quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Os 100 anos de Manoel de Oliveira - Parabéns!


Hoje, dia 11 de Dezembro de 2008, o realizador de Cinema Manoel de Oliveira faz 100 anos. Está de parabéns e continua a ser o cineasta mais velho do Mundo ainda em actividade. Neste momento está a filmar mais uma cena do seu último filme baseado num conto de Eça de Queiróz "Singularidades De Uma Rapariga Loira". Goste-se ou não do tipo de filmes que Oliveira dirige, é um facto indiscutivel que constitui uma das personalidades mais importantes da cultura portuguesa de todos os tempos.

Para conhecerem melhor a obra de Manoel de Oliveira cliquem aqui e poderão aceder a um dossier completo sobre a obra deste Homem do cinema, organizado por Rita Azevedo Gomes.

Como uma amostra da obra de Manoel de Oliveira podem visionar a seguir um excerto de um dos seus primeiros filmes (na minha opinião um dos mais belos): "Aniki-Bobó" de 1942 , rodado na Ribeira da cidade do Porto e interpretado por crianças da mesma zona da cidade.



5 comentários:

MárciaFilipa disse...

Manuel de Oliveira, um dos expoentes máximos da cultura do nosso país que marcou o séc.XX.
Hoje comemora um século de vida, mas continua a trabalhar, é sem dúvida um exemplo para muitas pessoas!

Anónimo disse...

O mais antigo diretor de cinema do mundo ainda em atividade completa 100 anos filmando. O português Manuel de Oliveira, que nasceu em 1908, estará hoje, dia do seu aniversário, no set de filmagens do seu 42º filme, Singularidades de Uma Rapariga Loira. Baseado num conto de Eça de Queirós, o filme foi adaptado para hoje.

"O enredo parte da idéia de se contar a um desconhecido coisas que não se contariam a um amigo ou à própria esposa. No conto de Eça de Queirós, tudo ocorre numa carruagem durante viagem a Trás-os-Montes. No filme, ocorre em um comboio (trem) de Lisboa ao Algarve.”

O filme ficará pronto em Fevereiro, a tempo de participar do Festival de Berlim. Depois, até Maio, ele roda outro, que será apresentado no Festival de Cannes.

PARABENS MANUEL DE OLIVEIRA !!!!

Telmo Conceição
11ºI

Anónimo disse...

Sem dúvida um simbolo da cultura portuguesa. Claramente o maior realizador português. Com a frescura com que trabalha hoje em dia , fácil será dizer que ainda realizar filmes nos proximos anos, o que só é bom para Portugal.

Nelson 11ºJ

Mara disse...

Manoel De Oliveira sempre foi um enorme ícone para os jovens realizadores da sétima arte!
É de lamentar que muitas pessoas o reconheçam apenas agora pelo facto do seu centenário aniversário.
E isto sim é uma notícia que nos dá força para prosseguir com os nossos sonhos e vontade de viver.
Fiquei fascinada por Manoel depois de ter sido alvo para homenagens aos seus 100 anos de vida e trabalho... este recusou, dizendo que estava a rodar um filme.

"Sinto cansaço apenas. De fazer a barba todos os dias, de levantar, vestir, tomar banho, pequeno-almoço, comer, mastigar, engolir. Tudo isso, essas coisinhas fáceis e corriqueiras mas que são sempre as mesmas. Tudo isso é uma chatice.”
Afirmando posteriormente que cria filmes pelo gozo de os fazer sem pensar nas criticas.

Participou como actor no filme “Canção de Lisboa”, em 1933, através do qual descobriu que não tinha vocação para representar mas não desistiu do sonho de fazer parte do mundo do cinema e dedicou-se à realização.
Douro, faina fluvial- foi o primeiro filme realizado por ele, ao qual teve muitas criticas negativas e desagrado pela plateia (assobiando e pontapeando). Aí alguns críticos estrangeiros presentes perguntaram se em Portugal se aplaudia assobiando e batendo os pés. Nascia assim uma incompreensão sobre o grande génio.
Manoel De Oliveira tem como objectivo testar o espectador e levá-lo a pensar no que está a ver dando mais importância às palavras e ao contéudo do que aos actos. A câmara raramente se move e quando o faz são movimentos subtis para mostrar um objecto, os movimentos corporais de um actor que fala.

Em 1942, estreou sem êxito comercial sua primeira longa-metragem “Aniki-Bóbó” (verso de uma cantilena usada pelas crianças da zona ribeirinha do Porto quando brincavam aos polícias e ladrões). As crianças são, aliás, as protagonistas do filme “vivendo” problemas e situações de um universo adulto.
Durante o regime ditaturial vivido em Portugal Oliveira dedicou-se à agricultura, no Douro. Voltando ao mundo do cinema com o filme "o Pintor e a Cidade".
Em 1982, realizou o filme autobiográfico “A visita ou memória e confissões” que só deverá ser exibido após a morte do realizador.
Filmes como : O passado e o presente, Amor de perdiçao, Cristóvão Colombo – O Enigma,Belle Toujours, Viagem ao princípio do mundo são verdadeiras obras primas que levaram Oliveira não só a ser reconhecido em Portugal como o melhor cineasta português como também o levou ao renome internacional.

É considerado extremamente metódico e perfeccionista, cuida pessoalmente de todos os detalhes dos filme, desde as roupas e jóias que os actores usam, até ao décor e à escolha da luz.

”Magoa-me que as pessoas prefiram filmes de onde se sai sem nada para pensar.” - Manoel de Oliveira

Anónimo disse...

Para ser sincero admiro Manoel de Oliveira pela sua carreira, mas sim pela juventude que apresenta aos 100 anos é sem duvida fantastica a sua forma fisica e mental, logo não é de adimar que seja o mais velho realizador em actividade.

Diogo Ferreira nº9 11ºJ