quarta-feira, 28 de maio de 2008

Sydney Pollack, o actor que saltou para trás das câmaras

"A maioria dos grandes realizadores que conheço não foram actores, por isso não posso dizer que seja essencial. Contudo, é uma ajuda enorme." A afirmação, proferida por Sydney Pollack em 2005, no Festival de Cinema de Tribeca, explica o sucesso do realizador norte-americano falecido na passada segunda-feira em Los Angeles, na Califórnia. Tinha 73 anos e lutava há dez meses contra o cancro. O norte-americano começou a trabalhar como actor ainda em 1959, mas foi na realização que, a partir da década de 60, mais se destacou. Para o grande público, o nome de Pollack ficará para sempre ligado à adaptação do romance África Minha, de Karen Blixen, para o cinema. O filme foi nomeado para 11 Óscares da Academia, em 1986, e conquistou sete das estatuetas, entre os quais as de Melhor Realizador e de Melhor Filme. Sidney Pollack nasceu a 1 de Julho de 1934, na localidade norte-americana de Lafayette, no estado de Indiana. O realizador era o mais velho dos três filhos de David Pollack, um pugilista profissional que depois se tornou farmacêutico, e Rebecca Miller, uma dona de casa que faleceu quando o seu primogénito tinha apenas 16 anos. Sydney Pollack começou a sua carreira no mundo do espectáculo nos anos 50, trabalhando como actor em Nova Iorque, ao mesmo tempo que dava aulas de representação. A passagem para trás das câmaras só ocorreu no início da década de 60, quando se mudou para a Costa Oeste dos Estados Unidos e começou a realizar episódios de diversas séries, antes de dar o salto definitivo para o grande ecrã em 1965, com o filme The Slender Thread. A sua estreia como actor, numa longa metragem, ocorreu em 1962, quando integrou o elenco de War Hunt, ao lado de Robert Redford. Este encontro marcou o início de uma parceria ímpar entre os dois artistas, que levou Sidney Pollack a dirigir Redford em 7 filmes, dos quais se destacam África Minha e Três Dias do Condor, e Havana.Os Cavalos Também Se Abatem, a primeira grande obra do realizador, chegou em 1969, quatro anos depois da sua estreia no cinema. Foi com este filme que Pollack conseguiu a primeira nomeação para o Óscar de Melhor Realizador da sua carreira. Voltaria a ser nomeado para a estatueta graças ao seu trabalho em Tootsie, de 1982. A obra, uma das mais populares da sua carreira, é recordada devido, em parte, às interpretações de Dustin Hoffman e Jessica Lange, cujo desempenho lhe valeu o Óscar de Melhor Actriz Secundária.Após o lançamento de África Minha, em 1985, Sydney Pollack virou as suas atenções para a produção de longas metragens, concentrando a sua produção e realizando cada vez menos filmes. Entre as obras que o realizador produziu destacaram-se películas como O Talentoso Mr. Ripley, Cold Mountain, O Americano Tranquilo, Michael Clayton, tendo actuado neste último. Ao longo dos próximos meses será possível lembrar o trabalho do norte-americano, uma vez que irão chegar às salas de cinema vários filmes por si produzidos, como sejam os casos de The Reader e Margaret, os seus dois últimos projectos. As obras ainda estão na fase de pós-produção mas devem estrear este ano nos Estados Unidos.



Aqui fica a homenagem a esse grande realizador de cinema que acaba de nos deixar. Espero que tenham visto alguns filmes dirigidos por ele. Gostaria de recordar e de partilhar convosco o filme que o mais popularizou: África Minha, com Robert Redford e Meryl Streep.



5 comentários:

Vasco PS disse...

Sydney Pollack deixa-nos uma obra vasta e rica, para verdadeiros apreciadores da sétima arte. É uma pena que não possamos continuar a ver novas obras suas mas, sem dúvida, serão mantidas vivas as que criou a fazer aquilo de que mais gostava: fazer grandes filmes.

Soraia disse...

Como grande apreciadora da sétima arte, tenho muita pena que Sydney Pollack tenha deixado este mundo.
No entanto deixou-nos um importante legado, que acredito que tal como disse o Vasco, será mantido vivo.

De certo deixou também uma legião de admiradores e seguidores, que não deixarão morrer o seu trabalho.

Pedro disse...

Não conheço muito da obra de Pollack mas dos filmes que vi é uma pena que este tenha nos deixado pois penso que foi um óptimo actor que nos deixou um legado de obras primas cinematográficas que só verdadeiros apreciadores da sétima arte podem realmente apreciar.

nannynha disse...

deixa uma obra vasta e rica , p/ verdadeiros apreciadores da sétima arte. É uma pena q Ñ possamos comtinura...

Paulo disse...

Sydnei Pollack foi um grande realizador e apresenta um curriculo invejável. Deixa os seus filmes como uma recordação daquilo que de bom fez em vida, e muitos não podem dizer o mesmo.
Fica a memória de um grande homem do cinema.