O conflito israelo-palestiniano é a designação dada à luta armada entre israelitas e palestinianos, sendo parte de um contexto maior, o conflito israeloárabe. As raízes remotas do conflito remontam aos fins do século XIX quando colonos judeus começaram a migrar para a região. Sendo os judeus um dos povos do mundo que não tinham um Estado próprio, tendo sempre sofrido por isso várias perseguições, foram movidos pelo projecto do sionismo - cujo objectivo era refundar na Palestina um estado judeu. Entretanto, a Palestina já era habitada há séculos por uma maioria árabe.
História
Plano da ONU para a partilha da Palestina de 1947
A partir de 1897, após a fundação do movimento sionista, alguns judeus começaram a migrar para a região da Palestina. Após o fim do Império Otomano, derrotado na Primeira Guerra Mundial, a região ficou sob administração britânica. Após a Segunda Guerra Mundial, mais judeus migraram para a Palestina.
Em 1947 a ONU propõe a divisão das terras Palestinianas entre judeus e árabes baseando-se nas populações até então estabelecidas na região. Assim, os judeus receberam 55% da área, sendo que, deste percentual, 60% era constituída pelo deserto do Neguev. A população nativa árabe, por não aceitar a criação de um Estado não árabe na região, rejeitou a partilha.
Em 1948, os britânicos saem da região e os judeus proclamam o Estado de Israel. A partir daí, o conflito amplia-se. Egipto, Jordânia, Líbano, Síria e Iraque atacam o território do Estado de Israel para conquistar algum espaço. O Egipto consegue a região da Faixa de Gaza e a Jordânia consegue as regiões da Cisjordânia e Jerusalém oriental. Os árabes palestinianos acabam sem território.
Em 1964 os Palestinianos criam a OLP.
Em 1967 O Egipto bloqueia o canal de Suez aos navios israelitas e inicia manobras militares na península do Sinai, ao mesmo tempo que a Jordânia e Síria mobilizavam seus exércitos, na fronteira com Israel. Prevendo um ataque iminente, Israel inicia a Guerra dos Seis Dias, na qual Israel conquista as regiões da Faixa de Gaza, o Monte Sinai, os Montes Golã, a Cisjordânia e Jerusalém oriental.
Em 1973 começa a Guerra do Yom Kippur. Entre 1977 e 1979, Israel e Egipto fazem um acordo de paz e a região do Sinai é devolvida ao Egipto.
Em 1982, Israel invade o Líbano, numa tentativa de neutralizar os ataques da OLP a partir daquele país. Em 1987, explode a Intifada. Em 1988 o Conselho Palestino renuncia à Intifada e aceita o Plano de Partilha da Palestina.
Em 1993, com o Acordo de Paz de Oslo, é criada a Autoridade Palestina, sob o comando de Yasser Arafat, mas os termos do acordo jamais foram cumpridos por ambas as partes.
A partir de 2000 iniciou-se a Segunda Intifada. Em 2001, Ariel Sharon é eleito primeiro-ministro do Estado de Israel. Ocupa territórios Palestinianosos e dá início à construção do Muro da Cisjordânia, para dificultar os atentados terroristas de homens-bombas palestinos. Em 2004, Yasser Arafat morre. A Autoridade Palestinianaa passa ao eleito Mahmud Abbas. Israel destrói os assentamentos de colonos judeus na Faixa de Gaza e Cisjordânia.
Em 2006 o Hamas, grupo fundamentalista que não reconhece a existência de Israel, é eleito democraticamente através de voto popular e obtem a maioria das cadeiras no Parlamento Palestino.
Em 1947 a ONU propõe a divisão das terras Palestinianas entre judeus e árabes baseando-se nas populações até então estabelecidas na região. Assim, os judeus receberam 55% da área, sendo que, deste percentual, 60% era constituída pelo deserto do Neguev. A população nativa árabe, por não aceitar a criação de um Estado não árabe na região, rejeitou a partilha.
