quinta-feira, 29 de maio de 2008

China suspende temporariamente política de filho único


A China vai suspender temporariamente a política do «filho único». A suspensão destina-se especialmente às famílias cujos filhos foram vítimas do terramoto em Sichuan, no passado dia 12 de Maio. A última informação indica que 68 mil pessoas morreram e 364 mil ficaram feridas.
A política chinesa do filho único, apoiada pela organização mundial anti-vida "International Planned Parenthood Federation" (IPPF) e pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), foi alvo de numerosas críticas de organismos internacionais por constituir uma violação sistemática dos direitos humanos, ao ponto de o Congresso americano ter retido contribuições à UNFPA.
O Comité de População e Planeamento Familiar de Chengdu, capital de Sichuan, a região mais devastada pelo sismo, anunciou que as famílias que desejem ter outro filho, podem "solicitar um certificado".
Actualmente o governo obriga aos casais chineses que têm mais de um filho a pagar uma forte multa pela lei do "filho único". Segundo a nova política temporária, aqueles que perderam um filho "ilegal" já não terão que pagar multa pelo mesmo.
Se a família perdeu um filho "legal" e além disso tinha um "ilegal" menor de 18 anos, poderá registá-lo agora como "legal", e o menor adquire direitos como a educação gratuita.
O governo assinalou ainda que as famílias que desejem podem adoptar órfãos do terremoto poderão fazê-lo, sem limite estabelecido. Segundo indicações oficiais, o terramoto e suas réplicas deixou cerca de 4 mil crianças órfãs.



Podem visionar neste vídeo imagens das consequências do sismo.

3 comentários:

Soraia disse...

Não sei como é possível...a China é uma autêntica caixinha de surpresas, quando penso que já colocaram em prática todas as atrocidades possíveis, eles arranjam sempre algo de novo e horrível para me surpreender...

Esta atitude do governo chinês de "compensar" os pais que perderam o único filho no sismo, permitindo que tenham outro filho, ou que "legalizem" um segundo filho (que devido à política do filho único não estivesse registado) é na minha opinião uma fachada.
Os filhos são insubstituíveis e não é por poderem ter uma segunda criança que a dor que da perda irá desaparecer.
Acho mais ridículo ainda, falarem de legalização de crianças menores de 18 anos como se de emigrantes ilegais ou estabelecimentos ilegais se tratasse. São seres humanos, não são objectos.

Isto só veio provar aquilo que toda a Humanidade já sabe: o governo chinês não tem escrúpulos e o seu objectivo não é garantir o bem-estar da população, mas sim assegurar que a China atinge um nível de desenvolvimento económico de excelência...

Acho inadmissível que o governo chinês brinque desta forma com a vida das pessoas, limitando até o número de filhos. Acho que há outras formas de se controlar a natalidade.
É muito triste e desumano, ter um filho que não pode ser "legalizado" porque meia dúzia de ignorantes que governam o país, decidiram que só é permitido ter um filho.

Eu não consigo entender como é possível que situações destas aconteçam em pleno século XXI...é inadmissível.
Se eu estivesse no lugar do povo chinês, não acreditaria muito nesta suspensão temporária da política do filho único...nunca se sabe qual será a próxima decisão.

O mundo está cada vez pior. Infelizmente.

Paulo disse...

Concordo com a Soraia quando ela diz que esta medida do "único filho" é uma crueldade tremenda para com o povo chinês, que vê os seus direitos a voar lá bem alto, a acenaram com desdém, porque o governo chinês só se preocupa com o desenvolvimento económico do país, e com uma população já de si elevadíssima, é quase impossivel garantir um desenvolvimento equitativo e sustentável.

Só digo que, sem o considerar uma atitude racista, nunca gostei da China, não pelo país, com uma história e cultura muito interessantes, mas pelo que lá se vive. E esta abertura é seguramente apenas uma tentativa de fechar os olhos ao ocidente, principalmente numa altura em que se fala tanto dos Jogos Olimpicos.

Também percebo que esta medida tenha contribuído para a estabilização da evolução demográfica do país, mas isso não é razão para impedir as familias de se expandirem, e muito menos para a utilização do termo que me causa imensa raiva, um "filho ilegal". É inadmissivel.

Unknown disse...

A China esta certa em adotar a politica do filho unico, e acho que todos os paises deveriam adotar essa politica, do casal ter no maximo 2 filhos que substituiria seus pais.
O mundo é finito e nao infinito, ele tem seu tamanho definido, e para se ter uma ideia hj, se todos os paises consumirem o que os 5 paises mais ricos consomem, seria preciso mais 3 planetas terra para dar conta da demanda de recursos naturais.Ou seja, se o controle de natalidade nao começar em todos os paises logo logo as coisas começarao a faltar e as guerras surgirao!!