Como muitos comentadores prognosticaram, depois da revolta da Tunísia e do Egipto um movimento generalizado de contestação vai-se alastrando muito rapidamente ao resto do mundo árabe: Líbia, Irão, Iémen e Barhein são talvez os exemplos mais significativos. Vejam a notícia publicada hoje no site brasileiro do DCI (Diário do Comércio, industria e Serviços):
A Líbia enfrentou manifestações contra o ditador Muammar Khadafi, há 40 anos no poder, seguindo o exemplo de outros países do Oriente Médio que vivem protestos contra os governos vitalícios e a falta de democracia. Centenas de pessoas revoltadas com a prisão de um activista pró-direitos humanos entraram em choque ontem com a polícia e partidários do governo da Líbia, na cidade de Bengasi, a segunda maior país.
Segundo relatos, pelo menos 38 pessoas ficaram feridas. O tumulto foi um acontecimento raro na Líbia, que está há mais de 40 anos sob forte controle do líder Muammar Khadafi. O país tem sentido os efeitos das revoltas populares no Egipto e na Tunísia.
Ontem, manifestantes foram novamente às ruas do Iémen pelo sexto dia seguido para pedir a renúncia do presidente Ali Abdullah Saleh, no poder há 32 anos. Entraram em confronto com partidários do ditador no centro da capital, Sanaa. Pelo menos 2 mil policias foram enviados às ruas para controlar os choques entre as duas facções. Quatro pessoas ficaram feridas.
Já os milhares de manifestantes que pernoitaram numa praça de Manama, na capital de Bahrein, após tomarem o centro da cidade exigindo reformas económicas e políticas garantiram ontem que não abandonarão o local até que suas exigências sejam atendidas.
A praça foi rebatizada pelos participantes como praça Tahrir de Manama, em referência ao local homónimo do Cairo onde milhares de manifestantes se concentraram durante mais de duas semanas até a renúncia do presidente Hosni Mubarak, no último dia 11 de Fevereiro.
Ontem, em Teerão, partidários do governo iraniano entraram novamente em confronto com opositores no funeral de um estudante baleado durante uma manifestação contra o governo, dois dias atrás, informou a emissora estatal Irib. Sanee Zhaleh foi morto na segunda-feira, durante o primeiro protesto da oposição em mais de um ano, e imediatamente se tornou um mártir tanto para os partidários como os oponentes do presidente do país, Mahmoud Ahmadinejad.
O confronto ocorreu durante uma procissão do funeral iniciada na faculdade de Artes da Universidade de Teerão, no centro da capital, onde Zhaleh estudava, segundo informou a Irib no seu website.
O Ministério da Saúde do Egito informou ontem que ao menos 365 pessoas morreram durante os 18 dias de protestos que tomaram conta do país no fim de Janeiro em favor da renúncia do agora ex-presidente Hosni Mubarak. Foi o primeiro balanço oficial de mortes do país desde o fim dos distúrbios.
O ministro Ahmed Sareh Farid disse que a cifra é apenas preliminar, diz respeito somente a civis e não inclui policias ou prisioneiros. Durante os dias de protestos - que ocorreram de 25 de Janeiro a 11 de Fevereiro - houve enfrentamento dos opositores com apoiantes do governo de Mubarak e a a polícia.
Ontem, os trabalhares da maior fábrica do Egipto retomaram uma greve por melhores salários e condições de trabalho. A paralisação ocorre apesar da advertência dos militares que agora comandam o país, segundo os quais mais greves seriam "desastrosas".
Um dos organizadores da greve, Faisal Naousha, disse à agência France Presse que os trabalhadores na fábrica têxtil Misr Spinning and Weaving - que emprega 24 mil pessoas na cidade de Al-Mahalla al-Kubra, no delta do Nilo - também querem a demissão de dois gerentes.
Os trabalhadores haviam suspendido a greve há três dias, mas Naousha disse na ocasião que eles continuariam pressionando por melhores salários. No ano passado, um tribunal decidiu aumentar o salário mínimo no país de 400 libras egípcias (68 dólares americanos) para 1.200 libras egípcias (204 dólares), mas os trabalhadores não receberam essa diferença, segundo Naousha.
A greve é anunciada um dia após o Conselho Supremo das Forças Armadas pedir aos trabalhadores o fim das paralisações, notando que elas seriam "desastrosas". Os militares, porém, não proibiram as greves.
