Um Mundo Global é um espaço de informação,reflexão e comentário de temas geográficos, nacionais e/ou mundiais, mas onde também há espaço para outros pontos de interesse como as temáticas sociais e ambientais, a música, os filmes, a poesia, a fotografia, os cartoons, os livros e as viagens. Todos são bem-vindos e convidados a deixar os seus comentários.
No sempre tão esperado discurso anual no Parlamento, Cavaco Silva regressou aos jovens. Um ano depois de ter deixado o apelo aos mais novos para que "não se resignem" - que, aliás, renovou -, o chefe de Estado quis conhecer cientificamente uma realidade que o preocupa: as atitudes e comportamentos políticos dos jovens, com um estudo que permite ter uma visão global sobre as percepções de toda a sociedade, já que permite a comparação com outros grupos etários.
Do estudo feito pela Universidade Católica, o que mais impressiona o chefe de Estado é "ignorância" dos jovens, pois muitos não sabem sequer o que foi o 25 de Abril, nem o que significou para Portugal. Cavaco Silva destacou um aspecto. Foram colocadas três perguntas aos inquiridos: qual o número de Estados da União Europeia, quem foi o primeiro Presidente eleito após o 25 de Abril e se o PS dispunha ou não de maioria absoluta no Parlamento. "Pois, senhores deputados, metade dos jovens entre os 15 e os 19 anos e um terço entre os 18 e os 29 anos não foi sequer capaz de responder correctamente a uma única das três perguntas", disse e repetiu. "Num certo sentido, o 25 de Abril continua por realizar", exclamou Cavaco Silva, explicando em quê. Na "ambição de uma sociedade mais justa", na exigência de "um maior empenhamento cívico dos cidadãos", na necessidade de "uma nova atitude da classe política, há ainda um longo percurso a percorrer", considerou.
Vi há dias, em DVD, o filme "O Lado Selvagem"(In to the Wild). O filme passou, há poucos meses, um pouco despercebido nos cinemas do Porto. Não sendo propriamente uma obra-prima, é um filme bastante interessante realizado por Sean Penn, que é mais conhecido como actor. Centra-se na história de um jovem americano recém-licenciado que resolve rejeitar uma promissora carreira, deixando tudo para trás e parte à procura da América selvagem e muito particularmente o Alaska, procurando uma comunhão total com a natureza selvagem. O filme vale pela mensagem e sobretudo pelas fantásticas paisagens naturais do continente norte-americano.
Depois de mais um teste de Geografia C, para muitos provavelmente o último, aqui vai um momento musical para relaxar com uma canção de Jorge Palma, uma espécie de Bob Dylan português que já tem uma carreira muito rica e longa.
Ucrânia lembra 22º aniversário da catástrofe de Chernobyl (26 de Abri de 1986)
KIEV (AFP) — A Ucrânia prestou homenagem neste sábado às milhares de vitimas da catástrofe de Chernobyl, 22 anos depois do acidente na central nuclear que, segundo Kiev, converteu-se num drama "planetário". Na sexta-feira à noite, centenas de ucranianos, entre eles o presidente Viktor Yushchenko e outras autoridades, depositaram flores num monumento dedicado às vítimas de Chernobyl em Kiev e acenderam velas durante uma cerimónia religiosa dedicada à tragédia. Em Slavutich, uma pequena região situada a 50 quilometros da central onde moravam muitos dos funcionários, o dia foi marcado por uma celebração nocturna. "A catástrofe de Chernobyl tornou-se global e até agora continua a causar estragos à saúde das pessoas e ao meio ambiente", afirmou o ministério da Saúde em um comunicado. Em 26 de abril de 1986, às 01h23 da madrugada, o reactor número quatro da central de Chernobyl, situado ao norte da Ucrânia, próximo da fronteira com a Rússia e a Bielorrússia, explodiu e contaminou boa parte da Europa, mas principalmente estes três países, na época todos integrantes da União Soviética. Mais de 25.000 "participantes" da catástrofe, a maioria russos, ucranianos e bielorrussos, que realizavam diversas obras ao redor do reactor que explodiu, faleceram de acordo com informações oficiais. Um balanço da ONU de Setembro de 2005 calculou que 4.000 pessoas morreram em consequência de cancros registrados na Ucrânia, Bielorrússia e na Rússia. Oficialmente, somente na Ucrânia calcula-se que 2,3 milhões de pessoas "sofreram as consequências da catástrofe". Aproximadamente 4.400 ucranianos, crianças e adolescentes no momento da catástrofe foram operadas entre 1986 e 2006 de cancro da tiróide, consequência mais evidente da radiação, segundo o Ministério da Saúde.
