sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Golpe de Estado no Níger


A junta militar revelou que o Presidente está detido numa guarnição militar (Reuters TV)



Mais um golpe de Estado num país africano. Agora é a vez do Níger, um dos países mais pobres do Mundo. O Níger é um país africano, limitado a norte pela Argélia e pela Líbia, a leste pelo Chade, a sul pela Nigéria e pelo Benim e a oeste pelo Burkina Faso e pelo Mali. Capital, Niamey. Em 2007, o Níger foi avaliado pelas Nações Unidas como o país com o mais baixo IDH de um conjunto de 182 países (0,340).


Vejam a notícia publicada hoje no Público on line:


União Africana e França condenam golpe no Níger

O presidente da Comissão da União Africana, Jean Ping, e a França condenaram a “tomada do poder pela força” e pediram diálogo e um “regresso rápido à ordem constitucional” no Níger, onde ontem militares prenderam o Presidente, Mamadou Tandja, e prometem restaurar a democracia.

Na capital do país, Niamey, os militares mantêm hoje veículos blindados na zona da cidade, praticamente vazia, onde estão o palácio presidencial, ministérios, residências oficiais e o estado maior do Exército. Nos bairros populares a situação é próxima do habitual, com muita gente na rua.

Ontem à noite, após um golpe que provocou pelo menos três mortos e cerca de uma dezena de feridos, um porta-voz do “Conselho Supremo para a Restauração da Democracia” (CSRD) anunciou a suspensão da Constituição que Tandja, após dez anos de presidência relativamente calma, fizera aprovar no ano passado para se manter no poder. Após essa iniciativa, a União Europeia suspendeu a ajuda ao desenvolvimento e os Estados Unidos adoptaram sanções diplomáticas e económicas.

O golpe foi liderado pelo coronel (e não major, como inicialmente referido) Abdoulaye Adamou Harouna, mas a junta militar que detém o poder é, segundo a Reuters, chefiada pelo major Salou Djibo. A figura mais conhecida da junta é o coronel Dijibrilla Hima Hamidou, conhecido como “Pelé”, comandante da mais importante região militar do Níger, que em 1999 participou na acção militar que abriu caminho às eleições que levaram Mamadou Tandja à presidência.

Segundo a AFP o Presidente está detido numa guarnição militar a cerca de duas dezenas de quilómetros da capital.


Fonte: http://www.publico.pt/Mundo/uniao-africana-e-franca-condenam-golpe-no-niger_1423481

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