quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Portugal e o Índice de Desempenho Ambiental

Apresentado ontem em Davos

Portugal ocupa o 18º lugar no Índice de Desempenho Ambiental 2008



24.01.2008 - 13h16 PUBLICO.PT




O trabalho feito na área do clima, poluição do ar, água, recursos naturais e qualidade ambiental valeu a Portugal o 18º lugar no Índice de Desempenho Ambiental 2008, elaborado por uma equipa das universidades de Yale e Columbia, apresentado ontem no Fórum Económico Mundial em Davos, Suíça.A lista de 149 países é liderada pela Suíça (com 95,5 por cento), logo seguida da Noruega, Suécia e Finlândia. Os últimos são o Níger (com 39,1 por cento), na 149ª posição, Angola e Serra Leoa.À frente de Portugal (com 85,8 por cento) estão ainda a Costa Rica, a Áustria, Nova Zelândia, Letónia, Colômbia, França, Islândia, Canadá, Alemanha, Reino Unido, Eslovénia, Lituânia e Eslováquia. Espanha surge na 30ª posição, os Estados Unidos na 39ª e a China na 105ª.Este índice avalia o desempenho ambiental com base em 25 indicadores, distribuídos por seis categorias de políticas: saúde ambiental, poluição do ar, recursos hídricos, biodiversidade e habitat, recursos naturais e alterações climáticas. Das seis categorias, Portugal tem o pior desempenho na área da biodiversidade e habitat, ficando abaixo da média. Na verdade, os piores resultados surgem no indicador de áreas marinhas protegidas e conservação efectiva da natureza. Portugal posiciona-se acima da média europeia em cinco das seis categorias: qualidade ambiental, poluição do ar, água, recursos naturais e alterações climáticas. Os indicadores onde o país conseguiu os melhores resultados passam pelo saneamento básico, água potável, emissões per capita e protecção de habitats críticos.A classificação dos Estados Unidos, no 39º lugar, foi muito influenciada pelo seu fraco desempenho em matéria de gases com efeito de estufa e no impacto da poluição do ar nos ecossistemas. “O desempenho dos Estados Unidos mostra que a próxima administração não deve ignorar os impactos ambientais nos ecossistemas, bem como na política agrícola, energética e gestão da água”, comentou Gus Speth, da Universidade de Yale.A análise das posições sugere que “a riqueza é um factor determinante do êxito ambiental”, segundo um comunicado da universidade de Yale.“Os países com melhores resultados (...) adoptaram políticas públicas para mitigar os danos provocados pela actividade económica”. Já os “países com piores classificações, não realizaram as mudanças necessárias na saúde pública ambiental e têm fracos regimes de política pública”.“Cada país tem algo a aprender com o Índice de Desempenho Ambiental. Mesmo os países com melhores posições têm áreas nas quais o seu desempenho não é óptimo”, comentou Daniel C. Esty, director do Centro de Legislação e Política Ambiental da Universidade de Yale e professor de Legislação e Política Ambiental.Devido à falta de dados, 89 países ficaram de fora desta lista.









Comenta o conteúdo da notícia, reflectindo sobre o desempenho ambiental do nosso país, quando comparado com outros países citados na notícia.

2 comentários:

Diogo Silva disse...

Antes de mais gostaria de frizar este pequeno pormenor: “O trabalho feito na área do clima, poluição do ar, água, recursos naturais e qualidade ambiental valeu a Portugal o 18º lugar no Índice de Desempenho Ambiental 2008”; e mais a baixo passo a citar: “Mesmo os países com melhores posições têm áreas nas quais o seu desempenho não é óptimo” ; isto para mostrar que a palavra “Valeu” na primeira frase não está bem aplicada pois, se os países cimeiros da tabela não estão sequer perto da perfeição Portugal estando num mísero 18º lugar esta muito abaixo do que seria de esperar de um pais cujas preocupações deviam abranger este preambulo ambiental.
Depois parece-me obvio que com a nossa estrutura económica á frente da estrutura ambiental ,digamos assim, nunca iremos ter preocupações de nível naturalista se as nossas receitas exorbitarem....
Para ser muito breve, julgo que quando se fala dos países na parte mais baixa da tabela temos de referir que talvez esses tenham tido mais preocupações e uma maior evolução a nível ambiental visto estes estarem muito atras das denominadas grandes potências e daí não serem denotados os seus esforços.
Houve entretanto uma continua preocupação com este assunto mas, de qualquer das formas, façamos nós o que fizermos não vamos solucionar o inevitavél!



PS:assim dá mais gosto ser o primeiro a comentar lol e ponham coisas vossas não trolitadas com poemas que isso aborrece-me seriamente...muito obrigado pela atenção




Diogo Silva Nº7 12ºH

Vasco PS disse...

Professor,

Lamento não ter podido vir mais cedo comentar. Como não aceitou a proposta do "formato de papel" decidi continuar os comentários aqui no blogue. Confesso que estive para não comentar esta notícia por já vir muito atrasado o meu comentário; ainda assim, creio que posso deixar a minha opinião, sumariada.

A notícia apresentada é reveladora da real situação do nosso país em termos ecológicos: uma vergonha. Não tem sido fácil criar-se o equilibrio ambiental necessário, e não é difícil saber-se os motivos para tal situação. Pense-se só nos incêndios no Verão ( e até outras estações) e será fácil de entender que Portugal tem problemas crescentes no domínio da protecção ambiental.

Concordo com o Diogo quando afirma que não é praticamente possível solucionar o inevitável. Contudo, gostava de manter um pouco de positividade neste assunto. Deixar de acreditar também não é solução e, os actuais problemas ambientais são primordiais entre os que devem ser resolvidos. Como é óbvio, se se verificarem as mesmas políticas, a mesma permissão para se fazer tudo sem se respeitar o meio ambiente, nem vale a pena, sequer, pensar em futuro, pois tal conceito deixará de existir. (é dramático mas é verdade)

P.S. Não é nada mau comentar em segundo lugar. O que importa é participar.