Restrições na venda de arroz impostas pelos principais produtores estão a gerar uma grave criseNão aconteceu só em países pobres – onde se tem visto tumultos por causa do aumento do preço dos bens essenciais. Está a acontecer nos Estados Unidos. Um retalhista do Grupo Wal-Mart, o Sam’s Club, restringiu a quatro pacotes (de nove quilos cada - o equivalente a 20 libras) o limite máximo de arroz que cada cada cliente pode levar numa compra.Depois de ter duplicado num ano, no mercado de matérias primas de Chicago, cada cem libras de arroz está a ser pago a 25 dólares, face a esta medida de um dos gigantes do comércio a retalho, justificada pelos receios de dificuldades no abastecimento do mercado mundial por parte de exportadores tradicionais, como a China, a Índia, ou o Vietname. Estes países estão preocupados com a manutenção de preços nos respectivos mercados internos, muito dependentes deste cereal, e já restringiram as exportações. E outros podem seguir-lhes o exemplo, como o Brasil. A Tailândia, que inicialmente também se pensava que ia impôr restrições, já anunciou que não o vai fazer.
A crise económica mundial já chegou aos mercados de cereais. Agora é a vez do arroz, que é base da alimentação de muitos povos, especialmente do Sul e Sudeste da Ásia. Os portugueses são os maiores consumidores de arroz em toda a UE.
Ao contrário daquilo que cheguei a admitir, não vou utilizar nenhum dos textos apresentados neste blogue. No entanto, alguns dos assuntos abordados em alguns desses textos serão avaliados no teste, a partir de outros documentos. Confirmo, ainda, que não haverá perguntas com resposta de escolha múltipla.
A estrutura do teste será a seguinte:
O Grupo 1 é dedicado ao subtema "A (re)emergência de conflitos regionais" e é constituído por 4 questões. O grupo será centrado numa região conflituosa, havendo uma questão relacionada com o conteúdo "As guerras da água". O Grupo tem um total de cotações de 75 pontos (20+20+20+15).
O Grupo 2 é dedicado ao subtema "As tendências migratórias no Mundo contemporâneo" e é constituído por 4 questões. A última questão centra-se nas actividades turísticas. O Grupo tem um total de cotações de 70 pontos (15+20+15+20).
O Grupo 3 é dedicado ao subtema "Os espaços motores de fluxos mundiais" e é constituído por 3 questões. Incide nos seguintes conteúdos: "A rede mundial de grandes cidades", "O reforço das Macro-regiões" e os "Impactos e os riscos resultantes da elevada concentração da população". O Grupo tem um total de cotações de 55 pontos (10+30+15).
Espero que esta informação vos seja útil e que chegue a todos, inclusive aos que não frequentam o blogue.
Preparem-se convenientemente para o teste. Espero que façam um bom trabalho e que consigam atingir os vossos objectivos para a disciplina. Boa sorte!
Está a decorrer uma petição on line pela salvaguarda da linha do Tua, em Trás-os-Montes. A Petição pela Linha do Tua já conta mais de 3000 assinaturas. O Movimento Cívico pela Linha do Tua (MCLT) pede a participação e a preocupação relativamente ao futuro e preservação deste património único, a Linha do Tua e o vale onde está inserida, em pleno Douro Vinhateiro, Trás-os-Montes.
Para que este assunto seja discutido em plenário na Assembleia da Republica, é preciso obter um mínimo de 4000 assinaturas.
Para que os dados sejam correctamente validados, devem constar na petição: o nome completo (no mínimo, o primeiro e último nome), o número do bilhete de identidade, e, se assim o desejar, pode indicar o local de residência no campo "comentários".
Hoje, segunda feira, 21 de Abril, pelas 12:15h (durante a aula de Geografia C), o jornalista Júlio Magalhães, fez a apresentação do seu livro "Os Retornados - Um Amor Nunca se Esquece". Trata-se de um romance que retrata o período conturbado da descolonização de Angola, assunto que foi abordado nas aulas de Geografia A e Geografia C.
