quinta-feira, 12 de novembro de 2009

A competitividade dos trabalhadores portugueses é inferior a 30 por cento da média europeia


Um relatório da Associação Industrial portuguesa (AIP) revela mais uma vez um facto que é extremamente penalizador para a competitividade das empresas portuguesas e para a economia nacional: a produtividade em Portugal é 30 por cento inferior à da média europeia.

Para Jorge Rocha de Matos, presidente da associação, este indicador envergonha Portugal.

Este é um assunto deveras preocupante para o futuro do país. É a nossa sobrevivência enquanto povo e nação que está em causa. Não se esqueçam que o futuro começa hoje e é na própria Escola que deve começar a mudança de mentalidades. Todos nós devemos ser mais produtivos. Os alunos deveriam aproveitar melhor o seu percurso escolar, aproveitar melhor o trabalho desenvolvido pelos professores e desenvolver ao máximo as suas capacidades e competências de modo a que, num futuro muito próximo, possam ser mais úteis ao país e contribuir para a inversão desta situação. O atraso do nosso país não pode ser encarado como uma fatalidade. Todos podemos contribuir para um país melhor e mais competitivo.



Vejam agora a notícia da TSF on line publicada ontem:


O indicador de produtividade apresenta um valor de 70,8 por cento da média da União Europeia em 2008, o que significa que Portugal produz em média menos 30 por cento do que os restantes países europeus.

«Este é sem duvida o indicador mais critico e que nos envergonha, pois nenhum país consegue afirmar-se competitivamente, crescer e desenvolver-se de forma sustentada sem que a produtividade aumente significativamente», disse o presidente da AIP, frisando que alterar esta situação é um «desafio colectivo» que Portugal deve abraçar.

No que diz respeito à educação e à formação, o relatório da competitividade diz que Portugal está muito aquém da meta estabelecida para 2010 pelo plano tecnológico. Em 2008, apenas 54,3 por cento dos jovens completaram o ensino secundário.

A eficiência energética merece também nota negativa, aparecendo na cauda da Europa.

Perante estes dados, Jorge Rocha de Matos defendeu que é urgente uma convergência entre empresários e o Estado, por considerar que a resposta necessária não pode passar unicamente pelos empresários ou pela administração pública.

Na opinião do responsável da AIP, essa convergência é essencial para conseguir aproximar Portugal da União Europeia.

Apesar de as questões essenciais terem nota negativa neste relatório, há também a salientar dados positivos, como um aumento do número de licenciados em ciências e tecnologia e, pela primeira vez, um excelente destaque a fontes renovareis no consumo de electricidade.

O documento destaca ainda que pela primeira vez Portugal está na lista dos países moderadamente inovadores.

Fonte: http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1417251

Vejam agora uma reportagem da RTP alusiva ao mesmo assunto.

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