segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

MP3 pode levar dez milhões de jovens europeus à surdez

Uma conferência em Bruxelas voltou a alertar para os perigos dos leitores Mp3 para a audição e a "catástrofe" que daí advirá se nada for feito. Entre as medidas equacionadas está uma maior limitação do volume máximo permitido.
Ontem, numa conferência promovida pela União Europeia, foi elevado o estado de alerta em relação aos leitores portatéis de música, com vários responsáveis e investigadores a traçarem um cenário negro para o futuro da juventude europeia.
"Sejamos francos: estamos perante uma catástrofe se nada for feito rapidamente", afirmou ontem Stephen Russell da associação europeia de segurança para o consumidor ANEC, à Reuters. Antes, um painel da União Europeia especializado em riscos para a saúde estimou que até dez milhões de jovens europeus correm o risco de danificar a sua audição por utilizarem os seus leitores Mp3 com o volume demasiadamente alto.
Os especialistas fizeram ainda questão de referir que
não existe qualquer cura conhecida para a perda de audição ou para a tinite - uma doença caracterizada pela sensação de um tinir contínuo nos ouvidos.
Na conferência de ontem, que reuniu peritos, cientistas, representantes da indústria, organizações de consumidores, fabricantes, deputados europeus e outras autoridades, foram discutidas as precauções que os utilizadores podem tomar, as soluções técnicas que a indústria pode aplicar para minimizar a perda de audição, a necessidade de mais regulação e a revisão das exigências mínimas de segurança para melhor proteger os consumidores.
A abrir a sessão, a comissária europeia para o consumidor, Meglena Kuneva, recordou que nos últimos quatro anos foram vendidos mais de 250 milhões de aparelhos áudio portáteis na União Europeia e que cerca de 100 milhões de pessoas os utilizam numa base diária. Depois de ouvidas as opiniões dos vários especialistas presentes, a Comissão Europeia irá agora analisar as conclusões do encontro e decidir quais as medidas que poderá tomar para minorar este problema de saúde.
O presidente da Sociedade Portuguesa de Otorrinolaringologia, João Marta Pimentel, confirmou à Lusa que "há cada vez mais casos de problemas de audição em jovens, o que está a causar preocupação na classe médica", lamentando a inexistência de dados sobre a situação.
De acordo com o especialista, os jovens "não estão informados sobre os riscos" de ouvir música num nível sonoro muito elevado e durante um tempo prolongado. Por este motivo sugeriu que os leitores portáteis sejam vendidos com uma bula, como as dos medicamentos, advertindo para os riscos de perda de audição.
O médico condenou ainda a utilização do tipo de auscultadores que encaixam no ouvido, fazendo "oclusão do canal auditivo", permitindo apenas a audição proveniente do aparelho. (JN, 28.01.09)



Depois dos telemóveis, agora também os leitores de MP3 são mais uma ameaça para a saúde dos nossos jovens. E vocês o que pensam deste novo problema? Também ouvem muito alto as vossas músicas? Não estão preocupados com uma possível surdez precoce?

9 comentários:

Joana Couto disse...

Não me admiraria se houvesse cada vez mais casos de surdez devido a ouvirem música nas alturas porque ando todos os dias de transportes públicos e, na maioria das vezes, vou a ouvir a música da pessoa que está sentada ao meu lado.
Bem, admito que quando estou em casa ouço música alta, mas nao exageradamente, porque penso que já não seria música,mas sim ruído.

Daniel12H disse...

Eu não sou assim viciado em ouvir música em alto volume quando estou com phones...
mas quando e com colunas tem mesmo que ser xD se a musica for boa :D

é verdade o que a Joana diz :D é incrivel como em sitios públicos ao lado de pessoas que estão a ouvir musica em phones conseguimos escutar o mesmo que elas estão a ouvir nos phones

se os casos de surdez aumentarem também não me admiro mesmo nada ainda para piorar esta juventude passa semana sim semana sim pelo menos uma noite em discotecas em que o barulho nao pode ser maior :S

preocupante

Anónimo disse...

MP3 é uma abreviação de MPEG 1 Layer-3 (camada 3). Trata-se de um padrão de arquivos digitais de áudio estabelecido pelo Moving Picture Experts Group (MPEG), grupo de trabalho de especialistas de Tecnologias da Informação vinculado ao ISO e à CEI. As camadas referem-se ao esquema de compressão de áudio do MPEG-1. Foram projetadas em número de 3, cada uma com finalidades e capacidades diferentes. Enquanto a camada 1, que dá menor compressão, se destina a utilização em ambientes de áudio profissional (estúdios, emissoras de TV, etc) onde o nível de perda de qualidade deve ser mínimo devido à necessidade de reprocessamento, a 3 se destina ao áudio que será usado pelo cliente final. Como se espera que esse áudio não sofrerá novos ciclos de processamento, a compressão pode ser menos conservadora e aproveitar melhor as características psico-acústicas do som limitando-se apenas pela qualidade desejada para o ouvido humano.

Hoje em dia este aparelho é mais comum nos adolescentes. Alguns jovens usam-no em demasia, e alguns não sabem usá-lo.
Eu quando digo isto estou a referir-me ao que o Professor colocou no "Post", ou seja ouvem a música muita alta ( com os phones )

Eu já presenciei este situação variadíssimas vezes, por exemplo de manhã quando estou no autocarro, à um jovem com cerca de 16 anos que vem com o MP3 nas alturas. Ele uma vez sentou-se á minha frente e eu ouvia a música perfeitamente.
Como este jovem que reeferi, hà outros tantos ...