De seguida é apresentada a sinopse do romance, que é editado pela Esfera de Livros.
Sinopse do livro:
Outubro, 1975. Quando o avião levantou voo deixando para trás a baía de Luanda, Carlos Jorge tentou a todo o custo controlar a emoção. Em Angola deixava um pedaço de terra e de vida. Acompanhado pela mulher e filhos, partia rumo ao desconhecido. A uma pátria que não era a sua. Joana não ficou indiferente ao drama dos passageiros que sobrelotavam o voo 233. O mais difícil da sua carreira como hospedeira. No meio de tanta tristeza, Joana não conseguia esquecer o olhar firme e decidido de Carlos Jorge. Não percebia porquê, mas aquele homem perturbava-a profundamente. Despertava-a para a dura realidade da descolonização portuguesa e para um novo sentimento que só viria a ser desvendado vinte anos mais tarde. Foram milhares os portugueses que entre 1974 e 1975 fizeram a maior ponte área de que há memória em Portugal. Em Angola, a luta pelo poder dos movimentos independentistas espalhou o terror e a morte por um país outrora considerado a jóia do império português. Naquela espiral de violência, não havia outra solução senão abandonar tudo: emprego, casa, terras, fábricas e amigos de uma vida
Para mais informações sobre o livro e o autor, aconselho a leitura de um artigo do jornal Correio da Manhã que inclui uma entrevista ao autor e um excerto da obra.
Em 30 de Janeiro de 1970 (um Domingo), soldados britânicos dispararam sobre cidadãos desarmados de Boside, Derry, na Irlanda do Norte, matando 14 pessoas e ferindo muitas outras. Este dia ficou conhecido por Bloody Sunday e constituiu um dos acontecimentos mais negros da história da Irlanda do Norte e do conflito entre católicos (independentistas) e protestantes (lealistas à coroa britânica).
Os U2, no início da sua carreira fantástica, imortalizaram este dia com a famosa canção "Bloody Sunday".
O saudoso Luciano Pavarotti e os seus amigos Bono ( do grupo irlandês U2) e Brian Eno prestam uma homenagem ao povo de Sarajevo (e da Bósnia-Herzegovina em geral), que tanto sofreu durante a guerra que resultou na fragmentação da ex-jugoslávia, em "Miss Sarajevo".
Portugal já é dos países europeus com mais quilómetros de auto-estradas por habitante e por quilómetro quadrado.
A região de Lisboa, por exemplo, é mesmo aquela que em todo o velho continente tem maior concentração destas vias rodoviárias, como tiveram oportunidade de ver na visita de estudo de sexta feira.
A propósito deste assunto, mais um momento musical com os R.E.M - Everybody Hurts (no Amalia,you were not alone). Os REM são, também, desde há muito tempo um dos meus grupos favoritos.
Gangs pró-Mugabe aterrorizam apoiantes da oposição longe dos olhares do mundo 12.04.2008, sdfdff
Por vingança após a vitória da oposição nas legislativas ou para amedrontar as pessoas na perspectiva de uma segunda volta das presidenciais, as milícias atacam de dia e de noite
Pela calada a multidão materializou-se nas sombras do fim da tarde. Juntaram-se 50 jovens alvoroçados e armados com paus, chicotes e facas. Era domingo à noite, uma semana após as disputadas eleições presidenciais no Zimbabwe. Mesmo antes de começarem os gritos, John Saramu já sabia o que ia acontecer. Sentiu-o no nó de terror no estômago. "Apareceram daquela esquina. Senti-me aterrorizado. Vi-os a aproximarem-se", disse Saramu, que vive nos arredores rurais de Mutare e é activista do Movimento pela Mudança Democrática (MDC, na sigla em inglês) - a oposição ao regime no Zimbabwe."Entraram em minha casa, aos gritos. "Vamos matar-te! diziam. Vamos encontrar todos os seguidores do MDC, um por um, e vamos fazer com que abandonem." Saramu, de 39 anos, contou como foi espancado durante duas horas por membros do grupo pró-Robert Mugabe e de como saquearam a sua casa antes que conseguisse fugir. Ficou com graves cortes na perna direita e na mão esquerda. "Escapei por pouco. Nem sei como consegui", disse. Os assaltantes levaram dinheiro e uma lista de seguidores do MDC que pode ser usada para encontrar e aterrorizar outros. Saramu e cerca de mais 50 activistas foram perseguidos e atacados nas suas casas perto de