quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

A Pobreza na Cidade do Porto

Com o objectivo de preparar os alunos do 11º ano (turmas I e J) para a palestra "A Pobreza na Cidade do Porto", da próxima sexta feira, 27 de fevereiro, 11:50h, na Videoteca da Escola, apresentada pelo Padre Lino Maia, presidente da Confederação Nacional de Instituições de Solidariedade (CNIS), proponho que visionem três vídeos realizados pelo jornalista Pedro Neves para o site do jornal Expresso. Trata-se de um conjunto de pequenas reportagens de gente da cidade do Porto com habitações degradadas ou sem um tecto onde se abrigar. "Pessoas doentes sem ninguém que as cuide. Desempregados de longa duração sem perspectivas de futuro. Solidão mergulhada no mais profundo desespero. "

"A tristeza e os sonhos de Ramiro e Laurinda"

Ramiro Sousa e Laurinda das Neves vivem na casa 6 de Pego Negro, freguesia de Campanhã, desde 1969. Ali, na mesma casa que hoje continua sem água canalizada ou sequer um quarto de banho, criaram nove filhos, entre um cubículo com uma cozinha sem chaminé nem condições de higiene, um pequeno quarto e o anexo de contraplacado. Ramiro trabalhou na construção civil até Laurinda adoecer. Um Acidente Vascular Cerebral (AVC) tirou-lhe a fala e a mobilidade. Ramiro abandonou o trabalho para tomar conta da mulher.







"Pobre será sempre pobre"

Num dos mais problemáticos bairros da cidade do Porto (Lagarteiro), gente como a D. Zulmira vive com baixas reformas associadas a problemas de saúde e à vergonha de pedir fiado para sobreviver.




"O céu como tecto"

José Luís, 38 anos, vive há vinte na rua. Dorme onde pode. Tem medo quando o vento bate forte durante a noite e agarra-se a uma imagem de Nossa Senhora de Fátima que encontrou no lixo.


Se quiserem visionar outros vídeos deste jornalista, e com a mesma temática, cliquem em: http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?sid=ex.sections/24996

4 comentários:

Anónimo disse...

sinceramente, este tipo de assuntos mete me imensa pena,mas infelizmente o mundo é assim... " uns com tudo e outros sem nada"... Por vezes não fazemos ideia de que realmente existem muitos casos como estes e nao sabemos dar valor ao que temos, desperdiçamos e nem pensamos que um pequeno desperdicio seria pra muita gente um "bom" alimento... mas a vida é assim ... acreditem que se pudesse ajudava muita muita gente... pois hoje precisam aquelas pessoas mas no futuro não sabemos o que nos espera....

Cristiana Alves disse...

É demasiado triste este problema chamado pobreza, mas no entanto acaba por sem uma realidade diária para imensas pessoas.
Não terem as condições básicas para viver, passarem noites ao frio, sozinhos, sem amparo... é muito triste mesmo !
A vida dá muitas voltas, e por vezes pessoas que antes tinham vidas normais, vidas razoáveis, de um momento para o outro vêm-se sem nada, e o único sitio onde podem ainda estar é a rua!
É uma vida injusta a que estas pessoas têm, uma vida onde o principal é (sobre)viver !

Mara disse...

É inacreditável como vivem pessoas neste estado condicionado. Por vezes falamos no Terceiro Mundo, quando este nos bate a porta sem que nos apercebamos!
Viver é de facto cruel e injusto , mas nada fazer para combater e melhorar estes condicionalismos, eu diria que é crime. Mas o que interessa e muda a minha opinião e de tantos outros ?!
Está na altura de dizer um "basta!", "é altura de ir buscar o dinheiro onde ele está", propondo a criação do imposto sobre as grandes fortunas, o fim do segredo bancário e dos off-shores.
Basta de dinheiro sujo e de criminalidade financeira!
Apesar de sermos um país de pobres,de octagenários, de jovens com elevadas habilitações sem trabalho ou com trabalhos precários e a recibo verde , e onde os vencimentos dos gestores de topo das grandes empresas é 30 vezes superior ao salário médio nacional... em contrapartida temos um primeiro ministro que é o 6º mais elegante do mundo.

Anónimo disse...

É incrivel que mesmo com avanços tecnológicos dos últimos tempos, ainda haja pessoas que vivem nestas condições deficitárias.

O problema é que esta realidade não existe para quem tem um pão na mesa, um tecto que os abrigue e as suas necessidades satisfeitas.
Esquecer e ignorar este problema é muito mais facil do que tentar resolve-lo. A mentalidade das pessoas que assim pensam apenas o agravam mais.

Como é possivel que pessoas não tenham um tecto para viver ou então que têm uma casa a cair cada vez que se toca numa parede?

Vamos abrir os olhos a sociedade para este problema e a cima de tudo ajudar quem realmente precisa