Quarenta milhões de pessoas podem engrossar este ano o número de desempregados no mundo, se a situação económica se continuar a deteriorar, prevê a Organização Internacional do Trabalho (OIT), num relatório hoje divulgado. No quadro mais grave, o número de desempregados subiria para 230 milhões, mais 40 milhões do que os 190 milhões das estimativas existentes para 2008, refere o relatório anual da organização sobre tendências do mercado de trabalho.Só nas economias mais desenvolvidas e países da União Europeia, o número de desempregados poderia, no cenário mais negro, aumentar oito milhões – dos 32 milhões estimados para 2008 para 40 milhões. O agravamento da situação económica empurraria também 200 milhões de trabalhadores, principalmente das economias em desenvolvimento, para situações de pobreza extrema.O relatório da OIT, uma organização tripartida em que têm assento governos, organizações patronais e laborais, traça três cenários. O mais optimista, baseado nas projecções do Fundo Monetário Internacional (FMI) de Novembro de 2008, aponta para uma taxa global de desemprego de 6,1 por cento, contra seis em 2008 e 5,7 em 2007, o que implicaria um aumento de oito milhões de desempregados. Com uma degradação maior do que o previsto em Novembro, a taxa de desemprego subiria para 6,5 por cento, correspondendo a um aumento de 20 milhões de desempregados quando comparado com as estimativas de 2008.No pior cenário, tendo em conta os dados actualmente disponíveis, o desemprego global poderia subir para 7,1 por cento, com um aumento do número de desempregados em mais de 40 milhões de pessoas. Os dados da OIT tomam como base a existência de 179 milhões de desempregados em 2007 e estimativas de 190 milhões em 2008. “A mensagem da OIT é realista, não alarmista. Estamos numa crise global de emprego. Muitos governos estão conscientes e a actuar, mas é necessária uma mais decisiva e coordenada acção internacional para impedir uma recessão social global”, disse o director-geral da OIT, Juan Somavia. A procura de respostas para a crise, na perspectiva do mundo do trabalho, estará em discussão na 8ª Reunião Regional Europeia da OIT, marcada para os dias 10 a 13 de Fevereiro em Lisboa, um encontro em que está prevista a participação de cerca de 500 especialistas indicados pelos governos e parceiros sociais dos 51 estados membros da OIT Europa. (Público, 28.01.09)
2 comentários:
A Economia tem o "poder" de influenciar todas as outras ciências, o que significa que se a Economia estiver bem e numa fase florescente, tudo corre bem: há mais emprego, por conseguinte, mais poder de compra, mais rendimento disponível, o que leva ao aumento do consumo, mais circulação de dinheiro, etc...
Mas quando a Economia está mal "arrasta" tudo consigo e, entre outras coisas, diminui o consumo, diminui a circulação de dinheiro, aumenta o desemprego, a pobreza, os problemas sociais, etc.
Julgo que a globalização e a abertura ao exterior são factores que levam ao incremento do desemprego, pois em vez das empresas de um país competirem com as suas concorrentes desse país, compete com todo o mundo o que implica a tomada de decisões a nível internacional.
Existem várias empresas que vão iniciar o processo de despedimento quer a nível nacional, quer a nível internacional, entre elas, a google, a boeing, a peugeot, a philips, ...
Cada país deve especializar-se na produção de bens que as suas características naturais, desenvolvimento tecnológico, formação profissional, etc. permitem, ou seja, seguir o modelo de divisão internacional de trabalho.
Esta notícia é preocupante e desanimadora, não só para os que perdem emprego, hoje em dia, mas também para os que, no futuro, irão entrar no mercado do trabalho.
Concordo com o comentário anterior, é necessário que cada país se especialize de acordo com as suas características, nomeadamente a sua agricultura, a utilização dos seus recursos naturais, etc..
Mariana Magalhães
12ºH nº22
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