Mutare, na província de Manicaland, declarou Misheck Kagurabadza, o candidato local do MDC ao parlamento, que superou o seu opositor do partido no poder, ZANU-PF, nas eleições de 29 de Março. A intimidação dos activistas da oposição está a acontecer - longe dos olhares do mundo - nas áreas rurais do Zimbabwe, onde a ZANU-PF detém a maioria dos votos, mas também onde o MDC conseguiu a vitória parlamentar. Um activista já foi morto. As tácticas de terror são vistas como vinganças políticas e como uma tentativa de amedrontar os seguidores da oposição contra o seu apoio ao MDC numa possível segunda volta, permitindo, assim, que Robert Mugabe, de 84 anos, continue agarrado ao poder. Até agora, muitos acreditam, as tácticas de mão pesada estão a fazer efeito. Shandrick Vengesai, um porta-voz do MDC, disse que já foram presos, agredidos ou se encontram desaparecidos centenas de seguidores da oposição desde as eleições presidenciais, cujos resultados ainda não foram divulgados pela comissão eleitoral. A vitória parlamentar do MDC foi anunciada - pela primeira vez, nos 28 anos da nação independente, o partido ZANU-PF de Mugabe perdeu o controlo do parlamento.A oposição insiste que o seu candidato, Morgan Tsvangirai, alcançou a maioria nas presidenciais e teme um descontrolo da violência, se for decidido que há necessidade de uma segunda volta. "Não queremos uma segunda volta," disse Saramu. "Não é seguro para nós." "É muito tenso, o ambiente," explicou Kagurabadza. "Gangs das milícias da ZANU-PF patrulham tudo à noite e mesmo durante o dia. Vão para as áreas onde sabem haver seguidores do MDC. Estão a preparar-se para a segunda volta das eleições e vão amedrontar as pessoas para que votem neles."Receia que os mesmos rufias invadam as urnas no dia da votação e fiquem com os nomes das pessoas, para as amedrontar, como aconteceu em 2000 e em 2002.Em Harare, a capital, carrinhas com polícias antimotim varreram as ruas, na terça-feira, e detiveram mulheres que trocavam dinheiro na rua - acusadas de tráfico ilegal. Alguns grupos activistas pró-MDC foram extintos nos bairros das imediações da capital.Knowledge Maponda, um activista do MDC, diz que duvida que os zimbabweanos votem pela oposição, na segunda volta. "Agora as pessoas têm medo. Se houver segunda volta, todos vão votar num partido de que não gostam."
De porta em porta
Os gangs vão de porta em porta, à noite, e arrastam os activistas do MDC das suas casas, enquanto os espancam. Desde as eleições quase 20 pessoas foram sovadas aqui, disse, referindo-se à aldeia de Mutoko, em Mashonaland East. Muitos activistas acreditam que têm poucas hipóteses de ganhar a segunda volta, se a ZANU-PF continuar a espalhar o terror nas próximas semanas, ou mesmo meses. Mas Itai Bindu, que é um activista do MDC e também vive em Mutoko, admite que há tanta gente já tão farta do regime de Mugabe, que nem com a violência vão desertar a oposição."[A violência] Está a fortalecer os seguidores do MDC. As pessoas estão cansadas deste ZANU-PF. Todos dizem: "Agora somos MDC.""
Entretanto soube-se hoje que a Comissão eleitoral no Zimbabwe ordenou a recontagem dos votos, resultantes das eleições de 29 de Março, em 23 dos 210 círculos eleitorais do país. A oposição vai contestar na Justiça.
Para conhecerem um pouco da história do Tibete e sobre a ocupação chinesa deste território vejam o vídeo que é apresentado a seguir. É um documentário de uma estação de televisão francesa, falado em inglês e sem legendas em português. Infelizmente as imagens não têm muita qualidade, mas vale a pena ver e conhecer melhor a situação do povo tibetano, numa altura em que o assunto está na ordem do dia.
Perdidos e achados Todos temos os nossos momentos na vida. Nalguns deles, como nos parece dizer Sofia Coppola A realizadora), andamos completamente perdidos. Seja nas relações ou na cidade por onde passeamos. Até mesmo no reconhecimento difícil do rosto que vemos ao espelho... É um filme humanamente enriquecedor e tão tumultuoso quanto apaziguador. Musicalmente opulento. Minimalista nos diálogos. Extremamente complexo e sereno nas ideias que lança a quem o vê.
