A situação financeira do nosso país é muito preocupante. O valor da dívida pública portuguesa é de aproximadamente 125.000.000.000 de euros (cento e vinte cinco mil milhões de euros). Isto significa qualquer coisa como 76,% do PIB). Dizemos aproximadamente, porque a cada dia que passa, aumenta cerca de 50 milhões de euros.
A agência de notação internacional, Standard & Poor's, fez uma revisão, para baixo, da estimativa de evolução da dívida portuguesa, que passou de estável para negativa. É mais um sinal do estado das contas públicas portuguesas.
A agência explica a revisão com os problemas orçamentais, sobretudo a derrapagem do déficit, que podem levar a um crescimento da dívida acima dos 90% do Produto Interno Bruto. A Standard & Poor's diz também que o facto do Governo ser minoritário pode tornar mais difícil o combate ao défice, e admite fazer uma nova revisão, caso o Governo de José Sócrates apresente um plano credível de redução do défice.
A Standard & Poor's, para além de baixar em dois níveis a avaliação nacional, cortou ainda no rating de cinco bancos. A bolsa de Lisboa afundou em 5% e o spread da dívida aumentou.
Primeiro foi a Fitch Ratings, agora a Standard & Poor's (S&P). Já é a segunda vez este ano que Portugal perde credibilidade financeira e, desta vez, desceu mesmo dois níveis na escala de avaliação.
A Standard & Poor's cortou, anteontem, terça-feira, no rating da dívida pública portuguesa. O país, que se encontrava avaliado em "A+", saltou directamente para a classificação "A-", a pior desde 1992. Este corte significa que o risco de Portugal não conseguir pagar aos seus credores é agora ainda maior.
Segundo a Standard & Poor's a dívida pública portuguesa pode ultrapassar os 200% do PIB em 2050.
A par disto, a S&P baixou também a notação de cinco bancos nacionais e assegura, segundo a Agência Financeira, que, de todos, o BCP é o mais fraco. A Caixa Geral de Depósitos, o Santander Totta, o BES e o BPI foram as outras instituições bancárias a serem afectadas.
Este corte da notação portuguesa veio martirizar ainda mais a bolsa nacional. O PSI 20 fechou anteontem a perder 5,09% e o BCP encerrou com baixas de 12,82%. O mesmo acontecia com os títulos do BPI, a afundarem 10%, e do BES, a descerem 10,13%. O pânico gerado pela cotação da S&P afectou praticamente todos os sectores da praça portuguesa: a Mota-Engil e Inapa, por exemplo, também foram penalizadas em mais de 10%, enquanto que a Zon fechou a perder 9,96%.
A S&P aponta que Portugal deve entrar em estagnação este ano, acrescentando que "o potencial de crescimento económico deverá continuar fraco, devido à reduzida competitividade, baixa produtividade, estagnação do investimento e queda do crédito a nível doméstico, tendo em conta o elevado nível de endividamento do sector privado".
Os títulos da dívida portuguesa já vinham, há algum tempo, a ser castigados, o que impulsiona a subida dos juros das obrigações nacionais. Tudo isto acontece numa altura em que o custo da dívida portuguesa começa a disparar, contagiado, em parte, pela situação grega, em que os mercados europeus temem que a Grécia entre em rota de incumprimento.
Os países mais endividados da Zona Euro também sofreram perdas financeiras. A Grécia foi a mais penalizada, ao ver as suas as obrigações a dois anos a caíram para o valor mais baixo desde 1998. As dívidas portuguesa, espanhola, irlandesa e italiana também registaram quedas significativas, enquanto que a dívida alemã subiu, à medida que os investidores se voltavam para os activos financeiros de menor risco.
Hoje os juros da divida pública portuguesa dispararam. Os juros das obrigações do tesouro a 10 anos rondam agora os 6 por cento, e atingiram o valor mais alto dos últimos 13 anos. Os mercados financeiros acentuaram o nervosismo.
Fonte: http://jpn.icicom.up.pt/2010/04/28/economia_standard_poors_baixa_cotacao_da_divida_publica_portuguesa.html
A situação é mesmo muito preocupante. Será que o país vai ficar numa situação semelhante à da Grécia? Caminhamos para a a chamada "Bancarrota", ou seja, a falência financeira do país?
Vejam a reportagem da RTP sobre este assunto.
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