No sempre tão esperado discurso anual no Parlamento, Cavaco Silva regressou aos jovens. Um ano depois de ter deixado o apelo aos mais novos para que "não se resignem" - que, aliás, renovou -, o chefe de Estado quis conhecer cientificamente uma realidade que o preocupa: as atitudes e comportamentos políticos dos jovens, com um estudo que permite ter uma visão global sobre as percepções de toda a sociedade, já que permite a comparação com outros grupos etários.
Do estudo feito pela Universidade Católica, o que mais impressiona o chefe de Estado é "ignorância" dos jovens, pois muitos não sabem sequer o que foi o 25 de Abril, nem o que significou para Portugal. Cavaco Silva destacou um aspecto. Foram colocadas três perguntas aos inquiridos: qual o número de Estados da União Europeia, quem foi o primeiro Presidente eleito após o 25 de Abril e se o PS dispunha ou não de maioria absoluta no Parlamento. "Pois, senhores deputados, metade dos jovens entre os 15 e os 19 anos e um terço entre os 18 e os 29 anos não foi sequer capaz de responder correctamente a uma única das três perguntas", disse e repetiu.
"Num certo sentido, o 25 de Abril continua por realizar", exclamou Cavaco Silva, explicando em quê. Na "ambição de uma sociedade mais justa", na exigência de "um maior empenhamento cívico dos cidadãos", na necessidade de "uma nova atitude da classe política, há ainda um longo percurso a percorrer", considerou.
Fonte: http://jornal.publico.clix.pt/
Do estudo feito pela Universidade Católica, o que mais impressiona o chefe de Estado é "ignorância" dos jovens, pois muitos não sabem sequer o que foi o 25 de Abril, nem o que significou para Portugal. Cavaco Silva destacou um aspecto. Foram colocadas três perguntas aos inquiridos: qual o número de Estados da União Europeia, quem foi o primeiro Presidente eleito após o 25 de Abril e se o PS dispunha ou não de maioria absoluta no Parlamento. "Pois, senhores deputados, metade dos jovens entre os 15 e os 19 anos e um terço entre os 18 e os 29 anos não foi sequer capaz de responder correctamente a uma única das três perguntas", disse e repetiu.
"Num certo sentido, o 25 de Abril continua por realizar", exclamou Cavaco Silva, explicando em quê. Na "ambição de uma sociedade mais justa", na exigência de "um maior empenhamento cívico dos cidadãos", na necessidade de "uma nova atitude da classe política, há ainda um longo percurso a percorrer", considerou.
Fonte: http://jornal.publico.clix.pt/
Que comentário fazem às conclusões do estudo encomendado pelo Senhor Presidente da República?
Que dizer sobre o conhecimento (da política), as atitudes e comportamentos políticos dos jovens portugueses?
1 comentário:
Em relação ao discurso do Senhor Aníbal Cavaco Silva, apenas digo o que já foi dito em algumas das nossas aulas. Hoje em dia a maioria dos politicos vêm da área das ciências, e são engenheiros, economistas, etc. Isto faz com que as ideologias que antigamente( não assim há tanto tempo atrás) atraíam as populações já praticamente não existam. E o Presidente da Républica é um desses tecnocratas, que começaram a aparecer no tempo de Marcelo Caetano.
Em relação aos jovens, devo admitir que talvez a maioria esteja a ficar cada vez mais burra e insensivel às questões realmente importantes. Muitos jovens não se preocupam em desenvolver a sua capacidade critica, e de certa forma envergonha-me ouvir coisas como: "O líder do PS é o Cavaco Silva"; ou " O 25 de Abril foi o dia da independência". Isto é simplesmente ridiculo e mostra que nesse sentido o Presidente tem razão, pois os jovens são cada vez mais ignorantes.
Mas no que diz respeito à participação politica activa dos jovens, eu penso que este grupo etário não vê nas medidas dos vários governos uma reflexão das suas preocupações e problemas, isto é, não se identificam com a politica, até porque os jovens têm cada vez menos privilégios e sentem que vivem num mundo que não olha para eles da mesma forma, verificando-se também uma sistemática inoperância politica dos vários governos em relação às questões sociais.
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