Trabalhadores da Urgeiriça juntaram-se ao protesto
Cerca de 200 pessoas, com os antigos trabalhadores das minas da Urgeiriça (Viseu) à frente, estiveram hoje em Nisa numa marcha contra a exploração de urânio na região. Os participantes na marcha, que registou uma grande presença de jovens, percorreram os dois quilómetros que separam aquela vila alentejana da principal jazida de urânio existente no concelho. Foram erguidas cruzes de madeira no local, onde são visíveis os vestígios da prospecção de urânio realizados há mais de 50 anos, e desdobrados cartazes com palavras de ordem contra a exploração daquele mineral radioactivo – “Urânio – aqui jaz para sempre”, “Saúde é diferente de exploração de urânio” e “Não lixem (ainda) mais o ambiente”, entre outros. José Pedro Almeida, presidente do Movimento Urânio em Nisa Não, recordou no local a contestação promovida há quase dez anos contra a anunciada intenção de começar a extrair o urânio na região. “Éramos meia dúzia de pessoas e depois toda a população foi envolvida”, disse. “A agricultura da região quer-se afirmar pela qualidade dos seus produtos e do ambiente. Mas uma exploração destas é impeditiva de continuarmos com este modelo de desenvolvimento.”Representantes da Quercus, Adenex (associação ambientalista da Extremadura) e da organização ambientalista internacional Amigos da Terra manifestaram a sua solidariedade com esta luta, que trouxe a Nisa várias dezenas de ex-trabalhadores das minas de urânio da Urgeiriça. Numa tribuna cívica realizada durante a manhã, estes últimos deram conta dos seus problemas actuais e do grave estado ambiental em que ficou a zona depois do encerramento da Empresa Nacional de Urânio. As sucessivas intervenções apontaram para a responsabilização do Estado, acusado de crimes contra a saúde dos trabalhadores por negligência de informação quanto aos riscos decorrentes do contacto prolongado com urânio. Foi ainda exigida a aceleração da recuperação ambiental da zona, onde existem mais de seis dezenas de minas abandonadas, águas poluídas e materiais tóxicos espalhados de forma incontrolada. (Público)
Será que se justifica, mesmo, voltar a explorar o urânio em Portugal?
4 comentários:
Muitas pessoas sao a favor da exploração de urânio pois vem com argumentos do tipo:
hoje em dia com as tecnologias existentes as centrais nucleares são muito seguras.
Mas será que nao ha consicência de que o urânio tem muito mais consequências do que outros minérios normais?!
a ultima exploração de uranio a ser encerrada em Portugal foi acerca de 15 anos.
Há um aumento da taxa de incidência de cancro do pulmão em zonas próximas das minas de urânio da Urgeiriça.e não ha dinheiro
nenhum nem endimnizações que comprem a saude de um cidadão com bom senso.
aqui deixo a petição:
http://www.petitiononline.com/zplin/petition.html
Considerando que a nossa economia vai de mal a pior, e tendo em conta a actual crise financeira que o mundo atravessa, talvez apostar no Urânio não fosse má ideia.
QUer dizer, o risco é enorme, como se sabe, mas a verdade é que estamos à mercê das centrais espanholas, se alguma delas sofrer um desastre nós próprios vamos sentir na pele as consequências. Logo, e como afinal já estamos em "risco" e já, quem sabe não fosse boa ideia apostar na energia nuclear. Há areas no interior muito despovoadas onde seria possível a instalação de uma central. E além disso, hoje em dias já existem estruturas de segurança para nos prevenir de outra catástrofe como a de Chernobyl ...
Catia Cunha
11º J
Discordo da colega Cátia, quando diz que:
"Logo, e como afinal já estamos em "risco" e já, quem sabe não fosse boa ideia apostar na energia nuclear."
Poderá aumentar a taxa de incidência de cancro do pulmão em zonas próximas das escombreiras das minas de urânio da Urgeiriça. o Uranio existe para alimentar centrais nucleares que geram catastrofes e que não nos deixam indiferentes, como o caso que a colega Cátia referiu- Chernobyl.
Segundo me informei, isto poderá nao ser só uma exploração de urânio mas sim para utilização de outras actividades... nao oferecendo quaisqueres garantias de segurança e protecção aos trabalhadores e vizinhança da area.
Como Cátia refere, a economia vai de mal a pior, tal como diz a canção "Agora sim, vamos dar a volta a isto!".
Sei que não devemos ficar de pé atado no passado, mas também nao é coerente levar a cabo um processo do qual não nos sintamos seguros.
e agora aqui fica um link do video , da música que referi a pouco.
Por um Portugal melhor-uma mensagem de esperança dos Deolinda.
http://www.youtube.com/watch?v=us9dIcLjfKM
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