Os líderes da União Europeia (UE) realizam hoje uma reunião extraordinária em Bruxelas para analisar as consequências da guerra na Geórgia e, muito especialmente, o seu impacto sobre as suas relações com a Rússia.
A reunião, que começará às 15h, foi convocada pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy, artífice do princípio de acordo que permitiu em meados de agosto parar os combates entre Rússia e Geórgia.
Após duas semanas de campanha relâmpago contra a Geórgia, a Rússia assegurou pela força o controlo das regiões separatistas da Ossétia do Sul e a Abkházia.
Embora os europeus tenham condenado desde o primeiro momento o recurso às armas por ambas as partes, o alarde de força realizado por Moscovo dentro das fronteiras de um país soberano considerado aliado do Ocidente encheu de indignação e inquietação as capitais da UE.
Nas vésperas da reunião de Bruxelas, o primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, defendeu abertamente uma revisão profunda das relações entre Europa e Rússia.
Mas, ao contrário da NATO, que cancelou até uma nova ordem as suas reuniões políticas regulares com Moscovo e a cooperação militar, a UE não quer suspender o diálogo com a Rússia, seu principal fornecedor de gás e grande fornecedor de petróleo.
No começo de julho, a UE e a Rússia começaram a negociação de um ambicioso acordo bilateral com o qual a Europa pretendia envolver a Rússia numa relação "estratégica" a longo prazo.
Os Governos da UE estão agora profundamente divididos sobre a continuidade dessas negociações, cuja próxima ronda está prevista para os dias 15 e 16 de setembro.
A Polónia e as repúblicas bálticas, que vêem nos factos da Geórgia a prova do ressurgir da Grande Rússia, lideram o grupo dos que exigem uma resposta firme e sanções.
Pelo contrário, a Alemanha apela ao realismo e a exercer toda a persuasão para dirigir de novo à Rússia os canais pacíficos de resolução de conflitos.
A reunião de Bruxelas deveria permitir pelo menos aos europeus fazer uma exibição de unidade perante o poderoso vizinho russo.
O Conselho Europeu pedirá à Rússia para respeitar todos os compromissos contraídos no acordo de cessar-fogo do dia 12 de agosto.
A reunião, que começará às 15h, foi convocada pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy, artífice do princípio de acordo que permitiu em meados de agosto parar os combates entre Rússia e Geórgia.
Após duas semanas de campanha relâmpago contra a Geórgia, a Rússia assegurou pela força o controlo das regiões separatistas da Ossétia do Sul e a Abkházia.
Embora os europeus tenham condenado desde o primeiro momento o recurso às armas por ambas as partes, o alarde de força realizado por Moscovo dentro das fronteiras de um país soberano considerado aliado do Ocidente encheu de indignação e inquietação as capitais da UE.
Nas vésperas da reunião de Bruxelas, o primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, defendeu abertamente uma revisão profunda das relações entre Europa e Rússia.
Mas, ao contrário da NATO, que cancelou até uma nova ordem as suas reuniões políticas regulares com Moscovo e a cooperação militar, a UE não quer suspender o diálogo com a Rússia, seu principal fornecedor de gás e grande fornecedor de petróleo.
No começo de julho, a UE e a Rússia começaram a negociação de um ambicioso acordo bilateral com o qual a Europa pretendia envolver a Rússia numa relação "estratégica" a longo prazo.
Os Governos da UE estão agora profundamente divididos sobre a continuidade dessas negociações, cuja próxima ronda está prevista para os dias 15 e 16 de setembro.
A Polónia e as repúblicas bálticas, que vêem nos factos da Geórgia a prova do ressurgir da Grande Rússia, lideram o grupo dos que exigem uma resposta firme e sanções.
Pelo contrário, a Alemanha apela ao realismo e a exercer toda a persuasão para dirigir de novo à Rússia os canais pacíficos de resolução de conflitos.
A reunião de Bruxelas deveria permitir pelo menos aos europeus fazer uma exibição de unidade perante o poderoso vizinho russo.
O Conselho Europeu pedirá à Rússia para respeitar todos os compromissos contraídos no acordo de cessar-fogo do dia 12 de agosto.
EFE
Que comentário fazem a toda esta situação que se vive neste momento. Será que voltamos, de facto, ao tempo da Guerra Fria? E qual o papel da UE neste conflito?
1 comentário:
Parece que nunca há tempo para a paz. A situação no Cáucaso é preocupante e aparentemente os EUA e a UE nem a ONU conseguem fazer a pressão necessária para se pôr fim a este conflito. Não creio que se possa afirmar que regressamos à Guerra Fria, pois esta ocorreu num contexto mundial bastante diferente. A posição americana e russa dos dias de hoje não é a mesma. E existem novas "potências" que pode influenciar muito a resolução desta questão. Temos uma China cada vez mais potente, que se vai apoderando de África e que, provavelmente, salvará a Rússia de um eventual embargo a exportações alimentares ocidentais para a Rússia.
A resposta europeia deve ser a uma só voz, mas como já se pode apurar, a situação vai manter-se. Não acredito que Sarkozy resolva alguma coisa, pois, se bem me lembro os franceses não são grandes diplomatas.
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