Eis uma boa notícia para a agricultura portuguesa e para a população em geral. As chuvas intensas de Dezembro acabaram com a seca meteorológica registada há dez meses em Portugal e permitiram ao Instituto da Água assegurar que este ano não vai haver quaisquer restrições ao uso da água. Vejam a notícia do Público on line:
"Está afastado o cenário de restrições ao uso de água em 2010", afirmou à Lusa o presidente do Instituto da Água (Inag), Orlando Borges, assegurando que, mesmo no Verão, não vão ser impostas restrições ao uso de água na agricultura e pecuária, na produção de electricidade e no abastecimento público.
A possibilidade de uma seca hidrológica este ano em Portugal, que obrigasse a restrições, foi totalmente afastada devido às fortes chuvas dos últimos dois meses, em especial de Dezembro, que aumentaram o nível de água armazenada nas barragens.
O último boletim do Inag, relativo a Dezembro, revela que em 24 das 56 albufeiras monitorizadas em Portugal existem já disponibilidades hídricas superiores a 80 por cento do volume total e que os armazenamentos foram superiores à média das últimas duas décadas.
"Mas o facto de se dizer que não vão haver restrições ao uso de água não quer dizer que os portugueses não devam fazer um uso eficiente da água", ressalvou Orlando Borges.
As fortes chuvas de Dezembro permitiram ainda retirar Portugal da situação de seca meteorológica que, em 2009, se registava desde Março e que em Novembro passado ainda se mantinha em 60 por cento do território nacional (do qual 29 por cento em seca severa).
"A seca desapareceu em quase todo o território, mantendo-se apenas situações pontuais de seca fraca em algumas zonas do sul do país", afirmou à Lusa o presidente do Instituto de Meteorologia, Adérito Serrão.
Baseando-se ainda em dados preliminares, uma vez que o boletim climatológico de Dezembro ainda não está concluído, Adérito Serrão explicou que a seca desapareceu em quase todo o território porque "choveu anormalmente" em Dezembro, "além do normal nos últimos 30 anos".
"Em Dezembro chegámos a ter anomalias de precipitação de 70 milímetros e em alguns sítios do país a chuva foi 200 por cento mais do que a média dos últimos trinta anos", afirmou o presidente do Instituto de Meteorologia.
Para o corrente mês, e ressalvando que as previsões meteorológicas são falíveis, Aderito Serrão diz que a chuva vai continuar, assim como as baixas temperaturas e alguma "instabilidade" no clima.
Fonte: http://www.publico.pt/Sociedade/chuva-de-dezembro-garante-ano-sem-restricoes-ao-uso-de-agua_1416641
1 comentário:
É curioso que o facto de ter chuvido "anormalmente", no nosso país,tenha feito com que no próximo período de Verão possamos ficar mais descansados do que o habitual e, assim, ter água para a agricultura, pecuária e até mesmo para a produção de energia eléctrica. Contudo, é de enorme relevância frisar que por termos água mais que suficiente para não termos período de seca extrema, em Portugal, não significa que possamos desperdiça-la!!!
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