quarta-feira, 28 de maio de 2008

Cem países reunidos na Irlanda acordam na proibição de armas de fragmentação, sem a presença dos EUA

Bomba de fragmentação britânica no Iraque


Uma conferência internacional acordou hoje na redacção daquele que será o futuro tratado de proibição de armas de fragmentação.O encontro, que contou com mais de 100 nações reunidas na Irlanda, não contou com a presença dos Estados Unidos, tinha como objectivo banir todas as ramas de fragmentação usadas até hoje. Para Christian Ruge, da delegação norueguesa, a aprovação do documento é apenas uma formalidade, uma vez que as nações chegaram a acordo. As bombas de fragmentação, que libertam, ainda no ar várias pequenas munições, têm como principal problema o facto dessas pequenas munições muitas vezes não explodirem, criando áreas que se transforma em autênticos campos minados que ferem e matam pessoas mais tarde, muitas vezes crianças curiosas. O primeiro-ministro britânico Gordon Brown, um dos apoiantes da iniciativa, tem vindo a lutar contra a relutância dos chefes militares britânicos em relação a esta proibição. Os EUA, que entendem que este tipo de armamento tem “alguma utilidade”, foi acusado de pressionar os seus aliados, Reino Unido, Canadá, França, Alemanha e Austrália, a enfraquecerem este acordo.


7 comentários:

Vasco PS disse...

A iniciativa é boa, mas como sempre há quem não tenha boa vontade e continue a acreditar que as armas e as guerras são solução para tudo. Engraçado que não tenha gostado de ser corridos do Vietname; afinal, as guerras só são boas quando se ganha e, para isso, é preciso ter o melhor armamento, o mais eficaz.

Estas nações reunidas na Irlanda bem podem continuar a sonhar que o governo dos EUA se junte a tal acção. Se isso acontecer, podem mandar erigir uma terceira basílica em Fátima, porque houve milagre e, dos bons!

R disse...

Este acontecimento é, na minha opinião muito importante, apesar de ser tal como outros acontecimentos e acordos internacionais (tratado de Quioto por exemplo) uma autêntica maneira de enganar as pessoas para mostrar que está tudo bem. É uma autêntica estupidez, e perdõem-me a expressão mas foi a adequada, os EUA mais uma vez não alinharem nestes acontecimentos. Só ficam cada vez mais mal vistos aos olhos da comunidade internacional. Mas paciência, não está nas nossas mãos infelizmente.

Soraia disse...

Mais uma vez os EUA, estão fora de uma importante acção, relativa à proibição de armas de fragmentação.

Surpresa?

Não,obviamente que não.

Já seria de esperar que um país que invade outro por interesses económicos e que se recusa a assinar o Protocolo de Quioto, que visa diminuir a poluição (problema para o qual os EUA contribuem bastante),se recusasse também a aliar-se a uma iniciativa como esta.

Parece que os EUA nunca usarão o seu poderio económico, militar e político para o bem do mundo.

Paciência. É como se costuma dizer: "Deus dá nozes a quem não tem dentes".

Pedro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Pedro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Pedro disse...

Bem que posso eu dizer...mais uma vez os EUA ficam de fora das negociações deste tratado o que já não me espanta nada.

Realmente como o meu colega Vasco afirma a Irlanda bem pode sonhar com a possível assinatura dos EUA pois este necessita dessas armas para espalhar o terror por todo o mundo numa verdadeira "Cock fight" (guerra de galos, traduzindo á letra) onde os EUA querem sempre ser o galo que mais “levanta” a crista.

Paulo disse...

Surpresa é um termo que nem deve ser utilizado, já que ninguém esperaria que os EUA concordassem com esta iniciativa. Mais uma vez demonstram a sua arrogância e a vontade de ser melhores em tudo, como se não tivessem já uma vantagem bélica suficiente em relação a qualquer outro país.

Apoio esta acção porque as armas de fragmentação são de facto muito perigosas, e representam um verdadeiro perigo para algumas populações inocentes, e para todos os envolvidos, porque uma guerra prejudica sempre toda a gente.