Mais uma guerra étnica faz notícia nos nossos media: o já antigo conflito no Sri Lanka (antigo Ceilão) que envolve o exército do país e os rebeldes Tigre Tamil e que nos últimos dias tem-se acentuado e que já deu origem a dezenas de milhares de refugiados. Fiquem com a notícia do Público on line:
Guerra no Sri Lanka: Conselho de Segurança da ONU apreensivo com os refugiados
O Conselho de Segurança das Nações Unidas expressou “profunda preocupação” com a situação humanitária das dezenas de milhares de refugiados que permanecem nas zonas dos combates travados entre os rebeldes Tigres Tamil e o exército do Sri Lanka.No final de uma reunião informal dos 15 Estados membros, ontem à noite, o actual presidente do Conselho de Segurança e embaixador mexicano na ONU, Claude Heller, revelou ter havido consenso numa “condenação forte” dos Tigres de Libertação do Eelam Tamil (LTTE), aos quais foi exigida a deposição das armas. As Nações Unidas sustentam que os rebeldes estão a usar os civis como escudos humanos na pequena faixa de terra, de cerca de 17 mil quilómetros quadrados no norte da ilha, onde os Tigres Tamil detêm agora a sua última posição de defesa contra as forças militares.Diplomatas que integram o Conselho avançaram, citados mas não identificados pela agência britânica Reuters, que a China e a Rússia, e outros países, se opuseram à ideia de encetar conversações formais sobre a guerra no Sri Lanka, conflito que se arrasta há mais de 25 anos. O argumento é de que se trata de uma questão interna do país. E, por essa razão, não foi acordado mais do que admitir que Heller prestasse declarações informalmente sobre a reunião de ontem. Enquanto as batalhas prosseguem – com o exército a afirmar esta manhã que os rebeldes não controlam mais já do que uma área entre os dez e os 12 quilómetros quadrados, depois de, no início da semana o exército ter derrubado um muro de terra que os Tigres Tamil tinham construído para atrasar os avanços das forças militares fiéis ao Governo do Sri Lanka.“Continua a haver combates esporádicos”, afirmou o porta-voz do exército, Udaya Nanayakkara à agência noticiosa francesa AFP, precisando que os rebeldes mantêm ainda a resistência apesar dos apelos para deporem as armas. “Mas a nossa prioridade é retirar os civis da zona”, insistiu aquela mesma fonte, sublinhando que o exército poderá “derrotar muito rapidamente [os rebeldes] desde que os civis tenham já partido”.Desde o início desta semana, dezenas de milhares de pessoas alimentam uma vaga maciça de fuga da zona de combate, com o exército a confirmar um número de pelo menos 100 mil civis a terem sido registados para serem transportados para campos de refugiados. O embaixador do Reino Unido na ONU, John Sawers, resumiu aos jornalistas o relatório recebido pelo enviado especial das Nações Unidas ao Sri Lanka, Vijay Nambiar, o qual – após o que vira na visita feita na semana passada ao país – descrevia uma “situação humanitária de desespero”. (Público, 23.04.09)
Para saberem mais sobre o assunto cliquem nos links em baixo:
1 comentário:
A ONU tem que interferir nestes assuntos, temos que prestar mais ajuda a estes países em termos militares. É uma pena que certos países não queiram ajudar em nada.
GOstava so de transferir este exerto do post:
"Diplomatas que integram o Conselho avançaram, citados mas não identificados pela agência britânica Reuters, que a China e a Rússia, e outros países, se opuseram à ideia de encetar conversações formais sobre a guerra no Sri Lanka, conflito que se arrasta há mais de 25 anos."
Para a China e a Rússia parece que 26 anos não chegam...Tenho pena que pensem assim, mais 100 mil refugiados para juntar aos 200 mil desde 2008, mais 70 mil mortos em desde 1983. Os números são impressionantes, a guerra não pára e os números aumentam, que futuro pode ter um país com um presente assim?
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