Portugal desce uma posição.
Está em 29º lugar no índice de desenvolvimento humano
Portugal desceu uma posição no índice de desenvolvimento humano das Nações Unidas, situando-se no 29º lugar, atrás de países como a Eslovénia, Grécia ou Singapura.
No relatório de Desenvolvimento Humano de 2007 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Portugal consegue 0,89 pontos num ranking que analisa dados relativos a 2005 em 177 países e regiões especiais.
A Islândia lidera com 0,96 pontos, num índice que visa avaliar o estado do desenvolvimento através da esperança média de vida, da alfabetização dos adultos e da escolarização, bem como indicadores de rendimento.
Entre os Estados-membros da União Europeia, Portugal ocupa a 17ª posição. Irlanda, Grécia, Eslovénia e Chipre estão à frente, para além dos países nórdicos e das potências europeias Espanha, França, Alemanha, Itália e Reino Unido.
Atrás de Portugal surgem a Polónia, a Húngria ou a Bulgária e países do resto do mundo como os Emirados Arabes Unidos, México, Rússia ou Brasil.
A taxa de escolarização bruta combinada dos ensinos primário, secundário e superior atinge os 89,8 por cento em Portugal, que viu aumentar de 92 por cento em 2004 para 93,8 por cento em 2005 a taxa de alfabetização de adultos.
A esperança de vida em Portugal situava-se em 2005 nos 77,7 anos e o valor do Produto Interno Bruto era de 20,4 dólares PPC (paridade poder de compra) per capita.
A Islândia, com 0,96 pontos, ultrapassou a Noruega, que foi número um no ranking nos últimos seis anos.
Fonte: http://jn.sapo.pt/2007/11/27/ultimas/Portugal_desce_uma_posi_o.html
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3 comentários:
“O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é um indicador de desenvolvimento, calculado anualmente, desde 1990, pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Sendo de natureza compósita – toma em consideração a longevidade, a educação e o nível de vida – é suposto que este indicador mede melhor o processo complexo do desenvolvimento do que o indicador «PNB por habitante», calculado pelo Banco Mundial.”
In Dicionário de Economia e Ciências Sociais
Não estou bem seguro acerca do que deva comentar neste ponto. Acho que a notícia não poderia ser mais explícita. É a realidade. Portugal caiu mais uma posição neste índice e, pelas minhas previsões, quando se souberem os resultados relativos a 2006, deve ser mais uma queda.
Penso que a crise económica que se tem vivido está mesmo a reflectir-se no PIB per capita e, assim, não há país que resista. Não são também de admirar as posições da Islândia e da Noruega...oque o petróleo não faz. Quero destacar, a posição dos EUA, que cada vez mais revela ser baseada em PIB e não em desenvolvimento humano, prova disso é bastantes países europeus estarem melhor posicionados. E, aliás, Espanha está mesmo atrás dos EUA. Para o ano que vem, cá para mim, vai haver festa grande em terra de nuestros hermanos.
Quanto ao nosso Portugal, resta acreditar que melhores dias virão e, que, se formos mais positivos vamos conseguir recuperar e manter pelo menos a nossa posição. Numa visão mais negativa, qualquer dia deixamos de ser considerado país desenvolvido. No entanto, há que notar o aumento registado nos níveis de escolarização, que contribui para uma maior taxa de alfabetização de adultos. Pelo menos isso. Portugal tem mesmo que apostar nos seus recursos humanos, pois são eles a base do futuro...e claro, um pocito ou dois de petróleo na costa portuguesa vinham mesmo a calhar. No entanto, milagres dessa dimensão...o último de que me recordo foi a aparição de N. Sra do Rosário, na Cova de Iria...já lá vão uns anitos.
As armas e os barões assinalados,
Que da ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca de antes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;
Luís Vaz de Camões
O IDH é um indicador de desenvolvimento calculado desde 1990 pelo programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, que se calcula com base na longevidade, educação e PIB per capita.
Bem…esta é de facto uma má notícia: Portugal desceu uma posição no IDH, passando para 29º lugar, com 0.89 pontos, sendo ultrapassado pelo Chipre, Eslovénia, Coreia do Sul, Singapura, Israel entre outros.
