terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Grécia: 87 pessoas foram detidas e primeiro-ministro apela à unidade nacional


Os confrontos entre a polícia e os manifestantes proliferaram ontem por toda a Grécia, desde o Norte ao mar Jónico e ao Egeu

Após a morte de um adolescente, no sábado

A polícia deteve 87 pessoas em Atenas em consequência dos actos de violência e dos distúrbios ocorridos ontem no centro da cidade, à margem de uma manifestação de protesto contra a morte de um adolescente por um polícia, no sábado, indicaram fontes policiais. Face ao drama vivido nas ruas de Atenas, o primeiro-ministro grego, Costas Caramanlis, lançou hoje um apelo à unidade nacional. Os confrontos já motivaram vários telefonemas para embaixada de Portugal em Antenas pedindo ajuda com os regressos a Portugal, indicou o embaixador Alfredo Duarte Costa, citado pela TSF. A maioria das pessoas detidas foram-no por causa de pilhagens que arrasaram com vários armazéns do centro de Atenas durante aquelas que são já consideradas as piores violências urbanas registadas na Grécia. Pelo menos doze polícias ficaram feridos nos confrontos com jovens e pelo menos dez pessoas foram hospitalizadas por problemas respiratórios, depois de terem inalado gás lacrimogénio atirado pelas forças anti-motim. Os bombeiros foram chamados 190 vezes e tiveram que combater incêndios em 49 escritórios, 47 lojas, 20 carros e dez edifícios onde funcionavam serviços ministeriais, indicaram os bombeiros. Dois bombeiros foram igualmente hospitalizados por problemas respiratórios, precisou a mesma fonte. Em Salónica, a grande cidade do norte da Grécia, pelo menos 70 lojas, cinco carros e sete agências bancárias foram incendiados, de acordo com a Agência de Imprensa de Atenas (ANA, semi-oficial).

Raiva subiu de tom

Os confrontos entre a polícia e os manifestantes proliferaram ontem por toda a Grécia, desde o Norte ao mar Jónico e ao Egeu. A cólera desencadeada pela morte, no sábado, do jovem Alexandro Grigoropoulos - cujo funeral decorre hoje - alastrou mesmo a representações diplomáticas em Londres e Berlim. Trata-se da mais grave agitação a que a Grécia assiste nas últimas décadas. No domingo, o agente responsável pelos disparos foi acusado de assassínio, mas nem assim os revoltosos arrefeceram os ânimos.

Fonte: http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1352490


Como é que explicam a reacção tão violenta dos jovens gregos?
Existe de facto um mal estar nas grandes cidades e que afecta sobretudo os jovens?
Ou há outras razões que podem explicar uma reacção tão excessiva face a um acontecimento como aquele que ocorreu no último sábado (a morte de um jovem por um polícia)?

1 comentário:

Anónimo disse...

Na minha opinião, esta revolução dos alunos gregos após a morte de um estudante está a ir longe de mais, só mostra que na Grécia as coisas não estão a resultar, os alunos querem a demissão do presidente grego, segundo o autor do disparo um policia, esta morte foi um erro devido a este estudante ter sido baliado devido a uma bala que fez ricoxete.
Diogo Ferreira nº9 11ºJ