Diante da progressão da fome no mundo, as organizações especializadas insistem na necessidade de se investir maciçamente na agricultura alimentar, por ocasião da comemoração, nesta quinta-feira, do Dia Mundial da Alimentação, que este ano acontece em plena crise financeira mundial.
Em meados de setembro, o director-geral da Agência da ONU para Agricultura e Alimentação (FAO), Jacques Diouf, anunciou diversos dados alarmantes sobre a fome no mundo, que afecta de 923 a 925 milhões de pessoas contra 850 milhões antes da escalada dos preços e das revoltas que a seguiram.
Diouf acusou os dirigentes mundiais de terem ignorado as advertências lançadas pela sua agência sobre a crise alimentar, considerando que o que havia faltado para conter a crise tinha sido vontade política.
Segundo a FAO, os investimentos em agricultura entre 1980 e 2006 caíram de 17% para 3%, enquanto a população mundial aumentou durante esse tempo mais 78,9 milhões pessoas por ano. Paralelamente, os biocombustíveis privaram o mundo de 100 milhões de toneladas de cereais como o milho ou o trigo, que poderiam servir para alimentar seres humanos, ressaltou.
"O facto de a fome atingir quase um bilhão de pessoas no mundo obriga todos os proprietários de terras a reverem sua orientação e a voltarem-se novamente para a agricultura alimentar que tem sido um pouco negligenciada nos últimos anos, em benefício dos sectores de saúde e educação", ressaltou Stéphane Delpierre do Serviço de Ajuda Humanitária da União Europeia (ECHO).
"Relançar a actividade dos pequenos agricultores e lutar com programas coordenados contra a desnutrição, que ameaça de morte 19 milhões de crianças, são as duas prioridades actualmente para fazer frente à crise alimentar", afirmou Erika Wagner da Fundação Clinton.
"Durante anos, nós insistimos na falta de apoio ao desenvolvimento da agricultura do sul que tornou a crise actual amplamente previsível", ressaltou Catherine Gaudard, directora do Comité Católico contra a Fome e pelo Desenvolvimento -Terra Solidária (CCFD).
Para Caroline Wilkinson, da Acção contra a Fome, "mesmo que os programas que visam ao aumento da produção agrícola sejam extremamente importantes, a urgência hoje é tratar as 55 milhões de crianças que sofrem de desnutrição".
Em Agosto, o Programa Alimentar Mundial anunciou a realização de um programa de ajuda para lutar contra a crise alimentar de 142 milhões de euros em 16 países assolados pela fome, como o Afeganistão, Haiti, Libéria, Moçambique, Etiópia e Somália. Mas segundo a agência da ONU, a ajuda alimentar internacional caiu em 2008 a seu nível mais baixo em 40 anos. (AFP)
Em meados de setembro, o director-geral da Agência da ONU para Agricultura e Alimentação (FAO), Jacques Diouf, anunciou diversos dados alarmantes sobre a fome no mundo, que afecta de 923 a 925 milhões de pessoas contra 850 milhões antes da escalada dos preços e das revoltas que a seguiram.
Diouf acusou os dirigentes mundiais de terem ignorado as advertências lançadas pela sua agência sobre a crise alimentar, considerando que o que havia faltado para conter a crise tinha sido vontade política.
Segundo a FAO, os investimentos em agricultura entre 1980 e 2006 caíram de 17% para 3%, enquanto a população mundial aumentou durante esse tempo mais 78,9 milhões pessoas por ano. Paralelamente, os biocombustíveis privaram o mundo de 100 milhões de toneladas de cereais como o milho ou o trigo, que poderiam servir para alimentar seres humanos, ressaltou.
"O facto de a fome atingir quase um bilhão de pessoas no mundo obriga todos os proprietários de terras a reverem sua orientação e a voltarem-se novamente para a agricultura alimentar que tem sido um pouco negligenciada nos últimos anos, em benefício dos sectores de saúde e educação", ressaltou Stéphane Delpierre do Serviço de Ajuda Humanitária da União Europeia (ECHO).
"Relançar a actividade dos pequenos agricultores e lutar com programas coordenados contra a desnutrição, que ameaça de morte 19 milhões de crianças, são as duas prioridades actualmente para fazer frente à crise alimentar", afirmou Erika Wagner da Fundação Clinton.
"Durante anos, nós insistimos na falta de apoio ao desenvolvimento da agricultura do sul que tornou a crise actual amplamente previsível", ressaltou Catherine Gaudard, directora do Comité Católico contra a Fome e pelo Desenvolvimento -Terra Solidária (CCFD).
Para Caroline Wilkinson, da Acção contra a Fome, "mesmo que os programas que visam ao aumento da produção agrícola sejam extremamente importantes, a urgência hoje é tratar as 55 milhões de crianças que sofrem de desnutrição".
Em Agosto, o Programa Alimentar Mundial anunciou a realização de um programa de ajuda para lutar contra a crise alimentar de 142 milhões de euros em 16 países assolados pela fome, como o Afeganistão, Haiti, Libéria, Moçambique, Etiópia e Somália. Mas segundo a agência da ONU, a ajuda alimentar internacional caiu em 2008 a seu nível mais baixo em 40 anos. (AFP)
1 comentário:
"Segundo a FAO, os investimentos em agricultura entre 1980 e 2006 caíram de 17% para 3%"
esta frase evidencia um enorme declinio, dos ultimos tempos.
com a agricultura tão enfraquecida como será possivel salvaguardar mantimentos para a população mundial, visto que estamos em epoca de crise a uma escala mundial.
é-nos referido que existem milhões de crianças desnutridas sendo por isso mais que importante lutar contra a crise alimentar mas...
" ... segundo a agência da ONU, a ajuda alimentar internacional caiu em 2008 a seu nível mais baixo em 40 anos. (AFP)"
será que vai ser possivel uma reviravolta capaz de apaziguar esta onda de tempestade?
Eu quero acreditar que sim, até porque segundo um ditado popular depois de uma epoca de crise vem a bonança.
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