A promotora imobiliária Pluripar iniciou hoje o abate de 1.331 sobreiros no Vale da Rosa, em Setúbal, apesar da providência cautelar interposta segunda-feira pela Quercus no Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa.
Cerca das 9:00, uma dezena de homens munidos de auto-serras iniciaram o abate de sobreiros devidamente autorizado pela Autoridade Florestal Nacional perante o olhar atento da GNR e dos dirigentes da Quercus - Associação para a Conservação da Natureza, Domingos Patacho e Francisco Ferreira.
"Para a Quercus é uma batalha perdida porque o objectivo era que não se cortassem estes sobreiros, que têm dezenas - nalguns casos centenas - de anos", disse à Lusa o vice-presidente da Quercus, Francisco Ferreira, lembrando que o tribunal "tem 48 horas para se pronunciar sobre a providência cautelar".
"Os sobreiros que hoje estão a ser abatidos correspondem à área de um centro comercial (a ser construído no futuro) que teve imprescindível utilidade pública à custa de um despacho, feito um mês antes das eleições autárquicas de Dezembro de 2001, dos então ministros do Ambiente, José Sócrates, e da Agricultura, Capoulas Santos", frisou o vice-presidente da Quercus.
A urbanização do Vale da Rosa, com 7.500 fogos, um centro comercial e um complexo desportivo, inclui também inclui o futuro estádio municipal, que a autarquia já se comprometeu a ceder ao Vitória de Setúbal.
Cerca das 9:00, uma dezena de homens munidos de auto-serras iniciaram o abate de sobreiros devidamente autorizado pela Autoridade Florestal Nacional perante o olhar atento da GNR e dos dirigentes da Quercus - Associação para a Conservação da Natureza, Domingos Patacho e Francisco Ferreira.
"Para a Quercus é uma batalha perdida porque o objectivo era que não se cortassem estes sobreiros, que têm dezenas - nalguns casos centenas - de anos", disse à Lusa o vice-presidente da Quercus, Francisco Ferreira, lembrando que o tribunal "tem 48 horas para se pronunciar sobre a providência cautelar".
"Os sobreiros que hoje estão a ser abatidos correspondem à área de um centro comercial (a ser construído no futuro) que teve imprescindível utilidade pública à custa de um despacho, feito um mês antes das eleições autárquicas de Dezembro de 2001, dos então ministros do Ambiente, José Sócrates, e da Agricultura, Capoulas Santos", frisou o vice-presidente da Quercus.
A urbanização do Vale da Rosa, com 7.500 fogos, um centro comercial e um complexo desportivo, inclui também inclui o futuro estádio municipal, que a autarquia já se comprometeu a ceder ao Vitória de Setúbal.
Fonte: http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/9314509
Podem ver aqui um vídeo com uma reportagem da RTP sobre o assunto.
Convém referir que o sobreiro é considerado uma espécie protegida pela lei portuguesa e que o seu abate só pode ser efectuado se o Ministério do Ambiente considerar que o projecto em causa é de imprescindível utilidade pública.
1 comentário:
Futebol e shopping´s é que é preciso, agora preservar a Natureza ou ser leal para com o cidadão já é bastante monótono e pouco relevante. É mais um caso Freeport !
Ainda me recordo das aulas no meu quarto ano de escolaridade com alguma saudade, é verdade, da inocência vivida na época quando o globo ainda era sublime. Recordo assim as aulas de ciências naturais em que os pequenos alunos aprendiam que apartir do tronco do Sobreiro se extraía a cortiça. Embora Portugal seja um país de área reduzida, produz mais cortiça que todo o resto do Mundo, isto só por si explica a razão do interesse que o sobreiro nos merece.
E todos nós aprendemos que o abate do Sobreiro é algo tenebroso, visto que é uma espécie protegida!
Acabei de ler que o abate foi suspenso, " O Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa decretou hoje provisoriamente a providência cautelar da Quercus que pedia a suspensão do abate de 1.331 sobreiros no Vale da Rosa, em Setúbal, revelou à Lusa o vice-presidente, Francisco Ferreira. "
Quero ainda salientar que a Quercus considerou que a mega-urbanização na periferia de Setúbal não tem sentido, em termos de ordenamento do território uma vez que o centro histórico se encontra cada vez mais abandonado e inseguro.
Quercos lembra ainda que
"a área em causa tem características paisagísticas únicas, nomeadamente a presença de importantes manchas de sobreiros, que não merecem ser destruídas com investimento mobiliário e comercial que ampliará ainda mais as dificuldades de mobilidade e a lógica de consumo que se deveria reduzir do ponto de vista ambiental, social e económico na sociedade portuguesa."
Por outro lado, a Quercus considera que existe um conjunto de relações, decisões e negócios associados ao Plano de Pormenor que "parece pouco transparente".
É agora de lastimar que esta decisão tenha obtido danos imperdoáveis e tardios. O que me leva a reflectir vezes e vezes sem conta esta citação : "O capital tem horror à ausência de lucros", de Karl Marx.
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