“Lost in Translation” é sobre dificuldades de comunicação, sobre a simples falta de entendimento emocional e afectivo das pessoas e sobre cumplicidade - afinal, o elo mais forte a unir Charlotte (Scarlett Johansson) e Harris (Bill Murray), dois ‘aliens’ num mundo onde pululam néons, jogos de vídeo, as importações das mega-stars do show business mundial e a aceitação de um mundo novo. Um mundo que, tal como afirma Charlotte, só se vive verdadeira e originalmente da primeira vez.
"Lost in Translation" é sem dúvida um dos filmes que mais gostei nos últimos cinco anos. É preciso vê-lo com uma certa disponibilidade mental e com um sorriso melancólico, já que tem tanto de cómico como de triste.
Se tiverem oportunidade vejam o filme.
Vejam a seguir imagens do filme, que têm uma música de fundo dos Psychedelic Furs - "Ghost In You". É bonito!
domingo, 6 de abril de 2008
Milhares desfilam em Paris exigindo a libertação de Ingrid Betancourt
Lusa
Ingrid Betancour, feita refém há 6 anos, está em risco de vida com vários problemas de saúde Gritando frases de ordem como “libertem todos os reféns”, uma multidão de 25.000 pessoas participou na “Marcha Branca” na capital francesa para reclamar a libertação de Ingrid Betancourt, Luso-colombiana que se encontra refém das FARC há já seis anos e com a vida em risco devido a problemas de saúde.
Na capital francesa foram muitos os políticos que se integraram na marcha. A jovem esposa do presidente francês, Carla Bruni-Sarkozy, a Presidente da Republica argentina, Cristina Kirchner, o ministro dos Negócios Estrangeiros da França, Bernard Kouchner, foram alguns dos muitos políticos que se quiseram associar a esta manifestação pela libertação dos reféns das FARC.
A França através da palavra do chefe da sua diplomacia, Bernard Kouchner, garantiu aos manifestantes e ao mundo que nunca iria desistir dos seus esforços de libertar a refém.
“Hoje as pessoas questionam-nos sobre essa missão humanitária tentando saber se vamos desistir” afirmou Kouchner.
Nós não iremos nunca parar os nossos esforços, nunca pararemos os nossos esforços” garantiu o ministro dos Negócios estrangeiros francês á multidão vestida de branco em honra da paz na Colômbia.
Cristina Kirchner, presidente da Argentina dirigiu-se aos manifestantes para fazer um apelo a que se “levantem todos os obstáculos que impedem” a libertação de todos os reféns na Colômbia, sublinhando que “aqueles que devem empregar os maiores esforços são as autoridades democráticas” numa clara alusão ao presidente colombiano, Álvaro Uribe.
"Liberdade! Liberdade para todos os reféns!", gritou o filho de Ingrid Betancourt, Lorenzo Delloye, de 19 anos, que foi aclamado pela multidão. "Que estes gritos de liberdade atravessem o Atlântico e cheguem aos ouvidos do presidente colombiano e das FARC”, rematou o jovem.
Nas manifestações um pouco por toda a França participaram cidadãos, eleitos locais e regionais e outros políticos vestidos de branco. Uma ideia comum a todos foi a da exigência da libertação dos reféns na Colômbia e o início de um verdadeiro processo de paz naquele país sul-americano.
Missão humanitária continua à espera de autorização para socorrer Ingrid Betancourt
A França enviou na passada quarta-feira uma missão humanitária conjunta com a Suiça e a Espanha. Para tentar entrar em contacto com as as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e conseguir socorrer a antiga candidata à presidência colombiana.
A missão encontra-se num impasse tendo a guerrilha colombiana, ontem, revelado a intenção de não libertar a refém aprisionada há mais de seis anos nas matas colombianas.
Um líder das FARC afirmou ontem em entrevista publicada num jornal "inadmissível" a exigência de libertação de mais reféns sem que antes o governo colombiano liberte alguns dos 500 guerrilheiros detidos.
"Não é admissível que nos peçam mais gestos de paz quando, depois de tantas mostras de boa-fé e da nossa vontade política de encontrar saídas para o conflito, nos respondem com infâmias e maledicência", afirmou Rodrigo Granda.