Em 1948, os britânicos saem da região e os judeus proclamam o Estado de Israel. A partir daí, o conflito amplia-se. Egipto, Jordânia, Líbano, Síria e Iraque atacam o território do Estado de Israel para conquistar algum espaço. O Egipto consegue a região da Faixa de Gaza e a Jordânia consegue as regiões da Cisjordânia e Jerusalém oriental. Os árabes palestinianos acabam sem território.
Em 1964 os Palestinianos criam a OLP.
Em 1967 O Egipto bloqueia o canal de Suez aos navios israelitas e inicia manobras militares na península do Sinai, ao mesmo tempo que a Jordânia e Síria mobilizavam seus exércitos, na fronteira com Israel. Prevendo um ataque iminente, Israel inicia a Guerra dos Seis Dias, na qual Israel conquista as regiões da Faixa de Gaza, o Monte Sinai, os Montes Golã, a Cisjordânia e Jerusalém oriental.
Em 1973 começa a Guerra do Yom Kippur. Entre 1977 e 1979, Israel e Egipto fazem um acordo de paz e a região do Sinai é devolvida ao Egipto.
Em 1982, Israel invade o Líbano, numa tentativa de neutralizar os ataques da OLP a partir daquele país. Em 1987, explode a Intifada. Em 1988 o Conselho Palestino renuncia à Intifada e aceita o Plano de Partilha da Palestina.
Em 1993, com o Acordo de Paz de Oslo, é criada a Autoridade Palestina, sob o comando de Yasser Arafat, mas os termos do acordo jamais foram cumpridos por ambas as partes.
A partir de 2000 iniciou-se a Segunda Intifada. Em 2001, Ariel Sharon é eleito primeiro-ministro do Estado de Israel. Ocupa territórios Palestinianosos e dá início à construção do Muro da Cisjordânia, para dificultar os atentados terroristas de homens-bombas palestinos. Em 2004, Yasser Arafat morre. A Autoridade Palestinianaa passa ao eleito Mahmud Abbas. Israel destrói os assentamentos de colonos judeus na Faixa de Gaza e Cisjordânia.
Em 2006 o Hamas, grupo fundamentalista que não reconhece a existência de Israel, é eleito democraticamente através de voto popular e obtem a maioria das cadeiras no Parlamento Palestino.
Eclosão do conflito
A Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou, por meio de sua Assembleia-Geral em 1947, a criação de um estado judeu e outro árabe ao final do mandato do protectorado britânico (1948) na Palestina. De acordo com este plano, a cidade de Jerusalém seria um território administrado internacionalmente pela própria ONU.
No entanto, os países árabes não aceitavam a existência de Israel, pretendendo invadir logo após a saída das tropas britânicas.
Além disso, no início do conflito em 1948, aproximadamente 711.000 palestinianos deslocaram -se da região seja fugindo do iminente conflito (68% destes estimulados pelos próprios governos dos países árabes para que os seus exércitos pudessem arrasar mais facilmente ao novo Estado que surgia) ou expulsos por lutarem contra o novo Estado, criando uma grande onda de refugiados que se abrigaram nos países vizinhos, Faixa de Gaza e Cisjordânia. Com o passar do tempo o seu número cresceu, e a dúvida é se estes refugiados palestinianos algum dia poderão retornar a seus antigos lares, complicando as conversações entre as partes envolvidas.
Com a não absorção dos árabes palestinianos pelos países árabes e a não criação do Estado Palestiniano, os árabes palestinianos passaram a exigir o seu retorno às suas antigas casas, apesar de a grande maioria já não ter nascido nas regiões reivindicadas.
Outro grande entrave para as negociações de paz é a reivindicação de soberania em relação à cidade de Jerusalém. Devido ao seu valor histórico e religioso, Israel reivindica toda a cidade para si, o que não é reconhecido pela comunidade internacional. A parte Oriental de Jerusalém, território palestinianoo ocupado por Israel desde 1967, é reivindicada pelos palestinianos para ali estabelecer a sua capital.
