Hoje foi divulgado o estudo Um Olhar Sobre a Pobreza em Portugal, coordenado por Alfredo Bruto da Costa no Centro de Estudos para a Intervenção Social (CESIS), que será publicado em Junho (ed. Gradiva). Este estudo analisou o período de 1995 a 2000.
Eis algumas conclusões do estudo:
- mais de metade dos agregados familiares (52,4%), em Portugal, viveram numa situação vulnerável à pobreza pelo menos durante o ano;
- 61% dos pobres não têm condições para manter a casa quente (entre os não-pobres, há 36% que dizem o mesmo);
- 12% não tem banheira ou chuveiro;
- 10% não têm sequer retrete;
- cerca de 40% da pop. portuguesa experimentava, em 2004, alguma forma de privação (18,3% entre a pop. não-pobre confronta-se com a falta de dinheiro para chegar ao fim do mês);
- 9 em cada 10 portugueses que caíram na pobreza tinham no máximo o 3º ciclo do ensino básico e apenas 2% o ensino superior;
- 23,8% dos menores de 17 anos estavam em situação de pobreza;
- mais de metade dos reformados do país são pobres.
Fonte: Público, 23/05/08
3 comentários:
A situação de pobreza, pela qual muitos portugueses estão a passar actualmente, não é surpresa para ninguém. Com a crise que o país enfrenta, nos dias de hoje, esta situação, em vez de melhorar, como seria desejável, tende a piorar cada vez mais. Muitos portugueses, neste momento não têm meios para poderem usufruir de todas as condições de conforto que, até têm ao seu dispor, no entanto, revelam-se dispendiosas de mais para as suas carteiras.
A situação piora ainda mais quando falamos dos portugueses mais pobres, pois esses enfrentam dificuldades muito mais graves.
Bem tendo em conta a actual crise que se vive em Portugal e que pelos vistos tende a piorar, penso que isto não é novidade.Infelizmente.
As classes baixas em Portugal, não têm sequer as condições mínimas para a sua sobrevivência. É muito triste.
Enquanto uns e outros (como o engº Sócrates) andam aí para cima e para baixo de Mercedes, outros passam fome.
Enfim. É o país que temos.
Portugal vive uma situação, quanto a mim, preocupante. Fiquei muito desapontado com estes resultados, se bem que sabia que a situação não era boa. É lamentável.
Agora há que agir...pegar nestes estudos, arranjar soluções, lançar medidas. Não façamos o que se fez sempre: um grande alarmismo com as estatísticas e depois fica tudo na mesma. Parece que só servem para entristecer mais o mais triste dos povos europeus.
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