O actor norte-americano Paul Newman morreu ontem aos 83 anos. O também realizador, argumentista, produtor e conhecido pela sua defesa pelas causas humanitárias anunciou a sua saída do mundo do cinema no ano passado, pouco antes de confirmar publicamente que se encontrava doente com um cancro de pulmão. A morte do actor foi confirmada pela sua porta-voz, Marni Tomljanovic, citada pela CNN e BBC. Newman morreu ontem, cerca de um mês depois de o próprio ter decidido interromper os tratamentos de quimioterapia a que estava a ser sujeito num hospital de Nova Iorque e pedido à família para ir para casa. Com mais de 60 participações em filmes e dezenas de outras em séries televisivas, Newman recebeu dez nomeações para os Óscares ao longo da sua carreira, tendo finalmente sido distinguido em 1987 com o Óscar para melhor actor principal pela sua interpretação em “A Cor do Dinheiro”. Foi ainda distinguido com dezenas de outros prémios. A sua última aparição no grande ecrã foi ao lado de Tom Hanks, no filme “Caminho para a Perdição” (2002), do realizador Sam Mendes. Nascido num subúrbio de Cleveland, a 26 de Janeiro de 1925, foi aos 26 anos que começou a dar os primeiros passos na actuação. Ao longo dos 50 anos que seguiram, Newman interpretou papéis memoráveis em filmes como “Gata em Telhado de Zinco Quente” (1958), “A Vida é um Jogo” (1961), “Butch Cassidy and the Sundance Kid” (1969) ou “The Sting” (1973). Além da carreira de actor, Newman realizou ainda quatro filmes, todos com a participação da mulher Joanne Woodward, com quem estava casado desde 1958. O norte-americano deixou ainda a sua marca através da Newman's Own Foundation, com a qual financiava várias organizações de caridade e humanitárias. Newman fundou ainda a Hole in the Wall, uma organização que oferecia férias de Verão a crianças de todo mundo que sofriam de doenças graves. Newman tinha ainda uma enorme paixão pelas quatro rodas. Em 1979, na altura com 54 anos, levou um Porsche 935 da equipa Dick Barbour ao segundo lugar da mítica prova francesa as 24 horas de Le Mans, uma das maiores provas de resistência. Aos 70 anos, tornou-se o piloto mais velho a fazer parte da equipa vencedora das 24 horas de Daytona, em 1995.
Fica aqui a minha homenagem ao Homem e ao grande actor de cinema que foi Paul Newman.
Fiquem com um vídeo com imagens de alguns dos filmes em que entrou como actor.
1 comentário:
Não podia deixar de comentar este post - apesar de não fazer parte da matéria de geografia.
A verdade é que sempre admirei Paul Newman, não só pela brilhante carreira cinematográfica, mas principalmente, pela acção humanitária e filantrópica a que dedicou muito do seu dinheiro e tempo.
Destaco em especial os campos All Gang Camp, para crianças com doenças terminais, espalhados por todo o mundo, onde eu própria passei muitos bons momentos, e onde sei, por experiência, que algumas crianças são capazes de se sentir novamente saudáveis e recuperar a auto-estima.
Como a filha do actor bem disse à imprensa, a melhor maneira de o homenagear é ter atitudes como as de Paul Newman e continuar o seu "trabalho".
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