domingo, 12 de setembro de 2010

Ensino superior recebe 45.592 novos alunos, maioria colocada nas opções preferidas


Mais de metade dos alunos que se candidataram ao ensino superior público entraram na primeira opção. Aliás, 86 por cento ficaram numa das três primeiras opções escolhidas. Ontem, ao longo da tarde, os candidatos receberam por mensagem escrita, para o telemóvel ou para o correio electrónico, a informação de que entraram (ou não) no ensino superior.

O número de vagas abertas cresceu quatro por cento, relativamente ao ano passado, foram 53.410. E 88 por cento dos candidatos ficaram colocados logo na 1.ª fase. Ao todo são 45.592 alunos que nos próximos dias começam a frequentar as universidades e os politécnicos públicos.

Mais de metade dos 1152 cursos (62,3 por cento) ficaram com as vagas preenchidas, 718esgotaram os lugares, enquanto 19 não registaram colocações. Não é o caso da Universidade do Porto (UP) que viu as 4155 vagas todas tomadas. O mesmo aconteceu com as que as escolas superiores de Enfermagem de Coimbra, Lisboa e Porto abriram. O segredo destas instituições, onde não sobram lugares, é oferecerem cursos da área da Saúde, os mais procurados. Os estudantes procuram também as engenharias. A primeira licenciatura da área das ciências sociais e humanas surge em 23.ª posição, é Línguas e Relações Internacionais, na UP.

Esta instituição teve uma procura que chegou quase aos oito mil. Logo atrás vêm as universidades de Lisboa e a Técnica de Lisboa com 4085 e 4045 candidatos, respectivamente, que as colocaram como 1.ª opção. A Técnica ainda tem cinco por cento de lugares por ocupar e na de Lisboa sobram dez por cento.

Tal como tem vindo a ser tradição são os cursos de Medicina que estão no topo das preferências. A Faculdade de Medicina e o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, ambos da UP, surgem à cabeça com 185,2 e 183,5 valores (numa escala de 0 a 200) de nota do último classificado. Segue-se Medicina do Minho (182,7). Mais uma vez, a Beira Interior não foge à regra de ter a nota de entrada mais baixa, este ano foi 178,7, mais duas décimas do que o ano passado. De recordar que, este ano, o Governo aprovou 1661 vagas para este curso, das quais 1516 ficaram agora ocupadas, as restantes são para as escolas militares (10) e para candidatos já com licenciatura (135).

Em quarta posição está Arquitectura na UP (182,5). Um caso estranho é o curso que se segue: Engenharia Informática, em horário pós-laboral, no politécnico de Viana do Castelo onde entraram só três candidatos (182,3 valores). Ainda há 27 vagas disponíveis. São muitos os cursos em horário pós-laboral ou em regime nocturno que ficaram com centenas de lugares por preencher. São os casos de Engenharia Civil, nos politécnicos de Beja e de Tomar, ou Filosofia e Cultura Portuguesa, na Universidade dos Açores. Na próxima fase, a maioria ficarão ocupados, garante Mariano Gago, ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

Eis alguns exemplos concretos referentes a outros cursos da Universidade do Porto e que poderão interessar aos meus alunos:

Economia - 166,8
Gestão - 160,5
Geografia - 132,2
História - 144,4
Arqueologia - 132,4
História da Arte - 135,2
Línguas Aplicadas - 163,8
Línguas e Relações internacionais - 173,8
Ciências da informação - 144,2
Ciências da Comunicação - 159,4
Sociologia - 151,6
Psicolgia - 162,0
Direito - 160,6
Criminologia - 170,6

Espero que tudo tenha corrido bem com os meus ex-alunos do ano lectivo anterior e que tenham sido colocados nos cursos pretendidos.

A 2.ª fase decorre esta semana (de 13 a 17) e as candidaturas são apresentadas exclusivamente através da Internet. As vagas sobrantes são conhecidas a 23 e os resultados serão divulgados a 29.

Para consultarem a lista da 1ª fase de acesso ao ensino superior com as notas e ficar a saber qual foi a classificação do último aluno a entrar e o número de vagas que sobraram para a segunda fase cliquem aqui:

http://static.publico.clix.pt/docs/educacao/vagasensinosuperior.xls

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