Sentença - Tribunal Penal Internacional Para o Ruanda
O antigo coronel ruandês Théoneste Bagosora, considerado o principal instigador do massacre de 800 mil pessoas no Ruanda, em 1994, foi ontem condenado a prisão perpétua por genocídio, crimes contra a Humanidade e ainda por crimes de guerra pelo Tribunal Penal Internacional para o Ruanda.
Bagosora, de 67 anos, era na altura dos massacres director do Ministério da Defesa do Ruanda e foi ele quem assumiu o controlo político e militar do país após o assassinato do presidente Juvenal Habyarimana, a 7 de Abril de 1994. Nesse mesmo dia, o Exército e as milícias hutus saíram para a rua e começaram a matar indiscriminadamente civis da minoria tutsi e hutus moderados, numa orgia de violência que só terminou cem dias e 800 mil mortos depois.
O Tribunal Penal Internacional para o Ruanda, estabelecido pela ONU em 1996, considerou provado que Bagosora e mais dois antigos responsáveis militares – o coronel Anatole Nsegiyumva e o major Aloys Ntabakuze – planearam com antecedência toda a sequência de eventos que conduziu aos massacres, como a criação e treino das milícias Interahamwe, responsáveis por grande parte das atrocidades. Um ano antes da matança, o próprio Théoneste Bagosora abandonara furioso as negociações de paz que decorriam na vizinha Tanzânia dizendo que ia "preparar o apocalipse". O antigo responsável ruandês foi ainda condenado por ter ordenado o assassinato da primeira-ministra Agathe Uwilingyimana e dos dez capacetes azuis belgas que a protegiam.
O advogado do ex-coronel afirmou que o seu cliente "nunca mandou matar ninguém" e assegurou que tenciona apresentar recurso da sentença.
PERFIL
Théoneste Bagosora fugiu do Ruanda depois de orquestrar o massacre de 800 mil pessoas, mas foi preso dois anos depois nos Camarões. Educado catolicamente, estudou num seminário antes de entrar para o Exército.
SAIBAM MAIS
MORTE DE HABYARIMANA
A morte do presidente ruandês – o seu avião foi abatido por um míssil – foi o catalisador que despoletou a onda de violência.
100 dias foi quanto durou o pesadelo no Ruanda. Perante a indiferença do Mundo, mais de 800 mil pessoas morreram.
42 suspeitos de crimes de guerra foram julgados desde 1997 no Tribunal Penal Internacional para o Ruanda, sediado em Arusha, na Tanzânia. Trinta e seis foram condenados. (Correio da Manhã)
Fonte: http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?contentid=DA922FAB-0CE0-46DA-A353-8519521EF187&channelid=00000091-0000-0000-0000-000000000091
O antigo coronel ruandês Théoneste Bagosora, considerado o principal instigador do massacre de 800 mil pessoas no Ruanda, em 1994, foi ontem condenado a prisão perpétua por genocídio, crimes contra a Humanidade e ainda por crimes de guerra pelo Tribunal Penal Internacional para o Ruanda.
Bagosora, de 67 anos, era na altura dos massacres director do Ministério da Defesa do Ruanda e foi ele quem assumiu o controlo político e militar do país após o assassinato do presidente Juvenal Habyarimana, a 7 de Abril de 1994. Nesse mesmo dia, o Exército e as milícias hutus saíram para a rua e começaram a matar indiscriminadamente civis da minoria tutsi e hutus moderados, numa orgia de violência que só terminou cem dias e 800 mil mortos depois.
O Tribunal Penal Internacional para o Ruanda, estabelecido pela ONU em 1996, considerou provado que Bagosora e mais dois antigos responsáveis militares – o coronel Anatole Nsegiyumva e o major Aloys Ntabakuze – planearam com antecedência toda a sequência de eventos que conduziu aos massacres, como a criação e treino das milícias Interahamwe, responsáveis por grande parte das atrocidades. Um ano antes da matança, o próprio Théoneste Bagosora abandonara furioso as negociações de paz que decorriam na vizinha Tanzânia dizendo que ia "preparar o apocalipse". O antigo responsável ruandês foi ainda condenado por ter ordenado o assassinato da primeira-ministra Agathe Uwilingyimana e dos dez capacetes azuis belgas que a protegiam.
O advogado do ex-coronel afirmou que o seu cliente "nunca mandou matar ninguém" e assegurou que tenciona apresentar recurso da sentença.
PERFIL
Théoneste Bagosora fugiu do Ruanda depois de orquestrar o massacre de 800 mil pessoas, mas foi preso dois anos depois nos Camarões. Educado catolicamente, estudou num seminário antes de entrar para o Exército.
SAIBAM MAIS
MORTE DE HABYARIMANA
A morte do presidente ruandês – o seu avião foi abatido por um míssil – foi o catalisador que despoletou a onda de violência.
100 dias foi quanto durou o pesadelo no Ruanda. Perante a indiferença do Mundo, mais de 800 mil pessoas morreram.
42 suspeitos de crimes de guerra foram julgados desde 1997 no Tribunal Penal Internacional para o Ruanda, sediado em Arusha, na Tanzânia. Trinta e seis foram condenados. (Correio da Manhã)
Fonte: http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?contentid=DA922FAB-0CE0-46DA-A353-8519521EF187&channelid=00000091-0000-0000-0000-000000000091
Finalmente, os principais responsáveis pelo genocídio do Ruanda foram julgados e condenados!
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