Houve inúmeros períodos de acirramento do conflito, com hostilidades militares de ambos os lados, e vários acordos de paz que acabaram fracassando.
Havia grandes chances do estado Palestino surgir de facto, pois as bases políticas e institucionais da Autoridade Nacional Palestina (ANP) são reconhecidas pela comunidade internacional, inclusive estando presente nas Nações Unidas como membro observador. Entretanto, com a eleição de Ariel Sharon, o Estado israelita passou a negar qualquer negociação com os palestinos sem antes a cessação dos frequentes ataques terroristas aos civis israelitas. Mais tarde a eleição do Hamas para o governo da palestina em 2006, um grupo terrorista que não aceita que Israel exista, inviabiliza qualquer possibilidade de paz entre os dois povos.
No entanto, os países árabes não aceitavam a existência de Israel, pretendendo invadir logo após a saída das tropas britânicas.
Além disso, no início do conflito em 1948, aproximadamente 711.000 palestinianos deslocaram -se da região seja fugindo do iminente conflito (68% destes estimulados pelos próprios governos dos países árabes para que os seus exércitos pudessem arrasar mais facilmente ao novo Estado que surgia) ou expulsos por lutarem contra o novo Estado, criando uma grande onda de refugiados que se abrigaram nos países vizinhos, Faixa de Gaza e Cisjordânia. Com o passar do tempo o seu número cresceu, e a dúvida é se estes refugiados palestinianos algum dia poderão retornar a seus antigos lares, complicando as conversações entre as partes envolvidas.
Com a não absorção dos árabes palestinianos pelos países árabes e a não criação do Estado Palestiniano, os árabes palestinianos passaram a exigir o seu retorno às suas antigas casas, apesar de a grande maioria já não ter nascido nas regiões reivindicadas.
Outro grande entrave para as negociações de paz é a reivindicação de soberania em relação à cidade de Jerusalém. Devido ao seu valor histórico e religioso, Israel reivindica toda a cidade para si, o que não é reconhecido pela comunidade internacional. A parte Oriental de Jerusalém, território palestinianoo ocupado por Israel desde 1967, é reivindicada pelos palestinianos para ali estabelecer a sua capital.
Houve inúmeros períodos de acirramento do conflito, com hostilidades militares de ambos os lados, e vários acordos de paz que acabaram fracassando.
Havia grandes chances do estado Palestino surgir de facto, pois as bases políticas e institucionais da Autoridade Nacional Palestina (ANP) são reconhecidas pela comunidade internacional, inclusive estando presente nas Nações Unidas como membro observador. Entretanto, com a eleição de Ariel Sharon, o Estado israelita passou a negar qualquer negociação com os palestinos sem antes a cessação dos frequentes ataques terroristas aos civis israelitas. Mais tarde a eleição do Hamas para o governo da palestina em 2006, um grupo terrorista que não aceita que Israel exista, inviabiliza qualquer possibilidade de paz entre os dois povos.
Retirada de Israel da Faixa de Gaza
De acordo com o governo do Primeiro-Ministro Ariel Sharon, a consolidação do cessar-fogo entre as partes beligerantes possibilita a retirada das tropas israelenses da Faixa de Gaza, concretizando a transferência de soberania e consequente materialização da territorialidade, dois factores fundamentais para a existência de um Estado soberano palestiniano.
Em agosto de 2005, o exército israelita e os colonos judaicos retiraram-se da Faixa de Gaza para aumentar o controle sobre a Cisjordânia. Por conta disto, a ANP treinou um efectivo de 5.000 policias para a manutenção da ordem da região após a retirada israelita. Entretanto, apesar de ter conquistado a soberania sobre Gaza (mas não sobre a Cisjordânia), os palestinianos entraram num conflito interno que ocasionou a tomada de poder pelo Hamas da Faixa de Gaza e o recrudescimento dos ataques com mísseis caseiros contra Israel a partir desta região, paralisando novamente as conversações de paz.