"Todos nos lembramos de que foi um telefonema do governo francês a permitir localizar e bombardear o acampamento de Reyes", afirmou Granda.
O que foi noticiado na altura foi que terá sido uma chamada telefónica do presidente da Venezuela Hugo Chavez para o líder da guerrilha colombiana que terá sido interceptada e permitiu a localização do terrorista e a posterior operação que levou ao seu abate.
O telefonema terá ocorrido no dia 27 de Fevereiro, dia em que foram libertados pelas FARC quatro deputados colombianos (Gloria Polanco, Luis Eladio Pérez, Orlando Beltrán e Jorge Eduardo Gechem), após quase sete anos de sequestro.
Hugo Chávez, emocionado pela libertação dos sequestrados, terá telefonado a Reyes (aliás Luis Edgar Devia) a informá-lo de que tudo tinha corrido bem, conforme assinalou a Radio Cadena Nacional citando "altas fontes militares" colombianas.
Os serviços de informações localizaram a chamada e detectaram que Reyes estava em território colombiano perto da fronteira com o Equador, atravessou-a "e logo veio o bombardeamento", na sexta-feira à noite e na madrugada de sábado, quando foram mortos o chefe rebelde e cerca de 20 outros guerrilheiros.
A guerrilha marxista propõe trocar Ingrid Betancourt e outros 38 reféns a que chama “políticos” dos quais três têm a nacionalidade americana, por quinhentos guerrilheiros que se encontram presos na Colômbia no quadro de um acordo global.
O movimento guerrilheiro tem neste momento sob sua custódia nas matas da Colômbia em local por si controlado, cerca de 2.800 pessoas em conjunto com o Exército de Libertação Nacional (ELN) de inspiração guevarista.
A Albânia e a Croácia foram hoje oficialmente convidadas a juntarem-se à NATO pelos dirigentes da Aliança Atlântica reunidos em Bucareste, indicou o secretário-geral da organização, Jaap de Hoop Scheffer. Por outro lado, ficou entendido que a Macedónia também se poderá juntar ao grupo quando resolver o conflito que mantém com a Grécia por causa do seu nome oficial. No que toca à Ucrânia e à Geórgia, a Aliança comprometeu-se a admitir as suas candidaturas, mas recusou aos dois países, para já, o estatuto de "candidatos oficiais". O primeiro-ministro da Albânia apressou-se a comentar a adesão do país à NATO, afirmando que esse feito irá garantir a liberdade para a nação, mas lamentou a decisão em relação à vizinha Macedónia, indicando que isso poderá encorajar os radicais e provocar a instabilidade nos Balcãs.O Presidente norte-americano, George W. Bush, manteve o seu silêncio sobre a Geórgia e a Ucrânia, mas saudou o convite à Albânia e à Croácia, lamentando que a Macedónia não tenha recebido o mesmo convite. A Grécia mantém um velho diferendo com Skopje sobre o nome da antiga república jugoslava, por considerar que esse nome - Macedónia - pertence ao seu património histórico nacional."Estou contente pelo facto de a Aliança ter convidado a Albânia e a Croácia a tornarem-se membros da NATO", indicou Bush.
Ucrânia e Geórgia ficam, para já, de fora
"A NATO saúda as aspirações euro-atlânticas da Ucrânica e da Geórgia e os dirigentes da NATO estão empenhados em que estes dois países se tornem membros da Aliança", declarou Jaap de Hoop Scheffer, lendo um comunicado à imprensa. Este ponto originou discussões acaloradas até ao último minuto entre os chefes de Estado e de Governo dos 26 países membros, indicaram alguns diplomatas.Por agora - precisou Scheffer - "a NATO vai continuar a manter com Kiev e Tbilissi um diálogo intensivo para a continuação das reformas" e "a situação será revista em Dezembro pelos ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO".A Geórgia apressou-se a qualificar de "histórica" a promessa de se tornar um dia membro da Aliança Atlântica. "A decisão que foi tomada foi a de aceitar que nós avancemos em direcção a uma adesão à NATO e nós consideramo-la como um sucesso histórico", declarou à AFP o ministro georgiano para a integração europeia, Giorgi Baramidze.