Isto é perigoso, pois esta atitude «irresponsável», pode fazer com que o tímpano rebente, e tal como o Prof. colocou no post leverá à surdez da pessoa.

Telmo Oliveira
11ºI

Anónimo disse...

Esta notícia não me surpreende: penso que o uso da tecnologia em demasia ou excesso tem sempre as suas consequências e esta é a consequência do uso do MP3, nomeadamente do elevado volume com que se escuta música.
Não costumo usar MP3, no entanto, conheço muitas pessoas que o usam frequentemente.
Lembro-me até de um episódio bastante recente: estava a entrar numa loja com uma amiga e a loja encontrava-se vazia.
A minha amiga encontrava-se com phones nos ouvidos e a música estava tão alta que eu a ouvia e conseguia saber que música ela estava a escutar e penso que a senhora que se encontrava na loja também conseguia identificar ou, pelo menos, ouvir a música.
São casos como estes que me preocupam, porque penso que os jovens não se preocupam o suficiente com a sua saúde.
Relativamente ao meu uso pessoal ou quando ouço música em casa, não a ouço muito alta (ao contrário do que dizem as pessoas com que moro :D), ouço-a apenas num nível de volume que não me incomode mas que também permita ouvir a música de forma agradável.

Mariana Magalhães
12ºH nº22

Cátia Cunha disse...

bem, tenho de confessar que eu faço um bocadinho parte destas estatísticas, pois ouço muito MP3 e pior, gosto de ouvir a música relativamente alta. Não sei, mas acho que dessa forma consigo captar melhor a essência e a vibração de cada instrumento, e sentir de outra maneira a música em si.
No entanto, não ouço hard rock em altos berros, isso não, porque não só faz mal à saúde, como é ligeiramente desesperante.

Mas a realidade é que conheço muito boa gente que passa horas de phones nos ouvidos, música em altos berros (música como quem diz, muitas vezes não passa de uma batida irritante que se repete vezes sem conta).
Acho que deve haver um meio termo para tudo, até para a música. Um equilíbrio. Dessa forma, de certeza que as estatísticas seriam muito diferentes

ClaudiaSilva disse...

Para ser sincera não entendo a necessidade que as pessoas tem para ouvir a música num volume considerado elevado. É a meu ver um risco desnecessário ao qual muitos jovens passam. Eu gosto de ouvir música de mp3, e ouço diariamente, no entanto, só o ponho a um volume mais elevado se me encontrar em centros urbanos, ou locais movimentados onde o barulho é mais intenso e a dificuldade de audição para a música é mais frequente.
Penso que os jovens que ouvem a música a um volume mais elevado ou mesmo no máximo não fazem a mínima ideia dos riscos que passam, ou simplesmente não pensam nesses riscos, pois acho que se pensassem um pouco saberiam que o elevado volume danifica a audição e na minha opinião não é necessário fazer uma pesquisa, para se saber que existem esses riscos. A questão aqui posta é, como é que estes jovens arriscam assim a sua audição?

Mara disse...

O MP3 tal como o telemovel não só pode causar surdez como também distração. Isso é visivel em passagens de peões , perdendo a noção do perigo iminente.
Deste pequena que o meu oftomologista nunca aconselhou os meus pais a darem-me este tipo de instrumentos tecnológicos visto que os fones ao contrário da televisão ou do aparelho de som, transmitem o som directamente no ouvido, provocando posteriormente dores nos timpanos.
Mas a verdade é que por vezes para me libertar do stress gosto de ouvir a música bem alta. Apesar de fazer mal não é tão agaravante quanto o mp3.
Talvez uma solução para este problema consista numa alteração dos fabricantes de mp3.

É notável não esquecer que o mp3 e a sua rápida ascensão não só provoca surdez como também desvaloriza as empresas discográficas e todo o empenho dos cantores, com o famoso download.

Mara disse...

otorrinolaringologista ***

Peço perdão pelo erro, apesar de estar distraída, confesso que não estava o ouvir mp3. EHEHEH

Anónimo disse...

O uso excessivo do mp3 pode provocar variadíssimos danos ao ouvido humano (e visto que estamos a falar de a musica excessivamente alta provoca poluição sonora também), e em casos mais graves surdez irreversível.
Quase todos os adolescentes usam o mp3(e os telemóveis, pois a maioria destes já possuem mp3 incorporado e já dão para ouvir musica) todos os dias, e não digo que seja mau, pois ouvir musica da para descontrair e para passar o tempo, por exemplo em viagens, mas ouvir musica com o volume demasiadamente alto pode criar danos irreversíveis. Não vale a pena ouvir mp3 nas alturas, porque se utilizarem um volume mais baixo vão ouvir na mesma a musica e não provocam danos tão graves como se estivesse nas alturas.
Em relação ao comentário do Telmo, e da rapariguinha que se sentou á frente dele, se ele ouviu provavelmente não ia com os phones a ouvir musica e ele devia era agradecer a essa rapariguinha pois ela permitiu-lhe uma viagem mais agradável de autocarro a ouvir musica.

Nuno Soares 11ºI