No dia 25 de agosto de 2008 foram libertos 199 palestinianos presos em Israel. Mas esse acto não foi visto com bons olhos pelos israelitas: "A libertação dos prisioneiros é um acto de fraqueza, que vai incentivar ainda mais o terrorismo." Mas há quem veja pontos positivos nessa historia: "a libertação dos prisioneiros demonstra a disposição por parte de Israel de fazer concessões dolorosas a fim de promover as negociações de paz." concluiu Olmert.
Em dezembro de 2008, após contantes actos terroristas sofridos nos seus territórios, Israel responde através de bombardeamentos a Gaza.
Em agosto de 2005, o exército israelita e os colonos judaicos retiraram-se da Faixa de Gaza para aumentar o controle sobre a Cisjordânia. Por conta disto, a ANP treinou um efectivo de 5.000 policias para a manutenção da ordem da região após a retirada israelita. Entretanto, apesar de ter conquistado a soberania sobre Gaza (mas não sobre a Cisjordânia), os palestinianos entraram num conflito interno que ocasionou a tomada de poder pelo Hamas da Faixa de Gaza e o recrudescimento dos ataques com mísseis caseiros contra Israel a partir desta região, paralisando novamente as conversações de paz.
No dia 25 de agosto de 2008 foram libertos 199 palestinianos presos em Israel. Mas esse acto não foi visto com bons olhos pelos israelitas: "A libertação dos prisioneiros é um acto de fraqueza, que vai incentivar ainda mais o terrorismo." Mas há quem veja pontos positivos nessa historia: "a libertação dos prisioneiros demonstra a disposição por parte de Israel de fazer concessões dolorosas a fim de promover as negociações de paz." concluiu Olmert.
Em dezembro de 2008, após contantes actos terroristas sofridos nos seus territórios, Israel responde através de bombardeamentos a Gaza.
Fonte: Wikipédia
Como complemento, podem visionar um Documentário (em duas partes) sobre o conflito israelo-árabe, desde as suas milenares origens à actualidade, realizados por três alunas da Escola S. Jerónimo Emiliano de Andrade na ilha Terceira, Leonor Nunes, Silvia Barcelos e Catarina Mateus. Foi produzido no âmbito da disciplina de Área de Projecto do 12ºano ano, orientada pelo professor Vítor Duarte.
Regresso à Terra Prometida - Parte I
Regresso à Terra Prometida - Parte II
5 comentários:
Muito obrigado por esta informação stor. Foi uma grande ajuda.
Confesso que não tive oportunidade, antes do teste, de ver o post, o que me teria ajudado bastante, inclusive na parte em que tive mais dificuldade no teste: o problema de água. A imagem e o texto do teste confundiram-me bastante, e, também confesso, tinha estudado muito por alto o problema da água, sendo que essa minha resposta está toda trocada, o que é sinal da minha confusão.
Este post , ajudou sem dúvida no estudo para o teste.
Desde já agradeço ao professor por tamanha preocupação com os seus alunos!
Saudações
envio esta mensagem para lhe agradecer a dedicação enquanto professor que demonstrou logo no inicio da disciplina de geografia c no ano de 2008, ano em que frequentei a sua disciplina. deu-nos ferramentas muito importantes para a nossa vida académica mas também para a nossa vida futura.
Encaro ser importante para um aluno reconhecer o trabalho de um professor, por isso envio esta mensagem.
Cumprimentos de uma ex- aluna
Olá Cátia
Obrigado pelas tuas palavras simpáticas. É sempre muito gratificante para um professor saber que, de uma forma ou de outra, ajudou os seus alunos e contribuiu para que estes pudessem crescer e ter uma vida melhor. Não há nenhum salário que pague o valor do reconecimento do nosso trabalho por parte dos nossos alunos e ex-alunos.
Sempre que precisares de mim não deixes de me procurar. Desde que esteja ao meu alcance...
Desejo-te as maiores felicidades
Até um dia destes.
Eduardo Vales
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