O Abbé Pierre não é só o fundador de Emaús ele é também o seu "fundamento". Quer isto dizer que o espírito do movimento se reporta naturalmente aos sonhos e ideias de Abbé Pierre, a sua maneira de ser e estar, sentir e agir. Não sendo um organizador, (disse-o várias vezes), foi um aglutinador de boas vontades. Força extraordinária de libertação do AMOR, nele próprio e nos que ele toca, de uma maneira ou de outra. No coração da vida de Abbé Pierre está a pessoa humana e, por isso mesmo, a sua indignação sempre que é espezinhada. A sua vida é um grito. Um grito de AMOR contra a indiferença geral. Uma sucessão de indignações que teve a coragem de tomar em mãos. E os outros? Na história de Emaús e de Abbé Pierre é este o grito sempre retomado. Grandes coisas têm, muitas vezes, humildes começos. Sem que se lhe desse importância de início, aos poucos se foram acordando consciências, inflamando corações, juntando as boas vontades. Aí estão espalhados pelo mundo, algumas centenas de grupos e comunidades que "tragam à luz a aflição dos explorados, dos excluídos, dos esquecidos, para a tornar insuportável aos poderes, o da opinião pública e a dos governos, de tal modo insuportável que se vejam forçados a querer destruir-lhes as causas".
Délia- Responsável da Associação Emaús Caminho e Vida
Biografia de Abbé Pierre
A primeira vocação de Henri Antoine Groués (este é o nome de baptismo do Abbé Pierre) foi franciscana: ingressou na ordem dos capuchinhos, mas saiu poucos anos depois, por motivos de saúde, sendo admitido no clero de uma diocese francesa. A sua alma ficou sempre fortemente marcada pelo amor à pobreza e aos mais desprotegidos. Viveu os primeiros anos de sacerdócio no período da Segunda Guerra Mundial, dedicando-se ao salvamento de pessoas da polícia secreta nazi: falsificava passaportes, e ajudava judeus e cidadãos da Polónia a passar a fronteira. Organizou um grupo de resistência armada até ser preso, mas conseguiu fugir escondido num saco do correio, num avião para a Argélia. Em 1949, já enquanto deputado Abbé Pierre vivia numa casa que ele próprio restaurou e onde começou a caminhada de Emmaús, acolhendo pessoas com dificuldade, desde jovens a indivíduos sem-abrigo. Foi no decorrer deste ano que fundou o que viria a ser Emmaús Internacional, iniciativa que parte de um momento crucial na sua vida, o encontro com George Legaey no momento em que este estava quase a suicidar-se. Emaüs nasce como uma iniciativa que pretende “ agir para que cada pessoa, sociedade ou nação possa viver e afirmar-se num mundo de partilha e de dignidade igualitária.”
"Se querem fazer uma patifaria a um amigo, desejem-lhe que se torne uma vedeta."
"Satre dizia que o inferno são os outros; eu digo que o inferno é cada um viver afastado dos outros."
"... tudo é planetário. Não podemos nunca dizer, diante de qualquer tragédia, que não sabiamos. Não é verdade, agora sabemos tudo."
Princípios orientadores os Companheiros de Emaús:
Trabalho: "Não aceitaremos, até que nos faltem as forças, que a nossa subsistência dependa de algo que não seja o nosso trabalho."
Comunidade: "O trabalho é um serviço de todos. Nenhum de nós poderá ser considerado a partir de outra coisa que não seja a dignidade humana, seja qual for o seu passado, a sua origem e as suas opiniões."
Serviço: "A finalidade do nosso trabalho é socorrer todo e cada um daqueles que estiverem em perigo, especialmente os sem abrigo, e servir a verdadeira paz."
Recordo a todos que na aula do dia 8 de Abril vamos ter, durante a aula de Geografia C, uma palestra/debate sobre o movimento Emáus, Caminho e Vida, com a presença de responsáveis e utentes deste movimento. Esta sessão decorrerá na Videoteca da Escola. Lembro, ainda, que está a decorrer no Centro de Recursos da Escola uma exposição sobre Abbé Pierre.
