Os dados mais recentes, relativos a 2006, indicam que nesse ano morreram 216 crianças e jovens até aos 19 anos, vítimas de acidente.
Os acidentes de viação representam a principal causa de morte neste grupo etário (66,7 por cento), seguido dos afogamentos (12,7 por cento), quedas e sufocação/asfixia (4,5 por cento), queimaduras (1,4 por cento), electrocussão (0,7 por cento) e as restantes por factores não especificados, refere a Lusa.
Os rapazes estão e maior número, devido à maior exposição ao perigo.
Em 23.079 acidentes domésticos e de lazer registados em 2006, 49 por cento ocorreram em crianças até aos 14 anos, sendo a queda a causa de lesão mais frequente.
Os casos de intoxicação com menores foram, em 2007, de 10.673, segundo dados do Centro de Informação Antivenenos, sendo que mais de 65 por cento das crianças tinham entre 1 e 4 anos de idade.
Mais de metade dos envenenamentos ocorreram em casa, com medicamentos. (IOL diário, 06.05.09).
Plano procura tirar Portugal da lista negra dos acidentes com crianças
Apesar de o nosso país estar a melhorar no que respeita à segurança infantil, a verdade é que continuamos na cauda da Europa. Todos os anos morrem 10 mil crianças na UE.
Todos os dias 25 crianças perdem a vida na UE vítimas de acidentes rodoviários, quedas ou afogamentos, num total de 10 mil mortes anuais. Os dados, da Aliança Europeia de Segurança Infantil, colocam Portugal no penúltimo lugar do ranking europeu, só à frente da Grécia.
Apesar de a classificação ser má, o nosso país registou uma evolução positiva desde o último relatório de 2007, particularmente no que diz respeito à taxa de mortalidade e à adopção e implementação de medidas.
Para a alta comissária da Saúde, é importante salientar o percurso positivo, mas não há que esquecer que ainda há muito a fazer neste campo. Em declarações à Renascença, Maria do Céu Machado referiu que entre «as áreas identificadas como precisando ainda de acções para diminuir a morbilidade e a mortalidade» estão «os acidentes rodoviários e em parques infantis, os afogamentos, as queimaduras, as intoxicações e as quedas».
Apesar de estarmos a um mês do início da época balnear e de o afogamento ou acidente por submersão ser a segunda causa de morte acidental infantil no País, a verdade é que a legislação para as piscinas ainda não está terminada e não será aplicada este Verão. No entanto, a ministra da Saúde garante que a legislação já entrou na fase final de elaboração. (Destak, 07.05.09)
Fonte: http://www.destak.pt/artigos.php?art=28715
Estas duas notícias chocam-nos e envergonham-nos! As estatísicas de acidentes com crianças em Portugal são impressionantes! É urgente implementar acções no sentido de desenvolver nas pessoas, especialmente nos pais e naquelas pessoas que se preparam para ser pais, uma cultura de segurança e protecção das nossas crianças.
1 comentário:
Se muitas dessas mortes poderiam ter sido evitadas, infelizmente acredito que a maioria não passou de puro azar. Todos estamos sujeitos a grandes perigos até nas mais simples acções do dia-a-dia, então as crianças, inconsciente desses mesmo perigos, estão muito mais susceptíveis.
Mas realmente, é assustador, para todos nós que temos familiares pequenos, ver estes números. As piscinas são, de longe, o pior dos males, mas olhando bem, o perigo está por todo o lado.
É, na minha opinião, necessário implementar medidas obrigatórias na construção das casas, não só a nível de protecções para piscinas, mas protecção de tomadas eléctricas, altura mínima para armários, gradeamento em varandas e janelas...
Nada é demais para proteger aqueles que amamos.
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