Ataques a campos de refugiados
A guerra em curso na República Democrática do Congo (RDC) levou nos últimos dias mais de 250 mil pessoas a fugir de casa. A situação, considerada já pela Cruz Vermelha uma catástrofe humanitária, foi agravada ontem depois de circularem notícias de que os campos albergando cerca de 50 mil refugiados em Rutshuru, província de Kivu Norte, foram destruídos.
A ONU, Cruz Vermelha e outros grupos humanitários tentam localizar as pessoas em fuga, muitas das quais poderão ter procurado abrigo em zonas de floresta. Na capital de Kivu, Goma, um cessar-fogo está em vigor, mas a situação é volátil. O general Laurent Nkunda, líder das forças rebeldes do Congresso Nacional Tutsi para a Defesa do Povo (CNDP), estacionadas a cerca de 15 km da cidade, ameaça tomar Goma a menos que as tropas da ONU assegurem o cumprimento do cessar-fogo e a segurança.
Na capital provincial, a escassez de comida e de água colocou milhares de pessoas em fuga, adensando o número de deslocados. Segundo fontes da ONU, é desconhecido o paradeiro dos milhares de refugiados que se abrigavam nos campos incendiados de Rutshutu, 90 km a norte de Goma.
Refira-se que as origens do conflito remontam ao genocídio de 1994 no vizinho Ruanda. O general Nkunda afirma estar a lutar para proteger a comunidade tutsi do ataque de rebeldes hutu do país vizinho. O governo tem prometido expulsar as milícias hutu, mas não cumpriu, e o Exército congolês é acusado de colaborar com as milícias hutu.
A União Africana, EUA e UE têm em curso uma campanha diplomática para pôr termo ao conflito, que ameaça alastrar. Para os próximos dias estão agendadas reuniões de enviados da ONU e UE com o presidente ruandês, Paul Kagame, e o homólogo do Congo, Joseph Kabila.
A ONU, Cruz Vermelha e outros grupos humanitários tentam localizar as pessoas em fuga, muitas das quais poderão ter procurado abrigo em zonas de floresta. Na capital de Kivu, Goma, um cessar-fogo está em vigor, mas a situação é volátil. O general Laurent Nkunda, líder das forças rebeldes do Congresso Nacional Tutsi para a Defesa do Povo (CNDP), estacionadas a cerca de 15 km da cidade, ameaça tomar Goma a menos que as tropas da ONU assegurem o cumprimento do cessar-fogo e a segurança.
Na capital provincial, a escassez de comida e de água colocou milhares de pessoas em fuga, adensando o número de deslocados. Segundo fontes da ONU, é desconhecido o paradeiro dos milhares de refugiados que se abrigavam nos campos incendiados de Rutshutu, 90 km a norte de Goma.
Refira-se que as origens do conflito remontam ao genocídio de 1994 no vizinho Ruanda. O general Nkunda afirma estar a lutar para proteger a comunidade tutsi do ataque de rebeldes hutu do país vizinho. O governo tem prometido expulsar as milícias hutu, mas não cumpriu, e o Exército congolês é acusado de colaborar com as milícias hutu.
A União Africana, EUA e UE têm em curso uma campanha diplomática para pôr termo ao conflito, que ameaça alastrar. Para os próximos dias estão agendadas reuniões de enviados da ONU e UE com o presidente ruandês, Paul Kagame, e o homólogo do Congo, Joseph Kabila.
EUROPEUS TENTAM TRAVAR CONFLITO
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da França e do Reino Unido, Bernard Kouchner e David Miliband, respectivamente, partiram ontem para o Congo para tentar mediar o fim das hostilidades entre forças governamentais e os rebeldes tutsi. Os dois enviados visitarão a capital nacional, Kinshasa, e Goma, capital da região de Kivu Norte.
SAIBA MAIS
GUERRA SEM FRONTEIRAS
17 000
capacetes azuis da ONU estão na República Democrática do Congo. Esta é a maior força actualmente em serviço num país em conflito.
1994
é o ano em que milícias hutu apoiadas pelo governo levam a cabo massacres no Ruanda que custam a vida a mais de 800 mil tutsis e hutus moderados.
PASSIVIDADE DA ONU
F. J. Gonçalves com agências (Correio da Manhã)
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