Futebol: FC Porto é uma marca forte embora com menos impacto do que a Casa da Música ou Serralves
08 de Fevereiro de 2008, 12:50
O FC Porto é uma marca forte, a exemplo do Vinho do Porto, embora com menos impacto do que o Museu de Serralves ou a Casa da Música, foi hoje defendido durante um debate sobre "A Cidade e o Futebol" realizado em Serralves. O FC Porto e a sua relação com a cidade e a câmara dominaram boa parte das intervenções, que começaram na noite de quinta-feira e terminaram na madrugada de hoje, com o advogado António Lobo Xavier a sustentar que "o futebol não é só turismo". Considerou tratar-se "do desporto que tem mais potencialidade de progressão, no sentido de ganhar adeptos e espectadores". Lobo Xavier referiu que "há quem pergunte" na Fundação de Serralves por que é o FC Porto não faz parte da instituição e revelou que Serralves quis que a Gestifute fosse um dos seus fundadores. O advogado, um dos três vice-presidentes da Fundação de Serralves, falava durante uma conferência sobre "O Futebol e a Cidade", a primeira do ciclo "Olhares Cruzados sobre o Porto" que a Universidade Católica do Porto e o diário PÚBLICO programaram para este mês. Jurista, gestor, comentador político e membro do Conselho Consultivo do FC Porto, Lobo Xavier interveio na conferência como "comentador", juntamente com o geógrafo urbano Álvaro Domingues. Os jornalistas Bruno Prata, do PÚBLICO, e Carlos Daniel, da RTP, encarregaram-se da apresentação e moderação, respectivamente. Ao dar o exemplo da Gestifute, empresa detida pelo empresário Jorge Mendes, Lobo Xavier realçou tratar-se de uma empresa do universo do futebol que é "considerada pelos observadores uma mais avançadas no mundo na gestão de carreiras e imagem" de futebolistas. Do portfolio da Gestifute fazem parte jogadores como Cristiano Ronaldo, Deco e Ricardo Quaresma. "Serralves quis que a Gestifute fosse uma das suas fundadoras", revelou Lobo Xavier. O advogado revelou também que ainda hoje se discute em Serralves por que é o FC Porto não integra aquela instituição ligada ao universo das artes. "O problema é que se discute o futebol como um negócio negro, com má fama, muito embora a mais recente campanha oficial de promoção turística de Portugal utilize figuras como José Mourinho e Cristiano Ronaldo, ambos famosos, vencedores e bem sucedidos", frisou Lobo Xavier. O geógrafo urbano Álvaro Domingues notou que há "uma tensão por revolver" entre a Câmara Municipal do Porto e o principal clube da cidade, que começou com a eleição do social-democrata Rui Rio para presidente da autarquia em 2001. Rui Rio rompeu com o FC Porto, quebrando assim as relações estreitas que a autarquia e o FC Porto mantiveram nos anos 90, quando o PS e Fernando Gomes/Nuno Cardoso governaram a cidade. O que Rio inaugurou, disse Álvaro Domingues, foi "um discurso político construído contra o futebol". Para Lobo Xavier, que nunca mencionou o nome do autarca do PSD, trata-se de "uma marca política de uma estratégia que funcionou" e que "não foi tal mal sucedida quanto isso do ponto de vista eleitoral". Álvaro Domingues entende, no entanto, que essa estratégia teve "necessidade de construir uma ruptura com o passado", tendo como princípio uma "mentalidade calvinista virtuosa". "Mas o que é certo é que esse registo pega", concluiu. Domingues defendeu que "os clubes deviam ter maior visibilidade social", como acontece nomeadamente na Argentina. Lobo Xavier entende, no entanto, que "o FC Porto não precisa da câmara municipal para nada, mas que pode reclamar, em nome da cidade uma não hostilidade". O advogado sublinhou que lhe "custa a ideia de que o sucesso do FC Porto seja indiferente para a cidade". Lobo Xavier disse mesmo "não perceber que a cidade do Porto possa ser vendida como produto turístico sem o FC Porto ao lado". No entanto, o advogado também defendeu que o FC Porto deve manter-se "desligado de combates regionalistas" e "procurar o maior êxito possível, o que significa fazer adeptos". "O clube não ganha nada em ser utilizado como instrumento, não devendo participar em coisas que provocam conflitos e tensões", frisou. AYM. Lusa
Em complemento, podem visionar o vídeo do debate em http://artes.ucp.pt/ocp/. Se tiverem tempo vejam pelo menos a parte inicial que corresponde à apresentação do tema por parte do jornalista Bruno Prata.
Numa altura em que o FC Porto é falado pelas piores razões, importa analisar qual a importância de um clube de futebol, como este, para a projecção internacional e o desenvolvimento de uma cidade, como a do Porto.