O conflito entre Israel e o Hamas (Faixa de Gaza) agrava-se com a entrada em cena do Hezbollah, a partir do Líbano. Assim, Israel passa a ter duas frentes de guerra. A situação começa a complicar-se e o conflito vai adquirindo contornos de uma guerra à escala regional. O Médio Oriente continua um barril de pólvora!...
Pelo menos três “rockets” disparados a partir do Líbano atingiram esta madrugada o Norte de Israel e fizeram vários feridos, segundo fontes militares israelitas. Os disparos atingiram a cidade israelita de Nahariya, oito quilómetros a Sul da fronteira com o Líbano, e outras três localidades. Um “rocket” caiu num edifício em Nahariya que os media israelita dizem ser um lar para idosos. O local foi, entretanto, evacuado. A agência Reuters fala em dois feridos, citando fontes médicas e policiais. Israel respondeu com disparos de artilharia em direcção ao Sul do Líbano. As forças israelitas têm estado em alerta máximo no Norte do país, receando ataques do Hezbollah. Segundo uma fonte militar francesa, em anonimato, a Finul (Força das Nações Unidas no Líbano) foi colocada hoje em "estado de alerta reforçado" depois do lançamento dos "rockets" sobre Israel. "Todas as suas unidades foram imediatamente destacadas para a sua zona de responsabilidade", a Sul do rio Litani. O objectivo é controlar a região e "interditar qualquer possibilidade de novos disparos de 'rockets'", salientou. Mas ainda não é claro se foram as guerrilhas do Hezbollah, do Líbano, - contra as quais Israel travou uma guerra em 2006 - ou palestinianas os autores dos disparos dos "rockets". Fontes do Hamas no Líbano negaram já qualquer envolvimento. Mais tarde, o Hezbollah garantiu ao Governo libanês que não está implicado no ataque a Israel, segundo o ministro da Informação, Tarek Mitri. No Líbano vivem mais de 400 mil refugiados palestinianos, segundo as Nações Unidas. Hoje a aviação israelita bombardeou a Faixa de Gaza e os tanques avançaram pelo território dominado pelo Hamas, numa altura em que aumentam as expectativas de um cessar-fogo, apoiado pelos Estados Unidos. Fontes médicas palestinianas actualizaram os números das vítimas da ofensiva israelita, que começou a 27 de Dezembro. Desde então já morreram 707 pessoas e 3100 ficaram feridas. (Público, 08.01.09)
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