terça-feira, 28 de outubro de 2008

Tennessee: detidos dois radicais que planeavam matar Obama


Agentes federais detiveram dois radicais de extrema-direita, no estado do Tennessee, que estariam a planear assassinar o candidato democrata, Barack Obama, e vários estudantes negros daquele estado. Segundo fontes judiciais citadas pela AP e Reuters, os dois jovens, de 18 e 20 anos, confessos simpatizantes neonazis, foram detidos em Jackson, no Tennessee, na posse de várias armas, incluindo uma caçadeira de canos cerrados. As autoridades dizem que o par planeava assaltar uma loja de armas, no estado do Tennessee, com o objectivo de matar depois "o maior número de não caucasianos possível", explicou um responsável da ATF (entidade federal responsável pelo controlo da venda de álcool, armas e explosivos), que falou à Reuters sob condição de anonimato. A AP, que cita documentos apresentados pela acusação ao tribunal, refere que o objectivo inicial dos suspeitos era uma escola secundária daquele estado, frequentada maioritariamente por alunos negros. Em declarações àquela agência, Jim Cavanaugh, responsável da ATF no estado, explicou que os dois jovens confessaram que queriam desencadear uma matança em vários pontos do país, que teria como alvo final Barack Obama. "Eles disseram que o seu último acto seria tentar matar o senador Obama. Não acreditavam que o conseguiriam, mas iriam tentar", afirmou. Os dois jovens deverão ser presentes hoje a tribunal, acusados de ameaças à vida do candidato, posse de armas ilegais e conspiração para roubo de armas. A campanha democrata não fez ainda qualquer comentário sobre as notícias vindas a público. Esta é a segunda vez que as autoridades norte-americanas anunciam a detenção de pessoas suspeitas de planear um atentado contra a vida de Barack Obama, que poderá tornar-se o primeiro negro a chegar à presidência dos EUA. No final de Agosto, a polícia de Denver, cidade que acolheu a convenção democrata, anunciou a detenção de três supremacistas brancos que diziam ter um plano para assassinar Obama. Um deles, com cadastro criminal, foi interceptado pela polícia quando seguia num carro onde transportava armas, munições e coletes à prova de bala. Mais tarde, disse à polícia que tinha planeava matar o candidato durante a convenção e denunciou dois cúmplices, mas as autoridades garantiram que o grupo não constituía uma ameaça real à segurança de Obama.

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