quarta-feira, 25 de março de 2009

Parlamento Europeu: Le Pen diz que as câmaras de gás foram um "detalhe" da II Guerra Mundial


Líder da extrema-direita francesa no centro de nova polémica


Jean-Marie Le Pen reafirmou hoje, no Parlamento Europeu, que as câmaras de gás foram um “detalhe” na história da II Guerra Mundial. O líder da extrema-direita foi condenado há duas décadas em França por declarações semelhantes. No centro de uma polémica no Parlamento de Estrasburgo, depois de socialistas e Verdes terem tornado público que querem mudar o regulamento interno para impedir que ele presida à próxima sessão inaugural, Le Pen disse hoje estar a ser vítima de “acusações difamatórias”. Segundo ele, o autor das calúnias é Martin Schulz, presidente dos socialistas europeus, que na véspera o teria apelidado de “velho fascista” e “negacionista do Holocausto”. “Eu limitei-me a dizer que as câmaras de gás foram um detalhe da história da II Guerra Mundial, o que é um facto”, reagiu Le Pen. De imediato ouviram-se fortes apupos da maioria esmagadora do hemiciclo, relata a AFP.A imprensa francesa recorda que foi em 1987, numa entrevista à RTL, que o líder da FN se referiu pela primeira vez às câmaras de gás dos campos de concentração nazi como um “detalhe” no desenrolar da II Guerra Mundial. Pelas declarações foi condenado ao pagamento de uma multa de 1,2 milhões de francos (183 mil euros), ao abrigo da lei francesa que pune actos ou afirmações que ponham em causa o Holocausto nazi. Em Abril do ano passado, voltou a repetir a afirmação, numa entrevista à revista “Bretons”, mas acabou por pedir à publicação para não divulgar o artigo. (Publico on line, 25.03.09)



É incrível como é que ainda há pessoas que continuam a negar ou a minimizar o holocausto nazi, em que foram executados entre cinco a seis milhões de judeus!

1 comentário:

MariaCosta disse...

É triste ver como ainda há pessoas que negam uma realidade tão cruel como esta.
Esse "detalhe", como dizem, provocou a morte de milhões de pessoas inocentes, que não tinham nada a ver com o desejo de guerra de alguns ditadores (Hitler).
Esta realidade não devia ser suavisada como muitos o fazem, já o vaticano nega a existência de Holocausto nos antigos campos de concentração, mas sim devia ser utilizada para percebermos melhor a magnitude e capacidade de destruição da Segunda Guerra Mundial.