sábado, 6 de dezembro de 2008

Aldeias históricas

As doze Aldeias Históricas de Portugal (Marialva, Castelo Rodrigo, Trancoso, Almeida, Linhares da Beira, Sortelha, Castelo Mendo, Belmonte, Piódão, Castelo Novo, Monsanto e Idanha-a-Velha)definem, no seu todo, uma área que envolve a Serra da Estrela, a mais alta cadeia montanhosa do País. Área esta que abrange os territórios da Beira Interior e faz fronteira com Espanha. São representativas de um património histórico-cultural riquíssimo que é apenas uma das faces visíveis comuns a todas elas, como a sua envolvente geográfica, as populações residentes, o clima severo, a terra áspera e os paraísos naturais contrastantes.

Se toda esta região tem sofrido uma gradual desertificação humana e declínio de actividade económica, não se poderá no entanto contestar o elevado potencial turístico que pela mesma razão apresenta, exibindo intactos testemunhos do património construído, cultural e natural do passado mais remoto.

Os ancestrais hábitos comunitários podem ser, ainda hoje, presenciados em algumas das aldeias, nomeadamente na actividade agrícola. O mosaico rural visível nesta região é resultado da pastorícia e da agricultura de subsistência, com produção de castanha, o vinho, o azeite e o queijo como produtos regionais.

Outros aspectos marcantes nesta área geográfica e na sua população são as linhas defensivas criadas através da edificação de numerosos castelos que se podem visitar e a religião como elemento central da vida das populações, facto notório nos numerosos cultos e romarias existentes.

Um denominador comum surge à vista do visitante, a pedra, na paisagem e nos edifícios, maioritariamente granito e algum xisto. Este elemento dá origem a cenários únicos conferindo às aldeias um carácter típico e histórico ao que não é alheio a sua óptima preservação, comparticipada pelo recente Programa de Recuperação das Aldeias Históricas de Portugal.


Eis um exemplo de uma aldeia histórica: Idanha-a-Velha, no distrito de Castelo Branco

2 comentários:

Cristiana Alves disse...

Apesar de nunca ter visitado nenhuma das aldeias mencionadas, devem ser concerteza sítios agadáveis, com a sua história, com o seu património, as suas tradições.
No entanto a nossa sociedade tem por hábito conhecer outros países, escolher destinos de férias no estrangeiro esquecendo
em parte o território do próprio país que mal conhecem, ou por vezes nem sabem da sua existência !
Nasci e cresci numa cidade, estou habituada ao barulho constante, á confusão, e admito até que acho as
aldeias muito monótonas, pois não têm aquele ritmo de vida que estou acostumada a ter ao meu redor, mas por vezes fugir ao acelarado ritmo da cidade faz bem, e sabe bem !
Claro que devemos ter vontade de conhecer outros países, mas devemos também ter vontade e curiosidade,
de conhecer os diversos locais interessantes do nosso país !

Cristiana Alves 12ºH

Sonia disse...

Já tive oportunidade de ir a uma destas aldeias históricas, a Trancoso, que é, na minha opinião, uma cidade muito organizada, limpa e principalmente muito sossegada. É caracterizada pela sua variedade gastronómica, que é influenciada pela sua localização geográfica e pelas suas condições naturais. Assim, Trancoso é reconhecido pelo seu mel, pelas nozes, pela grande variedade de enchidos e pelo tradicional queijo da Serra que é produzido no concelho. Para além disso, Trancoso também é muito conhecido pelo seu património medieval.

No entanto, senti um pouco o sossego por estar habituada a uma cidade mais movimentada e agitada como o Porto. Mas pelo lado positivo, e tendo em conta o descanso, a calma e a tranquilidade, não me importava de ir lá novamente.

Acho que devíamos aproveitar para conhecer melhor estes locais, que o nosso pais tem de bom, sendo assim uma maneira de os desenvolver

Sónia Sousa
11ºI nº20