dirigentes que não estejam a cumprir os compromissos assumidos - o G20 vai passar a reunir duas vezes por ano para dar conta dos seus progressos.
Em Pittsburgh, já foram assumidos vários compromissos. Os Estados Unidos, a braços com um défice recorde de 1,8 milhões de milhões de dólares, (13 por cento do PIB), prometeram tomar medidas no sentido da promoção da poupança. A China, cujo crescimento é sustentado nas exportações, anunciou planos para o fomento do consumo doméstico.
Os membros do G20 comprometeram-se a manter em vigor os respectivos planos de apoio e estímulo económico, lançados a título extraordinário para responder à recessão global, e evitaram para já falar em "estratégias de saída" - apesar de reconhecerem que, mais cedo ou mais tarde, os governos deixarão de apoiar a economia com programas especiais.
Fonte: http://jornal.publico.clix.pt/noticia/26-09-2009/g20-transformaseem-forum-permanenteda-economia-global-titulo-a-para-texto-principal-em-pagina-de-abertura-destaques-ou-17897379.htm
O acordo institui uma espécie de uma "nova ordem económica mundial", que deixa para segundo plano grupos como o G7 e o G8 (que não deixarão, contudo, de se reunir para debater questões geoestratégicas e de segurança) e atribui maior importância ao papel dos países emergentes.
"O antigo sistema de cooperação económica acabou, a partir de agora temos um novo sistema. O G20 tornou-se a principal organização económica para lidar com os problemas económicos mundiais", decretou o primeiro-ministro britânico Gordon Brown, no encerramento da cimeira de Pittsburgh.
O objectivo declarado por todos os membros é promover e sustentar o crescimento económico, contribuindo para o emprego, a igualdade de oportunidades e a preservação do planeta. A sua preocupação mais imediata é evitar que desequilíbrios económicos e crises financeiras, como a provocada pelo rebentamento da bolha do crédito nos Estados Unidos, voltem a repetir-se.
"A nossa resposta pronta ajudou a parar o declínio acentuado e perigoso da actividade global e estabilizou os mercados financeiros", dizia o comunicado final. Mas os membros do G20 prometeram mais para o futuro, em termos de regulação financeira, de estabilização monetária e de liberalização comercial.
Este G20 "revigorado" continua a não ter poder decisório próprio nem capacidade para aplicar sanções. Mas enquanto espaço de discussão, concertação e supervisão de políticas económicas, ganha uma nova capacidade para exercer pressão política e influenciar os governos. O seu Conselho de Estabilização Financeira responsabilizará publicamente os dirigentes que não estejam a cumprir os compromissos assumidos - o G20 vai passar a reunir duas vezes por ano para dar conta dos seus progressos.
Em Pittsburgh, já foram assumidos vários compromissos. Os Estados Unidos, a braços com um défice recorde de 1,8 milhões de milhões de dólares, (13 por cento do PIB), prometeram tomar medidas no sentido da promoção da poupança. A China, cujo crescimento é sustentado nas exportações, anunciou planos para o fomento do consumo doméstico.
Os membros do G20 comprometeram-se a manter em vigor os respectivos planos de apoio e estímulo económico, lançados a título extraordinário para responder à recessão global, e evitaram para já falar em "estratégias de saída" - apesar de reconhecerem que, mais cedo ou mais tarde, os governos deixarão de apoiar a economia com programas especiais.
Fonte: http://jornal.publico.clix.pt/noticia/26-09-2009/g20-transformaseem-forum-permanenteda-economia-global-titulo-a-para-texto-principal-em-pagina-de-abertura-destaques-ou-17897379.htm
O Grupo dos 20 (ou G20) é um grupo formado pelos ministros de finanças e chefes dos bancos centrais das 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia. Foi criado em 1999, após as sucessivas crises financeiras da década de 1990. Visa a favorecer a negociação internacional, integrando o princípio de um diálogo ampliado, levando em conta o peso econômico crescente de alguns países, que juntos compreendem 85% do produto nacional bruto mundial, 80% do comércio mundial (incluindo o comércio intra-UE) e dois terços da população mundial.
Membros: África do Sul, Alemanha , Arábia Saudita , Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália , Japão, México, Reino Unido, Rússia , Turquia e a União Europeia
Site oficial do G20: http://www.g20.org/
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