A Coreia do Norte, denunciando a campanha de propaganda contra o seu líder Kim Jong-il, acusou hoje a Coreia do Sul de preparar um ataque preventivo contra Pyongyang e ameaçou, em forma de represália, reduzir Seul a “estilhaços”. O exército norte-coreano ameaçou lançar “um ataque preventivo mais potente e sofisticado” se a Coreia do Sul desencadear, por seu lado, um ataque preventivo.“As autoridades fantoches (de Seul) deverão ter presente que os nossos ataques preventivos reduzirão tudo... a estilhaços”, ameaçou o Exército norte-coreano num comunicado difundido pela agência oficial norte-coreana KCNA.“Provará ser uma guerra justa... com o objectivo de construir um Estado independente reunificado”, acrescenta o comunicado. O exército norte-coreano descreveu a sua capacidade de ataque como sendo “bem superior àquilo que se poderá imaginar, respondendo que uma força de ataque bem mais potente que a arma nuclear”. O regime de Pyongyang conta com um Exército de 1,1 milhões de homens.Estas ameaças de Pyongyang, utilizando a já habitual retórica forte, acontecem depois de terem sido enviados para a fronteira intercoreana milhares de folhetos apelando à queda do líder Kim Jong-il. Os militantes, entre os quais se encontravam refugiados norte-coreanos, apelaram à população de Pyongyang que se revolte contra o seu líder, acusando-o de ser um ditador sanguinário.Ontem, a Coreia do Norte ameaçou novamente expulsar do seu território responsáveis sul-coreanos ainda presentes num complexo industrial explorado conjuntamente pelos dois países se Seul não puser fim à sua campanha de propaganda. As relações entre as duas Coreias tem vindo a degradar-se desde a chegada ao poder a Seul do Presidente Lee Myung-bak, em Fevereiro último, um conservador que propõe uma linha intransigente face a Pyongyang. (Público)
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