O Egipto viveu uma onda de protestos e manifestações, que culminou com a queda do regime do presidente Hosni Mubarak, na última sexta-feira.
Para conhecerem melhor como se está a processar o alastramento da revolta do mundo árabe cliquem aqui para acederem à infografia do jornal Público. Cliquem nos valores com percentagens para acederem a mais informação relativa a cada um dos países representados.
Segundo relatos, pelo menos 38 pessoas ficaram feridas. O tumulto foi um acontecimento raro na Líbia, que está há mais de 40 anos sob forte controle do líder Muammar Khadafi. O país tem sentido os efeitos das revoltas populares no Egipto e na Tunísia.
Ontem, manifestantes foram novamente às ruas do Iémen pelo sexto dia seguido para pedir a renúncia do presidente Ali Abdullah Saleh, no poder há 32 anos. Entraram em confronto com partidários do ditador no centro da capital, Sanaa. Pelo menos 2 mil policias foram enviados às ruas para controlar os choques entre as duas facções. Quatro pessoas ficaram feridas.
Já os milhares de manifestantes que pernoitaram numa praça de Manama, na capital de Bahrein, após tomarem o centro da cidade exigindo reformas económicas e políticas garantiram ontem que não abandonarão o local até que suas exigências sejam atendidas.
A praça foi rebatizada pelos participantes como praça Tahrir de Manama, em referência ao local homónimo do Cairo onde milhares de manifestantes se concentraram durante mais de duas semanas até a renúncia do presidente Hosni Mubarak, no último dia 11 de Fevereiro.
Ontem, em Teerão, partidários do governo iraniano entraram novamente em confronto com opositores no funeral de um estudante baleado durante uma manifestação contra o governo, dois dias atrás, informou a emissora estatal Irib. Sanee Zhaleh foi morto na segunda-feira, durante o primeiro protesto da oposição em mais de um ano, e imediatamente se tornou um mártir tanto para os partidários como os oponentes do presidente do país, Mahmoud Ahmadinejad.
O confronto ocorreu durante uma procissão do funeral iniciada na faculdade de Artes da Universidade de Teerão, no centro da capital, onde Zhaleh estudava, segundo informou a Irib no seu website.
O Ministério da Saúde do Egito informou ontem que ao menos 365 pessoas morreram durante os 18 dias de protestos que tomaram conta do país no fim de Janeiro em favor da renúncia do agora ex-presidente Hosni Mubarak. Foi o primeiro balanço oficial de mortes do país desde o fim dos distúrbios.
O ministro Ahmed Sareh Farid disse que a cifra é apenas preliminar, diz respeito somente a civis e não inclui policias ou prisioneiros. Durante os dias de protestos - que ocorreram de 25 de Janeiro a 11 de Fevereiro - houve enfrentamento dos opositores com apoiantes do governo de Mubarak e a a polícia.
Ontem, os trabalhares da maior fábrica do Egipto retomaram uma greve por melhores salários e condições de trabalho. A paralisação ocorre apesar da advertência dos militares que agora comandam o país, segundo os quais mais greves seriam "desastrosas".
Um dos organizadores da greve, Faisal Naousha, disse à agência France Presse que os trabalhadores na fábrica têxtil Misr Spinning and Weaving - que emprega 24 mil pessoas na cidade de Al-Mahalla al-Kubra, no delta do Nilo - também querem a demissão de dois gerentes.
Os trabalhadores haviam suspendido a greve há três dias, mas Naousha disse na ocasião que eles continuariam pressionando por melhores salários. No ano passado, um tribunal decidiu aumentar o salário mínimo no país de 400 libras egípcias (68 dólares americanos) para 1.200 libras egípcias (204 dólares), mas os trabalhadores não receberam essa diferença, segundo Naousha.
A greve é anunciada um dia após o Conselho Supremo das Forças Armadas pedir aos trabalhadores o fim das paralisações, notando que elas seriam "desastrosas". Os militares, porém, não proibiram as greves.
O Egipto viveu uma onda de protestos e manifestações, que culminou com a queda do regime do presidente Hosni Mubarak, na última sexta-feira.
Para conhecerem melhor como se está a processar o alastramento da revolta do mundo árabe cliquem aqui para acederem à infografia do jornal Público. Cliquem nos valores com percentagens para acederem a mais informação relativa a cada um dos países representados.
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