Esta situação é o reflexo daquilo que se passa no nosso país, em que a taxa de alfabetização de adultos é de 93.8% (dados relativos a 2005) e onde o PIB per capita é de 20.4 dólares.
A esperança média de vida em Portugal era em 2005 de 77 anos, o que se reflecte na estrutura etária da população portuguesa, que é nitidamente envelhecida, o que como se sabe provoca enormes encargos para a segurança social (com pensões e reformas), e coloca em causa o índice de renovação de gerações, que como se sabe se deve ao casamento tardio e à preocupação por parte das mulheres com a carreira profissional.
No entanto este situação era de se esperar, pois há muito que se diz que Portugal “nem ata nem desata”, isto é, não se faz nada para melhorar a educação em Portugal e as poucas medidas que se tomam, não são de modo algum em prol do progresso.
Esta notícia é de facto bem explícita e deixa bem claro a situação actual do mundo no que diz respeito ao índice de desenvolvimento humano, que é para mim muito mais importante do que a riqueza económica de um país (embora o PIB per capita se tenha em conta no cálculo do IDH). É também visível que apesar de Portugal ter descido um lugar no ranking do IDH, que também a Noruega, que já esteve em primeiro lugar neste ranking, foi ultrapassada pela Islândia, ficando-se agora pelo 2ºlugar.
Mas voltando ao nosso país, penso que a solução passa por apostar nos recursos humanos e na educação …foi isso que fizeram os Japoneses e tiveram bons resultados, pois estão em oitavo lugar neste ranking.…
No entanto penso que esta situação se deve também em parte à mentalidade portuguesa, que se contenta com pouco, não ambiciona chegar mais longe, e considera que ter uma boa base educacional não é um meio para subir na carreira e ser alguém na vida…Os portugueses preferem a tão conhecida “cunha” para conseguir um bom emprego.
Enfim, é o país que temos, no entanto acredito que a situação pode melhorar, embora considere que os jovens portugueses, futuros engenheiros, advogados e médicos estão cada vez menos interessados na cultura e no conhecimento, e agem segundo a máxima:
” se der para eu me safar, já está óptimo, não preciso de me esforçar muito”.
Índice de Desenvolvimento Humano
Por vezes recebemos notícias que são para nós desagradáveis. Ter conhecimento de que Portugal desceu um lugar no ranking do índice de desenvolvimento humano é para mim uma má noticia. Ao descer um lugar de cada vez neste ranking, nem nos apercebemos de que a situação está a piorar.
É ainda mais angustiante saber que países como Singapura, Eslovénia, Grécia, entre outros, até mesmo a nossa vizinha Espanha, estão à nossa frente neste ranking que em muito reflecte a nossa qualidade de vida e a sua respectiva evolução. Dentro de muito pouco tempo, receberemos outras más noticias que nos irão informar de que Portugal desceu mais lugares neste ranking porque outros países já nos passaram à frente.
Peço desculpa, mas há alturas em que não é possível ser-se optimista. Eu sou optimista em muitas situações e relativamente a muitos assuntos, mas parece que ao ritmo que a situação evolui, não podemos estar com muitas esperanças. No entanto eu vou tentar dar a volta à minha opinião, e tentar ser um pouco optimista. Vamos ter esperança no nosso país e pensar que isto é só uma má fase e que dentro de poucos anos vamos conseguir subir alguns lugares neste famoso ranking.
No entanto, para além da esperança média de vida, da taxa de alfabetismo, entre outros, encontram-se os rendimentos PIB per capita que é a condição responsável pelo facto do nosso país não se encontrar uns lugares mais à frente nesta contagem. Pois a nossa economia não consegue produzir um PIB suficientemente elevado, para quando repartido pela população portuguesa, resulte em resultados ambiciosos. O contrário acontece com alguns países com um PIB muito elevado, mas que em seu benefício, neste caso, possuem uma população muito reduzida. Assim ao repartir o seu PIB pela sua população alcançam resultados bastante competitivos neste tipo de estatísticas. Por isso devemos ter em conta que o nosso país é um pouco prejudicado com este tipo de critérios.
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